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MODELO - AÇÃO DECLARATÓRIA DE ALIENAÇÃO PARENTAL

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MODELO
AÇÃO DECLARATÓRIA DE ALIENAÇÃO PARENTAL
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA XXX VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE CIDADE/UF.
AÇÃO DECLARATÓRIA DE ALIENAÇÃO PARENTAL 
TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA 
XXX, brasileiro(a), divorciado(a), profissão, inscrito(a) no CPF sob o n° XXX, portador(a) do RG n° XXX SSP/UF, residente e domiciliado(a) na Rua XXX, Bairro XXX, cidade/UF, CEP XXX, endereço eletrônico XXX, por intermédio de seu procurador(a) advogado XXX, inscrito na OAB/UF sob n° XXX, endereço eletrônico XXX, com endereço profissional na Rua XXX, n° XXX, Bairro XXX, Cidade/UF, CEP XXX, onde receberá intimações e notificações, devidamente habilitado nos autos, conforme instrumento de mandato, de acordo com o art. 105 do CPC/15, vem respeitosamente, perante Vossa Excelência, mover a presente AÇÃO DECLARATÓRIA DE ALIENAÇÃO PARENTAL, em face de XXX, brasileiro(a), divorciado(a), profissão, inscrito(a) no CPF sob o n° XXX, portador(a) do RG n° XXX SSP/UF, residente e domiciliado(a) na Rua XXX, Bairro XXX, cidade/UF, CEP XXX, endereço eletrônico XXX, com fundamentos no artigo 227 da CF/88, Lei 12.318/2010, Lei da Alienação Parental e em outros dispositivos legais aplicáveis, pelos motivos a seguir expostos, para, ao final, requerer.
I – DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
	Aparte autora da presente ação postula os beneplácitos da gratuidade da justiça, previsto no art. 5º, inciso LXXIV da CF/88, nos arts. 98 e 99 do CPC/15 e no art. 4°, da Lei nº 1060/50, parágrafo único, em razão de não possuir condições de arcar com as despesas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do sustento próprio e de sua família, estando assim enquadrada na situação de hipossuficiente.
II – DA PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO
Requer prioridade na tramitação da presente demanda, tendo em vista se tratar de ação com interesse de menor e ocorrência de alienação parental, nos termos do art. 152, parágrafo único da Lei 8.069/90 e art. 4º da Lei nº 12.318/10.
III – DOS FATOS
“...” e “...” casaram-se em “...”, em “...” nasceu, “...”. A relação do casal sempre foi de muita confusão, pois “...”, após o nascimento do menor, a relação do casal piorou.
Em “...”, “...” decidiu divorciar-se do requerido. A dissolução do vínculo matrimonial, foi bastante conturbada, com várias ações para resolver, dentre elas a ação de guarda do menor que correu na “...” Vara de Família da Comarca de “...”/UF sob nº “...”, em “...” foi julgada procedente e fixada para “...” a guarda unilateral com direito a visitação do genitor no seguintes molde “...”. Em decorrência de “...”, o genitor por muitas vezes não consegue cumprir os dias e horários de visitação estipulados judicialmente. 
A verdade é que o mesmo nunca se conformou com a separação do casal, e faz verdadeira alienação parental como o(os) menor(es), proferido uma série de discursos perversos em relação à genitora, como por exemplo: “sua mãe nos enganou”, “é sua mãe que não deixa a gente se ver” dentre outros. Todos os dias, o genitor liga para o celular da autora, pede para falar com o(s) menor(es), profere o mesmo discurso, demonstrando o pouco preparo emocional, recaindo sobre o(s) filho(s) as mágoas e ressentimentos que contribuíram para o fim da relação.
Pelos fatos que vem recorridas vezes acontecendo, o(s) menor(es), têm dificuldades na escola, tendo ocorrido ataques de ansiedade, sente(m)-se confuso(s) e “...”.
IV – DOS DIREITOS
	O fundamento principal da presente ação reside no direito humano indisponível, decorrente da dignidade da pessoa humana, princípio basilar e norteador do sistema jurídico, conforme art. 1º, inciso III da CF/88 que diz “A República Federativa do Brasil, (...) e tem como fundamentos: (...) III - a dignidade da pessoa humana”. 
A família é a base da sociedade, embora estando desfeita, e em se tratando de famílias que envolvem crianças, é dever do Estado, da sociedade, da família, principalmente dos pais, assegurarem aos filhos direito de dignidade, não proibindo a liberdade e a convivência afetiva com quem os gerou, livrando-os, ainda, de opressões e problemas que acarretem o indevido comprometimento de sua personalidade. Nesse sentido, a Constituição Federal traz suas garantias discorrendo em seu art. 227, “caput” que:
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010).
	E complementa-se no art. 4°, caput da Lei 8.069/90, Estatuto da Criança e do Adolescente, com o seguinte teor:
