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Neoplasia� Benigna� d� Cavidad� Ora� l - Não entra as neoplasias de glândula salivar pois já foi destrinchado em outras aulas - Vai ser falado de tumores originados de tecidos conjuntivo, benignos que podem se manifestar como nódulos, pápulas e até aumento de volumes tumorais, contudo são lesões de crescimento lento - Mecanismo de formação não é exatamente conhecido, contudo por se tratar de uma neoplasia sabe que está relacionado a fatores moleculares, genéticos onde ocorreu um descontrole das vias que regulam proliferação celular, apoptose e envelhecimento celular - Diferente dos fatores não neoplásicos em que se remove a causa na neoplasia se trata de algo autônomo Como patologista sabe índice de proliferação celular = Por meio de marcadores moleculares que através de exames de imunohistoquímica, contando quantas células estão se proliferando Conceito: "proliferação anormal de um tecido, que foge parcial ou totalmente ao controle do organismo e tende à autonomia e à perpetuação, com efeitos agressivos sobre o hospedeiro" ( Robbins,1984) - Crescimento autônomo, pode sim ameaçar a vida do paciente, contudo nas malignas é muito mais presente - Na neoplasia maligna se tem crescimento rápido, sintomas de parestesia, lesões com ulceração, necrose, taxas de mitose altas,diferente da neoplasia benigna a qual a célula que está proliferando tem aspecto morfológico normal, que se assemelha ao tecido que tem origem - Podem ser divididas em epiteliais e do tecido conjuntivo (mesenquimais) - Epiteliais = Carcinoma de células escamosas - Mesenquimais = Lesões que tem origem de células tronco ancestral que tem capacidade de originar diversos tipos de tecidos conjuntivos como cartilagem, osso, gordura Neoplasias Epiteliais benignas ★ Papiloma Escamoso Neoplasia de origem epitelial Papiloma escamoso extrato escamoso do epitélio da mucosa bucal Por definição são lesões benignas derivadas de células epiteliais, que se manifestam como um epitélio hiperplásico, com um formato verrucoso ou de “couve-flor”. Ou seja no tecido epitelial vai ver a hiperplasia (aumento de quantidade das células) ou seja aumenta tanto essa quantidade que aparece uma lesão na boca com aspecto da imagem ao lado com aspecto verrugoso ou de couve flor Coloração um pouco mais esbranquiçada que a mucosa Projeção digitiforme semelhante a dedos de luva ou pode conter também uma cara mais plana como na imagem → Do ponto de vista histológico tanto o papiloma quanto verruga são lesões iguais - Se o clínico informa na ficha que o paciente tem uma lesão verrucosa, de coloração esbranquiçada, superfície irregular, bem delimitada na mucosa jugal, lesão única, manifestação primária e é a primeira verruga, o patologista tem a tendência de acompanhar a observação clínica do dentista logo é liberado papiloma escamoso. Contudo do ponto de vista clínico a verruga pode ter sido instalada por autoinoculação (verruga na mão e na boca por exemplo) - Primeira imagem = Lesão na gengiva do paciente que pode acometer qualquer área da mucosa bucal - Segunda imagem = Lesão no palato mole - Lesões muito comuns, benigna - Etiologia: vírus HPV (tipo 6 e 11) - Localização: língua, lábios, palato mole (região preferencial). - Assintomática, não sangra Tratamento costuma ser biópsia excisional Aspectos histopatológicos: → Lesão com aspecto digitiforme. O epitélio faz tanta hiperplasia ou seja projeções em dedo de luva que a lesão se assemelha a árvore com área central que é o tecido conjuntivo fibroso - Proliferação do epitélio escamoso, em formato digitiforme. - Ceratinização aumentada, presença de coilócitos. - Papiloma afeta o equilíbrio eletrolítico, favorecendo a entrada de água = degeneração hidrópica Quanto