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BÁSICO - Mód III - 41ª AULA Escatologia - O Julgamento Final

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Teólogo Responsável: JUANRIBE PAGLIARIN. Graduado pela FAK – Faculdade Kurios/UFC. O que credencia um 
Teólogo é a criação de uma produção científica e teológica inédita. E isto o Pr. Juanribe Pagliarin fez ao reunir pela 
primeira vez na História os relatos de Mateus, Marcos, Lucas e João em um só, sem acrescentar nada à Palavra 
original, e dispondo os fatos na provável ordem cronológica em que ocorreram. Tal produção deu origem aos livros: 
JESUS - A VIDA COMPLETA e O EVANGELHO REUNIDO. 
 
NÍVEL BÁSICO - MÓDULO III 
Copyright © 2013 by JUANRIBE PAGLIARIN 
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei nº 9.610/98. 
É proibida a publicação, divulgação, transmissão, distribuição, contrafação (reprodução não autorizada) 
etc., total ou parcial sem a expressa anuência do autor e coautores. 
41ª AULA – Escatologia – O Julgamento Final 
Ao Palestrante: Ministre a aula com calma e propriedade fazendo as devidas leituras das referências Bíblicas que 
respaldam os comentários. 
“E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. 
E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras” (Ap 20:12). 
Para compreendermos melhor esta parte da Escatologia vejamos primeiro alguns conceitos 
sobre a morte. 
� A MORTE (hb. mawet, twemf; gr. thanatos, θάνατος) => A morte é um assunto que fascina e 
assusta as pessoas (Hb 2:15). Cada vez que um bebê nasce, ainda que seja difícil pensar nisso, 
tem-se uma certeza: um dia ele irá morrer (Ec 3:1, 2). Cientistas de todo o mundo vêm tentando 
prolongar a expectativa de vida do homem, levando em consideração que o ser humano já 
viveu até 969 anos (Gn 5:27). Pessoas com muito dinheiro pagaram para ter seu cérebro 
congelado com o intuito da Ciência conseguir uma forma de ressuscitar os mortos. É a criogenia 
humana: “técnica de manter cadáveres congelados anos a fio para ressuscitá-los um dia” 
(VERSIGNASSI). Chegam a cobrar R$ 352 mil (corpo inteiro) e R$ 146 mil (só a cabeça). 
Pfeiffer (2012) afirma que a morte é: 
O término da vida natural ou animal; o estado de ter cessado de viver, aquela 
separação, violenta ou não, entre a alma e o corpo através da qual termina a 
vida de um organismo. Portanto, a morte tem sido definida de várias maneiras, 
como a “separação do corpo e da alma” – Tertuliano; “a partida do espírito do 
corpo” – Cícero; “suspensão da união pessoal entre o corpo e a alma, seguida 
pela dissolução do corpo em elementos químicos e a introdução da alma 
naquele estado separado de existência ao qual poderá ser atribuído por seu 
Criador e Juiz” – A. A. Hodge. A morte pode ser considerada como uma 
experiência pela qual as conexões da pessoa com o mundo e a vida estão 
rompidas ou encerradas. Teologicamente falando, é o último acontecimento na 
história probatória de cada ser humano (PFEIFFER, 2012, p. 1308). 
Assim sendo, e baseados em Eclesiastes 12:7 “E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte 
a Deus, que o deu”, entendemos que quando alguém morre o espírito dado por Deus ao 
homem volta para Ele. Como poderia o homem ressuscitar alguém se quem dá a vida é Deus? 
(Gn 2:7; Jó 33:4). 
A Bíblia refere-se a três tipos de morte: a morte física, a espiritual e a eterna. A 
morte física é o término da vida do corpo, ocasionado pela saída do espírito. O 
corpo volta à terra e o espírito volta a Deus (Ec 12:7). A morte espiritual é a que 
 