Art. 4°. É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
 Muitos pais rejeitam a chance de exercer o poder familiar, mas a presente autora, Sra. XXX, tão somente quer fazer jus a um direito constitucional, social e moral seu, qual seja o direito de ser mãe, não só pelo laço sanguíneo, mas também com relação à afetividade que a uni ao(s) filho(s). Nessa mesma linha de raciocínio, trata o art. 21 da Lei nº 8.069/90, no Estatuto da Criança e do Adolescente que:
Art. 21. O pátrio poder familiar será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de discordância, recorrer à autoridade judiciária competente para a solução da divergência. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de 2009)
Preceitua, ainda, o art. 1.589, CC/02 que:
Art. 1.589. O pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os filhos, poderá visitá-los e tê-los em sua companhia, segundo o que acordar com o outro cônjuge, ou for fixado pelo juiz, bem como fiscalizar sua manutenção e educação.
A Síndrome de Alienação Parental gera graves consequências para todos os envolvidos. Na autora que sofre a alienação, no próprio alienador, mas a principal vítima, sem dúvida, é(são) a(s) criança(s). Podendo atingir demais familiares, bem como os amigos mais próximos, refletindo assim em todos os relacionamentos sociais.
A partir do momento em que um dos genitores faz a desconstrução da personalidade do outro genitor, distorcendo a imagem que seus filhos tinham a seu respeito, denegrindo a sua pessoa, além de ser um ato de opressão, é um ato de criminalidade que afeta a moral do próximo, desta feita a Lei de Alienação Parental nos arts. 2º e 3º diz:
Art. 2º. Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. 
Parágrafo único.  São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros:  
I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; 
II - dificultar o exercício da autoridade parental; 
III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; 
IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; 
V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; 
VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; 
VII - mudar odomicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós. 
Art. 3o. A prática de ato de alienação parental fere direito fundamental da criança ou do adolescente de convivência familiar saudável, prejudica a realização de afeto nas relações com genitor e com o grupo familiar, constitui abuso moral contra a criança ou o adolescente e descumprimento dos deveres inerentes à autoridade parental ou decorrentes de tutela ou guarda. 
Não obstante, ressalte-se a incidência do genitor alienante nas condutas tipificadas em vários incisos da lei referida e acima citados, quais sejam, realizando campanha de desqualificação da conduta da genitora no exercício de sua maternidade, dificultando a autoridade parental bem como a convivência saudável com a mãe, com este procedimento trazendo para o menor uma transformação psicológica negativa e prejudicial no seu comportamento.
Com efeito, e assegurado pelo art. 699 do CPC/15, “Quando o processo envolver discussão sobre fato relacionado a abuso ou a alienação parental, o juiz, ao tomar o depoimento do incapaz, deverá estar acompanhado por especialista.”, abre-se aqui espaço, para que o magistrado aplique de imediato as penalidades previstas no art. 6º da mesma lei:
Art. 6o  Caracterizados atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta que dificulte a convivência de criança ou adolescente com genitor, em ação autônoma ou incidental, o juiz poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo da decorrente responsabilidade civil ou criminal e da ampla utilização de instrumentos processuais aptos a inibir ou atenuar seus efeitos, segundo a gravidade do caso: 
I - declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador; 
II - ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado; 
III - estipular multa ao alienador; 
IV - determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial; 
V - determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão; 
VI - determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente; 
VII - declarar a suspensão da autoridade parental. 
Os assuntos relacionados aos atos de Alienação Parental ou, para alguns, Síndrome da Alienação Parental (SAP), Abandono Afetivo são abordadas no pensamento do doutrinador Carlos Roberto Gonçalves em seu livro, como podemos ver a seguir:
A Lei n. 12.318, de 26 de agosto de 2010, visa coibir a denominadaalienação parental, expressão utilizada por RICHARD GARDNER no ano de1985 ao se referir às ações de guarda de filhos nos tribunais norte-americanosem que se constatava que a mãe ou o pai de uma criança a induzia a romper os laços afetivos com o outro cônjuge (“Parental AlienationSyndrome”). Ovocábulo inglês alienation significa “criar antipatia”, e parental quer dizer“paterna”.
