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Estudo sobre as igrejas primitivas

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7
LICENCIATURA EM HISTÓRIA
REGINALDO DOS SANTOS BEZERRA
O ESTUDO DAS PRIMEIRAS IGREJAS
 
Garanhuns-PE
2020
REGINALDO DOS SANTOS BEZERRA
O ESTUDO DAS PRIMEIRAS IGREJAS
 
Trabalho apresentado ao Curso de História da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas: Historiografia; História antiga; Fundamentos Filosóficos; História Medieval; Práticas Pedagógicas em Ciências Humanas: Espaço Geográfico, Identidades e Organização Cultural, Social e Política e Ed- Lógica Matemática.
Orientador: Simone do Amaral Theodoro
	 
Garanhuns-PE
2020
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................01
2. BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE O SURGIMENTO DO CRISTIANISMO NA ANTIGUIDADE ..........................................................................................................01
3. DO CULTO PROIBIDO À RELIGIÃO OFICIAL DO IMPÉRIO ROMANO...................................................................................................................03
4. FINALIDADE DAS CONSTRUÇÕES DE TEMPLOS CRISTÃOS NA ANTIGUIDADE, SUAS CONTRIBUIÇÕES ATUAIS PARA A COMPREENSÃO DA HISTÓRIA..................................................................................................................05
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................................................06
6. REFERÊNCIAS..........................................................................................................08
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo discutir sobre alguns conceitos do surgimento das primeiras igrejas cristãs na antiguidade, analisar os principais motivos da rejeição desse culto no império romano, períodos que, segundo especialistas, foram marcados por fortes repressões do Estado, seguido de ondas de perseguições e sentenças de morte, durante eventos públicos, principalmente nos anfiteatros de Roma sob aclamação popular para execução de cristãos. Diante dessa abordagem dialogarei com obras de autores que se dedicaram a pesquisar o tema, para uma melhor abordagem teórico/cientifico. Será mostrado como o cristianismo surgiu, se propagou e sobreviveu as perseguições do império na época. Veremos como saiu da situação de culto proibido ao culto permitido. Sendo que, mesmo diante de retaliações, conseguiu triunfar, principalmente, depois do Édito de Milão, promulgado por Constantino e Licínio, determinação que pôs o fim às perseguições à fé cristã. Posteriormente no governo de Teodósio, o cristianismo foi de fato oficialização em 380 d.C e assim se inicia o momento do apogeu da igreja, com as edificações paleocristãs em forma de basílicas. Através destas, nota-se, fortes evidências das transformações socioeconômicas, políticas e culturais que o cristianismo provocou desde a antiguidade. Hoje, temática bem discutida por especialistas e estudantes de História.
2. BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE O SURGIMENTO DO CRISTIANISMO NA ANTIGUIDADE
O surgimento do autor da Mensagem de Boas Novas, conhecido como Jesus Cristo, teve sua origem em uma pequena cidade da Palestina, conhecida como Belém:
Assim, José também foi da cidade de Nazaré da Galileia para a Judeia, para Belém, cidade de Davi, porque pertencia à casa e à linhagem de Davi. Ele foi a fim de alistar-se, com Maria, que lhe estava prometida em casamento e esperava um filho. Enquanto estavam lá, chegou o tempo de nascer o bebê, e ela deu à luz o seu primogênito. Envolveu-o em panos e o colocou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria. (BÍBLIA, Lucas, 2.4-7)
 Mesmo não havendo provas contundentes sobre o local do nascimento de Jesus ter sido na cidade de Belém, nem a data do seu nascimento ter sido no ano 6 a.C do século I, esses itens serão mais considerados à nível de informação de cunho religioso. No que tange a temática, não existe respostas claras, cientificamente comprovadas, que atestem local e data do nascimento do Cristo.
Mesmo que a cidade de Belém não seja descartada como possível local do nascimento de Jesus, permanece no campo especulativo. De um lado, vê-se um Jesus tradicional, evangelizador de Nazaré, que pela tradição judaica é mais preferível do que o Jesus criança da cidade de Belém. ( VERMES, 2015)
Segundo narra os Evangelhos, Jesus não foi concebido por intermédio da relação marital entre José, pai de Jesus e Maria, sua genitora, mas por milagre, através do Espírito Santo. “O nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando desposada Maria sua mãe com José, antes que se juntassem, se achou que tinha concebido do Espírito Santo” (BÍBLIA, Lucas 1.26-35). O menino, Jesus, desde cedo com doze anos de idade, se destacou no conhecimento sobre as Leis judaicas e com maestria discutia no templo com rabinos, os quais ficavam pasmos com tanta sabedoria. (BÍBLIA, Lucas 2.46-47; 4.22). 