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ocorre no plano espiritual e consiste na separação do espírito do homem e Deus. 
Toda a humanidade encontra-se nesta condição, até que se reconcilie por meio 
de Cristo (Is 59:2; Ef 2:1-3). A morte eterna acontece no além, e consiste numa 
condição de existência totalmente separada de Deus e dos seus favores, sob 
punição, para todo o sempre (II Ts 1:6-9). A Bíblia chama isso também de 
“segunda morte, o lago de fogo” (Ap 20:14; 21:8) (SEVERA, 2010, p. 413). 
A morte chegou à vida do ser humano por causado pecado, mas Jesus venceu a morte (II Tm 
1:10), tem todo o poder sobre ela (Ap 1:18) e, no futuro, a vitória sobre a morte em nossas 
vidas chegará através da ressurreição (Rm 8:11; I Co 15:26, 52; I Ts 4:16, 17). É importante 
lembrarmos que a morte do corpo não significa a morte do espírito! 
� A IMORTALIDADE DA ALMA => “Na Bíblia, imortalidade é uma condição em que o 
indivíduo não está sujeito à morte ou a qualquer influência que possa levar a ela” (SEVERA, 
2009, p. 419). Veja: Mt 10:8; Lc 16:19-31; Ap 6:9-11. 
A imortalidade pode ser definida pelo estado de ausência definitiva de morte e 
de absoluta incorruptibilidade que reside completa e eternamente em Deus, e de 
forma relativa e derivada no homem. Este artigo é limitado aos vários aspectos 
da imortalidade do homem conforme revelado nas Escrituras. O plano eterno de 
Deus. O plano de Deus envolvia não apenas a criação do homem, mas também 
a redenção de parte da posteridade do homem caído, pela graça de Deus 
oferecida aos homens pecadores, através da morte expiatória de Jesus Cristo 
(Gn 1:26-28; 3:15; Is 53:1-12; Jo 3:14-16; Rm 3:21-30; Ef 2:1-10). Este plano 
considerava o homem como um ser criado cuja vida iria continuar para sempre. 
Aqueles que fazem parte da posteridade do homem pecador, que de forma 
salvadora entram no reino da graça de Deus, tornam-se herdeiros da vida eterna 
em Cristo Jesus (Jo 17:2, 3; At 13:48; Rm 8:28-30; Ap 13:8); mas aqueles que 
fazem parte da posteridade do homem pecador, que rejeitam a oferta de 
salvação em Cristo, tornam-se objeto da ira eterna de Deus (Mt 25:41, 46; Rm 
2:5-9; 9:22; II Ts 1:8, 9; II Pe 2:9; 3:7; Ap 14:9-11). Fica evidente, portanto, que 
os decretos de Deus desde a eternidade tinham em vista uma criatura chamada 
homem, cujo destino, quer no céu ou no inferno, seria eterno. Assim, a 
imortalidade do homem é parte integral do plano eterno de Deus (PFEIFFER, 
2012, p. 957). 
� O ESTADO INTERMEDIÁRIO => É chamado assim porque indica o período entre a 
morte da pessoa e a ressurreição para o arrebatamento ou para o Juízo Final. Os primeiros 
cristãos não pensaram muito acerca do estado intermediário, pois aguardavam a Segunda 
Vinda de Cristo para aqueles dias. Mas com o passar do tempo, sem que Jesus tivesse voltado, 
começou-se a pensar acerca do que aconteceria com aqueles que morressem em Cristo até a 
ressurreição. Severa (2009, p. 426-7) diz que a maioria dos Pais da Igreja (sucessores dos 
apóstolos) “concordou com a existência de um estado transitório entre a morte e a 
ressurreição”. Mais tarde, na escola alexandrina, o estado intermediário passou a ser visto como 
purificação progressiva da alma, o que com o tempo levou a formulação da “doutrina católica 
do purgatório e do limbus patrum, sendo este o lugar onde os santos do Antigo Testamento 
(AT) teriam ficado até a ressurreição de Cristo”. Tanto a doutrina do purgatório quanto a 
doutrina do Estado Intermediário foram rejeitadas pelos reformadores. “Eles ensinaram que os 
crentes quando morrem entram imediatamente na bem-aventurança do céu, enquanto que os 
ímpios, ao morrerem, descem imediatamente ao inferno” (SEVERA, 2009, p 427). 
A Bíblia nos diz que os mortos estão numa existência consciente (Lc 16:19-31; II Co 5:6-9; Fp 
1:23; Ap 6:9, 10). Isto quer dizer que após a morte a pessoa tem consciência do que lhe 
 
