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ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR Antes de conceituar Estabilizção Segmentar, vamos conversar um pouco sobre o que é o sistema de estabilidade e instabilidade da coluna... “É necessário se ter uma estabilidade proximal para ter mobilidade para conseguirmos executar atividades de MMSS e MMII, sejam elas com carga dinâmica ou estática; para que minha coluna esteja numa posição adequada, que os movimentos de minha coluna ocorram de forma adequada eu preciso ter uma estabilidade proximal, uma estabilidade entre as vertebras propriamente ditas. Sem esta estabilidade, esses movimentos de coluna, manutenção de postura, equilíbrio, movimentos de MMSS e MMSS podem acontecer com dificuldade ou até mesmo não acontecer. Função: Promover estabilidade suficiente para a coluna vertebral responde instantaneamente as diferentes demandas de estabilidades causadas por mudanças da na postura da coluna e de cargas dinâmicas e estáticas. Músculo posturais: precisam responder e se adaptar ás várias forças e demandas impostas sobre a coluna. Eles estão envolvidos na estabilidade da coluna. Conceito de “ZONA NEUTRA “ ADM intervertebral fisiológica pode ser dividida em duas zonas: -Zona Neutra (ZN) –porção inicial da ADM durante a qual o movimento é realizado contra uma resistência interna mínima. Zona de alta frouxidão ou flexibilidade. -Zona Elástica –parte do movimento intervertebral fisiológico, medido desde o final da ZN, até o limite fisiológico, onde o movimento é realizado contra uma importante resistência interna .Zona de alta rigidez. (Desde o fim da zona neutra até o fim da amplitude de movimento total é uma zona onde o movimento ocorre com maior rigidez). Quando existe algum tipo de lesão no sistema de estabilidade , essa Zona Neutra, pode ficar maior e o movimento ocorrera com pouco resistência, ou seja com facilidade. Quando isso ocorre existe uma maior possibilidade de haver lesão na coluna. Logo, é importante que a Zona Neutra fique restrita próxima a área neutra da coluna e não numa amplitude de movimento muito grande. Instabilidade Segmentar Ocorre quando há diminuição na capacidade do sistema estabilizador da coluna vertebral em manter a zona neutra dentro de limites fisiológicos. Zona Neutra (ZN): estruturas osteoligamentares oferecem pouca ou nenhuma resistência ao movimento. Aumento de tamanho da ZN em relação ao total da ADM: aumenta quantidade de frouxidão presente e incremente a demanda dos sistemas de estabilização da coluna. Sistema de Estabilidade da Coluna Esse esquema fala, nos 3 sistemas envolvidos na estabilidade da coluna. Subsistema Passivo *Vértebras Subsistema Ativo Subsistema de *Discos intervertebrais *Músculos da Controle Neural *Ligamentos ue estabilidade da * Envolve o SNC e envolvem essas coluna(Principalmente vertebras SNP os profundos). * Articulações entre as vértebras Se houver algum comprometimento em algum dos sistemas, essas informações serão transmitidas para o Sistema Nervoso e este enviará uma resposta para o Subsistema Ativo, por exemplo, para que os músculos se reorganizem para tentarem recuperar a estabilidade. Isso, ocorre as custas de comprometimento(s) (dor, diminuição da amplitude de movimento, rigidez, encurtamento ...) . Subsistema do Movimento Segundo Hoffman e Gabel citam que os subsistemas de estabilidade são importantes, porém que deve haver mobilidade nos subsistemas ( Ativo, Passivo e de Controle Neural) também são necessários para que haja movimento. Subsistema Passivo Estruturas osteoligamentares e articulares Estabilizam principalmente no final da ADM Mecanismo de ação: -Ação Mecânica- resistência tecidual -Ação Sensorial- mecanorreceptores que participam na coordenação do ato motor e funcionam tabém como transdutores sensóriais mandando informação para o SN, para eu essa informação retorne para o subsistema . Existem trandutores sensórias nesse subsistema, logo eles identificam alterações o está ocorrendo naquela região especifica, mandaram a informação para o sistema nervoso e o SN, manda a informação de volta, para tentar recuperar a estabilidade novamente. Sistema Ativo Músculos globais ou mobilizadores -Atuam como movimentadores primários da coluna com função secundária de estabilização. Por exemplo: Reto Abdominal, ele estabiliza secundariamente na estabilidade da