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HISTÓRIA NAVAL Aula 13 Prof. Giovanni Mannarino Monitora: Mônica El-Jaick Fim da Monarquia e Início da República Na aula anterior estudamos a guerra do Paraguai, que foi o auge da monarquia brasileira, mas também sua decadência. Consequências da guerra: - Integração Nacional (identidade brasileira começa a ser forjada) - Altos custos financeiros - Contradições em relação à escravidão - Empoderamento do Exército (no entanto eles não ganham cargos ou comandos na monarquia, apesar do seu prestígio após a guerra. Gera sentimento de mágoa em relação à monarquia) - Difusão do republicanismo ( Brasil era a única monarquia nesse conflito) - Auge e início do declínio da Monarquia Luta contra a escravidão- Brasil lutava pela liberdade, mas obrigava os escravos a ir para a guerra. Os outros países já tinham dado início ao processo abolicionista. Principais agentes: - Pressões internacionais; - fim do tráfico; - abolicionismo; - resistência escrava (quilombos, revoltas, etc.) - Sociedade Brasileira Contra a Escravidão - Caifazes (organizavam fugas em massa em SP) Legislações: - Lei do Ventre Livre (1871); Aprovada no fim da guerra do Paraguai. Obrigava os filhos de escravos a trabalhar por determinado tempo. - Lei do Sexagenário (1885); Movimento ganha nova força. - Lei Áurea (1888); Donos de escravos insatisfeitos por não receberem indenizações. Crise social. Além disso houve a crise religiosa (igreja proíbe em Roma que os maçons participam, mas a maioria da elite era Maçon) e a crise militar que já citamos. Proclamação da República (1889) - República Velha (1889 – 1930). Dividida em duas partes: - República da Espada (1889 – 1894) – Predomínio de militares. a) Deodoro da Fonseca – Presidente provisório. Medidas: Grande Naturalização: Dá direito aos estrangeiros que viviam no Brasil de terem a cidadania brasileira. Separação entre Estado e Igreja (estado laico, fim do padroado / casamento e registro civil). Constituição de 1891: federalismo, presidencialismo, três poderes (diferente da Const. de 1824), eleição direta e voto aberto. Poder distribuído. Encilhamento: emissão de papel moeda, especulação financeira, inflação. Grande desastre. Deodoro, que era presidente provisório, consegue se eleger primeiro presidente oficial. Eleição de Deodoro → golpe → Primeira Revolta da Armada → renúncia; 1991 – Almirante Custódio de Melo. Primeira Revolta da Armada. Levante da Marinha contra a tentativa de golpe por parte de Deodoro. Por isso ele acaba renunciando. Com isso, chega ao poder seu vice, Floriano Peixoto. Ocorre que a Constituição previa que se a renúncia fosse nos dois primeiros anos do mandato, o vice teria que convocar eleições. Floriano não aceita e diz que terminaria o mandato. Isso foi interpretado como um novo golpe na república. Ocorre então, em 1892, a segunda revolta da armada. “Marechal de ferro”. A primeira revolta não teve combates, mas a segunda sim, em Niterói. Revoltosos fogem para a Ilha do Desterro onde se unem aos gaúchos da Revolta Federalista (disputa entre lideranças gaúchas). A cidade do RJ era o Distrito Federal. A capital era Niterói, mas acabou transferida para Petrópolis. - Dura repressão pelas tropas do governo - Contratação da ‘Esquadra Flint’ pelo governo, já que parte da Marinha tinha se revoltado contra o governo. - Floriano recebe o apelido de “Marechal de Ferro”. Primeira revolta- Vitoriosa Segunda revolta- Derrotada por Floriano. - República Oligárquica (1894 – 1930)- Protagonismo dos fazendeiros. - Domínio político dos Cafeicultores; - Coronelismo e Política dos Governadores; - Política do Café-com-leite; Aliança entre o governador e os coronéis. Troca de favores – mobilização de votos. Os estados mais poderosos eram MG e SP. Revolta da chibata- 1910 (Revolta dos marinheiros) Abolição pouco muda a condição de negros e pardos no Brasil. Permanece a desigualdade e exclusão; - Marinha sendo modernizada atraia atenção; - Reação contra o recrutamento forçado e os castigos físicos; Marinheiros amotinados, liderados por João Cândido, tomam navios estacionados na Guanabara (inclusive parte da Esquadra recém adquirida em 1910 – Encouraçado Minas Gerais). A modernização da marinha é usada a favor da revolta. Era contra os castigos físicos e recrutamento forçado. O comandante do Encouraçado, Capitão-de-mar-e-guerra Batista das Neves, é morto no levante. Governo aceita as exigências e concede anistia aos amotinados, mas depois de novas revoltas muitos são presos e deportados. QUESTÕES Ao longo do período conhecido como República Velha, foi comum a interferência dos militares da marinha nos rumos políticos da nação. Exemplos disso são a Primeira e a Segunda Revolta da Armada. Sobre estes movimentos é correto afirmar que: a) A Primeira Revolta da Armada tinha como objetivo evitar a perpetuação de Floriano Peixoto no poder exigindo a convocação de eleições. b) Derrotados na capital federal, os líderes da Primeira Revolta da Armada buscam refúgio e apoio dentro entre os participantes da Revolta Federalista no sul do Brasil. c) A partir da Primeira Revolta da Armada, a tentativa de golpe do Marechal Deodoro foi frustrada. d) A Segunda Revolta da Armada atingiu os seus objetivos concretizando a marinha do Brasil como relevante agente político nacional. e) Após a derrota do movimento, as lideranças da Primeira Revolta da Armada foram punidas pelo governo. Gabarito: C "Num momento em que a Marinha se reforma e tenta assimilar as técnicas modernas, seu elemento humano e seu mecanismo disciplinar ainda são regulados por códigos dos séculos XVIII e XIX. Os maus-tratos se somam à freqüência dos castigos corporais. O trabalho é duro e excessivo." (Edgard Carone - "A República Velha") O texto acima diz respeito: a) à Revolta da Armada do Almirante Custódio de Melo, que derrubou Deodoro da Fonseca. b) à expedição que se dirigia à Bahia para combater Canudos. c) à modernização da Marinha pelo Almirante Cochrane e eliminação dos maus-tratos. d) às reclamações trabalhistas e por melhores condições de trabalho dos oficiais da Marinha. e) à rebelião dos marinheiros chamada "Revolta da Chibata", comandada pelo "Almirante Negro", João Cândido. Gabarito: E
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