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aconteceu e sabe onde se encontra. Os justos estão na presença de Cristo aguardando a 
ressurreição para receberem os seus galardões enquanto os ímpios estão sob castigo e 
sofrimento, aguardando o seu destino eternofinal. 
Segundo a Igreja Católica, as almas dos que não estão perfeitamente 
purificados, que ainda levam sobre si a culpa de pecados veniais e não sofreram 
o castigo temporal devido aos seus pecados, depois da morte têm de passar por 
um processo de purificação no purgatório, antes de poderem entrar na bem-
aventurança do céu. O purgatório é um lugar de purificação e de preparação 
para o céu. Ali o cristão sofre a angústia resultante da perda da bendita visão de 
Deus, e também padece dores que afligem a alma, em intensidade que varia de 
acordo com o grau de purificação necessária. O sofrimento pode ser aliviado e 
abreviado pelas orações e boas obras dos fiéis na terra, e especialmente pelo 
sacrifício da missa. É prerrogativa do papa conceder indulgências, abrandar 
sofrimentos no purgatório e acabar com ele. A base para a doutrina do 
purgatório é a tradição da Igreja, que já tinha uma prática de orar, celebrar 
missa e dar ofertas em benefício dos mortos, e um texto apócrifo de II Macabeus 
12:43-45 (SEVERA, 2009, p. 433-4). 
Além do “purgatório”, a Igreja Católica também fala de dois outros lugares onde ficariam os 
mortos: o “limbo das crianças” e o “limbo dos pais”. O primeiro é o lugar para onde vão as 
almas das crianças que morrem sem ser batizadas e por isso não podem entrar no Reino dos 
Céus. Elas ficam nesse lugar eternamente, sem, no entanto, sofrer com isso. Tal ideia contraria a 
Palavra que diz que o Reino dos Céus pertence às crianças (Mt 19:13-15; Mc 10:13-16; Lc 
18:15-17). O segundo é o lugar para onde foram as almas dos santos do AT e lá ficaram até a 
ressurreição de Jesus Cristo. Tal doutrina não tem base bíblica. 
No dia seguinte, Judas e seus companheiros foram tirar os corpos dos mortos, 
como era necessário, para depô-los na sepultura ao lado de seus pais. Ora, sob 
a túnica de cada um encontraram objetos consagrados aos ídolos de Jâmnia, 
proibidos aos judeus pela Lei: todos, pois, reconheceram que fora esta a causa 
de sua morte. Bendisseram, pois, a mão do justo juiz, o Senhor, que faz 
aparecer as coisas ocultas, e puseram-se em oração, para implorar-lhe o perdão 
completo do pecado cometido. O nobre Judas falou à multidão, exortando-a a 
evitar qualquer transgressão, ao ver diante dos olhos o mal que havia sucedido 
aos que foram mortos por causa dos pecados. Em seguida, organizou uma 
coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil dracmas, para que se oferecesse 
um sacrifício pelos pecados. Belo e santo modo de agir, decorrente de sua 
crença na ressurreição! Pois, se ele não julgasse que os mortos ressuscitariam, 
teria sido vão e supérfluo rezar por eles. Mas, se ele acreditava que uma 
belíssima recompensa aguarda os que morrem piedosamente, era esse um bom 
e religioso pensamento. Eis por que ele pediu um sacrifício expiatório para que 
os mortos fossem livres de suas faltas (II Macabeus 12:39-46). 
O texto acima, retirado da Bíblia Católica Ave Maria, foi onde basearam sua doutrina do 
purgatório, que foi considerada correta pelo Concílio de Trento (realizado de 1545 a 1563), 
porém o livro de Macabeus não foi aceito no cânon Judaico, assim não podemos dizer que tal 
doutrina tenha base bíblica, histórica ou teológica. Na verdade, acreditar no Purgatório é negar 
o sacrifício feito por Jesus Cristo e que Ele é o único Mediador entre Deus e os homens (I Tm 
2:5; Hb 4:15, 16). 
� O JUÍZO FINAL => O Juízo Final será um grande julgamento perante o qual todos os 
ímpios mortos de todas as épocas e vivos comparecerão diante do Grande Trono Branco após 
findar o período do Milênio (Ap 20:7-10). Como diz claramente na Palavra, findo o Milênio, 
 
