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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER JANAINA DE FREITAS, RU 2812726, TURMA 2019/02 ESTÁGIO SUPERVISIONADO – EXTENSÃO – ENSINO MÉDIO AULAS ON-LINE EM TEMPOS DE PANDEMIA CARAZINHO 2021 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER JANAINA DE FREITAS, RU 2812726, TURMA 2019/02 RELATÓRIO DE ESTÁGIO Relatório de Estágio Supervisionado: Extensão- Ensino Médio do curso de Licenciatura em Letras a distância do Centro Universitário Internacional UNINTER. CARAZINHO 2021 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO…………………………………………………................................... ...03 2 AULAS ON-LINE EM TEMPOS DE PANDEMIA................................................... ...05 2.1 Estado de Arte.................................................................................................... ...05 2.2 Campo Externo Remoto: Filme “Entre os Muros da Escola”............................... ...06 2.3 Material de Criação e Reflexão........................................................................... ...10 2.4 Práxis e Relatório de Evidências......................................................................... ...12 2.4.1 Práxis................................................................................................................ ...12 2.4.2 Relatório de Evidências.................................................................................... ...16 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... ...17 4 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... ...19 3 1 INTRODUÇÃO O presente relatório sobre o Estágio Supervisionado do Ensino Médio modelo Extensão, foi realizado no Polo de apoio presencial da cidade de Carazinho no Rio Grande do Sul, sendo que a escolha desse formato deu-se por não existirem escolas abertas para a prática de um estágio presencial. Justifica-se a importância do tema por uma profunda necessidade de falar sobre o assunto Educação em tempos de pandemia para toda a comunidade, sendo que as redes sociais e outras mídias abrangem um maior número de pessoas. Este trabalho irá demonstrar a importância de professores preparados para novos e surpreendentes desafios, pois tanto alunos quanto professores podem encontrar dificuldades em mexer nas plataformas e programas voltados para as aulas EAD. Os objetivos desse projeto de extensão são: Desenvolver a autonomia dos alunos nas aulas on- line; demonstrar a importância da interação entre aluno e professor; discorrer sobre diferenças entre aulas presenciais e remotas e reflexos no aprendizado. Na impossibilidade de realizar os encontros presenciais entre professores e alunos, devido às medidas de isolamento social, as aulas remotas surgiram como alternativa para reduzir os impactos negativos no processo de aprendizagem. A escola tem o papel de formar cidadãos conscientes, por isso é imprescindível que os professores acompanhem as mudanças, numa busca por formação o professores acabaram descobrindo novos métodos de ensino, e muito rapidamente foram obrigados a adaptar-se para poder desenvolver suas aulas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) foi declarado no dia 09 de março de 2020 que a COVID-19 é uma doença infecciosa provocada por vírus que se propaga em humanos, sobretudo a partir de gotículas desenvolvidas quando uma pessoa contaminada espirra, fala ou tosse. Depois 4 de dois dias, foi comunicado pela OMS que a COVID-19 se caracterizava como pandemia, devido aos mais de 118 mil infectados, em 114 territórios naquele momento, dos quais 4.291 pessoas vieram a óbito pelo Coronavírus (OMS, 2020). Nesse contexto houve a necessidade urgente de toda a sociedade se mobilizar e buscar se adaptar as mudanças ocorridas em todos os setores seja ele econômico, social e inclusive referente ao sistema educacional, que necessitou estabelecer uma nova perspectiva para conseguir se adaptar a esse novo aspecto social. Como uma forma de prevenir o contágio da doença nesse período anormal, a OMS orientou o distanciamento social entre as pessoas (MÉDICI; TATTO; LEAO, 2020). Essa medida muito importante para o controle da propagação da doença passou a ser incompatível com o dia a dia escolar. Visto que existe enorme dificuldade de conter a proximidade entre pessoas que circulam no mesmo ambiente escolar, além da característica estrutural das salas, muitas