Os primeiros seguidores de Jesus encontravam-se na região da Galileia, localizada ao norte de Israel. 
Andando ao longo do mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, também chamado Pedro, e André, lançarem a rede ao mar; porque eram pescadores. Disse-lhes: Segui-me, e eu vos farei pescadores de homens. Imediatamente eles deixaram as redes, e o seguiram. (BÍBLIA, Mateus 4:18-22)
Logo no início de seu ministério evangelístico, Jesus Cristo foi considerado apenas um dentre diversos eloquentes da Torah, todavia, seus ensinamentos apontavam para uma mensagem revolucionária e arriscada. ( HORSLEY, 2000). Com o passar do tempo, a pregação de Jesus, começou de fato, não somente perturbar os religiosos, mas, o poder político e religioso do Império Romano. O discurso de Jesus não pretendia agregar seguidores seduzindo-os à uma revolução de política partidária, todavia anunciava um movimento social arriscado. ( CROSSAN, 1995, p 204). “E, tendo saído os fariseus, tomaram logo conselho com os herodianos contra ele, procurando ver como o matariam” (BÍBLIA, Marcos 3:6).
Uma das principais motivações de Jesus, foi trazer para os judeus, uma mensagem libertadora das opressões do Império Romano. 
Nos tempos das pregações de Jesus, o Império Romano realizava a cobrança de impostos sobre qualquer produto comercializado, com objetivo fiscalizador e geração de receita. ( VOLKMANN, 1992, p. 52-53). Além desse, ainda existiam mais outros impostos diretos, o chamado tributum soli ou agri, esse era sobre a produção agrícola, dirigido diretamente aos pequenos agricultores que deveriam pagar 20 a 25% da produção e o tributum capitis, regidos por duas premissas, seguindo a ordem de um denário em taxa fixa para as mulheres com idade superior a doze anos e um denário fixo a cada homem acima de quatorze anos, isso até completar sessenta e cinco anos de idade. Ainda tinha o tributo territorial de 1% sobre o valor (VOLKMANN, 1992, p. 53)
3. DO CULTO PROIBIDO À RELIGIÃO OFICIAL DO IMPÉRIO ROMANO
Inicialmente os cristãos não chamaram a atenção do poder Romano, pois, viam o movimento como insignificante, sem notoriedade, não aparentavam ameaça ideológica possível de atrapalhar o Império Romano. ( SILVA, 2006). O apóstolo Paulo, em carta, escreve no ano 57 d.C, orientações com exortações para que a igreja de Roma não entrassem em rebelião contra as autoridades do Império:
Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal. Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas tambémpela consciência. Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo. Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra (BÍBLIA, Rm 13, 2-7). 
Nos dois primeiros séculos, houve um relativo crescimento da igreja cristã, mediante tolerância imperial. (SILVA, 2006). Todavia, aconteceram algumas mudanças no Império no século III, relacionados à constantes mudanças de governo, séries de golpes praticados por diversos generais, à conhecida Anarquia Militar, e diante dessa aflição de desestabilização política, religiosa e social no governo de Diocleciano, agravou-se a perseguição contra os cristãos, que mesmo sendo cidadãos romanos, eram proibidos de recorrer aos tribunais na condição de humiliores ( não- cidadãos) e tão pouco como a antítese- honestiores ( cidadãos).
