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BÁSICO - Mód IV - 55ª AULA - História da Igreja Cristã - A Igreja Imperial

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CURSO LIVRE DE BACHAREL EM TEOLOGIA GRATUITO 
 
Teólogo Responsável: JUANRIBE PAGLIARIN. Graduado pela FAK – Faculdade Kurios/UFC. O que credencia um 
Teólogo é a criação de uma produção científica e teológica inédita. E isto o Pr. Juanribe Pagliarin fez ao reunir pela 
primeira vez na História os relatos de Mateus, Marcos, Lucas e João em um só, sem acrescentar nada à Palavra 
original, e dispondo os fatos na provável ordem cronológica em que ocorreram. Tal produção deu origem aos livros: 
JESUS - A VIDA COMPLETA e O EVANGELHO REUNIDO. 
 
NÍVEL BÁSICO - MÓDULO IV 
Copyright © 2013 by JUANRIBE PAGLIARIN 
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei nº 9.610/98. 
É proibida a publicação, divulgação, transmissão, distribuição, contrafação (reprodução não autorizada) 
etc., total ou parcial sem a expressa anuência do autor e coautores. 
55ª Aula 55ª Aula 55ª Aula 55ª Aula –––– História da Igreja CristãHistória da Igreja CristãHistória da Igreja CristãHistória da Igreja Cristã 
A Igreja Imperial (313 até 476 d.C.)A Igreja Imperial (313 até 476 d.C.)A Igreja Imperial (313 até 476 d.C.)A Igreja Imperial (313 até 476 d.C.) 
Ao Palestrante: Ministre a aula com calma e propriedade fazendo as devidas leituras das referências Bíblicas que 
respaldam os comentários. 
“Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira 
vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disse-lhe: Apascenta as 
minhas ovelhas” (Jo 21:17). 
O período que vamos estudar compreende o Edito de Constantino em 313 d.C. até à Queda de 
Roma, em 476 d.C., e o que mais marcou esse período foi que em 380 o Cristianismo foi 
reconhecido como religião oficial do Império Romano. 
Segundo Hurlbut (2000) após a abdicação de Diocleciano, no ano 305, quatro aspirantes à 
coroa do Império Romano estavam em guerra. Os dois rivais mais importantes eram Maxêncio 
e Constantino. Constantino era favorável aos cristãos apesar de não se declarar como tal. “Ele 
afirmou ter visto uma cruz luminosa com a seguinte inscrição: ‘In Hoc Signo Vinces’ (por este 
sinal vencerás), e mais tarde, adotou essa inscrição como insígnia do seu exército” (HURLBUT, 
2000, p. 70). Constantino vence e em 313 promulga o que ficou conhecido como Edito de 
Constantino ou de Tolerância, que oficialmente acabou com as perseguições religiosas contra os 
cristãos. Os templos das igrejas foram restaurados e os cristãos passaram a ter liberdade para 
construir novos templos, que se espalharam por todo Império. Os cristãos passaram a exercer 
de novo a sua função: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” 
Mc 16:15. 
IDE POR TODO MUNDO E PREGAI O EVANGELHO A TODA 
CRIATURA. Quando Jesus deu esta ordem, Buda Siddartha Gautama já era 
nascido havia quase seiscentos anos. Desde bem antes de Cristo, milhares de 
discípulos seguiam seus ensinamentos em toda Ásia Oriental e Índia, pois 
acreditavam que Buda tinha alcançado o pleno conhecimento da verdade. Se 
Buda – palavra que quer dizer “O Iluminado” – realmente detivesse tal 
conhecimento, o Senhor teria dito aos Seus discípulos: “Preguem o Evangelho 
em todo o Mundo, mas não percam tempo com a Índia, a China e o Japão 
porque lá eles já têm o Buda”. Mas Jesus não excluiu nenhum país ou criatura 
do Mundo, porque o único que tem o pleno conhecimento da Verdade é Aquele 
 