vezes lotadas, que proporcionam as aglomerações, tornando assim impossível a realização de aulas presenciais (MÉDICI; TATTO; LEAO, 2020). Diante de todas as catástrofes ocasionadas por essa pandemia de 2020, a área educacional tem sofrido bastantes consequências, a paralisação do ensino presencial em todas as escolas, tanto públicas como privadas, atingiu pais, alunos professores e toda a comunidade escolar, em todos os níveis de ensino. Situação que interfere na aprendizagem, desejos, sonhos e perspectivas de muitos discentes, provocando um sentimento de adiamento de todos os planos no contexto educacional. Vale destacar que essa mudança gerou uma interferência na vida familiar de todos, variações de rotinas trabalho e ocupações (MÉDICI; TATTO; LEAO, 2020). A organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), no dia 18 de março de 2020, confirmou que 85 países fecharam totalmente as atividades presenciais para amenizar o contato com o novo coronavírus, atingindo 776,7 milhões de jovens e crianças estudantes, sendo assim, foi optado pelo ensino completamente a distância, decisão tomada após discussão ocorrida em evento que os governos de 73 países participaram virtualmente (UNESCO, 2020). 5 2 AULAS ON-LINE EM TEMPOS DE PANDEMIA 2.1 Estado da arte A situação da pandemia provocada pelo COVID-19, tendo como consequência necessária a medida de isolamento social, demandou às escolas, a suspensão das atividades presenciais. Nesse sentido, as redes escolares, privadas e públicas, se depararam com inúmeros desafios sobre a viabilização do processo remoto de escolarização. Um dos principais desafios tem a ver com a aquisição de dispositivos eletrônicos que viabilizem o acesso à internet de qualidade. O que acarretou um maior desnivelamento das camadas sociais, onde uns têm acesso a tudo e outros a acesso a quase nada. Desta forma pode-se observar que a tecnologia é uma necessidade mundial, e que a escola deve estar preparada para esta realidade. Temos que estar preparados para este avanço, pois, Nós, educadores, temos de nos preparar e preparar nossos alunos para enfrentar exigências desta nova tecnologia, e de todas que estão a sua volta – A TV, o vídeo, a telefonia celular. A informática aplicada à educação tem dimensões mais profundas que não aparecem a primeira vista. (ALMEIDA, 2000, p.78). Com os estudantes isolados em casa, fica mais evidente as diferenças sociais e acesso a todos os itens básicos, como energia, gás, alimentação e higiene, mas principalmente o ambiente doméstico que muitas vezes é desestruturado para manter as rotinas escolares, sem um espaço adequado para os estudos. Considerando ainda que os pais precisam auxiliar seus filhos, é ainda maior o agravante, pois muitos não sabem coisas básicas, e acabam deixando a desejar, não porque querem, mas porque realmente não têm o menor conhecimento das disciplinas de base. Os professores que antes dominavam o conteúdo, agora precisaram se adaptar a nova realidade e correr atrás para se reinventar, buscando nas ferramentas tecnológicas sua maior aliada, muitos tendo ainda tiveram que investir em computadores mais ágeis e cursos mais avançadaspara entenderem e ensinarem o novo sistema. 6 Se antes os professores já tinham uma rotina exaustiva, com a pandemia a carga aumentou, o correr atrás do saber, o entender para poder ensinar, o se adaptar para poder readequar a turma, tudo isto trouxe uma demanda de trabalho extra, onde nos cliques e telas os quais estão sendo desenvolvidas as aulas remotas, temos alunos, professores e, consequentemente, famílias que acompanham ou estão tentando adentrar uma realidade desconhecida e angustiante, aprendendo como gravar e editar vídeos, tornando o ambiente doméstico o mais próximo possível do espaço escolar, lidando o universo on- line e transitando pelas relações virtuais. Esses problemas parecem ser minimizados quando se trata de alunos oriundos de classes sociais mais abastadas ou quando a escola garante as condições de trabalho para os docentes, o que tem a ver com a própria situação da pandemia e a compreensão do impacto das atividades remotas na vida dos alunos e professores. Isso significa que há uma inevitável diferença na situação que os alunos se encontram, sobretudo no que diz respeito a atividade remota no contexto de pandemia se comparado com as atividades presenciais. Porém, parece haver uma pressão por parte dos gestores escolares, de certas políticas públicas educacionais e mesmo reflexões por parte dos pais ao tentarem combater os prejuízo causados por toda essa situação. Uma das consequências em combater os malefícios é transpor a carga horária e a larga quantidade de conteúdos da condição presencial para as atividades remotas. Essa ânsia para suprir os danos causados pela situação de isolamento social é a concepção básica do problema das aulas remotas, e que atravessa o modo como as escolas e famílias, via de regra, têm lidado com as atividades remotas, tendo as melhores ou as mais reduzidas condições. 