A situação é bastante comum no cotidiano dos casais que se separam: umdeles, magoado com o fim do casamento e com a conduta do ex-cônjuge, procura afastá-lo da vida do filho menor, denegrindo a sua imagem perante estee prejudicando o direito de visitas. Cria-se, nesses casos, em relação ao menor, asituação conhecida como “órfão de pai vivo”. (GONÇALVES, CarlosRoberto, Direito Civil Brasileiro,v. 6, 9. ed.,São Paulo , Saraiva, 2012, p.257)
A Alienação Parental se caracteriza por ser um ato onde o genitor alienante faz com que o filho repulse o outro genitor sem qualquer justificativa, como preconiza Maria Berenice Dias em um de seus escritos;
O filho é utilizado como instrumento da agressividade, sendo induzido a odiar um dos genitores. Trata-se de verdadeira campanha de desmoralização. A criança é levada a afastar-se de quem ama e que também a ama. Este fenômeno manifesta-se principalmente no ambiente da mãe, devido à tradição de que a mulher seria mais indicada para exercer a guarda dos filhos, notadamente quando ainda pequenos. O alienador também pode ser o pai, em relação à mãe ou ao seu companheiro. Assim, pode incidir em qualquer um dos genitores e, num sentido mais amplo, pode ser identificado até mesmo em outros cuidadores. Pode ser levado a efeito frente aos avós, tios ou padrinhos e até entre irmãos. (DIAS, Maria Berenice, Manual de Direito das Famílias, 4ª ed., 2007, São Paulo, Ed. Revista dos Tribunais. (p 882, 883).
No que diz respeito a vivencia de separação, na maioria das vezes constituem sintomas neuróticos aos quais não se tem acesso a não ser pela elaboração do processo (de luto) interrompido. Conforme esclarece Leonora Roizen Albek Oliven em sua Dissertação de Mestrado:
Sintomas expressam através do desencadeamento de processos de acusações mútuas entre o ex-casal, as retaliações e as lesões afetivas são de tal ordem que terminam por atingir os filhos. O elo desejado passa a desempenhar o papel de elo perdido: o retrato do fracasso. Dos pais. E assim nos filhos refletem as contradições de afetos e de sentimentos paterno-materno. Portanto, caso os pais não elaborem a perda sofrida, na ânsia de punir a pessoa amada como medida satisfativa de um desejo de vingança em face do outro, busca destruir a imagem do outro progenitor na relação com os filhos. Como se confusos em discernir a conjugalidade da parentalidade, em franco alijamento da identidade parental, frustram a convivência materna ou paterna, imputando memórias desabonadoras, em especial de abandono dos filhos, sem que necessariamente tais comportamentos realmente se apresentem. Em geral, o genitor ferido, vitimado pelo abandono, mágoa ou rancor, cria artifícios para impedir encontros, a criação ou manutenção, de laços estreitos entre o filho e o outro genitor, criando um abismo por vezes intransponível, no entanto possivelmente devastador. Institui um processo de diabolização do outro, projetando nele todo o mal sofrido. (OLIVEN, LeonoraRoizenAlbek Alienação Parental: a família em litígio, 2010. Digitado Original Dissertação (Mestrado) – Universidade Veiga de Almeida, Mestrado Profissional em Psicanálise, Saúde e Sociedade, Rio de Janeiro, 2010. Orientação: Profa. Dra. Betty Bernardo Fuks, p. 128)
Sobre este assunto, bastante relevante, já acontecem jurisprudência com resoluções destacadas em nossos tribunais:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ALTERAÇÃO DE GUARDA. ALIENAÇÃO PARENTAL. DEFERIMENTO DA GUARDA AO GENITOR. INTERESSE DO MENOR. A guarda deve atender, primordialmente, ao interesse do menor. Verificado que o menor sofre com os conflitos provocados pelos genitores e que houve atos de alienação parental objetivando afastar o menino do contato paterno, deve ser mantida a sentença que alterou a guarda em favor do genitor, que, segundo laudo social, possui condições para tanto. Apelaçãodesprovida.(Apelação Cívil, Nº70063718381( nº CNJ: 0057216-84.2015.8.21.7000), Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Comarca de Torres, Relator: Des. Jorge Luís Dall'Agnol, Julgado em 27/05/2015).
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ALIENAÇÃO PARENTAL. ESTUDO SOCIAL E PSICOLÓGICO. INDICAÇÃO DE ASSISTENTE TÉCNICO. NÃO CABIMENTO, POR NÃO SE TRATAR, TECNICAMENTE, DE PERÍCIA, NO CASO. O "estudo social e psicológico" determinado pelo juízo de origem não se configura exatamente como a "perícia" a que se refere o art. 5º da Lei 12.318/2010. Tanto que foi solicitada sua realização às municipalidades onde residem os litigantes, sem que tenha havido a específica designação de peritos da confiança do juízo, com a formação exigida no § 2º do art. 5º da Lei em foco. Por isso, no caso específico, não se justifica a designação de assistente técnico. NEGARAM PROVIMENTO. UNÂNIME. (Agravo de Instrumento Nº 70058752627, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Luiz Felipe Brasil Santos, Julgado em 05/06/2014). GN.