( Keresztes, 1970). Ainda, na condição de cidadãos, foram por diversas vezes, forçados a prestarem culto aos deuses romanos. Nichols (1992, p. 24) argumenta que “pelo ano 100 d.C., havia igrejas em inúmeras cidades da Ásia Menor e em muitos lugares da Palestina, Síria, Macedônia e Grécia, em Roma e Puteoli, na Itália, em Alexandria, e, provavelmente, na Espanha” . O autor ainda acrescenta sobre o crescimento expressivo da igreja do século I em diante: 
Entre o ano 100 d.C. e o reinado de Constantino, o Cristianismo alcançou maravilhoso progresso. Em 313, era a religião dominante na Ásia Menor, região muito importante do mundo de então, como na Trácia e na longínqua Armênia. A Igreja se constituíra numa influência civilizadora muito poderosa na Antioquia, na Síria, nas costas da Grécia e Mesopotâmia, nas ilhas gregas, no norte do Egito, a província da África, na Itália, no sul da Gália e na Espanha. Era menos forte em outras partes do império, inclusive a Britânia. Era fraca, naturalmente, nas regiões mais remotas, como a Gália central e do norte. Em todas essas regiões a Igreja alcançou povos das mais variadas línguas, que não faziam parte da civilização greco-romana [...] O cristianismo não tinha alcançado somente os limites do império; mesmo o leste da Síria e a Mesopotâmia receberam influência poderosa (NICHOLS, 1992, p. 34).
De acordo com Deiros (2005, p.80), “cerca de 50% da população do império, que era composta de 25 milhões de habitantes, era cristã”; Desse modo as igrejas cristãs tiveram um aumento significativo nos três primeiros séculos de sua existência. Vale salientar, que nos primeiros séculos de existência da igreja cristã, os movimentos de repressão não foram exclusivamente motivados pelo Império Romano, todavia, os piores complôs, eram de corrente judaica. (Silva, 2006). 
Quando o imperador Constantino ascendeu ao poder em 306 d.C, período de profunda decadência política, o mesmo, se converte ao cristianismo, e em 313, permite o culto cristão, conforme González:
Naturalmente a consequência mais imediata e notável da conversão de Constantino foi o fim das perseguições. Até então os cristãos tinham vivido em constante temor de uma nova perseguição, mesmo em tempos de relativa paz. Depois da conversão de Constantino esse temor se dissipou. Os poucos governantes pagãos que houve depois dele não perseguiram os cristãos, somente tentaram restaurar o paganismo por outros meios. Tudo isso produziu em primeiro lugar o desenvolvimento do que poderíamos chamar de uma “teologia oficial”. Deslumbrados com o favor que Constantino evidenciava em relação a eles, não faltaram cristãos que se empenhavam em provar que Constantino era o eleito de Deus, e que sua obra era consumação da história da Igreja (GONZÁLEZ,1997, p.35).
Um outro acontecimento muito favorável para a estabilização do cristianismo e a disseminação da Mensagem de Jesus, foi a elevação e oficialização do cristianismo pelo imperador Teodósio em 380 d.C, esse fato aconteceu ao término do século IV, Conforme Deiros:
Constantino chegou a ser o único imperador do Império Romano a partir de 323, depois de derrotar um de seus opositores, Licinio. No ano 325 fez uma exortação geral para que todo o povo do Império se tornasse cristão. Esta decisão influenciou grandemente a Teodósio o Grande, que começou a reinar em 378, e em 380 colocou o cristianismo como religião oficial do Império Romano. Todos os povos devem aderir-se à fé transmitida aos romanos pelo apóstolo Pedro e professada pelo pontífice Dámaso e o bispo Pedro de Alexandria, quer dizer, reconhecer a Santa Trindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo (DEIROS, 2005, p.84)
4. FINALIDADE DAS CONSTRUÇÕES DE TEMPLOS CRISTÃOS NA ANTIGUIDADE, SUAS CONTRIBUIÇÕES ATUAIS PARA A COMPREENSÃO DA HISTÓRIA
Até o final do quarto século, como vimos em tópicos anteriores, a igreja cristã primitiva, sofria constantes perseguições, por parte do imperío Romano, líderes religiosos judeus e populares, período esse que, em tempos do imperador Nero, aconteceu a primeria perseguição aos cristãos, que eram submetidos a injúrias, realizados em anfiteatros, como o Coliseu de Roma, ali, eram constrangidos a negarem sua fé, e sempre quando não abandonavam publicamente sua crença em Jesus, eram lançados à feras ou queimados vivos, diante de uma multidão eufórica e colérica. Tácito relata o que aconteceu com os cristãos aprisionados:
O suplício destes miseráveis foi ainda acompanhado de insultos, porque ou os cobriram com peles de animais ferozes para serem devorados pelos cães, ou foram crucificados, ou os queimaram de noite para servirem como de archotes e tochas ao público (Anais, XV,44).
