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apol nota 100 analises literarios

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Questão 1/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Considere o extrato de texto:
“[...] Doctor Faustus está ligado à ascensão do nazismo na Alemanha e à última guerra mundial. [...] o narrador do Doctor Faustus escreve: ‘Em certas passagens, o leitor talvez tenha subestimado o número de dias e de semanas que já tive de consagrar à biografia do meu amigo; de igual modo, talvez me creia aquém da época em que traço as presentes linhas. Com risco de vê-lo sorrir da minha pedanteria, julgo oportuno indicar que, desde o dia em que comecei estas notas, quase um ano se passou e que, enquanto escrevia os últimos capítulos, entrávamos em Abril de 1944. Naturalmente, entendo por esta data aquela em que a minha atividade se exerce, não aquela em que deixei a minha narrativa e que se situa no Outono de 1912, vinte meses antes do detonar outra guerra [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOURNEUF, Roland; OUELLET, Réal. O universo do romance. Trad. de José Carlos Seabra Pereira. Coimbra: Almedina, 1976. p. 188,189.
Levando em conta o extrato textual e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o “tempo do assunto do romance” e o “tempo do autor”, segundo Mendilow, analise as assertivas, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	Na narrativa moderna há um compromisso com a continuidade, uma convenção derivada da épica.
	
	B
	Para Mendilow, existe apenas uma única modalidade de romance praticada atualmente.
	
	C
	Para o crítico, a distância entre o tempo da narração e o tempo narrado é sempre o mesmo nos romances modernos.
	
	D
	Para Mendilow, a narração pode focalizar o passado, como ocorre no romance histórico.
Você acertou!
Comentário: A alternativa está correta, pois “há a possibilidade de a narração focalizar o passado, caso do romance histórico, ou o futuro, que o autor qualifica como romance utópico, mas podemos pensar na ficção científica” (livro-base, p. 180).
	
	E
	A narração não pode focalizar o futuro, uma vez que é intangível para o autor.
Questão 2/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Considere a citação:
“O anti-herói não se define como a personagem que carrega defeitos ou taras, ou comete delitos e crimes, mas a que possui debilidade ou indiferenciação de caráter, a ponto de assemelhar-se a toda a gente. [...] Na verdade, o herói identifica-se por atos de grandeza no bem ou no mal, enquanto o anti-herói não alcança emprestar altitude ao seu comportamento, seja positivo, seja negativo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. São Paulo: Cultrix, 1974. p. 29.
 
 
Tendo em conta a citação e os conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a personagem caracterizada como “anti-herói”, analise as assertivas e assinale a correta.
  
Nota: 10.0
	
	A
	O uso do termo herói indica que essa personagem será heroica no sentido épico.
	
	B
	O aparecimento do anti-herói resultou da progressiva desmitificação do herói romântico, ou seja, de sua crescente humanização.
Você acertou!
Comentário: A alternativa está correta, pois “a expressão anti-herói é usada para acentuar a condição do indivíduo oprimido pelas forças sociais ou ambientais, cujas reações são anuladas por outros poderes. Seu estatuto decorre da desmistificação do herói romântico” (livro-base, p. 83).
	
	C
	Na estrutura narrativa, a posição do anti-herói é, do ponto de vista funcional, totalmente diferente da posição do herói, pois o anti-herói atua como antagonista.
	
	D
	A personagem caracterizada como anti-herói foi marcante e frequente na produção anterior ao Renascimento; a partir daí, a figura do herói prevaleceu.
	
	E
	O herói romântico é marcado pela desqualificação, banalização, defeitos e limitações.
Questão 3/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Considere o excerto do poema abaixo, escrito pelo poeta simbolista Cruz e Souza:
“Braços nervosos, brancas opulências
brumais brancuras, fúlgidas brancuras,
alvuras castas, virginais alvuras,
latescências das raras latescências. [...]”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: OLIVEIRA, Silvana. Análise do texto literário: poesia. Curitiba: Editora InterSaberes, 2017. p. 117.
Considerando o fragmento e os conteúdos da Videoaula 4 – Figuras de Linguagem, é possível afirmar que a aliteração é uma figura de linguagem que se caracteriza:
Nota: 10.0
	
	A
	pela repetição do som consonantal.
Você acertou!
Comentário: De acordo com a Rota de Aprendizagem, Aula 4, Tema 1 (Figura de sonoridade: aliteração – 1’25” a 10’), a aliteração é uma figura de sonoridade caracterizada pela repetição de sons consonantais, buscando a criação de um ritmo para todo o poema.
	
	B
	pela repetição de palavras ao longo do poema.
	
	C
	pelo uso de ideias controversas ou contrárias.
	
	D
	pela criação de ritmo a partir de sons vocálicos.
	
