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GIOVANA SANTA MARIA 1 FPM V GINECOLOGIA Assoalho pélvico + fáscia dos órgãos = evita o deslocamento das estruturas pélvicas e auxiliam na continência Aparelho de sustentação (músculos do períneo) + aparelho de suspensão = estática pélvica Aparelho de sustentação: Aparelho de suspensão: • Formado por tecido conjuntivo e musculatura lisa • Constituído por 3 pares de feixes Obs: e o ligamento redondo? Não faz parte da suspensão pélvica (Procidência ou descenso): Deslocamento caudal de um órgão pélvico através da vagina, ocorrendo em diferentes graus Rompimento do equilíbrio entre o aparelho de suspensão e o de sustentação. Pode ser causado por fatores congênitos (enfraquecimento dos aparelhos), ou por aumento da pressão intra-abdominal. FATORES DE RISCO: • Gestação • Parto vaginal: 2x maior a cada parto • Menopausa: hipoestrogenismo e processos degenerativos • Aumento crônico da pressão abdominal: constipação crônica, DPOC, obesidade • Traumatismo do assoalho pélvico • Raça • Obesidade • Distúrbios de tecido conjuntivo (colágeno) QUADRO CLÍNICO: ➔ Sintomas de abaulamento: o Sensação de abaulamento ou protusão vaginal o Pressão pélvica ou vaginal o Sensação de peso na pelve ou na vagina ➔ Sintomas urinários o Incontinencia urinária o Urgência miccional GIOVANA SANTA MARIA 2 FPM V GINECOLOGIA o Jato urinário fraco ou prolongado o Sensação de esvaziamento incompleto o Redução manual do prolapso para iniciar ou completar a micção o Alterção de posição para iniciar ou completar a micção ➔ Sintomas sexuais: o Dispareunia o Redução da lubrificação o Redução da sensibilidade e orgasmo ➔ Sintomas intestinais o Incontinencia de fezes ou flatus o Sensação de esvaziamento incompleto o Grande esforço evacuatório o Compressão da vagina ou períneo para iniciar evacuação o Sensação de bloqueio ou obstrução durante evacuação ➔ Dor: o Dor pélvica o Dor lombar baixa o Dor na vagina, reto ou bexiga CLASSIFICAÇÃO: ➔ Cistocele= prolapso de parede anterior ➔ Retocele= prolapso de parede posterior ➔ Enterocele/ uterocele= prolapso apical CLASSIFICAÇÃO EM RELAÇÃO AO INTROITO VAGINAL: ➔ Ponto de referência= introito vaginal (resquício de hímen) CLASSIFICAÇÃO DO POP-Q (atual): ➔ Ponto de referência= introito vaginal (resquício de hímen) ➔ Todos os pontos devem ser medidos durante a manobra de valsalva e devem refletir a protrusão máxima do prolapso; ➔ Analisados 9 pontos localizados nas paredes vaginais anterior e posterior e o ápice vaginal Aa: parede anterior → cistocele – PONTO FIXO: -3 cm Ap: parede posterior → retocele – PONTO FIXO: -3 Ba: medido na manobra de valsalva: ponto de maior prolapso – SE NÃO TIVER PROLAPSO, Ba=Aa= -3 Bp: mesma relação de Ba, mas com Ap C: da carúncula himenal até o colo uterino (normal= -7; - 8) D: carúncula himenal até fundo de saco (se não tiver útero, apresenta-se não preenchido) CVT: comprimento vaginal total Gh: da uretra até parte posterior da vagina (de 2 a 3 cm) Pb: da parte posterior da vagina, até o ânus GIOVANA SANTA MARIA 3 FPM V GINECOLOGIA Exemplo de normalidade: A: prolapso apical e de parede anterior, grau 4 B: retocele grau 1? cistocele grau 1 e retocele grau 2? INVESTIGAÇÃO INICIAL: Questionario de impacto na vida da paciente com prolapso (capacidade de avaliar tarefas...) O DIAGNÓSTICO É CLÍNICO! EXAME FÍSICO: avaliação completa de todo o organismo para identificar patologias fora da pelve GIOVANA SANTA MARIA 4 FPM V GINECOLOGIA • Ispeção estática e dinâmica – “sem tocar a paciente” o A protusão ultrapassa o hímen? o Qual a apresentação do prolapso? (anterior, posterior ou apical) o O hiato genital encontra-se significativamente alargado com aumento da pressão intra-abdominal? • Exame especular: medidas do POP Q o Medir hiato genital e corpo perincal durante valsalva; o Medir comprimento vaginal total o Introdução do espéculo, medir pontos C e D o Introdução de afastador vaginal e medida dos pontos Aa e Ba o Afastador girado 180º e procede-se com medida de Ap e Bp o Observar se há movimentos peristálticos (em cado de protusão de parede posterior) Ou procidência de parede anterior 2 formas: • DEFEITO CENTRAL/ DE DISTENSÃO o Defeito central da fáscia vesicovaginal de suporte da uretra; o Mucosa vaginal perde sua rugosidade, diminui a espessura e os sulcos anterolaterais da vagina são mantidos. • DEFEITO LATERAL/ PARAVAGINAL o Perda da fização da fascia pubovesicocervical (de suporte) ao arco tendíneo o Mantém espessura e rugosidade da mucosa vaginal, com apagamento dos sulcos anterolateais da vagina Tratamento: • Mulheres assintomáticas sem resíduo pós- miccional → não necessitam de tratamento; • Tratamento conservador: pessário vaginal e exercício da musculatura pélvica (kegel – contração consciente dos musculos antes e durante períodos com aumento na pressão abdominal – pode ser usado em grau 1 e 2 – indicado no pós operatório de forma