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1 HELOÁ SANTOS – MED99 FARMACOLOGIA – P1. Polimixinas → Última linha de tratamento dos gram -; → Descobertos em 1947; → É bastante tóxico; → Com o crescimento da resistência aos carbapenêmicos, principalmente por produção enzimática das carbapenemases e, dessa forma, as polimixinas voltram a ser utilizadas para tratar infecções graves por gram -; → Elaborados a partir de cepas de Bacillus polymyxa; → Atuam como detergentes catiônicos. Pssuem carga elétrica + e realizam a dissolução da gordura por serem detergentes; → São peptídeos bem simples com massa molecular bem baixa; → Utilizamos a Polimixina B. Mecanismo de ação: → As polimixinas se ligam aos fosfolipídeos de membrana, dissolvendo-nos e formando grandes poros na membrana externa da bactéria, culminando com a alteração de permeabilidade. → Interagem com os fosfolipídeos da membrana celular da bactéria desorganizando a estrutura dessa membrana, alterando completamente a permeabilidade. Então, íons e proteínas, por exemplo, vão sair da bactéria, ou seja, a permeabilidade de substâncias aumenta tanto que a bactéria morre por dissolução da sua camada fosfolipídica da membrana. → A permeabilidade da membrana celular é imediatamente modificada em contato com o fármaco. → Ela é muito toxica pois consegue agir em diversos sítios do nosso corpo: neurônios e célula tubular renal e hepatócito, levando a diversos efeitos adversos. Mecanismo de resistência: → Rara por ter ficado muitos anos sem ser utilizada. Por conta da toxicidade, as polimixinas ficaram restritas a apenas o uso tópico; → Uso sistêmico mínimo; → Não há mecanismo de resistência específico relatada. 2 HELOÁ SANTOS – MED99 FARMACOLOGIA – P1. Espectro de ação: → Gram – já que somente esse grupo apresenta lipídeo na sua camada externa (camada de lipopolissacarídeos); → Enterobacter, E coli, Klebsiella, Salmonella, Pasteurella, Bordetella, Shigella: gram – comunutários; → Pseudomonas e Acinetobacter: gram – hospitalar. Quando há o mecanismo de resistência em que as bactérias gram negativas deixam de expressar os canais de porina, impedindo que o antibiótico entre, faz-se então o uso das polimixinas. Farmacocinética: → Não tem absorção VO; → Feita por via tópica ou IV; → Meia vida de 4 a 6 horas; → Eliminação de 6 a 12 horas; → Não atravessa a barreira meníngea – não serve para infecções por gram negativos no SNC; → Eliminação renal mas não por filtração, mas sim por secreção tubular ativa. Indicações: → Uso tópico: Úlceras de córnea; Infecções de pele; Otite externa maligna- Pseudomonas; Irrigação de bexiga. → Uso sistêmico: terapia de salvamento nas infecções causadas por microrganismos multirresistentes. Último antibiótico que será utilizado!!! Efeitos adversos: → Não provoca reações sistêmicas quando aplicado tópico; → Neurotóxicas: interferem na transmissão neuromuscular causando fraqueza muscular, apneia, parestesia, vertigem e fala arrastada; → Nefrotóxica – insuficiência renal; → Causa muitos distúrbios eletrolíticos – hipopotassemia.
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