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INTRODUÇÃO Imagem demonstrando o glomérulo, capsula de bowman, arteriolas aferentes e eferentes; além disso conseguimos observar o aparelho justaglomerular, onde esta localizado a mácula densa. Isso é um importante determinante para a filtração do plasma O QUE SÃO GLOMERULOPATIAS? As glomerulopatias, que em geral são conhecidas como “glomerulonefrites”, são doenças que acomentem os glomérulos, estrututas constituídas por um tufo de capilaes sanguíneos (delimitados por uma capsula), além de uma série de outros elementos (entre eles, vários tipos de células, responsáveis pela ultra-filtração do plasma) GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA • São doenças muito variadas, algumas de natureza aguda, outras de curso crônico; umas de caráter eminentemente inflamatório, outras não; algumas sabidamente tratáveis, outras não. • Podem ter origem nos rins e acometer apenas esses órgãos, sendo chamadas de primárias, ou podem ser secundárias a outras doenças, como diabetes, hepatites, doenças autoimunes, dentre outras. • Os pacientes com glomerulopatias podem ser ► Assintomáticos ► Apresentarem sintomas urinários ► Urina escura, ► Diminuição do volume urinário) ► Edema (de membros inferiores, face ou de todo o corpo). ► O exame de urina pode revelar a presença de hematúria e/ou proteinúria. *O edema é a manifestação clínica principal; Na grande maioria das vezes eu posso ter sinais silensiosos, que vão se manifestar a longo prazo. Por isso que voltamos na anamnese, que irá fornecer importantes determinantes para checar o diagnóstico; *Anualmente, seja adulto ou criança, é importante checar a saúde renal, pois muitas vezes o paciente pode ser assintomático, ou até ter sinais muito leves de uma glomerulopatia; isso apenas confirma a importância da análise correta do exame de sedimento urinário • É importante diagnosticar a glomerulopatia e determinar o tipo de glomerulopatia, dentre os diversos existentes, para fazer o tratamento adequado • Se ela não é diagnosticada precocemente e/ounnão é tratada adequadamente pode progredir para insuficiência renal crônica terminal. *A grande maioria dos pacientes que tem IRC são pacientes que não foram conduzidos adequadamente, ou ainda, pacientes em que não foram feitos diagnósticos precoces; porém também podem ter patologias que mesmo com o diagnóstico precoce evoluem para a hemodiálise; DEFINIÇÃ0 • Glomerulite - um processo inflamatório agudo de origem imunológica que acomete todos os glomérulos de ambos os rins; • Independente da causa, a síndrome nefrítica é a expressão clínica que surge quando um indivíduo tem seus glomérulos acometidos por este processo inflamatório agudo. ► Oligúria; ► Hipertensão; ► Edema; ► Hematúria; ► Proteinúria. *Tenho que ter uma infecção (é a base) → aparece um processo inflamatório em todos os glomérulos; *Tríade clássica: hipertensão, edema e hematúria → síndrome nefrítica; *Dr., ele acorda, em BEG, ativa, porém pela manhã ele nem consegue abrir os olhos de tão edemaciado; no momento da consulta (que geralmente é 9/10h da manhã) o edema periocular já sumiu; Quando mães relatam edema periorbital, não esperece na fase inicial outro tipo de edema, a anasarca surge em fases mais avançados!!; Edema periorbitário matutino que melhora ao longo do dia, é obrigatório aferir a pressão arterial! Encontrei HAS, o diagnóstico é muito provável de glomerulonefrite