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Patologi� �se� � patologi� d� glândula� salivare�, Lesõe� fibro�sea� benigna� � �teomielite� Osso maxila / Mandíbula = Composto por uma camada cortical interna e outra externa. A cortical está em contato íntimo com os dentes (toda furadinha, visível a olho nu), nesses furos se prende fios do ligamento periodontal do lado do osso, e vão se prender ao cemento. As lesões fibro ósseas benignas são lesões onde há substituição do osso normal por um tecido fibroso que pode conter produto mineralizado neoformado sendo uma imitação de osso, imitação de cemento. Grupo de lesões que se tem alterações genéticas,biológicas ou alterações de desenvolvimento onde vai ter essa substituição (reabsorção daquele osso, aquele tecido fibroso vai começar incorporado dentro dele áreas de tecido mineralizado, que podem se juntar tornando uma lesão maciça e mineralizada) Pode se ter lesões mistas Algumas podem ter totalmente radiopacas ★ LESÕES FIBRO ÓSSEAS BENIGNAS • POR DEFINIÇÃO SÃO LESÕES CARACTERIZADAS POR SUBSTITUIÇÃO DO OSSO NORMAL POR TECIDO FIBROSO CONTENDO PRODUTO MINERALIZADO NEOFORMADO (OSTEÓIDE, OSSO, CEMENTÓIDE). - Primeira imagem Onde está o formato do molar = Cortical, lâmina dura, um pouco mais compacta do osso esponjosos Na mandíbula esse osso é mais compacto, devido trabeculado ósseo pois na maxila essas trabéculas são mais espaçadas INTRODUÇÃO ❖ Displasia cemento-óssea (reacional ou seja algum fator acontece e há a substituição do osso por um tecido fibroso, lesões radiolúcidas na maxila e mandíbula e a medida que for evoluindo pode ser possível observar produção de material cementóide ou osteóide) ❖ Displasia cemento-óssea periapical ❖ Displasia cemento-óssea focal ❖ Displasia cemento-óssea florida ❖ Displasia fibrosa (de desenvolvimento) → Gene responsável pela produção do osso ❖ Fibroma ossificante - neoplasia DISPLASIA CEMENTO-ÓSSEA Sinônimos: displasia óssea, displasia cementária, cementoma. A mais comum das LFOB (Lesões fibro ósseas benignas) Forte predileção: mulheres, negras, meia idade. Localização: áreas dentadas ou seja áreas que tem dentes próximos à região CLASSIFICAÇÃO Clínica e radiográfica São achados radiográficos acidentais pois não causam dor, não expandem osso e dentes relacionados são vitais e o que muda em relação o curso da lesão são hábitos que podem fazer com que o osso predispõe a uma complicação - Periapical - Focal - Florida ASPECTOS CLÍNICO-RADIOGRÁFICOS - Periapical Mulheres, negras (14 mulheres a cada :1 homem ), 30-50 anos Região anterior de mandíbula Assintomática – os dentes estão vitais, LP intacto ou seja ligamento periodontal intacto Lesões predominantemente radiolúcidas, mal delimitadas no periápice de dentes, na região anterior de mandíbula Lesões com níveis diferentes de mineralização - Última imagem Lesão mista, mal delimitada Área radiolúcida, difusa e no centro com focos de calcificação também mal delimitados Ligamento periodontal intacto Primeira coisa para se fazer e descartar outras doenças → Vitalidade do dente - Focal Único sítio de envolvimento – posterior em mandíbula Predileção 3ª à 6ª décadas de vida Pacientes brancos diferente da periapical Lesão radiolúcida, bem delimitada, localizada no periápice de um molar com uma restauração na oclusal Na segunda imagem uma evolução → Lesão mista com predominância radiopaca, com borda esclerótica Essas lesões têm sequência de evolução autolimitada , - Florida Envolvimento multifocal – mais de um quadrante envolvido