	E
	pela inversão e contorção sintática.
Questão 4/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Examine o trecho de texto:
“[...] a grande obra de arte literária (ficcional) é o lugar em que nos defrontamos com seres humanos de contornos definidos e definitivos, em ampla medida transparentes, vivendo situações exemplares de um modo exemplar (exemplar também no sentido negativo). Como seres humanos, encontram-se integrados num denso tecido de valores de ordem cognoscitiva, religiosa, moral, político-social e tomam determinadas atitudes em face desses valores”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ROSENFELD, Anatol. Literatura e personagem. In: CANDIDO, Antonio et al. A personagem de ficção. 9. ed. São Paulo: Perspectiva, 1995. p. 45.
Tendo por referência o trecho de texto e de acordo com os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre “a personagem”, sabe-se que é um dos principais elementos constitutivos da narrativa. Analise a única alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	A difusão do estudo da personagem, no Brasil, contou com a iniciativa pioneira dos integrantes da Semana de Arte Moderna de 1922.
	
	B
	A crítica marxista buscou explicar o modo de ser das personagens pelo modo de ser do autor.
	
	C
	O caráter modelar do herói, com efeitos moralizantes, é desprezado nas narrativas de ficção medievais.
	
	D
	A crítica biográfica surge no século XXI, buscando explicar o comportamento das personagens em razão de seus aspectos biográficos e do meio em que vivem.
	
	E
	Em qualquer tipo de narrativa de ficção, a personagem é quem promove ou sofre as ações relatadas.
Você acertou!
Comentário: A alternativa está correta, pois “Quem promove ou sofre as ações relatadas na prosa ficcional é a personagem. Esse componente da narrativa desde cedo mereceu a atenção dos teóricos, condicionados à importância do herói. A lição da Antiguidade grega, calcada no princípio da imitação, a mimesis aristotélica, herdada pelo poeta latino Horácio, que associou ao entretenimento a função pedagógica da arte poética, teve longo curso. Nas narrativas medievais, entrando na Idade Moderna, acentuam-se o caráter modelar do herói, com efeitos moralizantes” (livro-base, p. 70).
 
Questão 5/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Leia o fragmento de texto:
“Rejeitando qualquer dogmatismo reducionista que originaria uma classificação rígida e estática, os formalistas russos conceberam o gênero literário como uma entidade evolutiva, cujas transformações adquirem sentido no quadro geral do sistema literário e na correlação deste sistema com as mudanças operadas no sistema social, e por isso advogaram uma classificação historicamente descritiva dos gêneros”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 371.
Partindo do fragmento de texto e dos conteúdos abordados no livro-base Aprosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a teoria dos gêneros e o fato de René Wellek e Austin Warren estabelecerem distinções entre a “teoria clássica” e a “teoria moderna”, assinale a alternativa correta.
Nota: 10.0
	
	A
	A descrição é uma característica atribuída à teoria clássica dos gêneros.
	
	B
	As regras prescritas pela teoria clássica dos gêneros apresentam um acentuado autoritarismo.
	
	C
	A moderna teoria dos gêneros, contrariamente à teoria clássica, possui um caráter evidentemente descritivo.
Você acertou!
Comentário: “Uma das obras do século XX fundamentais para o estudo do campo que estamos examinando, Teoria da literatura [...], de René Wellek e Austin Warren, faz uma advertência que merece atenção: ‘Qualquer pessoa interessada pela teoria dos gêneros deve ter cuidado em não confundir as diferenças entre a teoria ‘clássica’ e a moderna. A teoria clássica é normativa e prescritiva, embora as suas ‘regras’ não contenham o ridículo autoritarismo que tantas vezes lhe é atribuído. [...]. A moderna teoria dos gêneros é claramente descritiva. Não limita o número das espécies possíveis e não prescreve regras aos autores. Admite que as espécies tradicionais possam ‘misturar-se’ e produzir uma espécie nova [...]. Reconhece que os gêneros podem ser construídos tanto numa base de englobamento ou ‘enriquecimento’ como de ‘pureza’. Em lugar de sublinhar a distinção entre as várias espécies interessa-se [...] em descobrir o denominador comum de uma espécie, os seus processos e objetivos literários’ [...]” (livro-base, p. 34).
	
	D
	A moderna teoria dos gêneros não admite a mistura entre os gêneros tradicionais, mas reconhece a existência de novas espécies de textos literários.
	
	E
	Para René Wellek e Austin Warren a teoria clássica evoluiu ao longo dos anos até se tornar equivalente à teoria moderna.
 