2.2 Campo Externo Remoto – Filme “Entre os Muros da Escola” Trata-se da vida escolar de professores, em especial um professor que é protagonista, e alunos, que tentam interagir em sala de aula, porém têm grandes dificuldades para um entendimento, já que cada um têm sua própria realidade, seu ponto de vista e sua experiência de vida, sendo temas de relevância política, social e moral . Os acontecimentos são em um ambiente 7 urbano, pois todo o filme é baseado predominantemente em uma escola de periferia. Os fatos se desencadeiam logicamente, sem muita ficção, sendo que os personagens têm experiências dentro da escola levando em consideração sua própria vivência de mundo, tanto professores quanto alunos. A história ocorre dentro de uma escola de periferia. Nas cenas predominam os aspectos emocionais e psicológicos dos protagonistas e núcleo principal. Os personagens possuem características genuínas, são muitas vidas, muitos alunos de uma classe especifica mas cada um com sua individualidade, e os professores também. Esse filme tem uma analogia com o documentário “Educação Proibida”, que se propõe a questionar as lógicas da escolarização moderna e a forma de entender a educação, mostrando diferentes experiências educativas, não convencionais, que propõem a necessidade de um novo modelo educativo. A história “Entre os Muros da Escola”, mostra diferentes atitudes e progressos ou não de alunos frente a realidades distintas, mesmo com as classes econômicas sendo similares, é o reflexo do que trazem de casa, da bagagem que compõem suas vidas, não somente do aprendizado que têm na escola, mas do todo, daquilo que os professores não conseguem ver, ou não têm a real abrangência, causando profundas feridas que são mostradas em atitudes agressivas . Os professores, principalmente o protagonista não consegue se posicionar da melhor maneira, muitas vezes não usa os melhores termos, perde a paciência, como no mundo real. O filme retrata a realidade de alunos e professores, e conflitos entre educar e ser um moderador de conflitos. Esse filme tem muita relação com o meu curso, até porque a língua mãe da França é francês e a do Brasil português , fazendo uma ligação entre a história contada e Letras, tudo o que foi vivenciado em sala de aula fictícia pode ser a realidade de qualquer escola com alunos de bairros mais pobres ou periferias. Infelizmente ainda existe esta diferença, pois além da situação econômica ser muito precária, a educação tem uma linha diferente, os alunos vão para aula preparados para se defenderem quando confrontados, são crianças que se protegerem por instinto, porque os próprios pais acabam incentivando “se você 8 apanhar, bata”, “se você cair levante e dê uma rasteira em quem te derrubou”... não é só uma questão de educação, vai muito mais além, é cultural. As aulas de português proporcionam um novo aprendizado a estas crianças, uma releitura do já visto, é possível tentar quebrar os paradigmas usando a Educação como ferramenta, mas não se não houver empatia com a realidade que se apresentar. ►Um breve resumo do filme: O filme “Entre os muros da escola” retrata a rotina comum de uma escola francesa, explorando as relações interpessoais e profissionais que ocorrem dentro da sala de aula: professores mais antigos orientando os mais novos (sobre as normas e os alunos, quem é ou não é comportado), castigos e punições, rotina, entre outras coisas do gênero. Cenas do filme que retratam jovens no intervalo/recreio escolar, conversas paralelas, alunos que sentam no fundo de classe e se distraem da aula, além do papel dos professores e instituições como os conselhos disciplinares e de classe são comuns, mesmo aqui no Brasil. Sobre o professor protagonista, é observado que é a sua voz que sobressai aos