Mulheres, negras Adultos de meia idade Lesões radiolúcidas na mandíbula na região dos incisivos, de pré molares Lesões em maxila Descobertas de forma acidental Diagnóstico clínico e radiográfico Ortodontista inicialmente queria tracionar o dente contudo as lesões podem não responder bem Então não foi feita devido risco de necrose do osso 2 anos depois o aspecto da lesão estão mais radiopaca mostrado que a tendência da lesão ao longo do tempo é maturar ou seja mineralizar, tecido fibroso vai se mineralizar Aspecto clínico sem aumento de volume, sem apagamento de fundo de vestíbulo Sem sinal clínico ASPECTOS HISTOPATOLÓGICOS Não faz biópsia somente em caso de dúvida (principalmente as focais, por ausência de resposta de vitalidade pulpar) Acompanhamento é o procedimento comum, para que o paciente mantenha a área intacta PRIMEIRA IMAGEM = Estroma de tecido conjuntivo fibroso celularizado e vascularizado com áreas de trabéculas osteoides (mancha maior) e cementóide (bolinhas menores e redondas) SEGUNDA IMAGEM = Teor mineral mais acentuado, tecido mais frouxo, lesão mista → Massa rosa = tecido mineral que está ocupando espaço da lesão fibro óssea.Não é um osso normal também, ou seja susceptível a mutações Quanto mais antiga (madura) a lesão maior o teor de mineralização e maior a sua radiopacidade TRATAMENTO E PROGNÓSTICO - Conduta: biópsia não é necessária, exceto em casos duvidosos. - Acompanhamento do paciente clínico/radiográfico por longos períodos, ponto em que a lesão atinge sua maturidade - Instrução para boas práticas de higiene oral pois não é interessante que o paciente tenha doença periodontal devido a combinação com a displasia cemento óssea pode ser necessária cirurgia - Procedimentos cirúrgicos odontológicos – alerta o paciente. ★ DISPLASIA FIBROSA - Anomalia esquelética não-hereditária onde osso normal é substituído por tecido fibroso pouco organizado e material mineralizado irregular. - Resultado de mutação pós-zigótica no GNAS1 (fetal ou pós-natal) ou seja a célula se divide e depois do desenvolvimento do osso pode afetar o gene responsável pela produção de proteínas do osso podendo afetar no útero ou após o nascimento - Manifestação clínica e radiográfica - Monostótica (limitada a um osso), Poliostótica (mais de um osso envolvido). DISPLASIA FIBROSA MONOSTÓTICA ASPECTOS CLÍNICO-RADIOGRÁFICOS - 80-85% dos casos - Mais comum em ossos craniofaciais – região posterior em maxila ou mandíbula, a área de preferência- Tumefação unilateral, assintomática - Crescimento lento mas causa aumento de volume ASPECTOS CLÍNICO-RADIOGRÁFICOS PRIMEIRA IMAGEM = Lesão demorou anos para chegar a esse tamanho, lesão firme, aumento de volume assintomático Panorâmica = Massa radiopaca ocupando parte do assoalho, seio maxilar, mas de limites indefinidos, mal delimitados PRIMEIRO IMAGEM = Trabeculado ósseo semelhante a um vidro cheio de ranhuras ou seja aspecto de vidro embassado, impressão digital padrão meio fosco SEGUNDA IMAGEM = Lesão em mandíbula, desloca dente, expande cortical com aspecto de vidro despolido, trabeculado diferente DISPLASIA FIBROSA POLIOSTÓTICA Surge na infância, acomete pelo menos 2 ossos ou até 75% do esqueleto. Fêmur e ossos craniofaciais (maxila + comum). Aumento de volume indolor, assimetria facial. Diagnóstico feito na 1ª e 2ª décadas de vida. Se sintomática: dor óssea, fraturas patológicas. Pode estar associada com: - Manchas café-com-leite geralmente do tronco e abdômen até a linha média esse paciente – Síndrome de Jaffe-Lichtenstein - Manchas café-com-leite + Endocrinopatias ou seja alterações hormonais (ex. puberdade precoce) – Síndrome de McCune-Albright - Múltiplos mixomas (tumor odontogênico do mesênquima) intramusculares – Síndrome de Mazabraud ASPECTOS CLÍNICO-RADIOGRÁFICOS Imagens mostram as manchas cafe com leite - síndrome de McCune-Albright Tem formato semelhante a “costa do mane” Tomográfica - Displasia fibrosa em vários ossos Paciente com assimetria, lado ligeiramente aumentado Lesão em mandíbula e maxila ASPECTOS HISTOPATOLÓGICOS - Lesão que devido o aumento de volume requer uma biópsia incisional - Caso tenha necessidade vai fazer cirurgia na região para remoção da lesão - As lesões tendem a parar de crescer em determinado ponto Na histologia, verifica-se diversas trabéculas ósseas, que têm formato irregular, composta por osso imaturo arranjado frouxamente em um estroma celular fibroso arranjado frouxamente. As trabéculas ósseas não estão conectadas umas às outras. Elas frequentemente assumem formatos curvilíneos, que se parecem com a escrita chinesa (caracteres chineses) Primeira imagem = Região onde foi feito uma biópsia, tecido se desprendeu, mucosa norma, lamina propria normal, lesão intraóssea logo tudo abaixo (trabéculas irregulares) A DISPLASIA FIBROSA POLIOSTÓTICA AFETA ÁREAS DENTADAS OU NÃO COMO OSSO DO CRÂNIO DISPLASIA CEMENTO ÓSSEA AFETA PREFERÊNCIA ÁREAS DENTADAS Tratamento e prognóstico - Lesões tendem a estabilizar com a maturação esquelética. - Acompanhamento clínico-radiográfico após a biópsia - Cirurgia cosmética para casos específicos após biópsia - Prognóstico bom, responde bem à terapia ★ FIBROMA OSSIFICANTE Sinonímia: Fibroma cemento-ossificante, fibroma cementificante, periodontoma. Sendo o nome atual mais correto Neoplasia fibro-óssea – origem odontogênica → Existe essa discussão contudo de todos ele tem uma característica de agressividade maior 3ª a 4ª décadas, mulheres (2,5 mais frequente), brancas Mandíbula (região de pré e molares), maxila (região de fossa canina, arco zigomático). 31% assintomáticos – crescimento lento, mas com potencial expansivo. Características clínico-radiográficas Sintomas: aumento de volume, expansão de corticais, deslocamento de dentes. Algumas podem causar reabsorções dentárias como sendo uma lesão de origem neoplásica Explicação radiográfica → 1hora e 15 de aula IMAGEM = Lesão na região de túber da maxila RADIOGRAFIA = Expansão de corticais, E ELA EXPANDIU TANTO QUE O ÚLTIMO DENTE FAZ OCLUSÃO COM A MUCOSA Lesão repousa na oclusal quando o paciente está com boca fechada Lesão mista com áreas radiopacas e radiolúcidas também Características histopatológicas À exploração cirúrgica, a lesão é bem demarcada do osso circundante, permitindo assim separação relativamente fácil entre o tumor e seu leito ósseo Lesão facilmente destacada do osso mais fácil de ser enucleada em relação a displasia fibrosa Mais compacta e mais coesa diferente da displasia fibrosa que tem um aspecto arenoso, poroso → Mesmo aspecto da displasia fibrosa ou seja um estroma de tecido conjuntivo fibroso celularizado, vascularizado com áreas trabeculadas e tecido cementóide (roxo menor). Difícil até diferenciar essas lesões Tratamento e prognóstico Melhor conduta é curetagem ou enucleação diferente das anteriores esta é a melhor conduta Tumor geralmente é facilmente destacável do osso normal – d. diferencial macroscópico da displasia cemento-óssea focal (fragmentada). Taxas de recidiva – <5%,( menos de)acompanhamento. → Lesão endurecida