difusa aguda pós estreptocócica; A hematúra nem sempre é referida, as vezes a mãe relata urina com cor escura, bem concentrada (perguntamos se parece “água de carne”); As mães não costumam relatar sangue na urina, a não ser que seja realmente uma hematúria franca. CAUSAS IDIOPÁTICA: DOENÇAS PRIMÁRIAS DOS RINS • Doença de Berger (nefropatia por IgA) • Glomerulonefrite (GN) membranoproliferativa, GN por imunocomplexos idiopática, GN pauci-imune, etc. *Essas são formas raras, que raramente iremos encontrar nos nossos atendimentos SECUNDÁRIAS A DOENÇAS SISTÊMICAS: • Infecções ► Estreptocócica ► Não-estreptocócica (bacteriana, viral, parasitária) • Colagenoses ► LES, púrpura de Henoch-Schonlein, doença de goodpasture, granulomatose de wegener, etc. GLOMERULONEFRITE PÓS-ESTREPTOCÓCICA (GNPE) • É a mais comum das glomerulopatias; • Benigna e autolimitada; • Ocorre após uma infecção (piodermite ou faringoamidalite) por cepas nefritogênicas do estreptococo beta-hemolítico do grupo A; ► GNPE pós-impetigo: M-tipo 49; ► GNPE pós-faringoamidalite: M-tipo 12. • Mais comum no sexo masculino: 2:1: ► Piodermite há equivalência entre os sexos. • Mais frequente no período pré-escolar (2 – 6 anos) e escolar (6 – 15 anos), com pico de incidência ao redor dos 7 anos; ► É rara em menores de dois anos. *Essa criança há 2 semanas (10-15d), vai ter uma história clínica positiva para faringite ou piodermite (geralmente as mães relaram: Dr. Ele estava com várias lesões na pele, tinha pústula, tinha crosta.. o médico passou medicação e melhorou) *O estreptococos do impetigo que é nefrogênico é o subtipo 49, e o estreptococo da faringite que é nefrotótoxico é o subtipo 12 *A história é sempre do edema periorbital, é o que faz as mães procurar o atendimento; o grande erro é não aferir a pressão arterial dessa criança FISIOPATOLOGIA Depósito de imunoglobulinas antigênicas + ativação de anticorpos na região subendotelial da membrana basal glomerular → ativação de complemento → migração de polimorfonucleares → processo inflamatório na membrana basal glomerular Processo inflamatório do glomérulo → diminuição da TFG → oligúria → retenção de sódio e água + ingestão de água e sódio → expansão do volume extracelular → edema e hipertensão • Hipertensão surge devido ao aumento do volume circulante + vasoespasmo generalizado; • Fendas de filtração alteradas → passagem de hemácias para o espaço de Bowman → hematúria; • Reação inflamatória → alteração na permeabilidade da membrana → proteinúria, leucocitúria. DANOS IMUNOLÓGICOS AO CORPÚSCULO RENAL *Essa reção antígeno anticorpo altera a permeabilidade da membranda, alterando toda a parte glomerular e então ocorre extravasamento de proteínas e hemácias QUADRO CLÍNICO • Criança com bom estado geral; • Sintomas clássicos manifestam-se 10 (faringoamidalite) a 20 dias (piodermite) após a infecção estreptocócica; ► Hipertensão surge em 90% dos casos e geralmente é de moderada intensidade; ► Oligúria surge em 50% dos casos; ► Edema, geralmente leve, antecede a hematúria: • Sinais indiretos: roupas e sapatos ficaram apertadas; • Edema frio, mole, súbito, matutino e gravitacional (periorbital, lombar, MMII, genitália); • Hematúria micro ou macroscópica (2/3 dos casos) • Proteinúria geralmente subnefrótica (5-10% é nefrótica). *As vezes encontramos crianças com pressão de 140/90 e mesmo assim elas estão pulando, brincando, em bom estado geral • Queixas vagas como