alunos. Não vemos qualquer tipo de liberdade para os alunos. Caso contrário, levam um tipo de advertência . É ele que levanta a hipótese para outros professores do aluno Souleymane poder retornar ao seu país de origem caso ele seja expulso. É ele que também questiona o papel do Conselho Disciplinar, já que todos os alunos que pararam ali foram expulsos. Ao prestar atenção no professor em questão, observamos que nenhuma situação ocorre de forma isolada. É por sua conta que Souleymane acaba indo ao conselho de classe . Na escola, um problema ou uma situação é um fim em si mesmo, como se cada fenômeno não tivesse algo que o sustenta ou que o cria. Um exemplo claro é o caso deste aluno. Inicialmente, Souleymane é um garoto com dificuldades. Esquece o material, ofende os colegas, não cumpre os deveres e conversa durante a aula. Tem uma péssima reputação com os professores. Não sabemos o motivo que o faz se comportar assim na escola. No entanto, os professores e as autoridades escolares, segundo o filme, parecem não tentar entender o que de fato está por trás disso. Nenhum aluno é mau aluno por ser apenas ruim além disso, o caso do aluno Souleymane já era relativamente antigo. Ou seja, jamais foi feito um trabalho para tentar recuperá-lo ou para 9 sequer tentar compreender a sua situação. Ao final do filme todos sabiam que se caso ele fosse expulso poderia retornar ao seu país de origem. Ele foi expulso da escola, então deve ter sofrido alguma consequência. Além disso, migrar de escola em razão de uma expulsão é completamente prejudicial – e o afasta da escola ainda mais. O título do filme tem total relação com esta situação. Afinal, a escola não termina em seu espaço físico delimitado – ela vai além e se estende para outros aspectos da vida do estudante. Por fim, uma frase dita no final do filme é bem impactante e traz uma reflexão importante. Uma aluna diz ao professor que “não compreende o que fazemos”. Diz que não quer fazer um curso profissionalizante e pelo seu tom de voz podemos perceber que ela está sem esperança. O professor, contudo, não a entende. Ela não se refere à escola de forma categórica,mas fica subentendido. De fato, o que fazemos na escola é tudo, mas não conseguimos educar, no máximo ensinar e dar um caminho. Talvez, a escola tenha sido contaminada pela escolarização, num ponto em que é impossível diferenciar uma coisa da outra. Muitos alunos enxergam a escola como uma etapa ruim da vida, mas que é necessária por conta do mercado de trabalho. Título do Filme: Entre os muros da Escola Ano: 2008 País de origem: França Palavras-chave: Educação, escola, professor, aluno, falta de respeito, punição, autoritarismo, interpretação de discurso. Idade recomendada: Gênero: Drama Cor: colorido Direção: Laurent Cantet. Idioma: Frances Elenco principal: François Bégaudeau; Nassim Amrabt; Laura Baquela; Hallee Blee; Cherif Bounaïdja Rachedi; Juliette Demaille; Dalla Doucoure; Arthur Fogel; Damien Gomes Identificação-imagem e categoria do espaço visitado: A categoria é adolescente, acima de 12 anos de idade no gênero de Drama. Composição do acervo visitado: O filme se passa em um cenário urbano em uma escola de periferia na França. 10 Importância: O respeito as diferenças e particularidades de cada indivíduo e superação quando existe uma motivação. Duração: 2 hora e 8 minutos Informação de produção: O filme “Entre os muros da escola” retrata a rotina comum de uma escola francesa, explorando as relações interpessoais e profissionais que ocorrem dentro da sala de aula: professores mais antigos orientando os mais novos (sobre as normas e os alunos, quem é ou não é comportado), castigos e punições, rotina, entre outras coisas do gênero. Restrições: Proibido para menores de 12 anos Sinopse: François Marin trabalha como professor de língua francesa em uma escola, localizada na periferia de Paris. Ele e seus colegas de ensino buscam apoio mútuo na difícil tarefa de fazer com que os alunos aprendam algo ao longo do ano letivo. Marin tem na escola alunos problemáticos, violência, tensões étnicas entre os alunos, o que testa sua paciência e, mais importante, sua determinação como um educador. Conteúdo explícito: Dificuldades dos educadores e educandos para um entendimento disciplinar. Conteúdo implícito: Vidas atrás da escola, realidades diferentes com contextos diversos, traumas individuais. Interdisciplinaridade: Respeito, empatia, educação (no sentido moral) 2.3 Material: criação e reflexão Como material de criação e reflexão foi utilizado um podcast, por ser mais simples e de fácil acesso, assim gerando maior interesse. Criei um grupo no whatsapp e enviei o link para os membros e para que reenviassem para seus outros grupos. A educação é a base da formação humana. São utilizados vários instrumentos durante todo o processo de construção de conhecimento do mundo em que vivemos, pensando na formação de cidadãos efetivamente agentes de transformações. A presença das tecnologias de informação e comunicação é cada vez mais notória. As grandes mudanças que vêm ocorrendo com a educação, estão de certo modo ligadas às transformações tecnológicas. Contudo a educação não acompanha o avanço tão rápido das tecnologias, mas vem incorporando cada vez com mais evidência. A importância das tecnologias no ambiente escolar, bem como a vida em sociedade, amplia as possibilidades na construção e aquisição de conhecimentos, pois o acesso as informações pode ocorrer em qualquer tempo e espaço resistências, mas é o único para uma 11 prática social verdadeiramente democrática. A escola nesse momento deve repensar e redesenhar a prática pedagógica e os currículos, incorporados as TDIC's em seu ambiente escolar, a princípio conceituar a cultura digital, assim: A cultura digital é a cultura em rede, a cibercultura que sintetiza a relação entre sociedade contemporânea e Tecnologias da Informação (TI's). Ao mesmo tempo que a cultura digital abriga pequenas totalidades e seu significados, mantém-se desprovida de fluxos, de conhecimentos e de criações, que dá corpo e identidade às organizações que delas se constituem. (AMADEU, 2016, p.20). Neste material foram colocados os principais pontos das aulas on-line em tempo de pandemia, de forma breve e resumida, e as questões que impactam e fortalecem esta nova didática , bem como situações contrárias, que dividem opiniões, como aspectos políticos, sociais e morais, pois muitos não têm todas as plataformas de acessos e acabam ficando com uma educação mais deficiente. Grandes transformações estão acontecendo, principalmente pelo avanço tecnológico, onde cada dia são criados novos produtos, feitas novas descobertas. Muitas pessoas lidam facilmente com essa mudanças, principalmente a nova geração, outros têm mais dificuldades nesse processo. De acordo com Cavalcante (2012), trabalhar com as tecnologias de forma interativa nas salas de aula requer a responsabilidades de aperfeiçoar as compreensões de alunos sobre o mundo natural e cultural em que vivem. Porém frente a realidade, cada um vem se adaptando a sua maneira. Assim, de forma prática e simples , pessoas em geral tiveram acesso a esse assunto tão importante e debatido no último ano. Foi especificado o ponto a ponto desde o início do estágio , os reflexos da pandemia na educação, os pontos em comum com as aulas presenciais e a escolha do podcast como espaço de criação e reflexão. O link de acesso ao material de criação e reflexão do projeto de extensão “Aulas on-line em tempos de pandemia” é: https://drive.google.com/drive/folders/10gOp4YGCraUPjtriaIr2PE1vsY_wc CWu?usp=sharing https://drive.google.com/drive/folders/10gOp4YGCraUPjtriaIr2PE1vsY_wcCWu?usp=sharing https://drive.google.com/drive/folders/10gOp4YGCraUPjtriaIr2PE1vsY_wcCWu?usp=sharing 12 2.4 PRÁXIS E RELATÓRIO DE EVIDÊNCIAS 2.4.1 Práxis- Aulas on-line em tempos de pandemia O distanciamento social e a quarentena têm impactado diretamente na vida de todos os brasileiros, especialmente na educação, causando o afastamento presencial de docentes e discentes. Estabelecimentos de Ensino – creches, escolas, universidades – estão com suas atividades escolares presenciais suspensas, o que atinge milhões de estudantes em todo o país. Apesar do fato ser terrível e estar prejudicando o ensino e a aprendizagem, a suspensão das aulas é medida essencial para se evitar a propagação da contaminação, tendo em vista que a escola é um ambiente de natural contato. De acordo com Cavalcante (2012), trabalhar com qualquer tecnologia de forma interativa em aula requer a responsabilidades de aperfeiçoar as compreensões de alunos sobre o mundo natural e cultural em que vivem. É indispensável o desenvolvimento contínuo de alunos e professores, trabalhando adequadamente com as novas tecnologias, constata-se que a aprendizagem pode se dar com desenvolvimento emocional, racional, da imaginação, do intuitivo, das interações, a partir dos desafios, da exploração de possibilidades, de assumir responsabilidades, do criar e do refletir juntos, porém, a compreensão de educação na Pedagogia do Sucesso se reduz a receituários, repassados através de treinamentos Se de um lado o professor é submetido a tantos desafios, por outro, ele recebe treinamento e apoio permanente [...]