Questão 6/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Observe o extrato de texto:
“[...] quer a narrativa sentimental, quer a narrativa realista, embora sem o nome de romance, tem origens muito remotas. Ocorre que esse tipo de ficção em prosa viveu por longo tempo ofuscado pelos gêneros literários clássicos e não recebeu a devida apreciação crítica: todas as teorias poéticas da época do classicismo se preocupavam apenas com os textos versificados”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: D’ONÓFRIO, Salvatore. Teoria do texto: prolegômenos e teoria da narrativa. São Paulo: Ática, 1995. p. 116,117.
Levando em conta o extrato textual e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a narrativa de ficção, analise as assertivas, assinalando a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	No que se refere à estrutura, o romance helenístico difere do romance moderno, este último que foi largamente propagado a partir do século XVIII.
Você acertou!
Comentário: A alternativa está correta, pois “Existe uma modalidade de romance na produção clássica, o chamado romance helenístico, cuja estrutura é diferente da do romance moderno, este último considerado como a forma ficcional intensamente praticada a partir do fim do século XVIII. Constatarmos que não há continuidade não significa negarmos qualquer efeito de eco. Certamente há alguns traços de identificação entre o romance grego e o contemporâneo” (livro-base, p. 43).
	
	B
	Não existem traços de identificação entre o romance helenístico e o romance contemporâneo, devido à distância e a lacuna temporal entre eles.
	
	C
	A obra A Divina Comédia, de Dante Alighieri, provavelmente escrita no início do século XIV, é considerada o ponto de partida para o romance moderno.
	
	D
	Na Idade Média, a produção narrativa ficou circunscrita aos relatos históricos e bíblicos, por isso não há registros de narrativas ficcionais.
	
	E
	O romance moderno é a forma ficcional que intensamente praticada durante a Baixa Idade Média.
 
Questão 7/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Leia o poema a seguir:
“Poema tirado de uma notícia de jornal
João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro
Babilônia num barracão sem número
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado”.
Após esta avaliação, caso queira ler o livro de poemas integralmente, ele está disponível em: BANDEIRA, Manuel. Libertinagem & Estrela da Manhã. Rio de Janeiro: MEDIAfashion, 2008. p. 33.
Conforme os conteúdos do livro-base Análise de textos literários: poesia sobre as diferenças entre a linguagem jornalística e a linguagem poética, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O nome da personagem ganha relevância por seu sentido denotativo e por reforçar o registro jornalístico.
	
	B
	A origem do registro é própria da linguagem poética que se utiliza das falas regionais.
	
	C
	A linguagem romântica e a linguagem difusa são equivalentes nesse caso.
	
	D
	O registro poético se baseia em uma notícia de jornal e a reestrutura em outra linguagem.
Você acertou!
Comentário: “No poema em questão, a linguagem poética coloca o relato em versos e destaca as ações em versos isolados. Além disso, o nome “João Gostoso” tem uma conotação poética que foge ao registro jornalístico, assim, o registro poético se baseia em uma notícia de jornal e a reestrutura em outra linguagem.” (livro-base, p. 43).
	
	E
	A linguagem poética é estruturada a partir de características canônicas do gênero lírico, como o uso de versos brancos.
 
Questão 8/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Examine o excerto textual:
“Friedman sistematiza os principais problemas relativos ao assunto [ponto de vista], por meio das seguintes perguntas: 1) Quem fala ao leitor? 2) De que posição (ou ângulo) narra? 3) Que canais de informação usa o narrador para levar a história ao seu leitor? 4) A que distância coloca ele o leitor, em relação à história?”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARVALHO, Alfredo Leme Coelho de. Foco narrativo e fluxo da consciência: questões de teoria literária. São Paulo: Pioneira, 1981. p. 8,9.
Tendo em vista o excerto de texto e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre os estudos realizados por Norman Friedman no que diz respeito ao foco narrativo selecione a alternativa correta.
Nota: 10.0
	
	A
	Friedman discute a falta de técnica na elaboração de textos. Essa ausência de zelo na produção faz com que haja um desinteresse pelos textos narrativos.
	
	B
	Friedman descreve quatro tipos de foco narrativo, ou seja: autor onisciente intruso, narrador onisciente neutro, ‘eu’ como testemunha e narrador-protagonista.
	
	C
	Para Norman Friedman, autor e narrador não são termos equivalentes, cada um deles possui suas próprias especificidades.
Você acertou!
Comentário: “O texto traz introdução, expondo o problema, e primeira parte com detalhado histórico das abordagens da questão, enquanto na segunda descreve os oito tipos de foco narrativo que distingue [...] [autor onisciente intruso, narrador onisciente neutro, ‘eu’ como testemunha, narrador-protagonista, onisciência seletiva múltipla, onisciência seletiva, o modo dramático e a câmera] sempre com farta exemplificação extraída da literatura anglo-americana” (livro-base, p. 125). A explicação de cada um desses tipos pode ser encontrada no livro-base, p. 125-137. “Há ainda um último bloco em que se discute a adequação das escolhas dos escritores de criação, bem como as falhas decorrentes da inadequação entre propósitos e técnica adotada” (p. 123). “Note-se que aparecem os dois termos, narrador e autor, não como equivalentes, cada um guardando suas especificidades” (p. 126). Sobre o ‘narrador onisciente neutro’, “a diferença essencial entre o tipo anterior [autor onisciente intruso] e este é a ‘ausência de intromissões autorais diretas, [o que] não implica necessariamente, contudo, que o autor negue a si mesmo uma voz’ [...]. Ou seja, não há comentários pessoais do autor” (p. 130).D
	Segundo Friedman a diferença entre “autor onipresente intruso” e “narrador onipresente crítico” já que a narração linear apresenta a vida do autor.
	