indisposição, inapetência, cefaleia, edema periorbital; • Sintomas menos frequentes podem acompanhar o quadro: cólicas abdominais, hipertermia e vômitos alimentares; • Subclínicos: apenas edema subclínico, hipertensão e diminuição do complemento. *Cefaleia é muito comum, as vezes a mãe não nota o edema periorbitário e você tem que questionar se realmente ele está presente; cefaleia em pediatria, com queixa frequente e recorrente – obrigatoriamente temos que aferir a perssão arterial, pois também é um sinal preditivo de HAS QUADRO LABORATORIAL • Hemograma: não é necessário mas podemos encontrar uma anemia por diluição • EAS (é o mais importante, fecha o diagnóstico) ► Hematúria (95% dos casos) micro ou macroscópica com dimosrfismo eitrocitário ► Proteinúria leve (geralmente até ++) → se aparecerem, geralmente é leve ► Cilindros hemáticos, hialinos, granulosose leucocitários • Urina de 24 horas: proteinúria raramente em níveis nefróticos ( > 50 mg/kg/dia) → é protocolo realizar uma urina de 24 horas no momento da internação, pois vai ser um diagnóstico diferencial com síndrome nefrótica (na glomerulonefrite a quantidade de proteínas é bem baixa, geralmente menor que 50 mg/kg/dia) • Ureia e creatinina (elevação transitória em 50% dos casos) • Complemento sério diminuído (C3, C4. CH50) • Hipercalmeia, acidose metabólica, etc; *Protocolo de entrada: “hemograma”, exame de urina, proteinúria de 24 horas, ureia e creatinina, dosagem de complemento e ASO → confirmo se essa criança teve infecção anterior por estreptococos • Afastar outras causas de síndrome nefrítica – procurar manifestações extrarrenais • Se a sindrome nefrítica for a única manifestação: ► Questionar o paciente sobre faringite ou piodermite recente ► Verificar s eo período de incubação é compatível ► Documentar a infecção estreptocócica por laboratório ▪ ASLO (melhor se via faríngea) ou Anti- DNAse B (melhor se via cutânea*) ▪ Outros anticorpos: anti- hialuronidase, andiestreptoquinase. ► Demonstrar queda transitória de C3. * Anticorpos elevam-se 2-5 semanas após a infecção estreptocócica e decaem no 6º mês. INDICAÇÕES DE BIÓPSIA RENAL – SBP • Esta indicada apenas em casos atípicos: ► Anuria ou oligúria importante por mais de 72h ► Hipocomplementemia que não melhora em até 8 semanas ► Proteinúria > 50 mg/kg/24h (faixa nefrótica) por mais de 4 semanas ► Hipertensão arterial ou hematúria macroscópica por mais de 6 semanas ► Azotemia acentuada ou prolongada *Alguns casos não evoluem bem, porém são casos atípicos; normalmente é uma doença benigna TRATAMENTO • Repouso: recomendado enquanto persistirem edema e hipertensão arterial – deve ser limitado pelo próprio paciente • Restrição hídrica na fase de hipervolemia e oligúria: 20 ml/kg + volume da diurese • Restrição de sal • Restrição de potassio está indicada apenas nos casos de oligúria importante (diurese < 240 ml/ m² SC/ dia) • Corticoides de entrada não estão indicados • Diuréticos de alça estão indicados naqueles pacientes que apresentarem complicações: ➔ Congestão circulatória (mais frequente) – pode levar a insuficiência cardíaca congestiva e edema agudo de pulmão ► Furosemida de 1-5 mg/kg/dia + restrição hídrica + assistência ventilatória (oxigenoterapia e/ou ventilação mecânica) e sedação → diálise peritoneal nos casos refratários ➔ Encefalopatia hipertensiva: cefaleia, vômitos, diplopia, confusão mental, agitação, sonolência, convulsão. ► Recomenda-se nifedipina, na dose de 0,25 