mais ceratinizado = Mais branca é a lesão Coilócitos – degeneração hidrópica de queratinócitos causada pelo HPV ou seja queratinócitos que sofrem degeneração O tratamento é a biópsia excisional. Não tende a recidivar. Não é exclusivo do papiloma contudo contribui com diagnóstico Na imagem → Coilócitos - NEOPLASIA MESENQUIMAIS BENIGNAS Por definição são lesões derivadas de células mesenquimais (Célula pluripotente ou seja pode se diferenciar em vários tipos de tecido) que se diferenciam dando origem a diversos tipos de tecidos: Tumor benigno de : Gordura Vasos sanguíneos Vasos linfáticos Cartilagem Osso Músculos* ★ LIPOMA Neoplasia mesenquimal benigna mais comum – tumor de gordura (cerca de 1/3 das neoplasias benignas de tecido mole são lipomas) ou seja a célula que deu origem a esse tumor foi um adipócito, célula de gordura Incomum na cavidade oral (mais comum em extremidades como as costas, membros) Picos de prevalência aos 40 e 60 anos. Patogênese incerta → Contudo por se tratar de uma neoplasia está envolvida a proliferação a partir de uma célula de gordura - Características clínicas Lipoma → Lesão de crescimento lento - assintomática - Pode surgir em qualquer sítio da cavidade bucal, contudo os mais comuns são gengiva, assoalho bucal, mucosa jugal, sendo palato menos comum Clinicamente faz diagnóstico diferencial com rânula, cisto dermóide, cisto epidermóide no assoalho bucal, ou outro tumor benigno Primeira imagem = Já apresenta um indicativo que se trata de um tecido de gordura devido a cor mais amarelada em relação a cor da mucosa Segunda imagem : Se assemelha a hiperplasia fibrosa, fibroma ou até mesmo lesão traumática Imagem = Lipoma em fundo de saco de vestíbulo, aumento de volume, bem delimitado, sem ulceração, tumor, coloração mais amarelada Segunda imagem = Mostra a retirada da lesão, bem delimitada, encapsulada, aspecto mais amarelado - Histopatologia Proliferação de adipócitos maduros, entremeados por fibras colágenas, e alguns fibroblasto que pode conter ou não infiltrados inflamatórios Feixes de músculo logo provavelmente se tratava na imagem de uma lesão no lábio ou mucosa jugal Tecido de mucosa revestido a lesão - Normal Lesão no conjuntivoe não no epitélio Adipócitos em que o citoplasma é amplo, tem gotícula de colesterol, núcleo e citoplasma de célula é isso tudo Conteúdo gorduroso foi retirado por isso a imagem negativa - Tratamento Outra característica importante é porque o lipoma boia devido seu conteúdo hidrofóbico e menor densidade que o soro fisiológico Imagem lesão muito grande em gengiva contudo mais incomum Indivíduos que apresentam lipoma no corpo geralmente são pessoas obesas, contudo quando intra oral não apresenta relação direta com a gordura pois quem disparou essa multiplicação foi um efeito genético logo se a pessoa emagrecer a lesão não diminui Tratamento = Excisão, raramente recidiva Lesão sólida LESÕES VASCULARES BENIGNAS Essas três lesões são muito parecidas clinicamente mas histologicamente tem diferença Tumor mesmo = hemangioma Hemangiomas - Anomalias vasculares do desenvolvimento – tumores benignos com proliferação de células endoteliais (10% das neoplasias benignas de tecido mole). Divididos em : - Hemangiomas infantis (ao nascimento), bebe já nasce como na imagem eles podem crescer e a tendência é a diminuição da lesão. - Hemangiomas congênitos (já estão maduros ao nascimento ou seja estão no seu máximo tamanho e não proliferam). Malformações vasculares - Anomalias estruturais dos vasos sanguíneos, sem proliferação endotelial . - Estão presentes no nascimento e persistem por toda a vida. - Podem ser malformações → Capilares, venosas e arteriovenosas/de alto e baixo fluxo. - Dependendo da quantidade de sangue que passa por esses vasos