. O treinamento inicial normalmente dura uma semana e é ministrado pelos supervisores, treinados por técnicos experientes (OLIVEIRA, 2000, p. 98). Portanto , ao escolher o tema “Aulas on-line em tempos de pandemia”, veio a tona o início dos desafios como mãe de alunos de 5 e 10 anos que no início de 2020 tiveram suas vidas profundamente alteradas devido as mudanças no ensino, um no jardim II, tendo que se pré alfabetizar, outro no quinto ano do fundamental, ambos de escola privada, foi então que me deparei com uma questão muito embaraçosa : As diferenças da educação em escolapública e 13 privada, pois muitos familiares têm seus filhos em escola pública, e a diferença é gritante e exageradamente inferior. Como auxiliei algumas crianças da família da rede pública, pude vivenciar as duas realidades, meus filhos com todas as plataformas disponíveis, professores com muitas tecnologias e bem a frente, correram para se especializar e entender o desafio, os alunos em contrapartida extremamente aplicados, com pais incentivando e com rotinas bem precisas para se adaptarem, já, por outro lado, muitos alunos da pública em busca ativa, com trabalhos inacabados, professores correndo atrás, buscando desesperadamente ensinar alguma coisa para que estes não perdessem o ano letivo, ou pelo menos dar a chance de terem notas, não zerarem. Há algumas realidades, infelizmente não poucas, em que os pais não podem ou não conseguem apoiar os filhos. Muitos estudantes precisam assumir um papel de protagonismo no sustento financeiro da família. Às vezes, os pais até tentam poupar os filhos dessa preocupação, mas estes logo percebem a frustração dos genitores por não saberem como pagarão contas tão básicas, como água ou luz. A crise econômica afeta diretamente as famílias e, consequentemente, os estudantes. De forma geral, nota-se que para os alunos que não têm a oportunidade e o privilégio de encontrar apoio no núcleo familiar, todos os desafios são amplificados, e se concentrar para estudar parece impossível. Já os que encontram esse apoio têm todos esses desafios atenuados ou, até mesmo, extinguidos. Ou seja: o núcleo familiar pode ser um catalisador ou extintor dos obstáculos existentes. Trabalhar com tantas diferenças é triste e ao mesmo tempo muito enriquecedor , considerando que 10% das escolas com as maiores notas no Enem 2017, 18% são públicas e 82% são particulares, vale dizer que todas as públicas nesse grupo de elite são federais ou estaduais de ensino técnico, segundo levantamento do jornal Folha de São Paulo feito com dados do MEC. No outro extremo, entre 10% das escolas com menores notas, todas são públicas. De maneira geral as escolas públicas possuem poucos recursos de infraestrutura e algumas ainda têm problemas de falta de professores. Uma pesquisa feita pelo Ibope Inteligência diz que 48% dos professores afirmam que não recomendariam a própria profissão para outra pessoa. Vale lembrar que os 14 professores brasileiros ganham 25% menos do que profissionais de outras áreas com mesmo nível de formação, segundo pesquisa do Inep. “Se o recurso não estiver sintonizado com aquilo que está sendo apresentado, o aluno aciona um zap mental. Ele muda de canal, desliga- se do professor que está na frente dele. Continua fisicamente na sala de aula, mas sua mente viaja para bem longe dali.” (HEERDT 2003, p. 69) Nesse sentido, Amaral (1998), ressalta que a educação precisa prestar um bom serviço à comunidade, buscando atender as especificidades dos alunos que chegam à escola, cabendo à educação adequar-se às necessidades dos alunos e não os alunos às necessidades e limitações escola. Segundo Heerdt (2003, p. 70), “Evidenciam-se, uma série de desafios, alguns inéditos, que precisam ser assumidos e incorporados na prática docente. A mudança, o novo, o questionamento, o diferente, quase sempre são causa de insegurança e medo. Mas é necessário ousar e enfrentar”. Oficialmente,a educação a distância surgiu