	E
	A especificidade do texto narrativo, pode ser entendida, pela posição em que os personagens são apresentados e pelo modo como sua presença torna o narrador desnecessário.
 
Questão 9/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Observe a passagem de texto:
“Memórias póstumas de Brás Cubas, romance de Machado de Assis, inaugura tempos modernos. Sepulta em ironia a maneira antiga de ler e de escrever romances, satirizando as convenções românticas, às quais o próprio Machado pagara tributo em obras anteriores [...]. Temos agora, pela voz de Brás Cubas, a estreia de um romancista em plena maturidade, escrevendo para um público que, como ele, precisava aprender a desvestir-se de hábitos e valores provincianos”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LAJOLO, Marisa. O romance que vem inaugurar os tempos modernos. In:ASSIS, Machado. Memórias póstumas de Brás Cubas, São Paulo: FDT, 1991. p. 10.
Considerando a passagem de texto e os conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a fase “realista” de Machado de Assis, analise a alternativa correta.
Nota: 10.0
	
	A
	Na fase realista, as personagens machadianas são mais elaboradas, porém a técnica de composição ainda é antiga, estruturando a narrativa em capítulos longos.
	
	B
	Os romances machadianos da fase realista são cinco: Memórias póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro, A mão e a luva e Iaiá Garcia.
	
	C
	Nos romances, Machado ataca a hipocrisia humana e desmascara o jogo das relações sociais, apresentando indivíduos falsos que têm intenções contraditórias.
Você acertou!
Comentário: “No que tange às obras, principalmente romances e contos da fase realista de Machado, segundo Alfredo Bosi [...], trata-se do ponto mais alto e equilibrado da prosa realista brasileira. É com a publicação de Memórias póstumas de Brás Cubas (1981) que o autor muda o rumo de sua obra. Aparecem personagens mais elaboradas, bem como uma nova técnica de composição dos romances passa a vigorar na construção das narrativas, seja pelo contato do narrador com o leitor, seja pela estrutura organizada em capítulos e frases curtos. As obras dessa fase fogem à linearidade temporal, garantida pelo uso de digressões. Ainda, os temas ganham a profundidade da alma humana em sua beleza e em sua mesquinhez. É desnudando esse universo, por vezes não tão belo, que Machado revela com maestria as mazelas humanas. [...] Assim, são considerados romances do ciclo realista Memórias póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó e Memorial de Aires. Além dos romances, a partir de 1869 Machado escreveu cerca de 200 contos, sendo ainda publicada, dentro do período romântico, a coletânea Contos fluminenses. Entre os mais variados contos de Machado, a crítica reverencia, principalmente, ‘O espelho’, ‘A cartomante’, ‘Missa do Galo’, ‘O alienista’, ‘A causa secreta’ e ‘Entre Santos’” (livro-base, p. 214, 215). A propósito os romances A mão e a luva e Iaiá Garcia pertencem à fase romântica do escritor. Lembra-se ainda que “Tanto nos romances quanto nos contos, a narrativa de Machado é marcada pela elegância e estilo na escrita, descrevendo o comportamento das personagens em pormenores, acentuando-lhes a dimensão humana, sem moralismos. A narrativa ganha um maior tom de verossimilhança, afastando-se da superficialidade que, geralmente, marcava a construção dos enredos e/ou episódios de obras românticas. Nos romances, cria um discurso ferino ao atacar a hipocrisia humana e desmascarar o jogo das relações sociais, sugerindo indivíduos falsos que têm intenções opostas às que aparentam. Ainda, ao desenvolver personagens femininas sedutoras, sensuais, astuciosas, ambíguas e com personalidade forte, Machado abre o álbum das mulheres símbolo dentro de sua escrita. Nos contos, identificam-se personagens femininas fortes, com força de interiorização. São mulheres racionais, ambíguas e calculistas, como é o caso de Conceição, de ‘Missa do galo’, ou de D. Paula, cujo conto leva seu nome “ (livro-base, p. 215,216).
	
	D
	Nos contos, Machado apresenta personagens femininas internamente frágeis. São mulheres irracionais, sentimentais. Assim é Aurélia, de Senhora.
	