A partir do momento da oficialização do cristianismo por Teodósio em 380 d.C, o cristianismo finalmente ganha espaço e se inicia o processo da construção dos edifícios públicos e laicos, onde também foram utilizados para o culto cristão, foram erguidos pela necessidade de locais adequados para a adoração, dando início à era das igrejas paleocristãs. “Durante os períodos de perseguição não houvera necessidade nem, de fato, possibilidade de construir lugares públicos de culto. As igrejas e salas de reunião que existiam eram pequenas e de aspecto insignificante. Mas quando a Igreja passou a ser o poder supremo no reino, todo o seu relacionamento com a arte teve, necessariamente, que ser reexaminado. Os lugares de culto não poderiam adotar por modelo os antigos templos, uma vez que sua função era inteiramente diferente. O interior do templo era, usualmente, apenas um pequeno sacrário para abrigar a estátua de um deus. As procissões e os desfiles tinham lugar do lado de fora. A igreja, pelo contrário, tinha que reservar espaço para toda a congregação que se reunia a fim de assistir ao serviço religioso, quando o padre recitava a missa no altar-mor ou proferia seu sermão. Assim, aconteceu que as igrejas não usaram os templos pagãos como seus modelos, mas adotaram o tipo de amplos salões de reunião que, em tempos clássicos, eram conhecidos pelo nome de „basílica’” (GOMBRICH, 2001, p. 133). Assim, a oficialização do culto cristão e criação dos espaços laicos de uso público, a igreja cristã inicia seu período de fortalecimento, se tornando símbolo de força e poder. As basílicas peleocristãs, tiveram um grande papel na consolidação e difusão da cultura cristã, principalmente devido ao caráter dinâmico de sua arquitetura. ( ZEVI, op. cit., p. 72). Quando o Imperador Justiniano se eleva ao poder, foram construídas, as maiores e mais luxuosas igrejas, que concentraram muita arte em suas edificações no período bizantino. “A arte bizantina tinha um objetivo: expressar a autoridade absoluta do imperador, considerado sagrado, representante de Deus e com poderes temporais e espirituais” (PROENÇA, 2001, p. 47). O apogeu da arquitetura bizantina pode ser vista na igreja Santa Sofia, construída a mando de Justiniano em meados de 532 d.C. “Ela foi, de longe, a maior das 30 igrejas ou mais que [Justiniano] ergueu em Constantinopla durante seu reinado. Sua estrutura em cúpula tornou-se a base de grandes catedrais renascentistas como as de São Pedro, em Roma, e São Paulo, Londres” (GLANCEY, 2001, p. 38).
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
No decorrer deste trabalho foi realizado uma breve analise no contexto histórico, desde a iniciativa de Jesus Cristo, em observar a opressão do seu povo (os judeus) e trazer uma mensagem inovadora, reflexiva, que foi de encontro com as tradições da época, gerando uma onda de perseguições a todos que confessavam esse novo credo. O principal objetivo de Jesus foi libertar os judeus do jugo do Império Romano, trazendo em seu discurso uma mensagem libertária e igualitária, causando uma revolução social na Palestina, onde muitas vezes através de parábolas, mencionou a questão da concentração de riquezas ( terras principalmente) nas mãos dos senhores das terras, ( referência ao Estado Romano) enquanto os pobres, diante disso, eram tributados com valores de 20% de sua produção para o templo judaico e 25% para o Império, o que geralmente levava o colono ao endividamento e exploração servil. A mensagem de Jesus inicialmente não causou um impacto forte na sociedade da Galileia, sendo vista apenas como sendo apenas mais uma religião pagã aos olhos dos imperadores, portanto com o tempo, foi vista como uma mensagem danosa a paz romana, conhecida como “Pax Romana”, e então esse desconforto ainda leve, segue-se até o período da grande primeira perseguição em 64 d.C, através do Imperador Nero, que submetia