Prognóstico bom. FIBROMA OSSIFICANTE JUVENIL Neoplasia rara e mais agressiva que o Fibroma ossificante. Pacientes jovens (< 30 anos). Crescimento rápido (aumento de volume, no início é indolor ). Trato sinonasal (sinusite, obstrução nasal, dor de cabeça). → Lesão expandindo para cavidade nasal logo terá sinusite, obstrução nasal, dor de cabeça se atingir o crânio - Características clínico-radiográficas Característica de “vidro despolido”devido ao fato de se ter trabéculas de osso imaturo e cementóide dentro da lesão Focos radiopacos no interior da lesão. Lesão pode comprimir estruturas vitais como paresia, parestesia Difícil distinguir do Fibroma ossificante convencional. Tratamento mais agressivo com ressecção ampla com margem pois por ser infiltrativa pode recidivar mais Características histopatológicas Duas variantes reconhecidas: Trabecular (maxila) – pacientes mais jovens (1ª e 2ª décadas) Psamomatóide (+ comum – ossos extragnáticos/seios paranasais) Tratamento e prognóstico Excisão ou ressecção ampla para casos graves. Taxas de recidiva 30-58%. Prognóstico incerto. Quadro com lesão, aspecto clínico e radiográfico, histopatológico,diagnóstico diferencial e tratamento OSTEOMIELITES Mecanismos de alterações da polpa por exemplo vai haver uma agressão a mesma que pode vir de uma cárie dentária contudo a necrose pulpar pode ser proveniente de traumas, tratamento ortodôntico Agressão→ causa hiperemia, edema → pode se desenvolver uma inflamação que pode ser aguda ou crônica (uma pode virar a outra), em ambas se não seja tratada pode virar → necrose pulpar, ocorrendo uma perturbação no equilíbrio das células do periápice → esse evolui para uma pericementite (sintoma é a sensação do dente doendo, aumento de pressão) → Dependendo das características do hospedeiro e também da virulência do agente pode → gerar abscesso que pode se acumular e gerar celulite (coleção de pus permeando tecidos musculares) ou pode ter o acúmulo de coleção de us infectando áreas distantes do osso ou seja a osteomielite Abscesso - desfecho agudo Cisto e granuloma - desfecho cronico Osteomielite = Proveniente de um dente com necrose pulpar, provavelmente o abcesso não foi drenado • PROCESSO INFLAMATÓRIO AGUDO OU CRÔNICO NOS ESPAÇOS MEDULARES E CORTICAIS DO OSSO, QUE SE ESTENDE ALÉM DO SÍTIO INICIAL (REGIÃO DA NECROSE PULPAR) DE ENVOLVIMENTO. CAUSAS: • INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS - Canal • FRATURAS DOS MAXILARES - Com pancadas por exemplo teve fratura que gerou processo infeccioso • OUTROS PROCESSOS INFECCIOSOS - Por exemplo dente com bolsa e doença periodontal em região com displasia cemento óssea, esse osso pode contribuir para formação da osteomielite • INCOMUM EM PAÍSES DESENVOLVIDOS, COMUM NOS EM DESENVOLVIMENTO COMO NO BRASIL. • MAIORIA DOS CASOS ENVOLVE A MANDÍBULA (TEM HAVER COM MENOR SUPRIMENTO SANGUÍNEO DEVIDO AO FATO DO OSSO SER MAIS COMPACTO , CONFINAMENTO BACTERIANO E NÃO ALCANÇA TODO OSSO) CARACTERÍSTICAS GERAIS • APRESENTAÇÃO E O CURSO CLÍNICO SÃO INFLUENCIADOS: • VIRULÊNCIA DO MICRORGANISMO ENVOLVIDO -Potencial de agressividade maior logo quanto maior esse potencial mais chance de ser mais grave pois não depende somente deste fato • RESPOSTA DO HOSPEDEIRO: • LOCALIZAÇÃO ANATÔMICA • ESTADO IMUNOLÓGICO • CONDIÇÃO NUTRICIONAL • IDADE (Afeta geralmente adulto-jovens ou uma faixa etária mais adiantado) • FATORES SISTÊMICOS PREEXISTENTES Histologia → Mostrando osteoclastos (reabsorção da matriz óssea) e os osteoblastos (célula produtora, deposita