coluna. Músculos locais, segmentares ou estabilizadores - Controlam os movimentos e as forças Inter segmentares. Por exemplo: Há músculos entre uma vertebra e outra e Transverso do Abdome. Essa imagem, nos mostra a contribuição dos músculos da coluna na estabilidade do tronco. Esquerda- os mais superficiais atuam mais como movimentadores, por exemplo reto abdominal, oblíquos externo, interno e eretores da espinha. Os mais profundos como Transverso do abdome serão responsáveis por tentar equilibrar as forças aumentadas dentro do abdome e dá estabilidade a coluna mais profunda. Subsistema Ativo Músculos globais ou mobilizadores (grandes e superficiais); Possuem braços de alavanca longos; Produzem grande torque e ADM; Controlam a orientação rápida da coluna; Função rápida (contraem rápido) Geralmente hiperativos e encurtados na disfunção. Músculos locais, segmentares ou estabilizadores (profundos, localizados entre as estruturas vertebrais) Músculos locais e profundos Braço de alavanca curtos; Controlam e mantem a curvatura espinhal neutra; Proveem estabilidade; Independe da direção ou carga de movimento (a musculatura mais profunda estará ativa, pois precisam contrair, muitas vezes antes do início do movimento, para fornecer estabilidade a coluna permitindo que o movimento ocorra); Proprioceptivos;( identificam alteração de posição para agir na coluna, mantendo a contratura e posição adequada) Contração tônica continua (essa contração nos permite que nos mantenhamos na posição ereta) Geralmente inibidos na disfunção (por exemplo se houver comprometimento de multífidos na região unilateral a lesão, haverá dor e esse músculos estarão mais inibidos, ou seja, funcionando menos. Músculos do Abdome Músculo Reto do Abdome M. Obliquo externo do abdome M. Obliquo Interno do Abdome M. Transverso Interno do Abdome (estabiliza a coluna Lombar e auxilia na transmissão de pressões abdominal, Contribuir para essa transmissão de pressões para a coluna, junto a fáscia toracolombar) M. Quadrado Lombar (Estabiliza lateralmente a coluna Lombar) M. Psoas Maior M. Reto do Abdome O: Púbis I: 5°- 7° cartilagem costais: processos xifóides A: Comprime as vísceras: flexão do tronco; expiração forçada A dor no abdome quando tossimos muito é a contração excessiva do M. É um músculo global. M. Obliquo Externo do Abdome O: Face externa das costelas 5-12 I: Linha Alba; ligamento inguinal; e crista ilíaca A: comprime e sustenta as vísceras; ele tem uma origem mais alta Em relação ao tronco, assim quando se contrai promove uma flexão HL e rotação CL do tronco e flexão anterior do tronco (bilateral). M. obliquo Interno do Abdome A disposição é um pouco mais inferiormente a caixa torácica. O: crista ilíaca; EIAS; ligamento inguinal I: linha alba; cartilagem das últimas costelas A: comprime e sustenta as vísceras; flexão e rotação HL do tronco; flexão anterior do tronco (bilateral). M. Transverso do Abdome O: cartilagem costal de 7-12; aponeurose toracolombar; Crista ilíaca; EAIS; ligamento inguinal. I: linha alba A: comprime e sustenta as vísceras; estabilização Da coluna; rotação HL do tronco. Estabilização segmentar, será necessário identificar contração do Transverso, conscientizar contraçãode transverso, realizar os exercícios Ativando transverso e multífidos. M. Quadrado Lombar O: crista ilíaca I: 1°-12° costelas e processos transversos de L2 a L5. A: inclinação lateral do tronco M. Psoas Maior/ Iliopsoas O: fossa ilíaca, face anterior e lateral de T12 a L5. I: Trocanter menor do fêmur A: Flexão do quadril Músculos Profundos do dorso Camada Superficial - M. Esplênio da cabeça - M. Esplênio do pescoço Camada intermediária -M. Eretor da espinha (conjunto de 3 musculos: iliocostal; longuíssimo e espinhoso) Camada Profunda - MM. Transversos espinhais - MM. Interespinhais - MM. Intertransversário Músculo Eretor da espinha - M. Íliocostal - M. Longuíssimo - M. Espinal Ação: Bilateral: Extensão da coluna Unilateral: flexão homolateral Apesar de ser uma camada intermediaria, Eles não são músculos estabilizadores, contribuem mais para movimentar a coluna. Músculo Íliocostal - O: Ângulo das costelas; crista lateral do sacro; extremidade medial da crista ilíaca; fáscia toracolombar - I: Ângulos das costelas, processo transversos lombares e cervicais. Músculo Longuíssimo -O: Processos transversos de C4- c5; Aponeurose da lombar; Ligamento