adjuvante) • Tratamento do defeito central: colporrafia anterior: abertura na parede vaginal anterior e na plicadura da fáscia pubovesical na linha medica. Exerese da mucosa vafinal • Tratamento de defeito lateral: reinserção da fáscia pubovesicocervical ao arco tendíneo da fáscia endopelvica Herniação do reto, resultado do enfraquecimento da fáscia retovaginal e dos seus pontos de fixação às margens dos musculos elevadores do ânus. Tratamento: • Conservador • Colporradia posterior com plicatura da fáscia retovaginal • Colpocleise de lefort: procedimento obliteratico; indicado em pacientes idosas, e condições cirúrgicas desfavoráveis e sem expectativas de atividade sexual; GIOVANA SANTA MARIA 5 FPM V GINECOLOGIA RESUMO: Causado por lesão nos parametrios, que garantem suporte do colo uterino e da cúpula vaginal • Prolapso uterino – uterocele • Prolapso de cúpula vaginal (pacientes sem útero) • Enterocele – hernia do fundo de saco de douglas; defeito na fascia endopélvica, que coloca o peritônio em contato direto com a vagina ; normalmente aparece após histerectomias Tratamento – prolapso uterino: • Casos assintomaticos não necessitam de tratamento • Conservador: exercicios de Kegel e pessários • Cirurgico: o Estadios I e II: cirurgia de manchester – amputação da porção vaginal do colo uterino e fixação dos ligamentos cardinais na face anterior do coto cervical, para elevar o útero e deslocar posteriormente o colo do utero (não usa mais) Tratamento – prolapso de cupula vaginal: Via abdominal: • Colpossacrofixação: fixa a cupula vainal ao osso sacro; recorrencias menores, bons resultados anatomicos e funcionais e menos dispareunia; Via vaginal: • Corração com fixação nos ligamentos uterossacrais Toda e qualquer perda urinária involuntária FATORES DE RISCO: • Idade • Paridade • Obesidade GIOVANA SANTA MARIA 6 FPM V GINECOLOGIA • Cirurgias prévias • Tabagismo CLASSIFICAÇÃO: • Por esforço • Por urgência • Mista ANATOMIA VESICAL FISIOLOGIA VESICAL: Mecanismos de continência: • Pressão vesical: enchimento • Pressao do esfincter > p vesical • Musculatura do assoalho pélvico Doença no assoalho pelvico, que causa defeito esfincteriano intrínseco da uretra ou hipermobilidade SINTOMAS: perda de urina quando alta pressão intra- abdominal, disúria, hesitação, sensação de esvaziamento incompleto CAUSAS: genética, gestações, obesidade, constipação Defeito no musculo detrusor durante a fase de enchimento vesical SINTOMAS: desejo incontrolágel miccional, pode haverdisúria, polaciúria, noctúria CAUSAS: idiopática, doenças neurológicas (parkinson e alzheimer) AVALIAÇÃO CLÍNICA ANAMNESE: • Tipo de perda urinária • Ingesta de cafeína GIOVANA SANTA MARIA 7 FPM V GINECOLOGIA • Uso de diuréticos • Hábitos miccionais • Ingesta hídrica EXAME FÍSICO: • Não é necessário demosntrar objetivamente a perna urinária → DIÁRIO MICCIONAL EXAMES COMPLEMENTARES: URINA TIPO 1 + URINOCULTURA • Afastar infecção • Se hematuria, investigar • Se inocente: seguir urodinâmica URODINÂMICA • Avalia enchimento e esvaziamento vesical • Urofluxemetria livre o Urina coletada por transdutor o Traçado o fluxo da urina o Fluxo maximo (pelo menos Q=15ml/s) o Demonstra o vol/tempo normal alterado • CISTOMETRIA: sonda na bexiga o 1º desejo de urinar: 20 a 30% da capacidade da urina → avaliação da sensibilidade → Normal ocorrer entre 150-200ml o Forte desejo miccional → 300 a 400ml o Capacidade ciscométrica máxima → 500 a 600ml o Complacência: o quanto a bexiga distende a medida em que oferece volume → normal de 10 a 100 ml/cm o Avaliação da pressão do detrussor → analise de hiperatividade Incont. Por esforço (p. vesical aumenta por conta da p. abdominal – tosse, por exemplo) Incont. De urgÊncia – bexiga hiperativa Inc. por bexiga hiperativa GIOVANA SANTA MARIA 8 FPM V GINECOLOGIA • Manobras de esforço: realiar manobras de valssalva quando a bexiga estiver cheia, para verificar em qual pressão há perda urinária Diferenciação: TRATAMENTO INCONTINENCIA DE ESFORÇO Conservador: • Conduta observadora: em quadros leves, risco cirúrgico proibitico, pouco comprometimento anatômico; o Exercicio de kegel o Pessários • Tratamento farmacologico: o Duloxetina: IRSS o Agonista alfa adrenérgico: contração do colo vesical e esfinceter uretral, diminuindo eliminação urinária o estrogênio tópico: muheres com atrofia e no pré-operatório. 1x por dia, por 2 semanas e depois 2x semana. Cirurgia: Para falhas no tratamento da conduta conservadora ou achados moderados Objetivo: reposicionar e sustentar a uretra em sua forma anatomica • VLPP >90 → hipermobilidade uretral → cirurgia de Burch • VLPP < 60 → insuficiencia de esfíncter → cirurgia de sling TRATAMENTO BEXIGA HIPERATIVA: Tratamento prioritariamente clínico, com mudança de estilo de vida Farmacos: anticolinérgicos Outras opções: injeção vesical de toxina butolinica, eletroestimulação
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