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Satanás será libertado do abismo onde ficou preso por todo o tempo do Reinado de Cristo na 
Terra, e sairá a enganar a muitos, levando-os a se insurgirem contra Deus em mais uma vã 
tentativa de sair vencedor. Porém, perde a batalha e dessa vez eternamente, e é lançado no 
Lago de Fogo e Enxofre para sempre. Logo após acontecerá o Juízo Final. 
Tribunal de Deus em que todos os mortos de todas as épocas serão 
ressuscitados, corpo e alma outra vez reunidos (Mt 10:28) para serem julgados 
pelo Juiz incorruptível e justo (Is 11:1-5, Jo 5:27). Jesus falou sobre este dia em 
diversas ocasiões (Mt 25:31-46; Jo 5:28, 29), e o Livro de Apocalipse o detalha 
em 20:11-15. [...] Para o Dia do Juízo, o mar, a morte e o além entregarão os 
mortos que neles existirem, e o Senhor há de julgar, segundo suas obras, tanto 
os vivos quanto os mortos, poderosos e humildes, grandes e pequenos 
(pequenos no sentido de status financeiro e social e não em idade). Todos hão 
de comparecer a este grande julgamento, sem exceção, quando será feita a 
última separação entre os que receberam o seu apelo amoroso para que se 
arrependessem (Ap 20:11-13). Jesus, o Juiz dos vivos e dos mortos, garantiu 
que aqueles que Nele creem não entrarão em condenação e nem passarão pelo 
Juízo Final (Jo 5:23-25, Rm 8:1). Neste dia “os justos resplandecerão como o 
sol, no reino do seu Pai” (Mt 13:43; II Co 5:10) (PAGLIARIN, 2012, p. 261). 
BIBLIOGRAFIA 
BÍBLIA, Português. Bíblia Sagrada: Edição Catequética Popular. Antigo e Novo Testamento. Edição Claretiana 
Revisada. São Paulo, SP. Editora Ave-Maria, 2010. 
HINDSON, Ed, LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Tradução: James Monteiro dos 
Reis e Degmar Ribas. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. 
PAGLIARIN, Juanribe. Jesus, A Vida Completa. 26ª Ed. São Paulo: Bless Press, 2012. 
PFEIFFER, Charles F. et al. Dicionário Bíblico Wycliffe. Tradução: Degmar Ribas Júnior. 5ª ed. Rio de 
Janeiro: CPAD, 2009. 
SEVERA, Zacarias de Aguiar. Manual de Teologia Sistemática. 5ª ed. Curitiba, Paraná: Editora Santos, 2010. 
VERSIGNASSI, Alexandre. O que é criogenia humana? Disponível em: 
<http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-e-criogenia-humana>. Acesso em: 19 mar. 2013. 
 
QUESTIONÁRIO DA 41ª AULA 
Todas as questões devem ser respondidas com as suas palavras. Não copie do texto! 
1. Com base em Eclesiastes 12:7 explique o que é a Morte. 
2. O que é a Morte Física? 
3. O que é a Morte Espiritual? 
4. O que é a Morte Eterna? 
5. Fale com suas palavras acerca da Imortalidade da Alma. 
6. O que é o Estado Intermediário? 
7. O que é Purgatório? Tal doutrina é encontrada na Palavra de Deus? Justifique a sua resposta, referenciando na 
Bíblia. 
8. Diferencie o Limbo das Crianças e o Limbo dos Pais e depois explique em poucas palavras, usando referências 
bíblicas, o motivo dessas doutrinas não serem aceitas pelos judeus ou pelos protestantes. 
9. Na verdade, acreditar no Purgatório é negar o sacrifício feito por Jesus Cristo e que Ele é o único Mediador entre 
Deus e os homens (I Tm 2:5; Hb 4:15, 16). Explique esta afirmativa. 
10. Fale sobre o Juízo Final. (De 5 a 10 linhas). 
 
Autoria: Pr. Juanribe Pagliarin 
Coautoria e revisão: Pr. Romildo Flôres, Ev. Cristiane Carvalho, Daniela Louback Porto, Pr. 
Fabio Martins 
 
CONTATOS: tiraduvidascursogratis@hotmail.com; 
reclamacoescursosdeteologia@gmail.com; 
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