sacro ilíaco, processos transversos e de L5-L1; Crista ilíaca - I: Processos Transversos de vertebras lombares, torácicas e cervicais; ligamento nucal. Músculo Espinhal - O: Espinhal da cabeça: processos espinhosos das vértebras C7-T1 Espinhal do pescoço: processos espinhosos das vértebras C7-T1; ligamento nucal Espinhal do tórax: processos espinhosos de T11-L2 - I: Espinhal da cabeça: osso occipital (linha média) Espinhal do pescoço: processos espinhosos das vértebras C2-C4 Espinhal do tórax: processos espinhosos das vértebras T2-T8 Ação: Contração bilateral: extensão da cabeça e das colunas cervical e torácica Contração unilateral: flexão lateral ipsilateral das colunas cervical e torácica. Músculos Transverso espinhais ( Formado por esses 3 músculos abaixo) Músculos Semiespinhais O: Processos transversos, articulares de vértebras cervicais e torácicas; I: Ligamento Nucal e Processos espinhosos de vértebras cervicais e torácicas. Ação: Bilateralmente: extensão do tronco; flexão para mesmo lado e rotação contralateral. Músculos Multífidos Multífidos + Transverso do abdome são grandes estabilizadores da coluna principalmente da coluna lombar. O: Processos Articulares de C4- vértebras torácicas , chegando as lombares; espinha ilíaca póstero superior ; ligamento sacro ilíaco. I: Região lateral das extremidades dos processos espinhosos das vértebras, 2-5 níveis acima de sua origem. Ação: Contração bilateral: Extensão da coluna Contração unilateral: flexão lateral da coluna (ipsilateral), rotação da coluna (contralateral) Músculos Rotadores Rotadores longos: O: processos transversos das vértebras torácicas I: nas bases dos processos espinhosos e lâminas da vértebra torácica localizada dois níveis acima. Rotadores curtos: O: idênticas aos rotadores longos, mas se estendem somente um nível acima de sua origem. Ação: Bilateralmente: Extensão da coluna; Unilateral: Rotação contralateral. Músculos Interespinhais O: parte inferior dos processos espinhosos I: Parte superior dos processos espinhosos Ação: extensão da coluna Músculo interTransversários O: Entre processos transversos das vértebras superior I: Entre processos transversos das vértebras mais superior Ação: Inclinação homolateral do tronco. Considerações importantes: Diafragma torácico e musculatura do assoalho pélvico (MAP) Observamos que existe uma continuidade, de pontos de origem e inserção durante sua contração. E a musculatura do assoalho pélvico ao contrair voluntaria ou involuntariamente auxilia na continência. É importante essa relação da contração diafragmática com o aumento da musculatura abdominal e a contração da musculatura do assoalho pélvico, e verificaram que durante contração abdominal de forma involuntária, haverá contração da musculatura do assoalho pélvico. E o contrário também é verdadeiro. Logo, é interessante que durante o exercício de estabilização segmentar, seja orientada a contração de transverso do abdome, mais também seja orientada a contração da musculatura do assoalho pélvico, pois através da coativação, será permito ativar o grupo muscular como um todo, assim como também gerar mais tensão mais força no caso. Respiração em repouso: Diafragma desce e a musculatura abdominal se abula um pouco. Respiração abdominal se “abaúla um pouco”. Inspiração Diafragma torácico sobe; e a musculatura ab um pouco”. Quando tossimos a respiração é um pouco mais forte, abdome se abaúla e haverá uma contração abdominal forte e uma elevação de diafragma torácico e uma forte contração de musculatura do assoalho pélvico. Por isso é interessante contrair as duas musculaturas ao mesmo tempo. Cilindro abdominal: diafragma torácico, transverso abdominal e MAP. O Diafragma torácico + Músculos do assoalho pélvico+ Transverso do abdome, podem funcionar como um cilindro abdominal, que funcionara para que quando houver um alteração de pressão na PIA (pressão intra abdominal ) essa pressão seja distribuída entre as vértebras e para o assoalho pélvico ,de forma não localizada e sim dissipada para outras regiões ( esses músculos funcionam como cimento ) ,ao realizar uma atividade por exemplo, retirar a cadeira do lugar, subir uma escada.... Esses movimentos promoverão o aumento da pressão intra- abdominal,esse aumento será transmitido para cavidade pélvica e esse cilindro abdominal é importante para fazer com que essa pressão seja