	E
	A mão e a luva é um dos romances realistas de Machado de Assis que retrata o tráfico de escravos.
Questão 10/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Leia o fragmento do romance Lucíola, de José de Alencar:
“Fora no dia da minha chegada. Jantara com um companheiro de viagem, e ávidos ambos de conhecer a corte, saímos de braço dado a percorrer a cidade. Íamos, se não me engano, pela Rua das Mangueiras, quando, voltando-nos, vimos um carro elegante que levavam a trote largo dois fogosos cavalos. Uma encantadora menina, sentada ao lado de uma senhora idosa, se recostava preguiçosamente sobre o macio estofo, e deixava pender pela cobertura derreada do carro a mão que brincava com um leque de penas escarlates.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALENCAR, José. Lucíola. 12 ed. São Paulo: Ática, 1988. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000137.pdf>. Acesso em 06 set. 2019.
Considerando o fragmento e os conteúdos da Rota de Aprendizagem, Aula 5 – José de Alencar e o projeto literário brasileiro, é correto afirmar sobre o romance Lucíola:
Nota: 10.0
	
	A
	é lido por parte da crítica literária como um representante da fase histórica.
	
	B
	é aludido como uma quebra no projeto alencariano, já que se afasta da estética romântica a partir da estratégia de fluxo de consciência.
	
	C
	apresenta uma crítica direta ao comportamento libertário de algumas mulheres no século XIX.
	
	D
	usa um narrador em terceira pessoa, escolhendo a cidade de São Paulo como o espaço no qual as personagens transitam. 
	
	E
	juntamente com Senhora e Diva, é categorizado como um dos romances de “perfis de mulheres”.
Você acertou!
Comentário: De acordo com a Rota de Aprendizagem, Aula 5, Tema 2 (Lucíola - 1’ a 2’), o romance Lucíola é uma obra de característica urbana, publicada em 1862, e foi caracterizado pelo próprio Alencar com um dos romances de “perfis de mulheres”.
 
· 
Questão 1/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Considere a seguinte citação: 
“Lírica – Grego lyrikós, cantar ao som da lira. Lira (instrumento musical de corda). A conotação do vocábulo ‘lírica’ articula-se estreitamente à sua etimologia: no início, designava uma canção que se entoava ao som da lira. [...] O caráter emocional da poesia lírica explicaria o consórcio com a música: esta, porque fluida, meramente sonora, não vocativa, não significativa, parece traduzir de modo flagrante os contornos íntimos e difusos do poeta, infensos ao vocabulário comum”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em MOISÉS, Massaud. Dicionário de Termos Literários. São Paulo: Editora Cultrix, 1995, p. 305-310.
Considerando essa definição de lírica apresentada na citação e também a conceituação do termo no livro-base Análise de textos literários: poesia, analise as alternativas a seguir e assinale a única correta:
Nota: 10.0
	
	A
	Contemporaneamente, o conceito de lírica afastou-se definitivamente da música, tendo em vista a objetividade do sujeito moderno.
	
	B
	A modernidade estabeleceu a associação entre o instrumento musical conhecido como Lira e o caráter emocional do exercício poético.
	
	C
	A Lira é um instrumento musical que, ao longo de milênios, acompanha a prática poética, sendo necessária em todas as suas manifestações.
	
	D
	O termo “lírica” pode ser compreendido como sinônimo de poesia no mundo contemporâneo, no sentido em que mantém a associação entre música e poesia.
Você acertou!
Segundo o livro-base, “com o passar dos séculos – e com o advento da escrita – a prática de composições líricas afastou-sesignificativamente da música e do acompanhamento por instrumento musical, mas manteve a estrutura de ritmo que diferencia um texto lírico de um texto de outra natureza” (livro-base, p. 21).
	
	E
	O exercício poético contemporâneo mantém as mesmas linhas de realização do mundo clássico, quando o termo “lírica” se formou.
 
Questão 2/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Leia o fragmento poético a seguir: 
“As estrelas em seus halos
Brilham com brilhos sinistros...
[...]
Cítolas, cítaras, sistros,
Soam suaves, sonolentos,
Sonolentos e suaves,
Em suaves,
Suaves, lentos, lamentos
De acentos
Graves,
Suaves...
[...]”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CASTRO, Eugênio de. Um sonho. In: MOISÉS, Massaud. A Literatura Portuguesa através dos textos. São Paulo: Cultrix, 1997. p. 345. 
Considerando a leitura dos versos citados e os conteúdos do livro-base Análise de textos literários: poesia, é possível perceber a repetição de um determinado som em todos os versos destacados. Essa repetição contribui para a consolidação do ritmo do poema. Assinale a figura de sonoridade responsável pela criação desse efeito rítmico no poema:
Nota: 10.0
	
	A
	Assonância, a repetição de uma mesma vogal para a consolidação de um determinado ritmo.
	