malformados podem ocorrer lesões de baixo ou alto fluxo, no caso desta última o paciente pode ter uma hemorragia grave HEMANGIOMA MALFORMAÇÃO VASCULAR VARICOSIDADE Célula mutada que está se proliferando e originando a lesão é uma célula endotelial (célula ovóide ou fusiforme), ela tem uma fase de expansão mas depois cessa Maioria involui inclusive - Possui fase da ascensão e de involução Não tem proliferação de célula endotelial e sim defeito em vasos sanguíneos Vasos tortuosos, de grande calibre que originam com aspecto de hemangioma Mais avermelhada, podem se apresentar como nódulos, pápulas - Ja nasce e a lesão acompanha o paciente Lesões adquiridas ou seja o fator idade, predisposição genética, pacientes hipertensos e outros fatores predisponentes Veia, artéria ou conj de vasos linfáticos dilatados durante o tempo Explicação - Imagem 1 = Hemangioma no nariz, mancha - Imagem 2 = Não é tão bosselada, lesão próxima ao umbigo, com consistência macia ou borrachoide, sólida - Imagem 3 = Hemangioma em morango, superfície bosselada, na cabeça que chegou ao seu máximo tamanho e só será removido caso traga desconforto devido característica de involução Imagens de malformação vascular - Imagem 1 = lesão mais próxima do roxo, em língua - Imagem 2 = Na superfície labial interna Para diferenciar do hematoma é feito teste de VITROPRESSÃO onde se comprime a lesão com uma lâmina de vidro, caso cause isquemia é uma lesão vascular Hemangioma muito grande em lábio Abaixo a malformação vascular em lingua Hemangioma vs. Malformação vascular Malformação vascular intra óssea, geralmente é na mandíbula - Mandíbula (3x mais comum) - Assintomática ou não (se for de alto fluxo pode se ter sinais como sensação de trepidação ou pulsação) - Pulsação, trepidação - Precisa de diagnóstico → Aspecto radiográfico = Lesão radiolúcida, mal delimitada Foi feito a radiografia de contraste, a qual mostra a distribuição desses vasos sanguíneos pela lesão sendo possível a classificação de alto ou baixo fluxo Pode apresentar aspecto radiográfico em “raio de sol” ou “favo de mel” semelhante ao osteossarcoma ou ameloblastoma logo o osteossarcoma pode ser diagnóstico diferencial No hemangioma devido a proliferação de células endoteliais, se visualiza vasos sanguíneos - Células ovais, fazendo canais vasculares, proliferando, lesão tem um componente endotelial Já na malformação vascular não tem proliferação Mas sim vasos sanguíneos defeituosos, super dilatados, tortuosos, com formato diferentes LESÕES VASCULARES BENIGNAS Tratamento para todas as 3 - Proservação em lesões pequenas e estáveis. - Corticóides sistêmicos - malformação com alto fluxo - Laser de luz pulsante (curta duração) – “manchas vinho do porto”. - Escleroterapia (Ethamolin ® - medicamento)- agente esclerosante que será diluído com anestésico odontológico o qual será injetado na lesão , crioterapia (congelamento) ou cirurgia Neste caso não foi preciso fazer nada Presente no nascimento→ Atinge seu apogeu → regressão da lesão - Escleroterapia feita em uma variz Diferenciando lesões vasculares de lesões hemorrágicas TESTE DE DIASCOPIA OU VITROPRESSÃO Lesão hemorrágica = Comprime com lâmina de vidro e não causou isquemia No caso da lesão vascular ou seja da malformação = causa um espalhamento do sangue. Comprime e a lesão fica isquêmica ou seja fica branca como se desaparecesse ★ LINFANGIOMA - Tumor benigno dos vasos linfáticos. Proliferação de células endoteliais e dentro da lesão se observa vasos linfáticos com conteúdos semelhantes a linfa - Etiologia incerta. 