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Prevençã� � Control� d� dor 1) Não há justificativa para o emprego de uma solução de lidocaína 3%, uma vez que isso não irá trazer benefícios adicionais à qualidade da anestesia e só aumentará o risco de toxicidade do anestésico; 2) A solução de mepivacaína 3% é empregada quase que exclusivamente em procedimentos de curta duração, com previsão de pouco sangramento; 3) Em pacientes que apresentam patologias que podem potencialmente diminuir a oxigenação (como insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência renal, alterações respiratórias e sanguíneas), recomenda-se a diminuição da dose máxima de prilocaína para 2,5 mg/kg 4) Apesar de a bupivacaína apresentar maior margem de segurança clínica, na prática não há necessidade de se ultrapassar o volume equivalente ao contido em 2-3 tubetes anestésicos; 5) Nessas doses conservadoras, e considerando pacientes saudáveis (ASA I), o fator limitante para a dose máxima é o sal anestésico e não o vasoconstritor. Como exceções a essa regra tem-se soluções que contêm epinefrina 1:50.000 e fenilefrina 1:2.500, cujo máximo total é de 5,5 tubetes CRITÉRIOS DE ESCOLHA DA SOLUÇÃO ANESTÉSICA LOCAL • Condições sistêmicas do paciente; • Tempo de duração da anestesia pulpar ; • Grau de hemostasia exigidos para um determinado procedimento. 1. Procedimentos de curta a média duração, que demandem tempo de anestesia pulpar > 30 min Optar por uma das seguintes soluções: • Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000 • Mepivacaina 2% com epinefrina 1:100.000 • Articaina 4% com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000 • Prilocaina 3% com felipressina 0,03 UI/mL. 2. Procedimentos muito invasivos ou de maior tempo de duração (Tratamentos endodônticos complexos, exodontias de inclusos, cirurgias plásticas periodontais, colocação de implantes múltiplos, enxertias ósseas.) Intervenções na maxila Bloqueio regional: ● Lidocaina 2% ou mepivacaina 2% com epinefrina 1:100.000. Técnica infiltrativa: ● Articaina 4% com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000. Intervenções na mandíbula Bloqueio regional: ● Lidocaina 2% ou mepivacaina 2% com epinefrina 1:100.000. ● Bupivacaina 0,5% com epinefrina 1:200.000. 3. Na contraindicação absoluta ao uso da epinefrina a) Quando o procedimento demandar anestesia pulpar com duração de até 30 min. ● Mepivacaína 3% (sem vasoconstritor). Esta solução em geral promove anestesia pulpar de ~ 20 min (infiltrações na maxila) a 40 min de duração (bloqueios regionais na mandíbula), reduzindo-se o tempo em que o paciente permanece anestesiado após o término da intervenção. A mepivacaína 3% é preferível a lidocaína 2% sem vasoconstritor, pois esta última resulta em anestesia pulpar de curtíssima duração (~ 5-10 min), insuficiente para grande parte dos procedimentos odontológicos. 3. Na contraindicação absoluta ao uso da epinefrina b) Quando o procedimento demandar anestesia pulpar com duração > 30 min. ● Prilocaina 3% com felipressina 0,03 UI/mL Por não pertencer ao grupo das aminas simpatomiméticas, a felipressina não age sobre os receptores α e β adrenérgicos. Isso faz o cirurgião-dentista deduzir, erroneamente, que a felipressina não produz qualquer efeito adverso no sistema cardiovascular. Dosagem segura para hipertensos é de 0,18 UI (felipressina). Tal quantidade é equivalente ao contido em 6 mL de uma solução de prilocaína 3% com 0,03 UI/mL de felipressina (~ 3. tubetes). ANALGESICOS ANTI-INFLAMATORIOS Quando realiza lesão tecidual (implante, exodontia) → Ativação de fosfolipase A2 → Exposição de fosfolipídio de membrana → Formação de ácido araquidônico → COX converte este ácido araquidônico a prostaglandinas → Lipoxigenases converte este ácido araquidônico a Leucotrienos → Eles vão levar a hipersensibilização dos receptores de dor causando → HIPERALGESIA. Os AINEs inibem a COX2, e a produção das prostaglandinas, consequentemente reduz o edema, inflamação e dor - IMPEDE FORMAÇÃO DE PROSTAGLANDINAS Os AIEs inibem a fosfolipase A2 logo inibindo a formação do ácido araquidônico, consequentemente formação de prostaglandinas e leucotrienos - IMPEDE FOSFOLIPASE A2 Os analgesicos (dipirona,paracetamol e opioides), atuam diretamente na hiperalgesia - IMPEDE A DESPOLARIZAÇÃO DO NEURÔNIO E LEVE INFORMAÇÃO DE DOR PARA O SNC PREVENÇÃO E CONTROLE DA DOR REGIMES DE ANALGESIA: • PREEMPTIVA - Ocorre antes do estímulo nocivo, trauma = prevenir, complementação