	B
	Aliteração, a repetição de consoantes com o mesmo som para a consolidação de um determinado som.
Você acertou!
Letra b, pois, no fragmento citado, o som representado pelo fonema /s/ se repete mais de uma vez em todos os versos, como por exemplo: “Cítolas, cítaras, sistros”. “Aliteração é o processo de repetir a mesma consoante ao longo de um verso, de uma estrofe ou do poema todo” (livro-base, p. 116). Há outros exemplos de aliteração no livro-base (p. 116-120).
	
	C
	Onomatopeia, um som não articulado pela linguagem é figurado verbalmente para reforçar o ritmo.
	
	D
	Sinestesia, combinação de efeitos sensoriais no poema para a consolidação do ritmo.
	
	E
	Refrão, repetição do mesmo verso em todas as estrofes do poema para facilitar a memorização.
Questão 3/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Atente para a citação:
“A importância assumida pelo tempo nas obras modernas mais significativas nem por isso facilita a missão do crítico, pois que a palavra tempo reveste significações diferentes consoante os quadros de referência que lhe damos”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOURNEUF, Roland; OUELLET, Réal. O universo do romance. Trad. de José Carlos Seabra Pereira. Coimbra: Almedina, 1976. p. 170.
Em conformidade com a citação e com os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre “os problemas temporais da ficção”, o teórico inglês Adam Abraham Mendilow aponta três características do tempo. Analise as assertivas e indique aquela que menciona corretamente que características são essas:
Nota: 10.0
	
	A
	Passado, presente e futuro.
	
	B
	Brevidade, distância e velocidade.
	
	C
	Transitoriedade, sequência e irreversibilidade.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (c) está certa, pois: Mendilow, “no capítulo intitulado ‘Os problemas temporais da ficção’, um trecho enfeixa os ditos problemas: ‘A linguagem, então, é um meio formado de unidades consecutivas que constituem uma forma de expressão linear, a qual progride, sujeita às três características do tempo – transitoriedade, sequência e irreversibilidade. Como pode o romancista trabalhando em tal meio veicular uma impressão de simultaneidade, de movimento para a frente e para trás, de imobilidade? Como pode comunicar imediação, e o senso do fluir da vida, e a duração em todos os seus modos? [...]” (livro-base, p. 170).
	
	D
	Fugacidade, transcendência e perpetuidade.
	
	E
	Perenidade, pausa e efemeridade.
Questão 4/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Leia o fragmento de texto:
“A diegese, como sucessão de eventos, comportando um ‘antes’, um ‘agora’ e um depois, é inconcebível fora do fluxo do tempo. O discurso narrativo, que institui o universo diegético, existe também, como sequência mais ou menos extensa de enunciados, no plano da temporalidade (aliás, como qualquer texto literário). Estes dois tempos, o tempo da diegese [...] e o tempo do discurso narrativo, e as suas inter-relações constituem um dos problemas mais importantes do romance [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 745.
Partindo do fragmento textual e dos conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o “tempo” na narrativa, aponte a alternativa que apresenta corretamente o nome do filósofo cuja tese central é a da reciprocidade entre narratividade e temporalidade:
Nota: 10.0
	
	A
	Paul Ricoeur.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (a), pois: “O filósofo francês Paul Ricoeur dedicou-se à reflexão sobre o tempo na narrativa, estendendo-se em alentados três volumes, sob o título Tempo e narrativa, cuja publicação data de 1983-1985, com tradução brasileira de 1994-1997. Sua tese central é a da reciprocidade entre narratividade e temporalidade, quer se trate da narrativa histórica, quer se trate da narrativa de ficção” (livro-base, p. 164,165).
	
	B
	Edward Forster.
	
	C
	Edwin Muir.
	
	D
	Jean Pouillon.
	
	E
	Adam Abrahan Mendilow.
Questão 5/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Atente para o poema a seguir:
 
“Sete anos de pastor Jacob servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
Mas não servia ao pai, servia a ela,
E a ela só por prêmio pretendia.
 
Os dias, na esperança de um só dia,
Passava, contentando-se com vê-la;
Porém o pai, usando de cautela,
Em lugar de Raquel lhe dava Lia.
 
Vendo o triste pastor que com enganos
Lhe fora assim negada a sua pastora,
Como se a não tivera merecida;
 
Começa de servir outros sete anos,
Dizendo – Mais servira, se não fora
Para tão longo amor tão curta a vida”. 
Após esta avaliação, caso queira ler integralmente a coletânea em que se encontra o poema, ela está disponível em: CAMÕES, L. V. Obras completas. São Paulo: Nova Aguilar, 1963. v. 2, p. 242
Considerando os conteúdos do livro-base Análise de textos literários: poesia sobre a estrutura do soneto clássico, assinale a alternativa correta quanto ao esquema métrico e de rimas do poema citado:
Nota: 10.0
	
	A
	Versos de sete sílabas poéticas (heptassílabos), rimas AABB nos quartetos e rimas CDE nos tercetos.
	
