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Us� d� antibiótic� n� tratament� o� n� prevençã� d� infecçõe� bacteriana� bucai� Generalidade� CONCEITOS QUIMIOTERÁPICO - Substâncias com objetivo de matar e eliminar células logo pode eliminar fungo, bactéria ou células do organismo como o câncer com objetivo de controlar a multiplicação de células eucariontes ou procariontes de microrganismos invasores - muito abrangente e pode se aplicar as classes de medicamentos estudados ANTIBIÓTICOS • Já foram identificadas mais de 500 espécies bacterianas na cavidade bucal, com distintas características morfológicas e bioquímicas. Em termos quantitativos, é estimado que 1 mL de saliva contém 1 bilhão microrganismos, enquanto a placa dentária na gengiva cervical pode conter uma população bacteriana de cerca de 100 bilhões de microrganismos. As infecções bacterianas de origem endodôntica ou periodontal contam com a participação de microrganismos aeróbios (usa o oxigênio no metabolismo), anaeróbios facultativos (ele tolera oxigênio mas não usa o mesmo) e anaeróbios estritos (além de não usar o oxigênio morre na presença do mesmo) , sendo improváveis as infecções que apresentam culturas puras levando maior complexidade e uma gama grande de antibiótico. Por isso, a dinâmica dessas infecções é bastante complexa, não permitindo que se estabeleça uma evolução ou um curso padrão para as mesmas. Fatores predisponentes para as infecções bucais ou seja que favorece as infecções • Acúmulo de placa bacteriana (através da limpeza pode ser mais controlado) ou a necrose do tecido pulpar; Na ausência de sinais de infecção: Pacientes imunocompetentes (ASA 1) e que não apresentam risco de complicações infecciosas à distância, a profilaxia antibiótica não é recomendada na maioria dos casos. • A prática clínica odontológica mostra que o emprego de antibióticos, de forma exclusiva, é praticamente ineficaz quando não se intervém na fonte da infecção, seja por meio da remoção de cálculos grosseiros, da descontaminação do sistema de canais radiculares ou da drenagem dos abscessos - antibiótico logo apenas um auxiliar pois a fonte normalmente pode ser removida cirurgicamente • Portanto, os antibióticos devem ser considerados apenas como auxiliares na terapêutica das infecções. ANTISSEPSIA Se ocorre uma lesão se tem um acesso à corrente sanguínea e por mais que o indivíduo seja imunocompetente o ideal é prevenir com o máximo de cuidado por meio da antissepsia e tem efeito para evitar que os microrganismos chegue a corrente sanguínea • A antissepsia é um procedimento simples e prático que pode reduzir o número de microrganismos presentes na cavidade bucal, na proporção de 75 a –99,9 %. SOLUÇÕES ANTISSÉPTICAS QUE VÃO REDUZIR O RISCO DE TRABALHO - Iodopovidona 10% em solução aquosa com 1% de iodo ativo (PVPI) Mistura pois o iodo puro pode levar a reações de hipersensibilidade • Apresenta as mesmas propriedades que o iodo, sendo menos alergênico e irritante que ele; • O iodo atua oxidando os fosfolipídeos da parede celular das bactérias sendo eficaz contra bactérias gram-positivas e negativas, fungos, vírus, protozoários e micobactérias pois os fosfolipídios estão tanto na parede celular quanto na membrana celular conseguindo atingir até mesmo vírus envelopado ; • Empregado na antissepsia e na degermação das mãos e dos braços da equipe cirúrgica e no preparo pré-cirúrgico dos pacientes (antissepsia extra bucal sem causar irritação) - USADO PELO PROFISSIONAL E NA ÁREA EXTRABUCAL - Digluconato de clorexidina Área bucal • Ação bactericida por desagregar a membrana plasmática da bactéria, provocando a perda do conteúdo celular para o meio. Age contra bactérias aeróbias facultativas e anaeróbias, gram-positivas e negativas, além de fungos e leveduras - reduz população de micro na cavidade oral • Realização de bochecho por 1 min reduz 22-40% dos microrganismos viáveis após 1 h e, entre 6-8 h há a volta ao número original de microrganismos. • Contudo se emprega em 3 dias de bochechos diários com clorexidina 0,2% causam a redução de mais de 99,99%, que também retornam ao número original 8h depois da suspensão do uso. • Empregado principalmente no controle químico das placas bacterianas supra e subgengival, mas também na assepsia extrabucal (como PVPI) e intrabucal, em intervenções cirúrgicas odontológicas. Dependendo do que for feito o paciente pode usar em casa essas soluções Mucosa absorve mais logo no ambiente extrabucal pode se aumentar maior concentração de clorexidina NATROSOL - Confere consistência de gel Dentista solicita que não se alimente pois o alimento vai servir de substrato para proliferação de bactérias e microrganismos e que não se escove dente ate 2 horas apos pois o LSS presente nos cremes dentais reduz o efeito antimicrobiano da clorexidina ★ Antimicrobianos: compostos sintéticos ou naturais capazes de destruir ou inibir agentes infecciosos. Variedades de agentes - antibacterianos; - antifúngicos; - antiprotozoários; - anti-helmínticos (pluricelulares) - antivirais. ★ Antibacterianos: - antibióticos: produzido por alguns microorganismos - químicos: produtos naturais, sintéticos ou semi-sintéticos. DEFINIÇÃO DE ANTIBIÓTICO Se refere substâncias produzidas por diversas espécies de microrganismos (bactérias, fungos, actinomicetos) ou de processos semissintéticos. • Impedem o crescimento de outros microrganismos, podendo eventualmente destruí–los devido a competição outros microrganismos matam os microrganismos concorrentes e produzem • O termo “antibiótico” (de antibiosis, contra a vida) é muito abrangente e engloba antibacterianos, antivirais, antifúngicos, antiparasitários, etc.Ou seja qualquer substância produzida por outro microrganismo que pode matar ou impedir proliferação de outro é um antibiótico sendo tão abrangente quanto antimicrobiano e quimioterápico que só pode matar células cancerígenas. Contudo os antimicrobianos incluem compostos sintéticos logo quimioterápico é o mais abrangente pois o antimicrobiano só nos seres sem afetar nossas células e o antibiótico tem que ser produzido por microrganismo CLINICAODONTOLOGICA • O termo “antimicrobiano” se aplica aos microrganismos de forma inespecífica, sendo que “antibacteriano” seria o nome mais indicado para a grande maioria dos fármacos utilizados como antibióticos na clínica odontológica. Nesse texto, o termo antibiótico será considerado como sinônimo de antibacteriano contudo de fato ele não é HISTÓRIA DOS ANTIBIÓTICOS Pasteur e Joubert: primeiros pesquisadores a reconhecerem o potencial terapêutico de produtos microbianos. Registraram suas observações e especulações em 1877. • No final do século XIX e início do século XX, várias substâncias antimicrobiana foram detectada em cultura bacteriana, e algumas foram testadas clinicamente, mas apresentaram alta toxicidade. • Em 1936 a Sulfanilamida um antimicrobianos começou a ser usado na clínica. • Em 1941 a Penicilina passou a ser produzida em massa e tornou disponível pela primeira vez para estudos clínicos limitados. • Hoje cerca de 30% dos pacientes hospitalizados fazem uso da antibioticoterapia. IMPORTÂNCIA DOS ANTIBIÓTICOS ✓ Fármacos curativos em alguns contextos como por exemplo infecções sistêmicas ✓ Importância ainda maior nos países em desenvolvimento (ainda existe doenças infecciosas devido o fato da ausência de outras medidas como a prevenção) ✓ Muito receitados (30% de todos os pacientes hospitalizados) ✓ Usados de modo incorreto→ aparecimento de patógenos resistentes→ necessidade de novos fármacos→ aumento dos custos da assistência médica Exemplo → Eclisiela pulmonar (bactéria super resistente) ANTIBIÓTICO → FINALIDADE ✓ Inibir / matar os microrganismos infecciosos e ter efeitos mínimos ou nenhum efeito sobre o receptor ✓ Tal tipo de tratamento mais amplo é denominado quimioterapia CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS - Ação biológica (bactericida ou bacteriostático) - Espectro de ação ou seja qual microrganismo que ele vai matar ou reduzir a multiplicação (se mata microrganismos gram + ou gram - ) - Mecanismo de ação (se atua na parede celular ou produção de proteína) AÇÃO BIOLÓGICA BACTERICIDA - MATA A POPULAÇÕES DA BACTÉRIA - NA GRANDE MAIORIA SEU MECANISMO DE AÇÃO ATUA DESTRUINDO MEMBRANA PLASMÁTICA OU PAREDE CELULAR BACTERIOSTÁTICO - CONTROLA A QUANTIDADE DE BACTÉRIA NO LOCAL LOGO ELA NÃO CONSEGUE SE MULTIPLICAR SEU MECANISMO DE AÇÃO ATUA NO MATERIAL GENÉTICO, SOBRE OS RIBOSSOMOS, RNA MSG MAS DE TODA FORMA OS ANTIBIÓTICOS BACTERIOSTÁTICO GERALMENTE ATUA NA MULTIPLICAÇÃO BACTERIANA NO MOMENTO QUE ELA TA SINTETIZANDO, REPLICANDO DNA,TRANSCREVENDO DNA, TENTANDO PRODUZIR PROTEÍNAS E ORGANELAS DA BACTÉRIA FILHA. TIPO DE AÇÃO BIOLÓGICA ESPECTRO DE AÇÃO Antifúngicos Antibiótico Escolha do antibiótico relacionado ao caso clínico e o tipo de bactéria envolvida na grande maioria dos casos (antibiograma para identificar o tipo de microrganismos normalmente usado em pacientes de CTI e com resultado se usa o mais seletivo). Quando não se sabe o microrganismo se procura