a 0,50mg/Kg sublingual, repetida, se necessário, em 4 a 6 horas. ➔ Insuficiência renal aguda (menos comum). • Antibioticoterapia deve ser feita para erradicar cepas nefritogênicas: ► Penicilina benzatina (escolha): ▪ Crianças < 25 Kg: 600.000U; ▪ Crianças > 25 Kg 1.200.000U. ► Nos casos sensíveis à penicilina: eritromicina na dose de 30mg/Kg/ dia por dez dias. • Dependendo do nível da azotemia → diálise; Antibioticoterapia precoce não previne o aparecimento de GNPE! PROGNÓSTICO • Em apenas 1% dos casos há evolução para IRA; • 1 a 2 semanas: o Aumento da diurese, desaparecimento do edema e normalização da PA. • 3 a 4 semanas após o início da doença normalização da ureia e creatinina; • Em até 8 semanas: Complemento volta ao normal; • Hematúria microscópica pode durar 1-2 anos; • Proteinúria desaparece entre 3 e 6 meses, mas pode até 5 anos. *Guardem isso: hematúria microscópica pordem demorar de 1-2 ano para sumir! 3-4 semanas do início ds sintomas, há reestabelecimento clínico geral da criança! SÍNDROME NEFRÓTICA *Ocorre 99% em crianças!! É uma doença exclusiva d apediatria; pode ter em adulto? Pode, mas a maioria das vezes é na faixa pediátrica DEFINIÇÃO Síndrome nefrótica é um conjunto de sinais, sintomas e achados laboratoriais que se desenvolvem quando, por alguma razão, ocorre um aumento patologicamente exagerado da permeabilidade dos glomérulos às proteínas, levando a uma proteinúria maciça. EPIDEMIOLOGIA • Pode ocorrer em qualquer faixa etária. Porém, é essencialmente uma doença pediátrica: Crianças: Adultos (15:1). • A maioria dos casos ocorre entre 1 a 8 anos, com pico de incidência aos 3 anos de idade; • Os meninos são mais frequentemente afetados que as meninas (2:1). *Patologia de início precoce; temos até bebês com síndrome precoce, prorém a faixa predominante é aos 3 anos. ETIOPATOGENIA A síndrome nefrótica pode ser simplesmente a expressão clínica de uma doença renal primária (idiopática) ou então secundária a fatores ou patologias extrarrenais. ACHADOS CLÍNICO-LABORATORIAIS • Proteinúria maciça • Hipoalbuminemia: < 2,5 g/dl • Edema • Hiperlipidemia • Lipidúria *Iremos ver os frascos de urina com coloração muito escura, espumosa, e com aspecto esbranquiçado! FISIOPATOLOGIA *Vai ter alteração de fatoers da coagulação, além de hiperlipidemia (o fígado entende que está faltando proteínas, então ele aumenta a síntese de gorduras) PROTEINÚRIA Permeabilidade glomerular: 1) “Barreira de tamanho” As fendas de filtração impedem a passagem de macromoléculas (globulinas). ➔ Proteinúria Seletiva: Processo lesivo renal acarreta perda predominante da “barreira de carga” → proteinúria à custa de albumina: Ex: Nefropatia por Lesão Mínima. 2) “Barreira de carga” A MBG possui carga negativa, e portanto, repele proteínas de carga semelhante (albumina). * Normal: 30mg/dia de albumina ➔ Proteinúria Não-Seletiva: Lesão glomerular determina perda da “barreira de tamanho” → perda proporcional de macromoléculas protéicas do plasma (albumina, globulinas etc): Ex: GEFS ou GP membranosa. HIPOALBUMINEMIA • A proteinúria provoca a queda dos níveis plasmáticos da albumina (principal proteína plasmática); • Responsável pela pressão oncótica (mantém o líquido no compartimento intravascular): ► Hipoalbuminemia → dimiuição pressão oncótica; • Queda nos níveis de albumina → estimula síntese hepática de albumina → não é suficiente para contrabalancear a hipoalbuminemia: • Exceção: alfa-2-globulina: ► Hipoproteinemia → síntese hepática de todas as proteínas. Contudo, a alfa-2-globulina não consegue ser filtrada (macromolécula) → aumento nível plasmático paradoxalmente. PERDA PROTEICA E REPERCUSSÕES Observem como as rotas metabólicas dependem de proteínas; se tenho excesso de perdas eu vou afetar a ciruclação (edema), fatores de coagulação (trombose), fatores hepáticos (anemia) e até nossos mecanismos de defesa (aumenta o número de infecções) EDEMA NEFRÓTICO HIPERLIPIDEMIA • Mecanismo: Hipoalbuminemia → queda P oncótica → estimula síntese hepática de lipoproteínas → hipercolesterolemia; • LDL: ► Mais aterogênica de todas; ► Risco de doença coronariana em portadores de SN é 5,5x maior; • Hipertrigliceridemia: ► Menos frequente; ► Redução do catabolismo do VLDL; ► Predomina em pacientes com falência renal crônica; • Lipidúria: ► EAS: corpos graxos ovalados e cilindros graxos. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Inapetência • Sensação de mal-estar generalizado • Palidez cutâneo • Dor abdominal • Perda de massa muscular • Urina espumosa • Diminuição do débito urinário • Ascite • Dificuldade respiratória (derrame pleural) • Edema: periorbital bilateral matutino → generalizado (difere da síndrome nefrítica por sem mais generalizado, as crianças geralmente estão em anasarca), edema frio, móvel e depressível • Pressão arterial geralmente é baixa INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL • EAS: ► Proteinúria de 24 horas (3+/4+) ► Relação proteína total/creatinina ou albumina total/creatinina → estima a proteinúria diária ► 20%: hematúriamicroscópica ► Cropos graxos ovalados e cilindros graxos • Proteinúria de 24 horas • Hemograma • Perfil lipídico • Bioquímica • Proteínas totais e frações: eletroforese de proteínas urinárias • Complemento • Sorologias (TORCHS, hepatite, HIV) • Função renal: ureia e creatinina • Eletrólitos (sódio, potássio e cálcio) Crianças chegando em estado de anasarca, com abdome distendido, edema periorbita, edema em membro inferior; a ultima foto é a mesmoa crinça da 2ª foto, porém sem edema rs COMPLICAÇÕES • Trombose venosa profunda (estado de hipercoagulabilidade): Trombose da veia renal: ► Suspeita clínica: dor em flancos ou virilha, varicocele à esquerda*, aumento significativo da proteinúria, hematúria macroscópica, redução inexplicada do débito urinário, edema renal (assimetria do tamanho ou função renal); ► Principais formas associadas: nefropatia membranosa, glomerulonefrite membranoproliferativa, amiloidose. * Obs.: não há indicação de anticoagulação profilática. Coagulação plena nos casos de eventos tromboembólicos documentados. • Infecções: ► Deficiência de IgG → sujeitos a infecções por germes encapsulados; ► Streptococcus pneumoniae: ▪ PBE (dor abdominal + febre + vômitos). NEFROPATIA POR LESÃO MÍNIMA É o padrão histológico como causa da síndrome nefrótica em 80-90% dos casos EPIDEMIOLOGIA: • Responsável por 80-90% de todas as causas de Síndrome Nefrótica em crianças; • Adultos: 10-15%; • Predomina em crianças e 1-8 anos. PATOGENIA: • Linfócitos T autorreativos (sensíveis a corticoide) secretam uma citocina (ainda desconhecida) → age sobre os podócitos inibindo a síntese de poliânions (conferem a carga negativa a MBG) → “barreira de carga” neutralizada albuminúria. ACHADOS HISTOPATOLÓGICOS: • MO: pobreza ou ausência de achados; • Ausência de alterações morfológicas glomerulares; • Acúmulo de lipídios nas células dos túbulos proximais; • ME: fusão e apagamento dos processos podocitários: ► Discreta esclerose focal e segmentar, e proliferação mesangial. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: • Abrem o quadro com síndrome nefrótica clássica, principalmente após infecções virais ou reações a picadas de inseto; • Períodos de atividade (proteinúria intensa) e remissão espontânea; • Instabilidade hemodinâmica → choque hipovolêmico: ► Ocorre principalmente na fase de formação do edema. • Dor abdominal + febre + vômitos → investigar PBE (Streptococcus pneumoniae). *Na nossa anmense, em suspeita de síndrome nefrótica, devemos perguntar se ela teve uma infecção viral antes, ou uma picada de inseto! CONDIÇÕES ASSOCIADAS: • Fenômenos atópicos (asma e eczema); • Manifestações alérgicas podem acompanhar recidivas do quadro. • Linfoma de Hodgkin: ► Principal doença sistêmica associada à DLM; ► A síndrome nefrótica pode ser o primeiro sinal de um linfoma oculto → investigar! • Drogas: ► AINE (fenoprofeno, ibuprofeno, naxopreno, cetoprofeno); ► Ampicilina, rifampicina, alfainterferon. ACHADOS LABORATORIAIS: • Revelam alterações comuns da síndrome nefrótica; • EAS: proteinúria 3+ a 4+/4: ► Pode haver hematúria microscópica (20%); ► Eletroforese de proteínas urinárias: albuminúria (proteinúria seletiva). • Função renal não costuma ficar alterada: ► Exceto: hipovolemia grave com hipotensão e hipoperfusão renal. • Hipoalbuminemia sérica; • Não há consumo do complemento; • Redução dos níveis de IgG, embora IgM possa estar aumentado. CURSO CLÍNICO: • Períodos de remissão e atividade; • Resposta dramática à corticoterapia; • Evolução favorável: ► < 5% evolui para “rins em estado terminal”. • 85-95% das crianças com DLM há melhora da proteinúria nas 1os semanas da corticoterapia. TRATAMENTO INESPECÍFICO MEDIDAS GERAIS: • Dieta hipossódica (1g/dia), normoprotéica e com ingesta hídrica normal; • Repouso autorregulado pelo paciente; • Orientação aos familiares quanto a etiologia, evolução, tratamento e complicações; SINTOMÁTICOS: • Diuréticos: ► Furosemida 2 a 4mg/Kg/dia, 2 a 4x VO; ► Espironolactona 2 a 5mg/Kg/dia. • Albumina: 0,5 a 1g/Kg/dose, EV, infusão em 1-2h (ao final ou na metade da infusão fazer furosemida EV): ► Casos de edemas volumosos e persistentes. *Se eu etnho perda importante, na qual não consigo equilibrar, podemos prescrever albumina TRATAMENTO ESPECÍFICO – DLM • Prednisona 1-2mg/kg/dia (máximo de 80mg/dia) por 4-6 semanas: ► Respondedores: dose é diminuída para 0,7- 1mg/kg/dia em dias alternados, por 4 semanas; ► Desmame nos 1-2 meses subsequentes. • Se a proteinúria persistir por > 8 semanas resistente a corticoides: ► Indicado biópsia renal: GEFS ou proliferação mesangial. FORMA “RECIDIVANTE FREQUENTE”: • 50% dos respondedores, terão remissão completa ou apenas mais 1 episódio; • 50% desenvolverão a forma “recidivante frequente” (≥ 4 recidivas / ano) → associação com imunossupressores: BIÓPSIA RENAL – INDICAÇÕES • Pelo fato da DLM ser responsável por 85% dos casos de síndrome nefrótica em crianças entre 1-8 anos, não há necessidade de biópsia renal de rotina. • Deve-se iniciar a corticoterapia e observar a resposta, que, nestes casos, costuma ser dramática. GLOMERULONEFRITE PROLIFERATIVA MESANGIAL GLOMERULOESCLEROSE FOCAL E SEGMENTAR NEFROPATIA MEMBRANOSA GLOMERULONEFRITE MEMBRANOPROLIFERATIVA TIPOS HISTOLÓGICOS – RESUMO
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