75% em cabeça e pescoço, início na infância . - Crescimento lento. - Comum na infância, cabeça e pescoço - PESCOÇO = Higroma cístico e são mais graves podendo causar problemas nas vias aéreas Clínicamente se observa múltiplas vesículas translúcidas, aspecto pedregoso e se assemelha a ovos de peixe Língua = sítio mais comum Lesões são múltiplas pápulas, ou vesículas, entremeadas por outras com conteúdos semelhante a sangue, algumas mais avermelhadas e outras mais transparente Paciente com linfangioma na língua dorso e ventre Pouco mais avermelhadas, espalhadas pela superfície da língua HISTOPATOLOGIA Característica transparente se dá pela quantidade grande de vasos linfáticos posicionados de forma próxima ao epitélio de superfície Algumas podemconter sangue ou conteúdo semelhante a linfa apresenta coloração mais vermelha De qualquer forma todas têm conteúdo de endotélio formador de vasos linfáticos Lesões muito grandes podem ter comprometimento de vias aéreas podendo levar paciente a óbito TRATAMENTO Paciente com linfangioma na língua, lesão pequena que foi removida Tratamento = Remoção cirúrgica, biópsia excisional de lesões bem delimitadas Em lesões com múltiplas lesões mais espalhadas a conduta é preservar, acompanhamento e remoção do que conseguir ★ OSTEOMA Tumores benignos compostos de tecido ósseo ósseo maduro, compacto ou esponjoso, raros nos maxilares. Podem originar-se da superfície do periósteo (osteomas periosteais) ou dentro do osso (osteoma endosteal). Etiologia desconhecida – alguns estudos apontam trauma, infecção, distúrbio no desenvolvimento Como se trata de um tumor benigno do osso, se trata de uma lesão intraóssea logo tem um achado radiográfico Lesão radiopaca predominantemente, na região de mandíbula, massa radiopaca compacta, aderida a superfície do osso Lesão da terceira imagem = Lesão de osteoma, aderido a cortical lingual. Protuberância óssea Segunda imagem = Osteoma na radiografia mostra na vestibular Primeira imagem = tomografia de feixe cônico, a medida que vai aprofundando a lesão vai aumentando. Lesão aderida ao osso Geralmente o osteoma é uma lesão fora da área dentada, mas pode crescer a partir do periósteo mas não desloca dente, não causa expansão de cortical pois cresce em cima da mesma Lesão de consistência rígida ✓ Crescimento lento ✓ Indolor (mas depende localização) ✓Pode causar expansão e assimetria facial dependendo da localização e tamanho da mesma ✓ Endurecida à palpação → Osteoma causando apagamento de fundo de saco de vestíbulo ✓ Síndrome de Gardner – síndrome autossômica dominante no qual o paciente tem um defeito . ✓Defeito no braço longo do cromossomo 5 (5q21) - cromossomo bem estudado ✓Esses pacientes desenvolvem osteomas, pólipos intestinais que geralmente evoluem para câncer de intestino, odontomas, dentes impactados, supranumerários, fibromas na pele, cistos epidermóides. Radiografia = Maxila e mandíbula com múltiplos osteomas Histopatologia - Fragmento de osso compacto e pouco tecido medular - Nem todos precisam ser removidos Diagnósticos diferenciais: - Torus mandibular e torus palatino - exostose ou seja proliferação anormal de tecido ósseo na região mas não é uma neoplasia e sim alteração do desenvolvimento. Radiograficamente também tem uma cara semelhante. Já nasce com o paciente - Exostoses. - Osteomielite esclerosante focal - Massa radiopaca - Odontoma, principalmente o complexo em que há uma massa de tecido dentário sem organização, radiopaco - Outros (osteoblastoma, osteoma osteóide). - Tratamento Imagem = Remoção cirúrgica na base da mandíbula, grande Não recidiva, bom prognóstico, lesão cresce lentamente Massa de tecido ósseo, duro sendo necessário descalcificar para cortar e levar no microscópio Aspecto ósseo, compacto, com pouco tecido medular ★ CONDROMA Células mesenquimais que vão se diferenciar em condrócitos Tumor benigno de cartilagem hialina madura. Origem: restos cartilaginosos vestigiais (alguns autores consideram a relação