matriz mineralizada). No caso das osteomielites o processo inflamatório vai gerar um desequilíbrio, tendo mais reabsorção 1.OSTEOMIELITE SUPURATIVA AGUDA OU CRÔNICA 2.OSTEOMIELITE ESCLEROSANTE DIFUSA OU FOCAL ❖ SUPURATIVAS: PRODUÇÃO DE EXSUDATO E CARACTERIZADAS PELA REABSORÇÃO ÓSSEA. ❖ESCLEROSANTES: CARACTERIZADAS PELA ESCLEROSE ÓSSEA OU SEJA PRODUÇÃO DE OSSO → Supurativa aguda = Radiografia com necrose pulpar devido provavelmente pelo tracionamento ortodôntico, dente abscesso e provavelmente esse gerou a osteomielite reabsorção A - Aumento de volume devido o pus (tratamento de drenagem e curetagem do osso infectado inclusive fragmento de osso) • DOR • TUMEFAÇÃO • FEBRE • LEUCOCITOSE • LINFADENOPATIA • SENSIBILIDADE SIGNIFICATIVA SEQUESTRO ÓSSEO = Fragmento de osso que se torna morto que se depreende do osso vital SEQUESTRO ÓSSEO: • FRAGMENTO DE OSSO NECRÓTICO (AUSÊNCIA DE OSTEÓCITOS E OSTEOBLASTOS) QUE SE DESPRENDE DO OSSO VITAL - Supurativa crônica Maior dificuldade em tratar pois nessa a inflamação já atingiu um estágio de confinamento, devido tecido de granulação que dificulta que os antibióticos cheguem até a lesão • PRODUÇÃO DE TECIDO DE GRANULAÇÃO: CICATRIZ DENSA. • RESERVATÓRIO DE BACTÉRIAS; DIFÍCIL APORTE DE ANTIBIÓTICOS. • INFECÇÃO LATENTE, DE DIFÍCIL RESOLUÇÃO, NECESSITANDO DE INTERVENÇÃO AGRESSIVA. TRATAMENTO?? • INTERVENÇÃO CIRÚRGICA. • ANTIBIOTICOTERAPIA – PENICILINA E METRONIDAZOL, CLINDAMICINA. • ABORDAGEM EM ETAPAS (Resolve o dene se envolvido → Curetagem → Antibioticoterapia) • ALTAS DOSES VIA IV EM CASOS MAIS EXTENSOS. - OSTEOMIELITES ESCLEROSANTES • CARACTERIZADAS PELA ESCLEROSE ÓSSEA. - deposição de osso Focos radiopacos Difusa - são mais raras Focal geralmente na região de um dente que teve necrose pulpar ou estímulos de baixa intensidade e essa inflamação gerou resposta do osso ou seja para que osteoblastos depositam matriz óssea • ESTÍMULOS DE BAIXA INTENSIDADE (MICROORGANISMOS POUCO VIRULENTOS, ESTÍMULO INFLAMATÓRIO DE BAIXA INTENSIDADE). • PODE SER FOCAL PODE SER CHAMADA DE OSTEÍTE CONDENSANTE OU DIFUSA. Reação do osso PATOLOGIA DE GLÂNDULAS SALIVARES MUCOCELE • Definição: São lesões comuns que resultam da ruptura de um ducto de glândula salivar por trauma , ou sem trauma aparente mas com extravasamento de muco para os tecidos circunjacentes. • Não é um cisto verdadeiro e sim um fenômeno de extravasamento de muco • SINONÍMIA: Reação de escape de muco, fenômeno de extravasamento de muco. Crianças, adolescentes, adulto jovens Tumefação Lábio inferior - Mais comum pode aparecer no palato, trígono retro molar, língua e comissura labial A mucosa tem diversas glândulas salivares menores e alguns pacientes mordem sempre essa região causando ruptura de um ducto e o muco contido extravasa para o conjuntivo CARACTERÍSTICAS CLINICOPATOLÓGICAS: • Tumefação (diferente da bolha o líquido não é produzido pela lesão) da mucosa em forma de cúpula • Indolor • Flutuante (deslocação quando aperta) • Coloração azulada – coloração explicada pelo efeito Tyndall (partículas dispersas dentro do muco, as próprias células inflamatórias, fragmento de célula descamando e ao refletir a luz, enxerga um tom mais azulado) • Crianças e adultos jovens • Localização: lábio inferior (86%) e relacionadas com trauma Mais importante que o tratamento até é a educação do paciente RÂNULA • DEFINIÇÃO: Termo utilizado para designar mucoceles que ocorrem no assoalho bucal. MUCOCELE NO ASSOALHO = RÂNULA • ORIGEM: Também resultam do extravasamento de mucina, que pode ser