pelo Decreto nº 5.622 de 19 de dezembro de 2005, que posteriormente foi revogado. A sua atualização ocorreu pelo Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017, vigente até a atualidade, que define, no seu primeiro artigo: Art. 1º Para os fins deste Decreto, considera-se educação a distância a modalidade educacional na qual a mediação didático- pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorra com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com pessoal qualificado, com políticas de acesso, com acompanhamento e avaliação compatíveis, entre outros, e desenvolva atividades educativas por estudantes e profissionais da educação que estejam em lugares e tempos diversos. (BRASIL, 2017) A possibilidade de absorção de certos conhecimentos pelo aluno dependerá em parte, de como essas informações lhes chegaram, lhes foram ensinadas, o que, por sua vez, dependerá nesta cadeia, das condições sociais que determinam à qualidade do ensino. Segundo Millot ( 1987,P.68) é na família que o processo de aprendizagem se inicia. Num processo de transferência, o amor sentido pela criança por seus pais e mais tarde, por seus professores, é o 15 que vai continuar a ser o motor da aprendizagem. Assim, a família e a escola possuem um elemento comum: a criança. Os problemas de adaptação escolar vão se refletir na família. Existe uma grande discrepância entre o que os pais identificam como sendo realmente ‘problema’ e o que a escola valoriza como tal. Apesar do EAD já ser uma realidade na educação brasileira, ele estava direcionado quase que na sua totalidade para o Ensino Superior, sendo outra parte para os cursos técnicos profissionalizantes. Na Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio), a regra geral das escolas, quando utilizavam, tendia para o EAD apenas como forma de educação complementar, sendo autorizado o EAD para casos específicos do Ensino Médio, especialmente para cursos profissionalizantes. Entre os inúmeros desafios postos para o professor, podemos destacar a atualização profissional, a criatividade, a organização do trabalho pedagógico por meio da ação de planejar, a mediação do processo ensino aprendizagem, a relação interpessoal entre professor e aluno, bem como a parceria escola e família, lidar com todos estes desafios faz parte da profissão docente. Percebe-se, portanto que atualmente não está sendo fácil ao professor competir com tudo aquilo que o mundo fora da escola oferece aos alunos. Desse modo, é de se esperar que a escola, tenha que “se reinventar”, se desejar sobreviver como instituição educacional. É essencial que o professor se aproprie de gama de saberes advindos com a presença das tecnologias digitais da informação e da comunicação para que estes possam ser sistematizadas em sua prática pedagógica. Segundo Souza et al. (2011, p.20) a aplicação e mediação que o docente faz em sua prática pedagógica do computador e das ferramentas multimídia em sala de aula, depende, em parte, de como ele entende esse processo de transformação e de como ele se sente em relação a isso, se ele vê todo esse processo como algo benéfico, que pode ser favorável ao seu trabalho, ou se ele se sente ameaçado e acuado por essas mudanças. O professor precisa abusar de sua capacidade de criação e ter consciência da necessidade de mudar sua prática pedagógica em tempos de pandemia. A hibridação ocorrida nas relações entre culturas diferentes, ou mesmo as diferenças dentro da mesma cultura, colaboraram para a visualização da 16 hibridação da educação. A educação pós pandemia irá passar pelo “estranhamento” entre o presencial e o EAD. Há de se considerar que a volta será gradual, com o retorno gradativo dos alunos para a sala de aula, havendo a necessidade da continuação do emprego de tecnologias. 