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ENEM – FILOSOFIA HISTÓRIA DA FILOSOFIA – Helenismo: Estoicismo O estoicismo tem este nome devido ao seu fundador, Zenão de Cítio, levar os seus discípulos para estudar na stoa poikile, o pórtico das pinturas. Seus ensinamentos eram no sentido de promover a reflexão moral em conformidade com a natureza para assim alcançar o bem viver, mas ao contrário do epicurismo, uma das suas escolas rivais além da escola do ceticismo, entendiam que os prazeres da vida nos escravizavam e que era preciso ter uma conduta ética para estar em harmonia com a natureza universal em equilíbrio com o cosmos: Era preciso ter um auto controle. Outra diferença, aqui, com o epicurismo que é o entendimento de uma espiritualidade portanto que é necessária para este equilíbrio, o que nada tem na Filosofia de Epicuro. Devido ao aspecto de disciplina do estoicismo e à moralidade, esta escola foi uma das que mais influenciou o mundo antigo que, imerso em conflitos, chegou aos romanos dos altos cargos como o Imperador Marco Aurélio, bem como à nova religião que então nascia: o cristianismo. Ela necessitava de um método que desse consistência à doutrina, e o estoicismo tinha uma divisão que consistia em lógica, ética e física. O historiador Diógenes Laércio narra as metáforas que eram usadas para explicar esta divisão: “Os estoicos comparam a filosofia a um ser vivo, onde os ossos e os nervos correspondem à lógica, as partes carnosas à ética e a alma à física. Ou então comparam- na a um ovo: a casca a lógica, a parte seguinte (a clara) à ética, e a parte central (a gema) à física. Ou comparam ainda a um campo fértil: a cerca externa a lógica, os frutos são a ética, e o solo as árvores são a física”. A ética consiste então sempre a um resultado, uma consequência da lógica. Sobre isso, diz Laércio que “Dois campos distintos de indagação [a realidade metafísica do mundo das Formas de Platão e o nosso mundo aparente e em constante mudança] estão na verdade subordinados à lógica: um sobre a verdadeira essência do ser, e outro sobre a terminologia dos conceitos. Esse é o conteúdo da lógica dos estoicos”. A sua física concebia como toda a realidade donde o mundo está em constante transformação, mas há uma racionalidade divina que governa toda essa realidade e que se divide em dois princípios, o ativo e o passivo: o primeiro é a racionalidade divina e o segundo é a matéria. Essa Filosofia apontava para um certo determinismo que dizia aos homens se resignarem pela vida, o que foi integralmente aceito pelo cristianismo então em desenvolvimento.
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