da glândula sublingual, submandibular ou glândulas salivares menores, pode ou não esta relacionado com trauma • CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: aumento de volume, flutuante, coloração azulada, lateral à linha média, maiores que as mucoceles. Geralmente estão laterais a linha média Alguns pacientes podem relatar quediminui com o tempo Processo de salivação faz ela inchar e dependendo da proximidade com epitélio de superfície a lesão pode romper Dependendo da profundidade se tem uma lesão que causa um aumento de volume mas desconfia-se primeiro ao invés de RÂNULAS MERGULHANTES de tumores benignos por exemplo MUCOCELE E RÂNULA CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS: Tecido com epitélio de superfície e no conjuntivo vai haver espaço com muco e cheio de macrofagos espumosos, são macrofagos que estão tentando fagocitar esse muco (células mais gordinhas), tentativas de tecido inflamatório de fagocitar material que está perturbando o conjuntivo Essa inflamação circunda área que tem extravasamento de muco Macrofagos que fagocitaram muco Infiltrado inflamatório do tipo crônico geralmente no conjuntivo - plasmócitos, linfócitos, entre outros TRATAMENTO E PROGNÓSTICO: Excisão cirúrgica simples (biópsia excisional), eletrocirurgia, criocirurgia, cirurgia a laser. - Micromarsupialização - Um fio de seda agulhado vai ser perfurado na lesão, mucina extravasa e dá um ponto → Fica como mostra na imagem o nó e se corta o excesso de linha → a linha permite o contato da mucosa do ambiente com o interno onde está a lesão sendo o estímulo para o reparo da lesão além de diminuir o volume que a lesão tinha - Os casos indicados são crianças - Nem todas respondem bem podendo ter recidiva (nessas excisão cirúrgica) Recidivas são raras, desde que glândulas adjacentes sejam removidas. Ranula tratada com micromarsupialização devido desconforto da região Teto da rânula com três perfurações SIALOLITÍASE (CÁLCULO SALIVAR) • Definição: Presença de sialolitos ou seja são calcificações que se desenvolvem dentro do sistema ductal salivar, causando obstrução. (Assoalho por exemplo) • ORIGEM: Deposição lenta e contínua de sais de cálcio ao redor de uma área central na luz do ducto (sais de cálcio se unem até virar uma massa) Imagem radiográfica - Massa radiopaca não aderida ao osso, deposição lenta e contínua CARACTERÍSTICAS CLÍNICO-RADIOGRÁFICAS: • Ducto de Wharton (submandibular), glândulas salivares menores (lábio superior, mucosa jugal nessa tem a saída do ducto da parótida). • Adultos jovens, e pacientes de ½ idade. • Dor provocada ao salivar principalmente, aumento de volume. • Imagem radiopaca, bem delimitada, solitários (maioria) Primeira imagem - Imagem radiopaca muito clara, lesões bem delimitadas Segunda imagem = Reconstrução em paciente que tinha 3 cálculos • TRATAMENTO E PROGNÓSTICO: • Lesões pequenas – ordenha ou seja massagear aquele tecido na tentativa de drenar/expelir. • Sialogogos ou seja medicamentos que estimulam a salivação , aplicação tópica de calor, ingestão de líquidos para aumentar a salivação do paciente. • Quando a lesão é grande é necessário excisão cirúrgica, incluindo parte da glândula afetada. → Caso em 2010, sialolito gigante SIALADENITE • DEFINIÇÃO: É a inflamação das glândulas salivares, podendo ter causa infecciosa ou não. → Paciente com sialadenite, uma glândula salivar inflamada semelhante a íngua • Infecciosa: Caxumba, Citomegalovírus, Staphylococcus aureus, pacientes que fazem cirurgia abdominal recente com