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que disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai, a não 
ser por mim” (Jo 14:6) (PAGLIARIN, 2011, p. 472). 
Constantino era tolerante com relação a todas as formas de religião e “procurava a conversão 
gradativa do povo ao Cristianismo, mediante a evangelização, e não por decretos” (Hurlbut, 
2000, p. 79). A adoração pagã ainda era tolerada, porém não havia mais os sacrifícios oficiais. 
Em muitos lugares os templos pagãos foram dedicados ao culto cristão. Segundo Hurlbut 
(2000) esses templos eram sustentados pelo tesouro público e logo passaram a ser concedidos 
às igrejas e ao clero cristãos. O dinheiro público foi enriquecendo as igrejas, os bispos, os 
ministros, todos os funcionários do culto cristão eram pagos pelo Estado. 
O primeiro dia da semana (domingo) foi proclamado como dia de descanso e 
adoração, e a observância em breve se generalizou em todo império. No ano 
321, Constantino proibiu o funcionamento das cortes e tribunais aos domingos, 
exceto em se tratando de libertar os escravos. Os soldados estavam isentos de 
exercícios militares aos domingos. Mas os jogos públicos continuaram a realizar-
se aos domingos o que o tornava mais feriado que um dia santo (Hulrbut, 2000, 
p. 72). 
Nessa época, com o Cristianismo em crescimento: a crucificação foi abolida; o infanticídio foi 
reprimido; o tratamento dado aos escravos era mais humano; as lutas de gladiadores foram 
reprimidas. 
Quando o filho de Constantino assume o poder, ele decreta pena de morte a todos os 
adoradores de ídolos. Foi feito um decreto que proibia que se falasse mal do Cristianismo e 
todos os livros que fossem contrários foram queimados. Isso fez com que o paganismo fosse 
extinto no decorrer de três ou quatro gerações. 
Sem a perseguição ao Cristianismo a Igreja agora começa a discutir assuntos internos, 
doutrinários e para isso, ela se reúne em concílios onde somente os bispos podiam votar. A 
primeira controvérsia aconteceu a respeito da doutrina da Trindade, em relação ao Pai e ao 
Filho. Atanásio, o diácono, defendia a divindade de Cristo e sua existência eterna, porém Ário 
não admitia a divindade de Jesus e nem a sua existência eterna. Aconteceu então o Concílio de 
Nicéia, em 325 e a maioria dos bispos condenou as ideias de Ário. 
Em 381 houve outro concílio, o Concílio de Constantinopla. Apolinário, dizia que Jesus na terra 
não era homem, mas Deus em forma humana. A maioria dos bispos defendia a humanidade e 
divindade de Jesus na mesma natureza. A heresia de Apolinário foi condenada e ele se afastou 
da Igreja. 
Em 418 houve outro concílio, o Concílio de Cartago. Agostinho defendia que Adão 
representava toda a raça humana, e que por causa do seu pecado todos os homens pecaram e 
que somos salvos pela vontade de Deus e não pela nossa vontade. Pelágio era contra essa 
afirmação de Agostinho. Para ele os homens não herdavam o pecado de Adão e que somos 
responsáveis por nossas decisões. “A doutrina de Pelágio foi condenada pelo Concílio de 
Cartago, no ano de 418, e a teologia de Agostinho tornou-se a regra ortodoxa da igreja” 
(Hurlbut, 2000, p. 82). 
Nessa mesma época outro movimento ganhava força entre os cristãos: o espírito monástico. 
Muitos que queriam uma vida espiritual mais elevada, através da oração, meditação e costumes 
ascéticos, afastavam-se das multidões e viviam só ou em pequenos grupos. O fundador do 
monasticismo foi Antão, em 320, que viveu sozinho numa caverna no Egito. Muitos imitaram 
seu exemplo e eram chamados de “anacoretas” e os que viviam em grupo ou pequenas 
comunidades eram chamados de “cenobitas”. 
 
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Constantino queria uma capital sem os laços do paganismo e Roma era cheia de estátuas e 
templos, além de ser localizada numa imensa planície, o que a deixava exposta aos ataques 
inimigos. Em Bizâncio, na Grécia, Constantino estabeleceu a nova capital do Império romano e 
foi uma cidade mundialmente conhecida, Constantinopla. Hoje ela é conhecida como Istambul. 
Na nova capital muitos templos foram erguidos e o que mais se destaca é a igreja de Santa 
Sofia, que foi considerada como a catedral do cristianismo até 1453, quando a cidade foi 
tomada pelos turcos.O templo foi transformado numa mesquita até depois da Segunda Guerra 
Mundial. 
Logo após a fundação da nova capital, deu-se a divisão do império. As 
fronteiras eram demasiado extensas e o perigo de invasão dos bárbaros era tão 
grande, que um imperador sozinho já não podia proteger seus vastos domínios. 
Diocleciano havia iniciado a divisão de autoridade no ano 305. Constantino 
também nomeou imperadores aliados. No ano 395, Teodósio completou a 
separação. Desde o governo de Teodósio o mundo romano foi dividido em 
Oriental e Ocidental, separados pelo Mar Adriático. O Império Oriental era 
denominado Grego, ao passo que o Ocidental era chamado Latino, em razão 
do idioma que prevalecia em cada um deles. A divisão do império foi um 
presságio da futura divisão da igreja. 
Constantinopla era a capital política do Império Romano, porém Roma queria ser a capital da 
igreja. O próprio bispo de Roma se autodenominou papa e queria autoridade sobre todo 
mundo cristão. Como existia um Imperador para o Império Romano, no caso Constantino, a 
Igreja reclamava para si a nomeação de um cabeça. Surgia sempre a pergunta: quem governará 
os bispos? Roma declarava que era a única que poderia mencionar ter sido fundada por dois 
apóstolos: Paulo e Pedro e que, portanto, de lá deveria emanar a autoridade da igreja. Surgiu 
daí a tradição de que Pedro foi o primeiro bispo da igreja. Fundamentavam essa afirmativa com 
os seguintes versículos: Mt 16:18 e Jo 21:17. Diziam: “Se Pedro foi o chefe da Igreja, então seus 
sucessores, os papas de Roma, devem continuar a exercer a mesma autoridade” (Hurlbut, 
2000, p. 86). 
A transferência da capital de Roma para Constantinopla, longe de diminuir a 
influência do bispo ou papa romano, fê-la aumentar consideravelmente. Já 
verificamos que em Constantinopla o imperador e a corte dominavam a igreja; 
o patriarca, de um modo geral, estava sujeito ao palácio imperial. Entretanto, 
em Roma não havia imperador sobrepondo-se ao papa [...]. Portanto, o papa 
era a mais alta autoridade na região. A Europa inteira sempre olhara para Roma 
com certa reverência. Agora a capital do império estava longe; especialmente 
estando o próprio império em decadência, o sentimento de lealdade para com o 
papa, pouco a pouco, tomou lugar da lealdade para com o imperador (Hurlbut, 
2000, 87). 
De acordo com Hurlbut (2000) após sucessivas invasões e divisões, o antigo Império Romano 
ficou reduzido a um pequeno território ao redor da capital. No ano de 476 uma tribo de 
germânicos, apoderou-se de Roma e destronou Rômulo. Neste ano o Império Romano 
Ocidental deixou de existir, ficando apenas o Império Romano Oriental, com sede em 
Constantinopla. Quase todas as tribos conquistadoras se converteram ao Cristianismo, que 
ainda era vivo e ativo. Mesmo com a queda do império a Igreja conservava sua posição 
imperial. Foram dirigentes da Igreja imperial desta época: Atanásio; Ambrósio de Milão; João 
Crisóstomo; Jerônimo (que traduziu a Bíblia para o latim, a Vulgata Latina, que é até hoje a 
versão autorizada pela igreja católica romana); Agostinho (seus escritos sobre a teologia cristã 
foram de grande influência). 
 