AGRAVO INTERNO. DECISÃO MONOCRÁTICA EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. INCIDENTE DE ALIENAÇÃO PARENTAL. VISITAS. MANUTENÇÃO DO INDEFERIMENTO, POR ORA.
Foi dito na decisão monocrática que se visava a preservar o menino de doloroso conflito de lealdade. Ressalvado não desfaz do justo direito do genitor na convivência com o filho,mas, essencialmente, busca proteger e retirar o menino do centro dos embates dos genitores com discursos que desfazem um do outro. E assim deve ser, não se devendo forçar uma situação de convivência no contexto demonstrado pelo próprio recorrente, em que o menino que conta hoje 10 anos de idade revelava ansiedade e desconforto. Certamente a em. Juíza de Direito está atenta aos deslindes da situação fática, de modo a perceber o rumo dos acontecimentos, visando a evitar que a criança esteja no centro de manipulações por qualquer dos genitores.(Agravo de instrumento Nº 70068344837 (Nº CNJ: 0044677-52.2016.8.21.7000)julgado em 09/03/2016/Cível, Oitava Câmara Cível,Comarca de Porto Alegre, Relator: Luiz Felipe Brasil Santos) Publicação em 11/03/2016.
	O fato de o genitor atrapalhar a boa convivência familiar que existe entre o(s) filho(s) e a genitora, tendo em vista os direitos acima citados, não resta à autora, outra alternativa senão a de mover o judiciário em busca de ver reconhecido que o réu interfere na formação psicológica, moral e social de seu(s) filho(s), proferindo contra ela discursos de ódio, conforme os arts. 3° e 17 da Lei 8.069/90. 
Art. 3º. A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.
Parágrafo único.  Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem. 
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.
Certamente, a demanda judicial não devolverá ao(s) filho(s) as horas que não passou(ram) com o genitor, o riso contido, a intimidade que se perdeu. Não será possível resgatar o tempo, tampouco a dor de escutar as coisas ruins que o pai fala sobre a mãe denotando confusão e ansiedade, pois seu contato com a mãe é extremamente amável e de vital importância numa fase essencial da vida, a infância.
No entanto, o conhecimento do problema e a busca por um tratamento psicoterapêutico são medidas possíveis para superar tão sofrida experiência, restabelecer sua identidade, não perpetuar o comportamento de seus pais e impedir que suas futuras relações afetivas fiquem prejudicadas. Conseguir construir vínculos afetivos sadios é o maior objetivo da autora vítima da alienação parental.
V - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, uma vez colocados os fatos e demonstrado o direito em que se alicerça a autora requer que Vossa Excelência se digne a:
A. DEFERIR concessão dos benefícios da justiça gratuita requerida pela(o) autor(a), conforme o art. 5º, LXXIV da CF/88, os arts. 98 e 99 do CPC/15, assim como pela Lei nº 1060/50.
B. DEFERIR o benefício da prioridade de tramitação, conforme estabelece o art. 4º da Lei nº 12.318/10.
C. DECRETAR a realização de estudo PSICOLÓGICO ou BIOPSICOSSOCIAL para o(s) menor(es) impúbere(s) XXX e do(a) requerido(a) XXX, a fim de se comprovar a alienação parental bem como elaboração de laudo PERICIAL, a fim de salvaguardar o melhor interesse do(s) menor(es), conforme art. 5º e seus parágrafos da Lei 12.318/10.
D. INTIMAR o Ministério Público para atuar como fiscal da lei, conforme previsto no art. 178, II e art. 698, ambos do CPC/15.
E. CITAR o(a) requerido(a) para que compareça a audiência de mediação conforme disposição do art. 695 do CPC/15.
F. JULGAR TOTALMENTE PROCEDENTE A AÇÃO, com todos os fatos e direitos elencados, movida pela(o) autor(a) XXX, em face de XXX, conforme a Lei 12.318/10, arts. 2º e 6º e seus incisos.
G. CONDENAR o(a) executado(a) a pagar às custas processuais e honorários advocatícios no montante de 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa, com correção monetária, conforme os arts. 85, caput, § 2º e 546 do CPC/15.
Pretende provar o alegado, mediante todos os meios de provas, lícitos e permitidos em direito, especialmente por meio de depoimento pessoal; prova documental e pericial, dentre outros.
Dá-se à causa o valor de R$ XXX,00 (VALOR POR EXTENSO).
Termos em que pede e aguarda deferimento.
Cidade/UF, DIA de MÊS de ANO.
_______________________________________________
Advogado XXX
 OAB/UF nº XXX
MODELO
 