administração de atropina essa que bloqueia a salivação o paciente sem salivar permite bacterias– xerostomia, sialolitíase, obstruções. • Não-infecciosa: Síndrome de Jögren, Sarcoidose, radioterapia. - Sinais e sintomas = Aumento de volume, doloroso, febre, trismo, podendo haver secreção purulenta na ordenha. • CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS: Aspecto pode variar conforme o grau de inflamação: Ácinos alterados Pontinho preto = Células inflamatórias. Logo existe um aglomerado, um foco podendo ser : • Infiltrado de PMN’s ou seja predominantemente de neutrófilos (agudo) • Infiltrado linfoplasmocitário (crônico) ou seja de plasmócitos e linfócitos como na laminas Esses infiltrados causam ectasia ductal (alteração de função e formato de ácinos e ductos) e atrofia acinar XEROSTOMIA • Definição: Sensação subjetiva de boca seca, nem sempre relacionada com hipofunção das glândulas salivares. Vários fatores podem causar • Muito comum em idosos – medicamentos. • Redução do fluxo salivar, saliva espessa No caso de fluxo salivar diminuído = hipossalivação diferente da xerostomia que é uma sensação • AVALIAÇÃO DO FLUXO SALIVAR (SIALOMETRIA): Como avaliar se se trata apenas de xerostomia ou de hipossalivação • Não pode comer, fumar, realizar higiene oral pelo menos 90 minutos antes da coleta: • Coleta sempre no mesmo horário em caso de pesquisas – influência do bio ritmo circadiano. • Paciente orientado a cuspir no tubo por 5 minutos (em repouso). • Na sialometria em repouso, o padrão aceito clinicamente pela ABHA (academia brasileira de halitose) é de no mínimo 1,5 a 2,0 ml em cinco minutos (ou 0,3 a 0,4 ml/minuto), sendo valores abaixo dessas medidas considerados hipossalivação. • TRATAMENTO: • Não existe um tratamento definitivo, em geral são medidas paliativas: • Chicletes sem açúcar • Ingerir mais água • Alimentos cítricos, de textura mais dura • Géis umectantes • Saliva artificial • Pilocarpina – medicamento sistêmico que estimula produção de saliva (mas tem efeitos colaterais) SÍNDROME DE SJÖGREN • DEFINIÇÃO: Desordem autoimune crônica sistêmica que envolve principalmente as glândulas salivares e lacrimais, resultando em xerostomia (boca seca) e xeroftalmia (secura ocular). • Descrita por um oftalmologista sueco – 1929 • CARACTERÍSTICAS CLÍNICO-DEMOGRÁFICAS: • Afeta mais mulheres 9:1. Manifestação primária, e neste caso o paciente desenvolve a Sjögren mas não tem nenhuma outra doença de base Sjögren secundária = Paciente possui outra doenças autoimune, logo houve interferência de outra doenças • Está associada com outra doença auto-imune (ex. artrite, lúpus - Sjögren secundária). • Secura da boca, atrofia de papilas, ardência bucal, distúrbios no paladar. • Língua sem aspecto úmido • Devido pouca salivaçãopode ter cáries dentárias, candidíase. • Aumento difuso das glândulas (bilateral ou não), pacientes podem ter sialadenite bacteriana. • DIAGNÓSTICO: • Sialometria no consultório. • Sialografia de contraste. • Exames laboratoriais: • Anti-SS-A (anti-Rho) e Anti-SS-B (anti-La) • Fator Reumatóide (FR) • Encaminhamento para oftalmologista/reumatologista (teste de schirmer) • Biópsia do lábio inferior – análise histológica das glândulas salivares menores • CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS: • Sialdenite linfocítica focal • Presença de 1 ou mais agregados de 50 ou mais linfócitos em disposição perivascular ou periductal por cada 4mm2 Primeira imagem = Glândula salivares menores Segunda imagem = Aumento das áreas mais