antibióticos com espectro maior Se uso um antibiótico de espectro muito antes pode matar a microbiota residente Exemplo para entender a imagem - Penicilina cobre bem pouco mais ainda cobre gram negativa/ gram positivas e pouco de clamídias Escolha de antibiótico de acordo com espectro ESPECTRO DE AÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS Pequeno espectro: atuam em um tipo ou um grupo limitado de microrganismos. Ex.: isoniazida é ativa somente contra micobactérias Espectro ampliado: eficazes contra Gram-positivos e contra um significativo número de bactérias Gram Negativos. Ex.: ampicilina (age contra Gram-positivos e alguns Gram-negativos). Amplo espectro: afetam ampla variedade de espécies microbianas. Ex.: cloranfenicol. Problema é a resistência bacteriana pois por exemplo estimula a resistência. Sempre que possível usar o pequeno espectro MECANISMO DE AÇÃO ✓ Inibição da síntese da parede celular: Ou seja quando a bactéria está tentando sintetizar uma nova parede celular para dar origem a uma nova bactéria o antibiótico vai inibir esse processo. Como exemplo tem a penicilinas, cefalosporinas, vancomicina, bacitracina ✓Alteração da permeabilidade da membrana celular dessa forma altera o gradiente osmolar da bactéria: Como exemplo anfotericina B, nistatina, polimixina ✓ Inibição reversível (se usa por um período menor que o adequado a bactéria volta a se multiplicar) da síntese protéica , replicação e transcrição é feita porém o antibiotico nao deixa fazer a tradução isto é produzir as proteínas: ATB bacteriostáticos: tetraciclinas, cloranfenicol, macrolídeos, clindamicina ✓ Alteração da síntese de proteínas levando à morte celular - irreversível : aminoglicosídeos que são bactericidas ✓ Alteração de função e estrutura do DNA bacteriano atua na replicação do DNA : rifampicina (inibição da RNA-polimerase), quinolonas (inibição das topoisomerases) ✓ Antimetabólitos: trimetoprima e sulfonamidas (bloqueiam enzimas essenciais no metabolismo do folato) Explicação esquema - Atua sobre diferentes formas sobre síntese da parede celular, de ácido nucleico e por fim sobre a síntese de proteínas PAREDE CELULAR A função é reforçar a membrana citoplasmática bacteriana e tem por função: • Proteger; • Sustentar arquitetura da bactéria • dar forma à célula; • Participar da reprodução (divisão binária) - Muitos são bacteriostático pois a parede celular participa como a penicilina A toxicidade seletiva dos antibióticos que inibem a síntese da parede celular é grande pois ela não é encontrada em células de mamíferos.Ou seja não causa problema para nós pois nossas células não possuem parede celular logo o mecanismo de ação desses não nos atinge ESTRUTURA BACTERIANA • Parede celular de Bactéria Gram Positiva - As que corar pelo Gram Peptidoglicano = Proteínas ou seja aminoácidos + açúcar • Parede celular de Bactéria Gram Negativa - Parede celular mais complexa LPS = LIPOPOLISSACARÍDEO (Não vai corar pelo gram) Canais de porina = troca do meio externo Antibióticos que atuam na parede bacterianalogo como se diferem entre si logo essa toxicidade do antibiótico se difere de acordo com a complexidade da parede ANTIBIÓTICOS QUE ATUAM NA PAREDE CELULAR • Penicilinas e as cefalosporinas atuam na divisão celular das bactérias; • Não destroem a parede celular já existente, apenas bloqueiam uma nova síntese . • Mais eficazes nas infecções agudas do que crônicas (logo quanto antes usar o antibiótico melhor sem esperar a quantidade de microrganismos aumentar), quando a reprodução bacteriana é baixa; • A morte ocorre por rompimento da parede celular, alterando o gradiente osmolar resultando na entrada de líquido do meio externo por osmose; • Em bacilos gram-negativos, a diferença osmótica com o meio externo é menos acentuada e a bactéria pode não morrer, quando esses ATBs (antibióticos) são empregados por um período de tempo relativamente curto.O gradiente osmolar é maior logo tem uma concentração menor de proteínas se comparada a gram +, logo o gradiente é menor, entra menos líquidos e ela pode não morrer, inclusive se tornar resistente ANTIBIÓTICO QUE ATUAM NA SÍNTESE DE PROTEÍNAS Processo de síntese chamado de tradução Um RNAm, um dentro do ribossomo e um transportador. Dessa forma a proteína é produzida a partir do molde do RNAm (traduzido a partir dos códons), encaixar uma sequência de aminoácidos e de acordo com a sequência é produzindo a proteína ATBs podem atuar de 2 formas para impedir a síntese → • Interferência na tradução da informação genética (alteração da síntese proteica) por meio da decodificação com o RNAt Ex: tetraciclinas, as lincosamidas, os macrolídeos e os azalídeos - FOCO NA ODONTO • Formação de proteínas defeituosas ou seja permite que a tradução ocorra mas altera a sequência de aminoácidos produzindo uma sequência defeituosa Ex: Aminoglicosídeos (gentamicina, neomicina, canamicina, amicacina, etc.), praticamente não são empregados na clínica odontológica. TETRACICLINAS : (Doxiciclina - mais prescrita e Minociclina) Amplo espectro MECANISMO DE AÇÃO • Inibem a síntese proteica ligando-se à subunidade 30S (próprias das bactérias) ou 40S (próprias das células dos mamíferos) do ribossomo - Ação bacteriostática . • A falta de especificidade explica, pelo menos em parte, as reações adversas desse grupo de antimicrobianos Na imagem = As duas subunidades do ribossomo (uma maior e outra menor) com sítio A e P, o RNAm e o RNAt. A medida que ocorre a decodificação por meio do RNAt se tem a inclusão de um novo aminoácido. A tetraciclina atua sobre a subunidade menor 30s inibindo o processo de tradução, ao atuar sobre essa subunidade A subunidade 30s é encontrada nos procariotos já os mamíferos possuem a 40S contudo a tetraciclina atua nas duas, dessa forma diferente da penicilina que atua na parede a qual não temos essa tetraciclina atua na 40s atuando no ribossomo das minhas células podendo levar a reações adversas devido falta de seletividade OUTROS ANTIBIÓTICOS QUE ATUAM NA SÍNTESE DE PROTEÍNAS • Lincosaminas (clindamicina e lincomicina) • Macrolídeos (eritromicina, espiramicina, claritromicina e roxitromicina) • Azalídeos (azitromicina) Atuam de maneira parecida MECANISMO DE AÇÃO • Inibem a síntese protéica fixando-se à subunidade 50S (próprias das bactérias) – bacteriostáticos . • Como as subunidades 50S são encontradas somente em bactérias, eles apresentam toxicidade seletiva maior e menor número de reações adversas em relação às tetraciclinas LINCOSAMINAS, MACROLIDEOS E AZALÍDEOS Na imagem subunidade menor 30s da bactéria (alvo da tetraciclina), contudo alvo delas é a subunidade maior 50s Esses antibióticos atuam no sítio de transferência (Quando o RNAt, vai transferir o aminoácido para a sequência). Ou seja esses antibióticos impedem essa transferência que ocorre na subunidade 50S. TODAS ATUAM NA SÍNTESE DE PROTEÍNA MAS AS TETRACICLINAS SÃO SELETIVAS ATUANDO NA SUBUNIDADE 30S DA BACTÉRIA E NA 40S DOS MAMÍFEROS CAUSANDO MAIS EFEITO ADVERSO JÁ AS OUTRAS NA SUBUNIDADE 50S ANTIBIÓTICOS QUE ATUAM NA SÍNTESE DOS ÁCIDOS NUCLEICOS METRONIDAZOL - INTERESSE DA ODONTO Desse grupo, apenas o metronidazol é utilizado na clínica odontológica: MECANISMO DE AÇÃO • Penetra facilmente nas células bacterianas aeróbias e anaeróbias. Nas bactérias anaeróbias, entretanto, há um maior acúmulo intracelular dessa substância e de seus derivados; Têm grande facilidade de chegar no foco Bem absorvido Prefere a anaeróbia (tem menos oxigênio dentro dela para metabolismo) • O grupamento nitro do metronidazol é reduzido, levando à formação de radicais tóxicos que interrompem a síntese de DNA da célula bacteriana, o que lhe confere uma ação bactericida . Gera metabólito tóxico para controlar replicação da bactéria Ele prefere bactérias anaeróbias pois o metronidazol precisa ser reduzido e o oxigênio é um agente oxidante As células anaeróbias é mais fácil reduzir o grupamento nitro do metronidazol Quando esse grupamento é reduzido, esse metabólito (metronidazol passou por uma transformação química) vai ter a capacidade de interferir na replicação do DNA uma vez que esse leva a fragmentação específica do DNA Processo de redução ocorre → metabólito ativo → Capacidade de interagir com DNA levando sua fragmentação RESUMO MEDICAMENTO AÇÃO BIOLÓGICA MECANISMO DE AÇÃO Penicilinas e às cefalosporinas Bactericida Atua na parede celular - Bloqueia a síntese de uma nova parede celular Tetraciclinas (Doxiciclina - mais prescrita e Minociclina) Bacteriostática Atuam na síntese proteica - Inibem a síntese proteica ligando-se à subunidade 30S (próprias das bactérias) ou 40S (próprias das células dos mamíferos) do ribossomo Lincosaminas (clindamicina e lincomicina) • Macrolídeos (eritromicina, espiramicina, claritromicina e roxitromicina) • Azalídeos (azitromicina) Bacteriostáticos Atuam na síntese protéica - Inibem a síntese protéica fixando-se à subunidade 50S (próprias das bactérias) Como as subunidades 50S são encontradas somente em bactérias, eles apresentam toxicidadeseletiva maior e menor número de reações