Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Mariana Marques – T29 INTRODUÇÃO • Prescrever = dar ordem ou determinação para que se faça algo, estabelecer, determinar ou preceituar. • É um documento com valor legal pelo qual se responsabilizam, perante o paciente e sociedade, aqueles que prescrevem, dispensam e administram os medicamentos/terapêuticas ali arrolados. • A prescrição racional de medicamentos significa escolher o melhor tratamento medicamentoso, com base nos critérios de eficácia, segurança, aplicabilidade (comodidade) e custo financeiro para o paciente. SEGURANÇA DO PACIENTE E LEGIBILIDADE DA RECEITA • De acordo com o Regulamento Técnico sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficiais para Uso Humano em Farmácias e seus Anexos, a receita só deverá avaliada se cumprir os seguintes requisitos: ▪ Legibilidade e ausência de rasuras ou emendas; ▪ Identificação da instituição ou do profissional prescritor com o número de registro no respectivo Conselho Profissional e endereço do seu consultório; ▪ Identificação do paciente; ▪ Endereço residencial do paciente ou localização do leito hospitalar (internações); ▪ Identificação da substância ativa segundo a DCB ou DCI, concentração ou dosagem, forma farmacêutica, quantidades e respectivas unidades; ▪ Modo de usar ou posologia (dosagem); ▪ Duração do tratamento; ▪ Local e data da emissão; ▪ Assinatura e identificação do prescritor. MEDICAMENTOS COM RETENÇÃO DE RECEITA • Retenção de receita é quando, para vender o medicamento, farmácias e drogarias exigem duas vias da receita: uma fica com o paciente e a segunda com o estabelecimento. • A portaria Nº344 de 12 de maio de 1998 da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde é a principal legislação nacional responsável pelo comércio de medicamentos sujeitos a controle especial. MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO - MIPS • São aqueles que podem ser adquiridos no autosserviço de farmácias e drogarias pelo próprio cidadão, mediante a constatação de sinais e sintomas próprios das enfermidades a qual o produto é indicado como tratamento, prevenção ou alívio. • São destinados ao tratamento de condições clínicas de progressão lenta por período curto, de fácil manejo pelo paciente, apresentam baixo potencial de risco quanto ao mau uso, abuso ou intoxicação e não apresentam potencial para o desenvolvimento de dependência química ou psíquica. MEDICAMENTO REFERÊNCIA DOMINAÇÃO GENÉRICA NOVALGINA Dipirona TYLENOL Paracetamol DORFLEX Dipirona monoidratada + citrato de orfenadrina + cafeína anidra NEOSALDINA Dipirona + mucato de isometepteno + cafeína ALIVIUM Ibuprofeno LUFTAL Simeticona RESFEFRYL Paracetamol + maleato de clorfeniramina + cloridrato de fenilefrina SAL DE FRUTAS – ENO Bicabornato de sódio + carbonato de sódio + ácido cítrico CLARITIN Loratadina LAVITAN Vitaminas e minerais IMPORTATNTE: determinadas substâncias presentes na lista são prescritas com receituário diferente do padrão pois pode haver previsão para essa prescrição. Prescrições Mariana Marques – T29 • Receituário branco simples: utilizado para a prescrição de medicamentos anódios e de tarja vermelha, com diretrizes de venda sob prescrição médica. • Receituário especial em duas vias - C: receituário de cor branca, utilizado para adquirir remédios de uso controlado, como antibióticos, antirretrovirais, anabolizantes e alguns imunossupressores, compete as listas C1, C4 e C5. ▪ C1: outras substâncias sujeitas a controle especial tais como fluoxetina, haloperidol, cetamina e levodopa (CRM, CRMV e CRO) ▪ C4: antivirais (CRM) ▪ C5: substâncias anabolizantes (CRM) ▪ Nesse caso, uma via será destinada à farmácia e a outra permanecerá com o paciente. • Receituário especial – C: receituário de cor branca, que compete apenas a lista C2. ▪ C2: substâncias retinóicas de uso sistêmico (CRM) • Receita azul – B: chamado de “notificação de receituário”, esse documento leva uma numeração controlada pela vigilância sanitária e é emitido para indicar medicamentos que podem causar dependência, como os psicotrópicos e psicotrópicos anorexígenos, compete às listas B1 e B2 ▪ B1: substâncias psicotrópicas (CRM, CRMV e CRO) ▪ B2: anorexígenas • Receita amarela – A: utilizado para medicamentos extremamente controlados, como entorpecentes e alguns psicotrópicos, o receituário é confeccionado com papel amarelo. Neste caso, todos os receituários médicos devem ser acompanhados de uma notificação de receita para análise da Anvisa, compete as listas A1, A2 e A3. ▪ A1 e A2: substâncias entorpecentes ▪ A3: substâncias psicotrópicas TIPOS DE RECEITUÁRIO TABELA DOS MEDICAMENTOS SUJEITOS A CONTROLE ESPECIAL TIPO DE NOTIFICAÇÃO/ RECEITA LISTAS MEDICAMENTOS ABRANGÊNCIA COR PERÍODO DE TRATAMENTO x QUANTIDADE QUATIDADE MÁXIMA POR RECEITA VALIDADE DA RECEITA NOTIFICAÇÃO DE RECEITA A A1, A2, A3 Entorpecentes Em todo território nacional Amarela 5 ampolas e demais formas farmacêuticas (tratamento para 30 dias) 1 medicamento ou substância 30 dias NOTIFICAÇÃO DE RECEITA B B1 Psicotrópicos Na unidade federada onde for concedida a numeração Azul 5 ampolas e demais formas farmacêuticas (tratamento para 60 dias) NOTIFICAÇÃO DE RECEITA B2 B2 Psicotrópicos e Anorexígenos Tratamento para no máximo 30 dias Sibutramina: tratamento para até 60 dias NOTIFICAÇÃO DE RECEITA – RETINÓIDES C2 Retinóides de uso sistêmico Branca 5 ampolas e demais formas farmacêuticas (tratamento para 30 dias) NOTIFICAÇÃO DE RECEITA – TALIDOMIDA C3 Imunossupressores (talidomida) Tratamento para no máximo 30 dias 20 dias RECEITA DE CONTROLE ESPECIAL OU COMUM EM DUAS VIAS C1 Controle especial Em todo território nacional 5 ampolas e demais formas farmacêuticas (tratamento para 60 dias) 3 medicamentos ou substância 30 dias C5 Anabolizantes A1, A2, B1 Adendos das listas C1, B1 Antiparkinsonianos e anticonvulsivantes 5 ampolas e demais formas farmacêuticas (tratamento para 180 dias) C4 Antirretrovirais 5 medicamentos ou substância ANTIMICRORBIANOS No máximo 90 dias desde que não seja prescrito na mesma receita que um medicamento sujeito a controle especial 10 dias
Compartilhar