com anestésico local. NÃO TÁ COM DOR • PREVENTIVA - Lesão mas antes de dor (extração de dente incluso). Saiu do consultório tomou o anti inflamatório. DEPOIS DA CIRURGIA MAS ANTES DE SENTIR DOR • PERIOPERATÓRIA - Medicação antes da lesão e mantida durante o pós operatorio. MAIS POTENTE ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS - AINEs • Inibidores da enzimas ciclooxigenases - Impede a produção de prostaglandinas COX 2 - Mais envolvida na inflamação ETORICOXIBE E CELECOXIBE - MAIS SELETIVOS QUANDO E COMO EMPREGAR OS AINEs ? • controle da dor aguda de intensidade moderada a severa; • no período pós-operatório de intervenções eletivas: exodontia de inclusos, cirurgias periodontais, colocação de implantes múltiplos, procedimentos de enxertias ósseas, etc. • O regime mais eficaz analgesia preventiva , introduzido imediatamente após a lesão tecidual, porém antes do início da sensação dolorosa. • A primeira dose é administrada ao final do procedimento (paciente ainda sob os efeitos da anestesia local) , seguida das doses de manutenção, por curto período de tempo. AINEs • Os intervalos entre as doses de manutenção deverão ser estabelecidos em função da intensidade do traumatismo tecidual e da meia-vida plasmática de cada medicamento. AINEs - USO EM CRIANÇAS • O IBUPROFENO e o único AINE aprovado para uso em crianças , de acordo com as atuais recomendações do FDA (Food and Drug Administration), órgão que controla o uso de medicamentos nos Estados Unidos. No Brasil, o ibuprofeno e agora distribuído na rede pública. • diclofenaco e nimesulida, os quais não são mais recomendadospara uso em crianças pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). INFLUÊNCIAS NA DURAÇÃO DO TRATAMENTO DE AINEs Como anti inflamatório alivia a dor e reduz edema e sabendo desses picos, as prescrições costumam duram de 48 a 72 horas para resolver esses sinais inflamatórios AINEs - PRECAUÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES • Incidência de efeitos adversos clinicamente significativo e muito mais rara do que na clínica médica. • A ação analgésica e anti-inflamatória dos inibidores seletivos da COX-2 não é superior a apresentada pelos inibidores não seletivos (que atuam na COX-1 e na COX-2). • coxibes (celecoxibe etoricoxibe, no Brasil) devem ser considerados em casos com risco aumentado de sangramento gastrintestinal (contraindicado em caso de úlcera, gastrite e refluxo), mas sem risco simultâneo de doença cardiovascular. • Não há estudos que demonstrem a segurança da utilização dos inibidores seletivos da COX- 2 em pacientes < 18 anos. • Na prescrição de qualquer inibidor da COX-2, deve-se usar a menor dose efetiva pelo menor tempo necessário de tratamento. • Contraindicado o uso de inibidores seletivos da COX-2 em pacientes que fazem uso contínuo de antiagregantes plaquetários, como a aspirina ou o clopidogrel e tem problemas cardiovasculares . • Uso concomitante de piroxicam, ibuprofeno ou seja não seletivos (e provavelmente outros AINEs) com a varfarina, um anticoagulante, pode potencializar o efeito anticoagulante desta e provocar hemorragia (BULÁRIO ANVISA, FORMULÁRIO TERAPÊUTICO NACIONAL e CONVERSAR COM O MÉDICO). TODO ANTIINFLAMATÓRIO TEM POTENCIAL DE CAUSAR HEMORRAGIA POR ISSO AINEs COM ANTICOAGULANTE MUITO PERIGOSO • Uso concomitante dos AINEs com certos anti-hipertensivos pode precipitar uma elevação brusca da pressão arterial sanguínea (CHECAR BULÁRIO ANVISA e FTN). • EVITAR a prescrição dos AINEs a pacientes com história de infarto do miocárdio, angina ou stents nas artérias coronárias, pelo risco aumentado de trombose, especialmente em idosos . SE FOR SELETIVO DE JEITO NENHUM SE FOR DA 1 E 2 EVITAR (AIEs) • Todos os AINEs podem causar retenção de sódio e água, diminuição da taxa de filtração glomerular e aumento da PA, particularmente em idosos. → Uso ao longo prazo de AINEs é extremamente prejudicial para o fígado, sistema cardiovascular FÁRMACOS QUE INIBEM A AÇÃO DA FOSFOLIPASE A2 • São representados pelos corticosteróides (AIEs) que têm ação inibitória sob a enzima fosfolipase A2. Principalmente betametasona e dexametasona por ter uma duração de efeito prolongada e efeito maior INTERAÇÃO ESTERÓIDE - RECEPTOR Os AIEs demoram um tempo para fazer efeito pois os corticoesteróides precisam atravessar a membrana → encontra o receptor → ele vai no núcleo → leva sintese proteica ou seja pode levar minutos até horas Contudo dura por muito tempo AIEs - CONTROLE DA MIGRAÇÃO