adversas em relação às tetraciclinas MECANISMO DE AÇÃO E OUTRAS CLASSIFICAÇÕES CLASSIFICAR POR ESTRUTURA QUÍMICA - Estruturas químicas parecidas ✓Sulfonamidas e drogas relacionadas: sulfametoxazol, dapsona (DDS, sulfona) ✓Quinolonas: norfloxacino, ciprofloxacino ✓Antibióticos β-lactâmicos: penicilinas, cefalosporinas, carbapenemas, monobactâmicos ✓Tetraciclinas: doxiciclina ✓Derivados do nitrobenzeno: cloranfenicol ✓ Aminoglicosídeos: gentamicina, neomicina ✓ Macrolídeos: eritromicina, roxitromicina, azitromicina ✓ Polipeptídicos: polimixina B, bacitracina ✓ Glicopeptídeos: vancomicina, teicoplanina ✓ Poliênicos: anfotericina B, nistatina Classificados pela dependência da sua concentração no local da infecção ou no tempo de tratamento (FARMACOCINÉTICA). - OUTRA FORMA DE FALAR DE MECANISMO Pensar no local e tempo para escolher o antibiótico Ele pode ser classificado como : • Concentração-dependente - eficácia afetada pela concentração do mesmo na corrente • Tempo-dependente - Afetado pelo tempo em que está presente na circulação ao longo de dias para que chega no tecido é necessário sustentar uma certa concentração no tecido para que o mesmo possa atuar Do ponto de vista clínico, essa classificação é bastante esclarecedora, pois ajuda o prescritor a entender melhor as razões pelas quais um tratamento é bem-sucedido ou não. CONCEITO CIM = concentração inibitória mínima → concentração minimamente necessária para inibir o crescimento de um microrganismo em um teste laboratorial in vitro.O efeito do antibiótico sobre o microrganismo. Começa a ser usada em um contexto em Vitro ATB só terá efeito se atingir a CIM no local onde as bactérias sensíveis se encontram Metronidazol é utilizado na clínica odontológica Bactericida Atuam na síntese de ácido nucleico - O grupamento nitro do metronidazol é reduzido, levando à formação de radicais tóxicos que interrompem a síntese de DNA da célula bacteriana Explicação da imagem - A clorina por exemplo impede a proliferação de estafilococos, já o fenilfenol impede a divisão mas não é tão potente quanto a clorina. O hexaclorofeno atua bem no estafilococos contudo não inibe a proliferação de escherichia coli O CIM é um padrão bom para determinar o quanto um antibiótico tem capacidade de inibir a proliferação de um determinado microrganismo. Dessa forma cada antibiótico possui uma CIM in vitro para um microrganismo diferente. Ex = O hexaclorofeno CIM maior para bactérias gram positivas como a estafilococus e praticamente não atua em gram negativos CADA ANTIBIÓTICO TEM SEU VALOR DE CIM PARA DIFERENTES TIPOS DE MICRORGANISMOS NORMALMENTE ESSE VALOR É ESTABELECIDO IN VITRO. CONTUDO VALE LEMBRAR QUE AO DAR ANTIBIÓTICO AO PACIENTE O MESMO TEM QUE CHEGAR NO TECIDO NECROSADO LOGO SÓ FAZ EFEITO SE ATINGIR O LOCAL ONDE AS BACTÉRIAS SE ENCONTRAM CBM = concentração mínima capaz de eliminar culturas já existentes CIM não informa sobre tempo de permanência do ATB em vivo e o valor da concentração que chega no Assim, dados sobre a sensibilidade in vitro da bactéria e as possíveis concentrações sanguíneas dos ATBs precisam ser relacionados para poder estabelecer a posologia (T > CIM) = tempo que a concentração do antibiótico no sangue permanece acima da CIM (Cmáx /CIM) = Razão entre a concentração máxima atingida pelo antibiótico no sangue e a CIM. Estabelece a razão da quantidade de antibiótico a ser administrada (ASC0-24/CIM) = razão entre a total disponibilidade do antibiótico durante 24 h no sangue (área sob a curva ou seja tudo que ta biodisponível) e a CIM → resultando na quantidade de antibiótico presente no organismo ao longo do dia Usa CMI de referência para concentração plasmática do antibiótico e aí tem que fazer com que a concentração no plasma e tentar sustentar a mesma acima da CIM in vitro. Tenta se fazer isso durante o período de tempo, pois não adianta chegar na concentração, a mesma deve ser mantida para atingir o maior número de microrganismos possível IMPORTANTE SABER QUE EXISTEM OUTRAS CLASSIFICAÇÕES TAMBÉM USADAS ALÉM DESSAS ESSES ÍNDICES AJUDAM A NORTEAR O TRATAMENTO A conta é feita pois existem antibióticos dependente da concentração ou dependentes do tempo esses depois que se aumenta a concentração acima do CIM, pode aumentar a concentração que não faz diferença e sim o tempo que está presente no local da infecção AÇÃO BIOLÓGICA ESPECTRO DE AÇÃO MECANISMO DE AÇÃO ESTRUTURA QUÍMICA Bacteriostática Bactericida Gram * Gram - Micobactéria Síntese proteica Parede celular Síntese de ácidos nucleicos ✓Sulfonamidas ✓Quinolonas ✓β-lactâmicos ✓Tetraciclinas ✓Derivados do nitrobenzeno ✓ Aminoglicosídeos: ✓ Macrolídeos ✓ Polipeptídicos ✓ Glicopeptídeos: ✓ Poliênicos Vários antibióticos apresentam um efeito pós-antibiótico (EPA). O EPA é a atividade antimicrobiana persistente mesmo após a remoção do fármaco. Na clínica odontológica = Uma única dose pode muitas vezes ser adequada para permitir uma concentração acima da CIM por um tempo suficientemente longo pois a maioria dos antibióticos prescrito por esses profissionais são tempo-dependente. Então se dá uma dose única a qual é 4 vezes maior do que a CIM como por exemplo a azitromicina (tempo-dependente) uma única dose vai fazer efeito durante vários dias Penicilina se toma muitos dias pois seu efeito é prolongado para as bactérias gram + mas não para o gram - logo é necessário usar por vários dias para se atingir o efeito desejado para ter certeza que as gram - uma vez que além disso elas sofrem menos o efeito das penicilinas devido menor diferença osmolar RESISTÊNCIA BACTERIANA • A [ ] ideal que afeta a maioria absoluta das bactérias bucais é muito pequena, e o dentista vai prescrever doses menores qua clínica médica contudo as doses usuais dos ATBs atingem [ ] centenas de vezes maior que a CIM no sangue e nos tecidos. • ATB atua nas bactérias patogênicas sensíveis que se desejacombater, mas também contra as inócuas, comensais causando desequilíbrios nos ecossistemas e microbiomas bacterianos; - logo interessante para controlar a infecção contudo não para microbiota residente • A eliminação das bactérias sensíveis pode criar melhores condições para a proliferação das mais resistentes. Mata as sensíveis a as resistentes como não tem mais concorrência vão se proliferar devido maior oferta de nutrientes IMAGEM = Paciente com abscesso na cavidade oral, toma antibiótico que atuou sobre os microrganismos que estava colonizando o abcesso. Contudo o antibiótico se espalhou indo até a microbiota intestinal atuando sobre as cepas sensíveis nesse local, logo ao sofrer o efeito do antibiótico morreu, contudo nesse local tinha uma pequena cepa resistente e para ela sobrou nutriente e a mesma começa se proliferar, podendo causar doença e pode não ter antibiótico mais para tratar essa cepa resistente. • A resistência bacteriana refere-se a ausência de resposta do microrganismo a determinado antibiótico. • Ocorre quando a bactéria sobrevive a concentrações superiores (ou muito superiores) àquelas atingidas nos tecidos ou no sangue. A RESISTÊNCIA DA BACTÉRIA PODE SER : ❏ RESISTÊNCIA NATURAL Alguns microrganismos sempre apresentam resistência a determinados antibióticos, por não possuírem sítios alvos ou metabolismo não é afetado pelos fármacos. → Constituída em geral por uma característica de grupo ou de espécie ✓ Resistência dos bacilos gram-negativos em sua grande maioria à penicilina G (atua nos gram + especificamente) ✓ Resistência do M. tuberculosis às tetraciclinas naturalmente e ainda por cima as tetraciclina tem um espectro de ação mais amplo NÃO CONSTITUI UM PROBLEMA UMA VEZ QUE EXISTEM VÁRIAS CLASSES DE ANTIBIÓTICOS E DESSA FORMA ESSA RESISTÊNCIA PODE SER COBERTA POR OU TIPO DE ANTIBIÓTICO RESISTÊNCIA ADQUIRIDA Desenvolvimento de resistência por um microorganismo (anteriormente esse micro era sensível), devido ao uso de um ATB durante certo período de tempo gerou uma pressão de seleção nesse microrganismo . Pode se dar através de: ✓Mutação - DNA da bactéria pode ter sido alterado e com isso ela pode ter conseguido produzir por exemplo uma proteína que inativa o antibiótico ✓Transferência gênica - As bactérias trocam material genético por exemplo a bactéria anteriormente sensível encontra com uma que mutou e essa vai passar parte do DNA de resistente para a sensível CONSTITUI UM PROBLEMA POIS A RESISTÊNCIA É MUITO RÁPIDA E NAO ESTA SENDO POSSÍVEL CONFECCIONAR FÁRMACOS PARA SUPRIMIR ESSAS RESISTENTES RESISTENCIA CRUZADA Aquisição de resistência a determinado antibiótico que a bactéria ainda não foi exposta através da semelhança com um outro antibiótico que já foi exposto. Ex = Bactéria exposta a penicilina e não a cefalosporina quando for tratar com a segunda ela já se encontra resistente devido a semelhança desses dois antibióticos uma vez que ambos são betalactâmicos. → Comumente observada entre fármacos com fórmula química semelhante ou com o mesmo mecanismo de ação. ✓Tetraciclinas - ocorre muito com essas ✓É parcial nos aminoglicosídeos - contudo não são de grande interesse para a clínica odontológica