distribuída, tanto nas vértebras e a fáscia toracolombar, quanto no assoalho pélvico mais inferiormente, para que nenhuma região especifica fique sobrecarregada! A manobra de Valsalva é uma técnica em que se prende a respiração, segurando o nariz com os dedos e, em seguida, é necessário forçar a saída de ar, fazendo pressão. Portanto, ocorre uma inspiração profunda, haverá contração de transverso do abdome, obliquo externo e interno e devido a essa manobra ocorre o aumento da PIA e esta pressão será transmitida para coluna lombar,e essas estruturas funcionam como uma camera embutida para tentar reduzir a sobrecarga da coluna, ou seja distribuir a carga. Transverso do Abdome+Diafragma+MAP, distruirão a pressão favorecendo o aumento da rigidez vertebral e favoreendo a eficiência da fáscia toracolobar em distribuir essan pressão, logo esse músculos funcionam para distribuir a pressão e aumentar a rigidez vertebral. posteriormente . Fáscia Toracolombar - Se fixa nas vértebras e envolve os músculos do dorso; - Reforça todo sistema ligamentar posterior; - Função mecânica: transferência de força Existem 3 subsistemas para manter a estabilidade da coluna: Passivo Ativo Controle neuromotor (sistema nervoso central e periférico) Quando ocorre um movimento ou uma carga (segurando um peso ou uma mochila, por exemplo), isso chega até a coluna vertebral, essas informações vão ser recebidas pelos receptores localizados tanto nos ligamentos (estruturas passivas) quanto nos músculos (estruturas ativas), elas vão ser transferidas para o SNC e depois vai vir a informação para ativação de grupamentos musculares para restaurar a estabilidade. Isso pode acontecer numa situação adequada ou quando há comprometimento, ou seja, se existe alguma lesão em algum dos 3 subsistemas, esse processo acontece aqui e vem uma informação lá do sistema nervoso pra que os músculos se organizem para tentar restaurar a estabilidade. Então vai começar a haver compensações. Essas alterações podem ser rápidas ou podem acontecer aos poucos devidoas compensações causadas pelas lesões. Atividade dos músculos estabilizadores Em indivíduos sãos, o TrA contrai antes dos movimentos das extremidades para proteger a coluna Contração sinérgica dos músculos profundos aumenta a rigidez vertebral via controle segmentar Nesse estudo representado na imagem acima, o indivíduo (A) estava com eletrodos para captar o sinal mioelétrico. Os eletrodos foram posicionados para captar os sinais dos músculos transverso do abdome, oblíquio interno, oblíquo externo, reto do abdome, eretores espinhais e deltóide. O voluntário deveria fazer os movimentos de flexão, abdução ou extensão de ombro De acordo com o gráfico B, o TrA tinha ação antes do deltoide. Depois que o deltoide começa a contrair, os outros músculos começam a agir. Já o gráfico C representa um recorte do tempo. Nele podemos ver que o TrA começa a contrair antes do deltóide em todos os movimentos (flexão, extensão e abdução do ombro). Isso também acontece com o oblíquo interno em alguns movimentos e com o reto abdominal na extensão do ombro. Então, existe uma contração sinérgica dos músculos profundos que aumenta a rigidez vertebral, via controle segmentar, para permitir que a coluna fique estável e ocorra movimento no membro superior. Isso é importante porque ao fazer os exercícios de estabilização segmentar, nós vamos iniciar com exercícios mais simples até exercícios mais complexos. Os exercícios mais simples são realizados em posições mais neutra em que há atuação apenas de TrA e de músculos estabilizadores mais profundos (multífidos, por exemplo), para que o indivíduo consiga compreender essa contração, ativar adequadamente o TrA, aprender a contrair esses músculos estabilizadores mais profundos e partir daí começar a inserir movimentos de membros superiores, coluna, membros inferiores... Porque é necessário que o transverso esteja contraindo corretamente antes da realização de movimentos mais complexos Atividade dos músculos estabilizadores Controle neural: músculos profundos são ativados via padrões pré-programados no córtex cerebral - Evidências de ativação de reforço (feed forward) do TrA com movimentos rápidos das extremidades - Evidência de coativação do diafragma com TrA durante tarefas que desafiam a estabilidade postural (manutenção do equilíbrio) - Evidências de relação pré-programada