entre os dois) Pode acometer a região de : Côndilo, sínfise anterior (região em que houve uma fusão que pode se ter resto de cartilagem por exemplo), maxila anterior. Indolores, crescimento lento. Mais rara Características radiográficas: Lesão radiolúcida com área central radiopaca, densidade um pouco diferente. Lesão intra óssea que é cartilagem, a cartilagem é um pouco mais densa do que os outros, Características histopatológicas: massa de cartilagem ou seja células de cartilagem (condrócito - Célula de cartilagem, oval, arredondada, o citoplasma é pálido, com citoplasma grande e núcleo pequeno) hialina madura com condrócitos de citoplasma pálido e volumoso e núcleos pequenos. - Cartilagem hialina = Componente que reveste boa parte de articulações sinoviais. É a mais volumosa Tratamento: cirúrgico – condilectomia no caso do côndilo Radiografia = Condroma no côndilo, radiografia lateral de crânio, apresentando o ângulo da mandíbula e por fim uma lesão radiolúcida, bem delimitada, ocupando côndilo. Nesses casos pode haver fratura devido ao fato da lesão enfraquecer o côndilo Lâmina histológica de condroma com condrócitos, ou seja as células de cartilagem hialina Tratamento = Remoção ★ LEIOMIOMA Neoplasia benigna de músculo liso. Comuns no útero, TG (trato gastrointestinal), pele – raros em boca. Origem provável: Origem é discutida pois a boca não apresenta musculatura lisa, logo sua origem é relacionada a células musculares vasculares, que são as células contráteis Características clínicas Encontrados na região do palato com mais frequência São lesões bem delimitadas, pode se apresentar como nódulo, pápula A consistência é macia, lesão sólida Segunda imagem = Lesão excisada, com corte transversal para demonstrar a natureza fibrosa da mesma Tumor benigno de origem de musculatura esquelética = Rabdomioma (ainda mais raro) Lesão no palato Pode ser mais arroxeada, superfície costuma ser íntegra contudo neste caso da imagem apresenta pequena fenda, crescimento lento Histopatologia Tecido epitelial revestido. A lesão é uma proliferação de células musculares lisas e para o patologista é difícil identificar por se tratar de células fusiformes parecida com outras Normalmente é necessário fazer um painel histoquímico com anticorpos específicos para células da musculatura lisa Célula muscular lisa contraída = Ela fica mais oval, arredondada diferente do seu estado “relaxado” no qual ela se apresenta fusiforme (se assemelha ao fibroblasto muitas vezes ) Imagem mostrando → Painel de estudo imuno histoquímico é um marcador específico para musculatura lisa → Essa imagem mostra células fusiformes e ovais ou seja dificulta um pouco o diagnóstico de leiomiomaTratamento Lesão não recidiva e normalmente se tem uma boa resolução do caso Material vai obrigatoriamente para biópsia, uma vez que se trata de uma lesão rara NEOPLASIAS MALIGNAS DA CAVIDADE ORAL - Lesões que crescem de forma mais agressiva, tem crescimento acelerado, índice de proliferação celular aumentado e características histológicas compatíveis com malignidade (células hiper cromadas, pleomorfismo,alteração da relação do núcleo com o citoplasma, figuras de mitose atípicas) - Tratamento = Passa por uma cirurgia com ressecção ampla, margem de segurança. Envolve a utilização de quimioterápicos e radioterapia contudo não necessariamente nesta ordem Neoplasias Mesenquimais Malignas Sarcoma = Cancer de origem no tecido conjuntivo Prefixo = Tem haver com a célula que deu origem. Exct Kaposi A célula mesenquimal indiferenciada sofreu uma transformação maligna para um adipócito maligno, célula muscular maligna entre outros… Basicamente se trata de um correspondente maligno das doenças citadas acima - Lipossarcoma - Osteossarcoma - Leiomiossarcoma - Sarcoma de Kaposi São raros, menos de 1% de todas as neoplasias malignas da cavidade oral. Mais comum = Câncer de boca ★ LIPOSSARCOMA Características Neoplasia rara, origem no tecido adiposo. Proliferação de adipócitos malignos Incomum em cabeça e pescoço (predileção para bochecha e língua). Massa mal definida de crescimento lento, contudo variável, assintomático. Dor não é o sintoma mais proeminente, Tumores maiores pode desenvolver parestesia dependendo do tamanho Estudo mostrando 11 casos de liposarcoma na região oral e maxilo facial. Tabela contendo a distribuição clinicopatológica desses 11 casos - Idades bem variadas - Predomínio de mulheres, contudo apenas no estudo - Localização anatômica primária - Parótida, mucosa jugal - Tratamento - Todos tiveram cirurgia (SE), (PR - Operação e manda para a radioterapia) - Pacientes acompanhados - Dos 11 apenas 1 apresentou recidiva e morreu Gráfico do artigo anterior mostrando distribuição da idade Com 11 casos se faz revisão da literatura e localiza mais 139 casos relatados logo é uma lesão extremamente rara Proliferação de células adiposas malignas Tumor mal-delimitado (o apresentado da imagem é até bem delimitado), vascularizado, amarelado. Prognóstico e Tratamento - Prognóstico depende do padrão histológico (céls. redondas e pleomórfico pior prognóstico). - 10 anos – 50% de recidiva - demora para ter desfecho ruim para o paciente devido crescimento mais lento - Tratamento: remoção com margem. ★ OSTEOSSARCOMA Produção de osso imaturo ou osteóide. Tumor mais comum em ossos longos – maxilares 6 a 8% dos sarcomas. Distribuição bimodal (dois picos de prevalência) – 10/20 e 50 anos. Células ósseas malignas com capacidade de produzir um material osteóide ou osso imaturo Localização: - Intramedular - crescem dentro da medular do osso - Justacortical paraosteal - Justacortical periosteal - Extra-esquelético - Características Radiográficas Podem ser esporádicos ou ter relação com doença de Paget (normalmente aumentou o risco de desenvolver o osteossarcoma) / Irradiação prévia (pacientes por exemplo que fazem tratamento sendo causado por danos referentes às células ósseas). Expansão das corticais, dor, mobilidades dentárias, reabsorções dentárias. Massas radiopacas (início) e radiolúcidas – “raios de sol”. Tendência das células malignas se infiltraram no ligamento periodontal causando alargamento simétrico do espaço do ligamento periodontal. Lesão intraóssea, predominantemente radiolúcida, mal delimitada, com características de “raio de sol” Primeira imagem = Radiografia oclusal de mandíbula, com aspecto de raio de sol, relacionada com a reação que o tumor causa no periósteo Segunda imagem = Radiografia de uma região dentada, periapical mostrando um alargamento simétrico do espaço do ligamento periodontal pois nesta área havia um tumor, ou seja um osteosarcoma. Esses dentes apresentam mobilidade aumentada devido capacidade de infiltração em tecidos moles ou duros - Sendo um tumor maligno é esperado que as células malignas produzam um tecido ósseo que pode ter também variantes Padrão osteóide, condroblástico ou fibroblástico - Relacionado ao aspecto histopatologico Pleomorfismo variável, ou seja dentro de um mesmo tumor é possível ter áreas onde se produz tecidos parecidos com cartilagem ou então tumores com predomínio de áreas fibrosadas Primeira imagem = Pleomorfismo variável, quantidade de material mineralizado também pode variar Segunda imagem = Lesão em que uma grande região é cartilagem mas com áreas ósseas Imagem mais próxima mostrando as células malignas, osteoblásticas (células muito coradas, células fazendo mitose) produzindo tecido semelhante ao osso Produção de trabéculas e material mineralizado, semelhante a osso que quando radiografado