roxeadas. Essas são linfócitos inflamando essas glândulas Para diagnóstico devem ser feitos todos exames e a biopsia de labio inferior • TRATAMENTO: • Não existe um tratamento definitivo, em geral são medidas paliativas: • Chicletes sem açúcar • Ingerir mais água • Alimentos cítricos, de textura mais dura • Géis umectantes • Saliva artificial • Pilocarpina – sistêmico (mas tem efeitos colaterais) DOENÇAS NEOPLÁSICAS DAS GLÂNDULAS SALIVARES BENIGNAS ADENOMA PLEOMÓRFICO (TUMOR MISTO BENIGNO) • Aumento de volume firme, indolor, crescimento muito lento Para chegar no tamanho desse senhor da imagem demorou anos Indolor • É o tumor benigno mais comum • Parótida (53-77%) é o lugar mais frequente • Em boca pode afetar o palato em metade dos casos • 30-60 anos de idade Nome pleomórfico devido sua grande variação • No aspecto histopatológico, observa-se uma combinação variada entre elementos epiteliais e elementos mesenquimais. Glândula salivar = tecido epitelial com células cúbicas, que contornam o ducto Abraçando regiões em que se tem ácinos, ao redor tem uma célula MIOEPITELIAL ou seja um celula com capacidade contrátil e quando isso ocorre a glândula pode expelir seu conteúdo Os tumores de glândula salivar tem origem nessas célula mioepitelial ou em células epiteliais ou nas duas Nesse tumor tem uma combinação variada de células mesenquimais e epiteliais TRATAMENTO - Remoção cirúrgica - Existe casos de transformação na literatura - Carcinoma ex adenoma pleomórfico MALIGNAS CARCINOMA MUCOEPIDERMOIDE IMAGEM = Paciente mais velho com lesão na língua • É o tumor maligno mais comum. • Aumento de volume firme, indolor – um ano ou menos de evolução ou seja evolução mais rápida • 2ª a 7ª décadas, tumor maligno de gl.salivar mais comum em crianças. • Parótida (maioria) e palato. • Pode haver parestesia, perder sensibilidade da mucosa. • No aspecto histopatológico, observa-se uma mistura de células produtoras de muco e células epidermóides. Espaço branco = Citoplasma de células produtoras de muco Células mucosas Nem sempre se vê células malignas como os outros muitas vezes se tratam de lesão com cara normal mas se trata de um tumor extremamente maligno Aparência do componente epitelial pode variar : fusiformes, claras em ambiente interno, escamosas, basalóides, cubóides, plasmocitóides, mucosas, sebáceas, oncocitóides. Aparência do componente mesenquimal (estroma): mixóide, hialino ou seja cara de cartilagem, condróide, ósseo, lipomatoso. CARCINOMA ADENÓIDE CÍSTICO • É o 2º tumor maligno mais comum. • Aumento de volume firme, crescimento lento, pode ter dor e além disso pode ter ulceração, sangramento Comum no palato duro • Glândulas salivares menores do palato 50-60%. • Adultos na sexta década de vida Demora para recidivar e dar metástase contudo o tumor é persistente • No aspecto histopatológico, observam-se 3 padrões de organização, que podem estar misturados. Variadas distribuições CRIBIFORME TUBULAR SÓLIDO Menor agressiva Mais comum Semelhante a raquete de tênis Microcistos Tubular Aspectos sólidos Lesão tende a ser mais agressiva PATOLOGIA TRATAMENTO PROGNÓSTICO ADENOMA PLEOMÓRFICO Remoção cirúrgica com margem Prognóstico excelente CARCINOMA MUCOEPIDERMOIDE Remoção cirúrgica com margem Prognóstico de baixo grau (boa), intermediária (sombria), alto grau (prognóstico ruim) CARCINOMA ADENÓIDE CÍSTICO Remoção cirúrgica com margem Prognóstico de tubular e cribiforme (sombrio ou ruim), sólido (pior prognóstico)
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