entre a ativação do assoalho pélvico e músculos abdominais - Evidências de que a contração do TrA cria um cilindro, resultando em rigidez espinhal Lesões dos músculos estabilizadores Comprometimento da estabilidade da coluna Dor - Multífidos: atrofia ipsilateral ao local da dor - TrA (em indivíduos que têm dor lombar): necessita de maior perturbação para iniciar sua ativação. A zona neutra fica maior, sendo mais fácil de haver lesão Falha na contração antecipatória aos movimentos de extremidades Menor ativação muscular Fadiga - gera mais compensações para manter a estabilidade Estabilização segmentar Técnica para promover estabilização mais profunda dos músculos posturais da coluna Objetivos Restaurar a função normal dos músculos estabilizadores locais Garantir controle muscular apropriado do complexo lombopélvico Promover estabilidade proximal para movimentos eficientes das extremidades Possibilitar o retorno a atividades funcionais Visa melhorar a força, resistência e o controle motor dos músculos abdominais e lombares, com ênfase nos músculos profundos do tronco, principalmente TrA e multífidos Para fazer a estabilização segmentar, o indivíduo deve realizar contração de baixa intensidade, que deve ser repetida até se automatizar Os exercícios não devem provocar dor Todos os movimentos da estabilização segmentar vão acontecer recrutando a musculatura profunda, particularmente TrA. Na imagem A, o indivíduo está contraindo o transverso e realizando extensão de quadril e joelho. Os movimentos acontecendo só no membro inferior Na imagem B, ele passa para uma superfície instável, que dificulta a extensão de quadril e joelho Na imagem C, ele está fazendo uma extensão de quadril e joelho do membro inferior esquerdo e está fazendo a flexão de ombro com extensão de cotovelo do membro superior direito Na imagem D há a mudança para uma superfície instável Na imagem E também há a mudança para uma superfície instável Essas mudanças de superfície ocorrem com a progressão do tratamento, a medida que o paciente entender e automatizar os primeiros exercícios Avaliação Antes de realizar a estabilização segmentar deve-se realizar a avaliação, que pode ser feita através de: Eletromiografia de agulha - Uso laboratorial - Verificação da atividade EMG Ultrassom - Visualização direta não-invasiva - Serve como feedback para o paciente - Imagem dinâmica, enquanto o indivíduo está realizando o movimento (real time) - Uso laboratorial e clínico Métodos clínicos - Palpação - Testes clínicos Métodos para testar a estabilização: - Ativação dos estabilizadores profundos: TrA e multífidos - Endurance: manter a contração por 10 seg. - Teste de força da função de estabilização (músculos globais): manter a posição com aumento de carga das extremidades (incluir endurance) Inicialmente precisa-se descobrir: O paciente consegue ativar voluntariamente os músculos profundos? Não adianta realizar os exercícios de estabilização segmentar sem saber se o indivíduo consegue contrair o TrA. Muitos pacientes têm essa dificuldade. Instruções para ativar o TrA Posição inicial: quadrúpede ou prono sobre os cotovelos. Nessa ultima, o indivíduo vai ter um feedback tátil com relação a contração do TrA (pressão do abdome na maca) Comando verbal - “Puxe o baixo ventre pra cima e pra dentro” - “Umbigo emàcoluna”direção - “Murche a barriga tentando encostarrriga dura”oumbigo nas cos O terapeuta pode fazer a contração a fim de mostrar ao paciente como ela deve ser feita Controle da respiração- uma forma de testar a endurance é pedir para o paciente se manter em determinada postura por 10 seg. Então o indivíduo terá que aprender a contrair o transverso do abdome e controlar a respiração durante o movimento Visualização da contração Sugestão tátil e palpação do TrA- o terapeuta e o paciente tocando no abdome para sentir a contração Para ensinar, é necessário dar o feedback para o paciente. Seja visual (paciente se olhando no espelho, o terapeuta vendo a contração), tátil (abdome sobre a cama, o terapeuta tocando o abdome do paciente) ou verbal Comando verbal e controle da respiração “Puxe o abdome semou amoverpelve”a coluna “Leve o umbigo em direção à coluna” “Inspire, expire... Agora puxe seu abdome em dire - Disassociar “puxar, prapoisdentro”àsvezesde orespirarpaciente entende “Agora mantenhcontração e recomece a respirar lentam Critérios de