AÇÃO 
DE
CLARATÓRIA DE
 
ALIENAÇÃO PARENTAL
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO
(
A) 
SENHOR
(
A) 
DOUTOR
(
A) 
JUIZ
(
A)
 
DE DIREITO DA 
XXX
 
VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE 
CIDADE
/
UF
.
 
 
 
 
 
AÇÃO 
DE
CLARATÓRIA DE
 
ALIENAÇÃO PARENTAL 
 
 
 
 
TRAMITAÇÃO PRIORITÁ
RIA 
 
 
 
 
XXX
, 
brasileir
o(a)
, divorciad
o(a)
, 
profissão
,
 
inscrit
o(a)
 
no CPF sob o n° 
XXX
, 
portador
(a)
 
do RG n° 
XXX
 
SSP/
UF
, residente e domicilia
d
o(a)
 
na 
Rua
 
XXX
, Bairro 
XXX
, 
cidade
/
UF
, CEP 
XXX
, endereço eletrônico
 
XXX
,
 
por intermédio de seu 
procurador
(a)
 
advogad
o
 
XXX
, inscrit
o
 
na OAB
/
UF
 
sob n° 
XXX
, endereço eletrô
nico 
XXX
, com endereço profissional na 
Rua
 
XXX
, n° 
XXX
, B
airro
 
XXX
, 
Cidade
/
UF
, 
CEP 
XXX
, onde receberá intimações e notificações, devidamente habilitado nos 
autos, conforme instrumento de man
dato, de acordo com o art. 105 do 
CPC/15, vem 
respeitosamente, perante Vos
sa Excelência, mover a presente
 
AÇÃO 
DECLARATÓRIA 
DE ALIENAÇÃO PARENTAL
, em face de 
XXX
, 
brasileir
o(a)
, 
divorciad
o(a)
, 
profissão
,
 
inscrit
o(a)
 
no CPF sob o n° 
XXX
, portador
(a)
 
do 
RG n° 
XXX
 
SSP/
UF
, residente e domiciliad
o(a)
 
na 
Rua
 
XXX
, Bairro 
XXX
, 
cidade
/
UF
, CEP 
XXX
, endereço eletrônico 
XXX
, com fundamentos no art
igo
 
22
7
 
da 
CF/88, Lei 
12.318/2010, 
Lei da Alienação Parental
 
e em outros dispositivos legais aplicáveis, 
pelos
 
motivos a seguir expostos, 
para
,
 
ao final
,
 
requerer.
 
 
MODELO 
AÇÃO DECLARATÓRIA DE ALIENAÇÃO PARENTAL 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 
XXX VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE CIDADE/UF. 
 
 
 
 
AÇÃO DECLARATÓRIA DE ALIENAÇÃO PARENTAL 
 
 
 
TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA 
 
 
 
XXX, brasileiro(a), divorciado(a), profissão, inscrito(a) no CPF sob o n° XXX, 
portador(a) do RG n° XXX SSP/UF, residente e domiciliado(a) na Rua XXX, Bairro 
XXX, cidade/UF, CEP XXX, endereço eletrônico XXX, por intermédio de seu 
procurador(a) advogado XXX, inscrito na OAB/UF sob n° XXX, endereço eletrônico 
XXX, com endereço profissional na Rua XXX, n° XXX, Bairro XXX, Cidade/UF, 
CEP XXX, onde receberá intimações e notificações, devidamente habilitado nos 
autos, conforme instrumento de mandato, de acordo com o art. 105 do CPC/15, vem 
respeitosamente, perante Vossa Excelência, mover a presente AÇÃO 
DECLARATÓRIA DE ALIENAÇÃO PARENTAL, em face de XXX, brasileiro(a), 
divorciado(a), profissão, inscrito(a) no CPF sob o n° XXX, portador(a) do RG n° 
XXX SSP/UF, residente e domiciliado(a) na Rua XXX, Bairro XXX, cidade/UF, CEP 
XXX, endereço eletrônico XXX, com fundamentos no artigo 227 da CF/88, Lei 
12.318/2010, Lei da Alienação Parental e em outros dispositivos legais aplicáveis, 
pelos motivos a seguir expostos, para, ao final, requerer.

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