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Segundo Hurlbut (2000), apesar dos triunfos do Cristianismo haverem trazido coisas boas ao 
povo, contudo a aliança entre Igreja e Estado, tornando o Cristianismo a religião oficial, não foi 
tão bem sucedida para Igreja. Todos queriam ser cristãos e desejavam postos nas igrejas para se 
projetarem socialmente. Assim, o nível moral do Cristianismo era muito mais baixo do que o da 
época em que a Igreja era perseguida. 
Os cultos de adoração aumentaram em esplendor, é certo, porém eram menos 
espirituais e menos sinceros do que no passado. Os costumes e as cerimônias do 
paganismo foram pouco a pouco infiltrando-se nos cultos de adoração. Algumas 
das antigas festas pagãs foram aceitas na igreja com nomes diferentes. Cerca do 
ano de 405 as imagens dos santos e mártires começaram a aparecer nos 
templos, como objetos de reverência, adoração e culto. A adoração à Virgem 
Maria substituiu a adoração a Vênus e a Diana. A Ceia do Senhor tornou-se um 
sacrifício em lugar de uma recordação da morte do Senhor. O “ancião” evoluiu 
de pregador a sacerdote. Como resultado da ascensão da igreja ao poder, não 
se vê os ideais do Cristianismo transformando o mundo; o que se vê é o mundo 
dominando a igreja. A humildade e a santidade da igreja primitiva foram 
substituídas pela ambição, pelo orgulho e pela arrogância de seus membros. 
(Hulrbut, 2000, p. 72). 
BIBLIOGRAFIA: 
BÍBLIA, Português. Bíblia de Estudo de Genebra. Antigo e Novo Testamento. Edição Revista e Atualizada. 
Editor Geral: R. G. Sproul. São Paulo e Barueri: Cultura Cristã e Sociedade Bíblia do Brasil, 1999. 
HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: 
Objetiva, 2009. 
HURLBUT, Jesse L. História da Igreja Cristã. São Paulo: Editora Vida, 2000. 
PAGLIARIN, Juanribe. O Evangelho Reunido: Mateus, Marcos, Lucas e João reunidos em um só Evangelho e 
com os fatos organizados em ordem cronológica / compilado e comentado por Juanribe Pagliarin. Edição de Luxo. 
São Paulo: Bless Press Editora, 2011. 
QUESTIONÁRIO DA 55ª AULA 
Todas as questões devem ser respondidas com as suas palavras. Não copie do texto! 
1. O que foi o Edito de Constantino e qual o outro nome pelo qual ele era conhecido? 
2. O que aconteceu com os antigos templos pagãos? 
3. Quais os acontecimentos da época do crescimento do Cristianismo? 
4. Quando o filho de Constantino assume o poder o que acontece com os pagãos? 
5. O que foi o Concílio de Nicéia? 
6. O que foi o Concílio de Constantinopla? 
7. O que foi o Concílio de Cartago? 
8. Por que Roma queria ser a capital da Igreja? 
9. O que aconteceu com o Império Romano e com a Igreja após as sucessivas invasões bárbaras? 
10. Por que a união entre Igreja e Estado não foi tão boa assim? 
 
Autoria: Pr. Juanribe Pagliarin 
Coautoria e revisão: Pr. Romildo Flôres, Daniela Louback Porto, Ev. Cristiane Carvalho, Pr. 
Fábio Martins 
 
 
CONTATOS: tiraduvidascursogratis@hotmail.com; 
reclamacoescursosdeteologia@gmail.com; 
https://www.facebook.com/teologiaprjuanribepagliarin

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