avaliação Teste de Biering-Sorensen: DV Teste de progressão extensora: DL (direito) e DL (esquerdo) Avaliação quantitativa com biofeedback pressórico Ativação: nível de consciência (verificar se o indivíduo consegue ativar voluntariamente o TrA) Endurance: tempo igual ou superior a 10 segundos Força: MI saudável realizando flexão e extensão ativa com o calcanhar arrastando na maca Teste de Biering-Sorensen Teste que avalia endurance para os extensores da coluna Paciente em decúbito ventral com a metade superior do tronco fora da maca É interessante colocar uma cadeira para o indivíduo se apoiar e ter o terapeuta dando suporte manual ou faixas no membro inferior. Também pode ser colocado um travesseiro para dar mais conforto O indivíduo deve cruzar os braços a frente do tronco e fazer uma extensão da colunamantendo-a reta. O terapeuta vai marcar o tempo em que o paciente é capaz de manter a posição neutra Tempo de sustentação isométrica: Homem saudável = 146 seg (+/- 51) Mulher saudável = 189 seg (+/- 60) Tempo < 58 seg = maior chance e dor lombar Teste de Progressão Extensora Ponte lateral Nesse teste, podemos iniciar com posições mais difíceis e ver se o indivíduo consegue manter aquele tempinho de pelo menos 10 seg. Se ele não conseguir, partimos para as posições mais fáceis até chegar na posição ótima para aquele indivíduo Na imagem abaixo, a paciente está de lado com o apoio no punho e nos pés. Se essa for uma posição difícil para o seu paciente, podem ser feitas algumas modificações: apoio em cotovelos, apoio nos joelhos... Avaliação com Biofeedback Pressórico Paciente em decúbito ventral sobre a bolsa insuflável (entre as EIAS e o umbigo) Insuflar até 70 mmHg –instruir o indivíduo a respirar profundamente usando principalmente a parede abdominal –insuflar novamente até 70 mmHg Instrução: “Puxe o abdome sem mover a coluna ou a Observar: Habilidade para alcançar uma diminuição de 4-10 mmHg Habilidade para manter (seg) Número de repetições de 10 seg de manutenção O Stabilizer é bem semelhante ao tensiômetro porém foi desenvolvido pra fazer essas técnicas de estabilização mais profundas Como funciona o Stabilizer? É uma bolsa insuflável que oferece um feedback da contração do TrA através de um relógio. O paciente é orientado a fazer uma contração do TrA. Ao contrair, o abdome vai se elevar (se aproximar das costas) e a pressão sobre a bolsa vai diminuir e o indivíduo vai observar no relógio essa redução de pressão. O ideal é que essa pressão caia entre 4-10 mmHg A professora falou sobre um estudo feito com indivíduos com dor lombar crônica inespecífica. O estudo queria ver se esses pacientes conseguiam contrair TrA e se essa contração podia ser observada através da eletromiografia de superfície e do Stabilizer. A conclusão do estudo foi que o Stabilizer não é um instrumento tão confiável para avaliar a contração do TrA, entretanto, quando pensamos em treinamento ele é um bom instrumento porque o indivíduo consegue perceber quanto tempo ele leva pra chegar a diminuição de pressão ideal, por quanto tempo ele consegue manter essa redução de pressão, quantas vezes ele consegue repetir a contração, entre outros. Tratamento Iniciar de maneira simples, em posições sem descarga de peso Progredir: Postura- iniciar com posturas simples, sem carga, a coluna sempre em posição neutra Carga- vai passar de posturas sem carga para posturas com carga Velocidade- fazer movimentos mais lentos e ir progredindo para movimentos mais rápidos Tempo de sustentação- também progride de menor para maior Atividade- iniciar com atividades simples em que o indivíduo só tem que manter a contração e depois vou fazendo atividades em que ele tem que movimentar MS, MI, os dois juntos, fazer rotação de tronco Tipo de superfície- passar de superfícies estáveis para instáveis Associar a respiração com a contração de TrA e MT Sugere-se o padrão diafragmático: “inspira crescendo a barriga e Palpar músculos globais procurando por substituições Principalmente RA e OE Comando verbal e palpação (facilitação, reforço, correção, motivação) Lembrar: contração da MAP- tentar fazer essa contração junto com a de TrA, para aumentar a potência. O terapeuta pode ensinar o indivíduo a contrair primeiro a MAP, depois o TrA e em seguida associar os dois Como diferenciar a contração do TrA dos outros músculos do abdome? Ao contrair o TrA o abdome