Antibiótic� � � Odontologi� INTRODUÇÃO Muitos procedimentos odontológicos causam bacteremia (penetração de agentes infecciosos no local ou na circulação sanguínea gerando um processo infeccioso), que geralmente é tratada rapidamente pelo sistema imune então geralmente ele dá conta Logo na clínica é um tratamento complementar uma vez que existem outras formas de atuar mecanicamente sobre processos infecciosos reduzindo a quantidade de microrganismos ANTIBIÓTICOS DE USO ODONTOLÓGICO • Betalactâmicos - classe mais importante - Atuam ao impedir a síntese da parede celular das bactérias - Penicilinas - Cefalosporinas - Clavulanato de potássio - Não é considerado contudo pode ser prescrito junto a um betalactâmico pois é inibidor da betalactamase - Carbapenêmicos • Macrolídeos (eritromicina, claritromicina, azitromicina) • Clindamicina (da família da licosamina) • Tetraciclinas (doxiciclina) • Metronidazol • Quinolonas (ciprofloxacina) BETALACTÂMICOS • São assim chamados por apresentarem um anel beta-lactâmico na estrutura química. Atuam inibindo a síntese da parede celular das bactérias Todas as sub espécies possuem esse menos anel ESQUEMA - Mostra os antibióticos que possuem como mecanismo de ação a inibição da síntese da parede celular. Desses inibidores têm como classe os betalactâmicos e outros que atuam. Os da esquerda tem em comum o anel e ainda são subdivididos nessas quatro classes sendo que o mais importante são as PENICILINAS e às CEFALOSPORINAS. AS PENICILINAS ESTRUTURA QUÍMICA Onde se tem R são as variações nos grupos funcionais que vão tornar essa penicilinas diferentes como a G, Amoxicilina São compostos naturais ou semissintéticos que têm em comum, como núcleo molecular, o ácido 6-aminopenicilânico. Todas as penicilinas são bactericidas e podem ser de origem natural ou semissintética Nessa imagem - Betalactâmicos → Comum o anel → Penicilinas que se diferem devido a cadeia lateral → Classificada de acordo com a geração PRIMEIRA GERAÇÃO - Uso mais restrito para gram +, Ex de penicilina de primeira benzetacil e a penicilina V (uso por via oral logo é prescrita também pelo cirurgião dentista) PENICILINAS ANTIESTAFILOCÓCICAS - Nenhuma do interesse da odonto PENICILINAS DE AMPLO ESPECTRO - São consideradas de amplo espectro exatamente devido essas duas, ou seja ampicilina e amoxicilina PENICILINAS ANTIPSEUDOMONAS - Melhora do uso para gram negativas, não interessa para odonto - Penicilina G dado por via intramuscular pois é sensível a ácidos logo o pH estomacal a destruiria. Contudo algumas bactérias gram + resistentes produzir a beta lactamase para destruir essa penicilina - Resistência adquirida - Ampicilina é ácido estável ou seja nao sera degrada para pH estomacal. Se compara a proteína G é mais ativa contra gram negativas- Amoxicilina - Melhor absorvida e tem melhor biodisponibilidade. Atua de forma parecida que a ampicilina MECANISMO DE AÇÃO DAS PENICILINAS • São bactericidas em sua grande maioria ; • Inibem as enzimas essenciais na síntese da parede celular das bactérias; • As penicilinas ligam-se às proteínas ligadoras de penicilina (PLP) presentes na parede celular, a penicilina ocupa o lugar do peptideoglicano, impedindo que a sequência de formação da parede celular continue provocando lise das bactérias. • As penicilinas e cefalosporinas só podem ser bactericidas quando ocorre síntese ativa de peptideoglicanos ou seja apenas as bactérias que estão entrando em divisão binária serão afetadas isto é sintetizando peptideoglicanos . E as células inativas não são afetadas. As betalactamases impedem a ação dessa penicilinas e das cefalosporinas MECANISMOS DE RESISTÊNCIA BACTERIANA ÀS PENICILINAS ▪ Produção de Beta-lactamases, que vão clivar o anel beta lactâmico (ausência desse anel impede a ligação da penicilina na parede celular logo não consegue realizar sua ação) As bactérias produzem mais de 50 tipos diferentes de Beta-lactamases. ÁCIDO CLAVULÂNICO (MAIS USADO NA CLÍNICA) , SULBACTAM: INIBIDORES DAS BETA-LACTAMASES DAS BACTÉRIAS (Forma de proteger a penicilina contra bactérias que possuem esse mecanismo de resistência) ▪ Redução na permeabilidade a membrana externa principalmente as bactérias Gram-negativas (tem estrutura das paredes mais complexa) podem dificultar a penetração do fármaco para os locais alvo, tornando a membrana mais impermeável a fármacos hidrofílicos. Mesmo com os avanços das gerações de penicilina essas bactérias desenvolveram resistência ▪ Ocorrência de locais de ligação à penicilina modificados. Ou