2.4.2 Relatório de evidências O projeto de extensão “Aulas on-line em tempos de Pandemia” foi apresentado através de um vídeo aberto no Youtube para convidados ou participantes aleatórios. O período de realização foi do dia 03 de abril de 2021 a 08 de abril de 2021, com carga horária total de 30 horas, com 10 participantes efetivos. Sendo que o período total de estágio foi 100 horas. FICHA DE FREQUÊNCIA Janaina de Freitas RU:2812726 Letras –modalidade a distância Estágio Ensino Médio 100 horas NOMES E-MAIL Márcia dos Santos Bernardi jcmbernardi@hotmail.com Júlio César Mendes Bernardi julio.bernardi@eletrocar.com.brAna Júlia dos Santos Bernardi anasbernardi@gmail.com Indiaiara de Freitas indiaiara1230@gmail.com Eloisa Edir de Quadros eloisaquadros@gmail.com Jaqueline Silva Caetano jaquelinesachetticaetano@hotmail.com Grazielly Silva Freitas grazy_freitas95@hotmail.com Nancy Mabel Frigueto do Nascimento frigheto10@yahoo.com.br Pâmela Greice Ferreira greic@sapo.pt Karine de Freitas Hillesheim kamarco.h@hotmail.com Dados de repercussão via: https://drive.google.com/file/d/1JbTiK-IfsZev58eDpr- 2FzOHVbdDjg9s/view?usp=sharing LISTA DE PRESENÇA 17 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante a realização do estágio, fiz uma imensa reflexão sobre as aulas on-line em tempos de pandemia. Nota-se uma profunda e estarrecedora diferença entre escolas públicas e privadas. Alunos de escolas privadas são privilegiados em relação a rede municipal ou estadual, pois as famílias têm uma rede de amparo onde são quebrados todos os tabus, essas crianças são assistidas praticamente 24 horas por dia, e todas são instigadas a práticas de atividades extra curriculares, o que as faz ter maior autonomia e segurança na hora de estarem no contexto escolar. Já na rede pública os alunos praticamente só têm a base escolar mesmo, os pais em sua maioria lutam para sobreviver dentro da realidade que lhes é oferecida, alguns trabalham de dia para comer a noite, e poucos conseguem dedicação exclusiva aos filhos, o que não garante também acesso a todas as formas de incentivo a educação. No campo da pesquisa todos autores e leis, sem exceção, preconizam que a educação é um direito garantido a todos, porém de um lado temos alunos com acesso a todas as tecnologias, em contrapartida outros que não têm o básico, nem mesmo infraestrutura em suas casas que garantam o livre e conveniente acesso a uma educação de qualidade. Quanto os educadores, todos têm corrido atrás de novas formações que garantam um conhecimento adequado para que possam repassar a seus alunos, mas a diferença entre os educandos da rede pública e privada se agravou diante da pandemia. A realidade no Brasil e no mundo reavivou de forma espantosa as diferenças de cunho social, política e cultural, mesmo que existam meios no ensino público, e plataformas excelentes, em muitos casos não existe o acesso a eles, de um lado professores desesperados tentando salvar os alunos de uma reprovação, dando atividades, busca ativa para poupar crianças de repetirem o ano, enquanto há um paralelo na rede privada, onde os pais auxiliam, ou pagam alguém para auxiliar e minimizar o impacto, alunos mais dedicados, mais envolvidos. Não estou colocando todos os alunos da rede pública no mesmo contexto, tem muitos que se dedicam e correm atrás do saber, do conhecimento, mas a grande maioria não têm esta iniciativa, e também os pais passam 18 trabalhando para manter a dignidade e preservar seus empregos, não tendo o tempo necessário para auxiliar estas crianças e jovens, que ficam num abismo do não entendimento, sem saber onde buscar ajuda, porque a demanda para os educadores se tornou exaustiva. Se antes da pandemia a educação era difícil, com a pandemia tornou-se ainda mais, mas tenho fé e esperança que tudo isto traga a tona um novo paradigma que trate do assunto EDUCAÇÃO com maior respeito, que identifique os problemas e faça uma releitura de tudo que possa ser edificado ou melhorado. O mundo precisa de cidadãos que se voltem para um cenário de mais igualdade, quem sabe agora, com este novo processo as crianças e jovens que estão inseridas neste contexto venham a ser ferramentas de mudança no futuro, trazendo mais dignidade e prioridade ao ensino como um todo! 19 REFERÊNCIAS ALMEIDA, M. E.. Informática e formação de professores. Brasília: Ministério da Educação, 2000. AMADEU, S. Diversidade Digital e Cultura. 2016. Disponível em:<http://www.cultura.gov.br/foruns_de_cultura/cultura_digital/artigos/index.ph p?p=27418&m ore=1&c=1&pb=1>. Acesso em: 20 abril 2021. AMARAL, L. A. Sobre crocodilos e avestruzes: falando de diferenças físicas, preconceitos e sua superação. In: Aquino, J. G. (org.) Diferenças e preconceitos na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, p. 11-32, 1998. BRASIL. Ministério da Saúde. Cobertura da atenção básica. e-Gestor AB, Brasília, DF, 2020. Disponível em: encurtador.com.br/vTU68. Acesso em: 20 maio. 2021. CAVALCANTE, M. B. 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