se direciona pra dentro. dura”,abdomeofica abaulado/para fora Conscientização da Contração do TrA Supino facilitado- paciente em decúbito dorsal com flexão de quadril e joelho A palpação é feita um pouco a frente das cristas ilíacas, um pouquinho acima das EIAS Aplicações Clínicas Pacientes com lombalgia têm menos habilidade de ativar o TrA Diferenças significativas entre pacientes com lombalgia e pessoas normais Indivíduos com pouca habilidade para ativar TrA apresentam um atraso durante o movimento das extremidades Palpação dos Multífidos Paciente em prono Coloque os polegares lateralmente ao processo espinhoso da coluna lombar Instrua a “tensionar os músculos”; procure por co lesão Ativação dos Multífidos Contração simétrica bilateral Auto-palpação- para que o paciente sinta se está conseguindo contrair Decúbito ventral Instrua a contração dos multífidos: “gentilmen Decúbito lateral (modo mais fácil) O terapeuta coloca o dedo ao lado do processo espinhoso e pede pra o paciente fazer uma rotação de pelve para ver se sente essa contração dos multífidos Resista muito levemente à rotação do tronco da pelve Se não for possível observar essa contração, até porque quando existe algum tipo de lesão os multífidos ficam atrofiados, só perceber a contração do transverso já é o suficiente Resposta Ideal dos Multífidos Contração profunda, lenta Sinta uma protuberância sob o polegar/dedo quando o músculo tensiona Ausência de atividade do EE ou músculos globais Ausência de movimentos vertebrais Facilitação dos Multífidos Co-contração “Puxar pra dentro” Usar músculos do assoalho pélvico e TrA Manter posição neutra da coluna Auto-palpação- também é útil para o aprendizado da contração do TrA - A facilitação que funciona deve ser reforçada: se o paciente conseguiu fazer a contração através da auto-palpação, o terapeuta vai priorizar o tipo de facilitação que ele conseguiu entender - Também é interessante prestar atenção no tipo de comando verbal que você deu e o paciente conseguiu compreender - Orienta-se o paciente a praticar várias vezes ao dia usando a técnica apropriada para conseguir automatizá-la Ponte Lateral Treino do músculo quadrado lombar (dá estabilização lateral as vertebras lombares) Deve ser feito tanto em decúbito lateral direito quanto esquerdo Na primeira imagem, a postura está sendo realizada de uma maneira mais fácil (cotovelos e joelhos fletidos). A segunda imagem é uma progressão da postura anterior Avaliação e Tratamento em DD Decúbito dorsal Biofeedback pressórico (Stabilizer) sob a coluna Posição neutra da coluna Inflar até 40 mmHg Pré-selecionar os estabilizadores profundos- o terapeuta dá orientações para que a paciente contraia principalmente o TrA O Stabilizer pode ser usado para o treinamento do uso dos estabilizadores profundos (TrA, multífidos, etc) ou após o paciente ter feito uma conscientização prévia, sem o uso do equipamento Progressão do teste com base em: Aumento progressivo da carga externa enquanto mantém a estabilização (uso de halteres, caneleiras com peso ou através do aumento da carga com o uso de movimento de MMSS e MMII) Aumentar a carga com o braço de alavanca dos MMII- quando o MI está flexionado é mais fácil para o paciente manter a estabilização e contração de TrA. Uma forma de progredir é aumentando o braço de alavanca com o MI em extensão Usar biofeedback para garantir o controle da região lombopélvica (+/- 10 mmHg durante o teste): o terapeuta tenta orientar o paciente a fazer os movimentos visualizando o relógio do Stabilizer, de preferência sem alterar a pressão ou alterando no máximo em torno de 10 mmHg durante o teste Avaliação quantitativa (número máximo de repetições que o paciente consegue realizar) e qualitativa (se o paciente está fazendo substituição da contração dos estabilizadores profundos, se a pelve e a coluna estão em posição neutra, etc) Progressãodo Exame O paciente fica em DD com o Stabilizer inflado até 40 mmHg No nível 1, se orienta apenas que o paciente faça a contração do TrA e tente manter por 10 seg. Lembrando que o paciente deve manter a contração sem fazer apneia O paciente passa para o nível 2 quando consegue realizar com facilidade o exercício do 1º nível. Nesse estágio, a perna oposta ao lado que vai ser tratado está sobre a mesa e a outra perna está pendendo para fora da maca. Nesse momento o paciente faz a mesma