	B
	Versos de dez sílabas poéticas (decassílabos), rimas ABBA nos quartetos e rimas CDE nos tercetos.
Você acertou!
Em se tratando de um soneto de forma clássica, Camões obedece ao esquema tradicional de versos decassílabos e rimas ABBA nos quartetos e CDE nos tercetos (livro-base, p. 26).
	
	C
	Versos de cinco sílabas poéticas (pentassílabos), rimas ABBA nos quartetos e rimas CDC nos tercetos.
	
	D
	Versos de doze sílabas poéticas (alexandrinos), rimas AABB nos quartetos e rimas CDE nos tercetos.
	
	E
	Versos de dez sílabas poéticas (decassílabos), rimas CDCD nos quartetos e rimas CDE nos tercetos.
Questão 6/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Leia o seguinte excerto de um poema:   
“Elegia 1938
Trabalhas sem alegria para um mundo caduco, ?
onde as formas e as ações não encerram nenhum exemplo.?
Praticas laboriosamente os gestos universais,?
sentes calor e frio, falta de dinheiro, fome e desejo sexual.?
Heróis enchem os parques da cidade em que te arrastas,?
e preconizam a virtude, a renúncia, o sangue-frio, a concepção [...]”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ANDRADE, Carlos Drummond de. Sentimento do Mundo. São Paulo: Cia. das Letras, 2012/1940, p. 22. 
O poema em destaque se configura como uma elegia, o que é destacado já no título a ele atribuído, “Elegia 1938”. Considerando essa informação e os conteúdos do livro-base Análise de textos literários: poesia sobre modalidades poéticas,assinale a alternativa que corresponde à caracterização correta desse tipo de composição quanto ao seu conteúdo:
Nota: 10.0
	
	A
	Composição que se inicia com um “mote” – ou motivo/tema – que será desenvolvido ao longo do poema por meio de “voltas”/estrofes.
	
	B
	Composição poética curta, que busca expressar um sentimento de forma engenhosa ou original, com destaque para o sentido satírico ou festivo.
	
	C
	Texto poético de teor melancólico e triste, com conotação de lamento, que, em alguns casos, configura-se como uma composição fúnebre.
Você acertou!
“Elegia é um tipo de composição pensada e produzida para circunstâncias de luto ou de caráter fúnebre, com teor melancólico e triste” (livro-base, p. 23). O tema da Elegia em destaque é melancólico e triste, associa-se à falta de sentido do mundo ao redor e à impotência do sujeito diante das tragédias individuais e coletivas.
	
	D
	Composição destinada ao canto e baseada na repetição. A mesma ideia ou frase é repetida no final de cada estrofe, formando o que chamamos de refrão.
	
	E
	Texto poético que expressa galanteio ou confissão de amor. Em sua forma clássica, apresenta-se em uma estrofe só, composta por seis ou dez versos.
Questão 7/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Considere o fragmento de texto a seguir: 
Consideramos como eu lírico a voz que fala no poema, isto é, o eu discursivo que assume a voz poética. É muito importante não confundir o eu lírico com o autor do poema, pois ele é uma criação do autor e não a expressão de sua própria individualidade. Nesse sentido, é possível que um autor crie um eu lírico para expressar sentimentos inventados e não, necessariamente, vividos por ele. 
Fonte: Texto elaborado pelo autor desta questão. 
Considerando essas informações e os conteúdos do livro-base Análise de textos literários: poesia sobre a definição de eu lírico, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O eu lírico é uma entidade empírica criada pelo autor para expressar sentimentos experimentados na realidade.
	
	B
	A figuração do eu lírico é uma estratégia discursiva exclusiva do texto narrativo em prosa.
	
	C
	O eu lírico é uma invenção do autor para configurar uma voz poética autônoma no poema.
Você acertou!
O eu lírico é a voz que fala no poema e não deve ser confundido com o autor do poema, que é uma pessoa real, existente na realidade. É importante compreender o eu-lírico como uma instância textual (livro-base, p. 52).
	
	D
	O eu lírico é sempre um alter ego do autor, na medida em que expressa seus sentimentos.
	
	E
	O autor e o eu-lírico podem ser considerados como duas fases da composição poética, que, muitas vezes, confundem-se.
 