DE NEUTRÓFILOS • Resultam na menor produção de mediadores hiper nociceptivos (prostaglandinas e leucotrienos), minimizando a dor inflamatória QUANDO E COMO EMPREGAR OS AIEs • prevenir a dor e controlar o edema inflamatório ; • Analgesia preemptiva (introduzido antes da lesão tecidual). (AINEs USADO NA PREVENTIVA) • Intervenções odontológicas eletivas, como: a exodontia de inclusos, as cirurgias periodontais, a colocação de implantes múltiplos, as enxertias ósseas, etc. • Dexametasona ou a Betametasona dose única: maior potência anti-inflamatória e duração de ação, o que permite muitas vezes seu emprego em ou por tempo muito restrito - Na clínica maior emprego de AINEs devido o medo de causar alterações no SNC AIEs • DOSE ADULTO: • 4 a 8 mg, administrada 1 h antes do início da intervenção. • CRIANÇAS: • no caso de intervenções mais invasivas, emprega-se a solução oral “gotas” de betametasona (0,5 mg/mL), obedecendo a regra prática de: • 1 gota/kg/peso corporal, em dose única, 1 h antes do procedimento. VANTAGENS DO USO DOS CORTICOSTERÓIDES (AIEs) EM RELAÇÃO AOS AINEs Quando empregados em dose única pré-operatória ou por tempo restrito, comparada ao uso dos AINEs: • Não produzem efeitos adversos clinicamente significativos como a função renal, hepática, coagulativa como os AINEs • Não interferem nos mecanismos de hemostasia, ao contrário de alguns AINEs, que pela ação antiagregante plaquetária aumentam o risco de hemorragia pós operatória. • Reduzem a síntese dos leucotrienos liberada em muitas das reações alérgicas. Os AINEs só reduzem prostaglandinas • Mais seguros para serem empregados em gestantes ou lactantes, bem como em pacientes hipertensos, diabéticos, neuropatas ou hepatopatias, com a doença controlada . PADRÃO DE USO DOS AIEs • Os maiores níveis plasmáticos de cortisol no homem são observados por volta das 8h, e os menores no início do período da noite. • Por esse motivo, quando os corticosteróides forem empregados como medicação pré-operatória, as intervenções cirúrgicas devem ser agendadas preferencialmente para o início do período da manhã dessa forma se tem o cortisol endógeno e o medicamento sendo necessário usar menos, aproveitando o próprio cortisol do indivíduo Somação: (medicamento) + (cortisol endógeno), Uso menos medicamento, além de proporcionar menor interferência no eixo HHA (hipotálamo, hipófise, adrenocorticotrófico). FÁRMACOS QUE DEPRIMEM A ATIVIDADE DOS NOCICEPTORES • Em caso de dor já instalada , realizar bloqueio da entrada de cálcio e da diminuição dos níveis de AMPc nos nociceptores; O paciente não irá tolerar agulha pois ele já está com hiperalgesia dessa forma é necessário controlar a dir por meio de analgesicos e so intervir apos o controle • Nesse caso os analgésicos rotineiramente empregados na clínica odontológica são a dipirona e o paracetamol. USO CLINICO DOS ANALGESICOS • Dipirona e o Paracetamol . ~ 24 a 48 h, uma vez que o objetivo é controlar a dor aguda de baixa intensidade; • O Ibuprofeno é uma alternativa , que em doses menores (200 mg, em adultos) tem ação analgésicasimilar a da dipirona, sem praticamente exercer atividade anti-inflamatória; • Ácido acetilsalicílico (AAS), boa atividade analgésica, MAS empregado com menos frequência , pois tem ação antiagregante plaquetária, pode causar sangramento no caso de cirurgias. ANALGESICOS DE AÇÃO PREDOMINANTEMENTE CENTRAL Caso o paciente permaneça com dor - OPIÓIDES • Dores moderadas a intensas, que não respondem ao tratamento com outros analgésicos . • Chamados de opióides fracos: codeína (associação com o paracetamol) e o Tramadol • Tramadol potência analgésica 5 a 10 vezes < morfina - início de ação 1 h após administração de uma dose de 50 mg. • Não são indicados para pacientes menores de 16 anos, pela falta de estudos clínicos controlados.; • Efeitos adversos: náuseas e constipação intestinal, vômito, alterações de humor, sonolência e depressão respiratória, LIMITAM O USO em larga escala na clínica odontológica.; • Devem ser utilizados com cautela em pacientes idosos, debilitados, com insuficiência hepática ou renal, hipertrofia prostática e portadores de depressão respiratória ANALGESICOS • A Tabela 6.4 mostra os principais analgésicos de uso odontológico, com o nome genérico, as doses usuais e os intervalos entre as doses de manutenção. ELETIVA, AGENDANDO = AINES E AIEs (PREEMPTIVA OU PREVENTIVA) PACIENTE COM QUADRO DE DOR = ANALGESICOS
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