coisa: tenta manter a contração dos estabilizadores profundos enquanto controla a respiração A progressão acontece de duas formas: diminuindo o suporte externo e a estabilidade que o paciente ia ter para realizar aquele movimento e aumentando a carga (aumento do braço de alavanca dos MMII ou o uso de mais de um MI) Nos outros níveis, a diminuição do suporte externo se dá através da estabilização da perna oposta ao lado que está sendo trabalhado. Inicialmente a perna oposta estará apoiada sobre a mesa e depois essa estabilidade começa a ser diminuída Nível 3 Paciente com MI do lado oposto apoiado sobre a maca. Inicia-se de forma mais simples com a flexão de quadril e joelho enquanto o paciente mantém a contração do TrA O paciente deve manter por 10 seg e controlar a respiração, sem fazer substituições ou tirar a pelve do lugar A progressão é feita quando o indivíduo conseguir realizar esse exercício com facilidade Na progressão, o paciente estende o cotovelo com o calcanhar na mesa mantendo a pressão ou fazendo o mínimo de alteração possível Por fim, a paciente faz uma elevação da perna reta Nível 4 O MI que estava apoiado na maca fica apoiado pelo MS O paciente faz elevação da perna com o joelho fletido (4A). Em seguida faz extensão do joelho deslizando o calcanhar na maca (4B) e depois faz a elevação da perna reta (4C) Nível 5 Nesse nível não há mais o suporte do MS Diferente do nível 3, onde o paciente está numa posição de maior relaxamento, agora ele tem que manter a contração dos estabilizadores profundos para conseguir manter a perna oposta em flexão de 90° Assim como nos níveis anteriores, há o deslizamento do calcanhar sobre a maca para fazer a extensão do joelho e depois ocorre a elevação da perna reta Nível 6 No nível 6 é feita a ação bilateral dos MMII: flexão dos dois MMII, deslizamento dos calcanhares sobre a maca para fazer a extensão do joelho e elevação das pernas retas Progressão Extensora –(R) ES Quatro apoios: é ideal que o paciente mantenha a coluna sempre em posição neutra e faça a contração de TrA e extensão do MI Extensão MIE Extensão MIE e flexão MSD Extensão MID Extensão MID e flexão MSE Prono Extensão de um MI Extensão de MMII Extensão de cabeça, braços e tronco Abdominais - endurance de suporte de peso (sentado e de pé) Nesse exemplo a paciente deve manter a contração de TrA enquanto faz flexão e extensão de ombro A progressão também pode ser feita através da alteração da superfície em que o indivíduo está posicionado. O fisioterapeuta poderia iniciar esse exercício com a paciente em uma superfície estável, como uma cadeira e depois evoluir para uma superfície instável, como a bola Ponte sobre a bola O paciente pode iniciar com a ponte, apoiando no chão ou na maca e depois progredir para a realização da ponte com o uso da bola mantendo os estabilizadores profundos contraídos A bola também pode ser colocada na parte mais superior do tronco Estabilização Cervical A estabilização cervical pode ser feita com o uso do Stabilizer ou através do biofeedback eletromiográfico portátil. Esse aparelho é colocado na musculatura que o terapeuta quer avaliar e o paciente realiza as contrações que podem ser vistas pelo celular Exercícios de Estabilização Segmentar em Amputado Transfemoral Unilateral 2 1 3 4 Inicialmente o biofeedback pressórico é inflado até 40 mmHg e é feita a conscientização para que o paciente aprenda a realizar a contração da musculatura estabilizadora profunda, alterando pouco ou sem alterar o relógio do Stabilizer Na imagem 2, o paciente está com o MI oposto apoiado e está fazendo a elevação da perna fletida. Em seguida, ele realiza a elevação da perna em extensão Na imagem 3, o MI oposto está apoiado pelos MMSS e ele faz a elevação do membro com flexão de joelho e depois com o membro reto Na imagem 4 o paciente está em decúbito ventral. Inicialmente ele faz a extensão do MI. Na progressão ele faz a extensão de cabeça, tronco e MMSS No outro exemplo, o paciente está em quatro apoios e é realizada a contração de TrA, extensão do MI e do MS contralateral A estabilização segmentar também é extremamente importante em pacientes amputados, com distúrbios neurológicos e etc, porque para realizar os movimentos dos membros superiores e inferiores é necessário que o paciente tenha estabilização central. Esses exercícios não se limitam apenas a pacientes com lombalgia