se assemelha a raio de sol Prognóstico e Tratamento Cirurgia radical, ressecção ampla, com margem de segurança Quimioterapia neo e pós adjuvante. Sobrevida de 30% a 50% para até 80%. Dificuldades – recidivas locais, sendo pulmão a localização preferencial de metástase. Justacorticais – melhor prognóstico. - Osteossarcoma Periférico e Parosteal Localizados em cima do periósteo = Parosteal costuma ter melhor prognóstico, não tem nova formação de osso, não tem imagem radiográfica do “raio de sol” Abaixo do periósteo = Causa elevação do periósteo, com nova formação de osso - Osteossarcoma pós-irradiação Desenvolvem-se no osso pós-tratamento de outras neoplasias por exemplo câncer de boca, linfoma, leucemia, de glândulas . Frequência está relacionada à dose – 7000 cG – 0,2%. Traz danos ao DNA de células sadias ★ LEIOMIOSSARCOMA Neoplasma maligna com origem na musculatura lisa. Raros em cabeça e pescoço (mais frequentes no útero e TGI - trato gastro intestinal). Adultos mais idosos. Massa de crescimento infiltrativo, pode crescer mais rapidamente . Parede de vasos, músculos eretores de pelo (essemúsculo ao contrair faz com que nos arrepiamos), papilas circunvaladas, células mioepiteliais e mesenquimais indiferenciadas. Imagem = Lesão de leiomiossarcoma em gengiva, aumento de volume com expansão de corticais, áreas com sangramento e necrose, apresenta uma pseudomembrana fibrinopurulenta, alguns pacientes podem desenvolver dor e parestesia - Características Histopatológicas Difícil identificação devido os feixes de céls. fusiformes, citoplasma eosinofílico, núcleo em forma de charuto. Maioria dos casos é necessário fazer painel imunohistoquímico Pleomorfismo variável. Imunohistoquímica determinante: - PAS, tricrômico de Masson, Mallory, Actina músculo liso, Desmina, Actina músculo específica. Submeter a amostra a marcadores e assim se consegue Duas imunohistoquímicas Primeira imagem = HE, hematoxilina cora o núcleo de roxo. Sendo difícil identificação Imagem D = Actina músculo liso, onde está marrom corou ou seja esta diante do caso Imagem E = Desmina, - Prognóstico e Tratamento Excisão cirúrgica radical com baixa resposta à radio e quimioterapia; Recidivas locais, metástases à distância; Prognóstico pobre. Costumam morrer ★ SARCOMA DE KAPOSI - Características Desordem angioproliferativa multifocal do endotélio vascular. Neoplasia maligna mais comum em pacientes HIV. Causa associada à presença do herpesvírus 8 - HHV-8. (vírus oncogênico ) Quatro variantes clínicas: Clássica Endêmica Iatrogênica Epidêmica - frequente em paciente HIV, forma mais comum em boca, paciente tratado com cirurgia e radioterapia, lesões avermelhadas Tumor é sempre o mesmo Sinais e sintomas: dor e dificuldade mastigatória. Lesão em nariz semelhante a hemangioma Lesão em pele = placas avermelhadas Lesão em boca = Característica de ser nodular, lesão na gengiva, no palato causando aumento de volume, irregular, com superfície lobulada, extensa, pode haver areas sangrantes, lesão infiltrativa Imagem = Lesão na língua, em regiões mais posteriores Imagem = Lesão arroxeada no palato, com áreas hemorrágicas, pediculada Características Histopatológicas Células endoteliais e fusiformes em proliferação. Estágios: Macular Placa - Elevação e tendência de infiltração Nódular - pior Células ovais se proliferando, com pleomorfismo dizendo que é compatível com lesão maligna, contudo pode ter também pouco pleomorfismo Prognóstico e Tratamento O tratamento depende do subtipo e estágio clínico da doença. - Excisão cirúrgica. - Injeções intralesionais com vimblastina ajudam no controle da lesão . - Quimioterapia. - Radioterapia (pele) - principalmente para nodulares - Prognóstico variável
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