cristãos prisioneiros à verdadeiros shows de horrores, muitas vezes realizados no Coliseu de Roma. Sob diversos tipos de acusações, os cristãos seguiram até a pior delas no governo de Diocleciano, de 284 à 305 d.C, esse foi o pior momento para os cristãos, quando então aliviados no governo de Constantino que governou de 325, promulga o Edito de Milão, permitindo o culto cristão, isso promoveu uma calma sobre as perseguições e finalmente em 380, Teodósio, oficializa o culto, tornando o cristianismo como religião oficial de Roma. Após isso, surge as edificações de culto público, permitidas pelo estado e de caráter laico. Assim, se inicia as igrejas paleocristãs e construção das basílicas que tiveram seu clímax político cultural durante o governo de Justiniano, com a arte bizantina. O cristianismo desde seu surgimento, influenciou grandemente as sociedades da época, através de um novo prisma. Não basta falar que o cristianismo teve influência somente na religião, mas principalmente na política. Também é notório a forte influência nas artes, considerando aqui as belas artes das basílicas, como a igreja de Santa Sófia, São Pedro e São Paulo. A influência do cristianismo, desde as igrejas paleocristãs às grandes construções da Idade Média e do período bizantino, tem se estendido por grande parte do planeta, possibilitando um enorme leque de novas ideologias de matriz cristã. A missão da arqueologia sobre os patrimônios arquitetônicos ou edificados, é de extrema importância para trazer ao mundo informações seguras sobre épocas remotas, material que serve como subsídio para uma melhor compreensão do presente e do futuro. 
REFERÊNCIAS
BÍBLIA Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no
Brasil. 2. ed. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.
CAIRNS, Earl. O cristianismo através dos séculos. Uma história da
Igreja Cristã. Tradução de Israel Belo de Azevedo. 2. ed. São Paulo:Vida
Nova, 1995.
DIGESER, Elizabeth DePalma. The making of a Christian Empire: Lactantius and Rome. Ithaca: Cornell University Press, 2000.
DEIROS, Pablo A. (2005). Historia del cristianismo: los primeros 500años. Buenos Aires, Argentina: Ediciones del Centro. D’ ARAUJO FILHO, Caio F. Elias esta nas Rua. Belo Horizonte: Editora Betânia, 1990.
GOMBRICH, Ernst H. História da Arte. Rio de Janeiro: Ed. LTC, 2008. 16a edição.
GONZÁLEZ, Justo L. (1997). Uma história ilustrada do cristianismo: a era dos gigantes. São Paulo, SP: Edições Vida Nova.
GLANCEY, Jonathan. A História da Arquitetura. São Paulo: Ed. Loyola, 2007.
HORSLEY, Richard A.; SILBERMAN, Neil Asher. A mensagem e o Reino: como Jesus e Paulo deram início a uma revolução e transformaram o Mundo Antigo. São Paulo: Loyola, 2000. v. 1.
NICHOLS, Robert Hastings. História da Igreja cristã. São Paulo, SP: Casa editora presbiteriana 1992.
PROENÇA, Graça. A História da Arte. São Paulo: Ática, 2000.
SILVA, G. V. A relação Estado/Igreja no Império Romano (séc III e IV) In: Repensando o Império Romano: Perspectiva Socioeconômica, política e cultural. Rio de Janeiro: Mauad, 2006, p. 241-266.
TÁCITO, Cornélio. Anais. s/ed. Trad de: J. L. Freire de Carvalho, São Paulo: Editora
Brasileira, 1964.
VOLKMANN, Martin et al. Método histórico-crítico. São Paulo: CEDI, 1992.
KERESZTES, P. The Constitutio Antoniniana and the Persecutions under Caracalla. The American Journal of Philology. The Johns Hopkins University Press, vol. 91, nº. 4, 1970,
p.446-459.
ZEVI, Bruno. Saber Ver a Arquitetura. Coleção Mundo da Arte. São Paulo: Martins Fonte2, 2009. 6a edição.
SITE DA INTERNET
http://g1.globo.com/Noticias/0,,MUL923197-9982,00-NAZARE+E+NAO+BELEM+E+LOCAL+MAIS+PROVAVEL+DO+NASCIMENTO+DE+JESUS.html#:~:text=%22Embora%20Bel%C3%A9m%20n%C3%A3o%20possa%20ser,da%20Inf%C3%A2ncia%22%2C%20argumenta%20Vermes.
CROSSAN, Jean Dominic. O Jesus Histórico. Rio de Janeiro: Imago, 1994.

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