Questão 8/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Examine o trecho de texto:
“ANTI-HERÓI – Designa o protagonista de romance que apresenta características opostas às do herói do teatro clássico ou da poesia épica. Seu aparecimento resultou da progressiva desmistificação do herói [...]: com o despontar do romance, no século XVIII, os representantes de todas as classes sociais entraram a substituir os seres de eleição, semidivinos, que antes povoavam as tragédias e epopeias”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. São Paulo: Cultrix, 1974. p. 29.
Tendo por referência o trecho de texto e os conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a caracterização do anti-herói, examine as sentenças que seguem e marque a alternativa que corretamente aponta um exemplo dessa figura no Romantismo brasileiro:
Nota: 10.0
	
	A
	A personagem indígena Peri, em O guarani, de José de Alencar.
	
	B
	Augusto, o protagonista de A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo.
	
	C
	Manecão, cuja noiva é “roubada” por Cirino em Inocência, de Alfredo de Taunay.
	
	D
	Leôncio, o grande vilão em A escrava Isaura, de Bernardo Guimarães.
	
	E
	Leonardo, em Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida.
Você acertou!
Comentário: Está correta a alternativa (e), pois: “Carlos Reis e Ana Cristina M. Lopes ensinam que a posição do ‘anti-herói na estrutura narrativa é, do ponto de vista funcional, idêntica à que é própria do herói: [...] cumpre um papel de protagonista e polariza em torno das suas ações as restantes personagens, os espaços em que se move e o tempo em que vive’ [...]. No mesmo estudo, destaca-se ainda o fato de que essa figura é mais frequente na literatura pós-romântica, ainda que a encontremos em obras anteriores, como é o caso de Dom Quixote, protagonista da narrativa que está na proto-história do romance moderno. Na literatura brasileira, Leonardo, o protagonista de Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, de 1853, já é caracterizado como anti-herói [...]” (livro-base, p. 83). Nas alternativas (a), (b) e (c), temos três exemplos de heróis românticos. Finalmente, na alternativa (d), encontramos um exemplo de antagonista, que é o opositor do herói – e não o anti-herói.
Questão 9/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Considere o soneto a seguir: 
“Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
 
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
 
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
 
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?”. 
Após esta avaliação, caso queira ler integralmente a coletânea em que se encontra o poema: CAMÕES, L. V. Obras completas. São Paulo: Nova Aguilar, 1963. v. 2. p. 202. 
Considerando a estrutura do soneto clássico camoniano, a temática apresentada no poema e os conteúdos do livro-base Análise de textos literários: poesia, assinale a alternativa correta quanto à figura de linguagem mais recorrente na composição desse poema:
Nota: 10.0
	
	A
	Hipérbole, tendo em vista os exageros poéticos da composição.
	
	B
	Metáfora, uma vez que o sentimento amoroso não é objetivo.
	
	C
	Eufemismo, uma vez que há sutileza na expressão do sentimento.
	
	D
	Antítese, tendo em vista as contradições da experiência amorosa.
Você acertou!
Letra d, pois todo o soneto é construído pelas oposições que o eu-lírico percebe no sentimento amoroso. “Ao tematizar o sentimento amoroso, Camões investe nas antíteses, ou seja, na contradição própria da experiência do amor” (livro-base, p. 31).
	
	E
	Ironia, uma vez que o eu-lírico ironiza o sentimento amoroso.
Questão 10/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Considere a citação:
“[...] os teorizadores do novo romance acentuam a complementaridade tempo/espaço, resolvida no interior da narrativa a partir do ato da leitura, independentemente desse exterior assim neutralizado – neutralização que de certo modo traduz a negação de uma racionalidade reclamada sobretudo pela literatura realista”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, Carlos; LOPES, Ana Cristina M. Dicionário de narratologia. Coimbra: Livraria Almedina, 1990. p. 134.
Tendo em conta a citação e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o conceito de “cronotopo” artístico-literário, sabe-se que ele se refere à interligação das relações temporais e espaciais. Sendo assim, verifique as seguintes opções e marque a alternativa que aponta corretamente o teórico que formulou tal conceito:
Nota: 10.0
	
	A
	Gaston Bachelard, em A poética do espaço.
	
	B
	Mikhail Bakhtin, no texto “Formas de tempo e de cronotopo no romance”, reunido em Questões de literatura e de estética: a teoria do romance.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (b) está correta, pois: “Mikhail Bakhtin, no texto ‘Formas de tempo e de cronotopo no romance’, produzido em 1937-1938 e publicado como um capítulo do volume Questões deliteratura e de estética: a teoria do romance, [...] propõe chamar cronotopo ‘à interligação fundamental das relações temporais e espaciais, artisticamente assimiladas na literatura [...]; nele é importante a expressão da indissolubilidade de espaço e de tempo (tempo como a quarta dimensão do espaço)’ [...]” (livro-base, p. 193).
	
	C
	Michel Butor, no ensaio “O espaço no romance”, que integra o livro Repertório.
	
	D
	Antonio Dimas, em Espaço e romance.
	
	E
	Luis Alberto Brandão, em Teorias do espaço literário.

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