seja a estrutura em que a penicilina se liga, a estrutura proteica está mudando o que impede que o grupo funcional das penicilinas consiga interagir com o grupo funcional da parede celular impedindo as ligações e consequentemente o efeito das penicilinas. FARMACOCINÉTICA DAS PENICILINAS ▪ Absorção oral: dicloxacilina, ampicilina e amoxicilina estáveis em meio ácido; ▪ Ampla distribuição corporal; ▪ Amoxicilina: única, por via oral, que não é afetada por alimentos ▪ Demais devem ser administradas 1 a 2 h antes ou após refeições; ▪ T1/2 (tempo de meia vida) variável entre as penicilinas: ½ a 1½ hora, normalmente; insuficiência renal até 10 horas pois o indivíduo não elimina o fármaco e esse fica mais tempo na circulação; ▪ Ligação variável às proteínas plasmáticas; ▪ Maioria sofre excreção renal do fármaco ativo. EFEITOS ADVERSOS PENICILINAS • Mais comuns: tontura, dor abdominal, náuseas, vômito e diarreia; • Segundo o MS, as reações alérgicas à penicilina ocorrem com prevalência estimada de 2% por tratamento ou seja são raras e normalmente ocorre no uso injetável • As reações mais graves com o uso injetável, sendo raras ou discretas quando usada por via oral. As reações ocorrem com maior frequência na faixa etária de 20-49 anos, sendo raras em crianças. PENICILINAS NATURAIS - Aquelas produzidas por fungos. • Penicilinas G - Penicilina G cristalina potássica ou sódica (I.V) - Penicilina G procaína (I.M intramuscular) - Penicilina G benzatina (I.M intramuscular) • Inativadas pelo suco gástrico, mal absorvidas pela via oral; • Utilizadas pelas via parenteral (intramuscular ou intravenosa), entretanto, essas vias aumentam as chances de reações alérgicas. • Tratamento de infecções das vias aéreas superiores e inferiores, pneumopatias e infecções de pele de moderada gravidade (p. ex. erisipela). Atualmente, o uso das penicilinas G procaína e benzatina na clínica odontológica é bastante restrito logo tem mais haver com cirurgia ortognática e de bucomaxilo. PENICILINAS SEMISSINTÉTICAS • Obtidas acrescentando-se precursores específicos ao meio onde crescem os fungos produtores das penicilina (precursores vão mudar a cadeia R) ou por modificações genéticas da cadeia lateral do ácido 6- aminopenicilânico. • penicilina V, • Ampicilina • Amoxicilina - análogo, sintético da ampicilina. • As duas últimas são de maior interesse clínico para a odontologia, pois podem ser administradas por via oral, já que não são inativadas pelo suco gástrico, . FENOXIMETILPENICILINA POTÁSSICA (PENICILINA V-PRIMEIRA GERAÇÃO) • Espectro reduzido, age muito bem contra os estreptococos gram-positivos , que em geral dão início aos processos infecciosos bucais. • comprimidos com 500 mil Unidades Internacionais (UI), equivalentes a 325 mg; • frasco com pó para solução oral, após reconstituição em água, irá conter 60 mL. Cada 5 mL a solução conterão 400.000 U, equivalentes a 250 mg de penicilina (DOSE MENOR POR JÁ PARTIR DA PREMISSA QUE PODE HAVER UM ERRO DO PACIENTE). • O intervalo entre as doses deve ser de 6h, no máximo. A BIODISPONIBILIDADE QUE ALCANÇA COM COMPRIMIDO É MENOR EM RELAÇÃO A SOLUÇÃO LOGO TOMAR UMA SOLUÇÃO EXATAMENTE EQUIVALENTE A UM COMPRIMIDO PROMOVE UMA REAÇÃO DIFERENTE DEVIDO ÀS DIFERENÇAS NAS FORMAS FARMACÊUTICAS AMPICILINA E AMOXICILINA • Discretamente menos ativas do que a penicilina V com relação aos cocos gram-positivos, mas, em compensação, seu espectro é estendido aos cocos e bacilos gram negativos; • Diferenças entre a ampicilina e a amoxicilina são farmacocinéticas . - Amoxicilina é mais bem absorvida por via oral - Cerca de 90% da dose usual de amoxicilina são absorvidos, mesmo na presença de alimentos no trato digestório. - Suas concentrações no soro e nos tecidos são quase 2 X maiores do que as da ampicilina, o que permite seu emprego em intervalos de 8h em vez de 6 h. INATIVADORES DAS BETALACTAMASES • Certas espécies bacterianas são produtoras de beta lactamases, enzimas com a propriedade de destruir o anel betalactâmico de algumas penicilinas e cefalosporinas, inativando-as. Embora essas bactérias estejam presentes na cavidade bucal, raramente são a causa da falha da terapia antibacteriana • Para combater essas bactérias, associa-se substâncias que inativam a ação enzimáticadas betalactamases • Fazem parte do grupo o sulbactam, e tazobactam e o clavulanato de potássio, este último de interesse para a odontologia. - CLAVULANATO DE POTÁSSIO • sal potássico do ácido clavulânico, substância produzida pela fermentação do Streptomyces clavuligerus , com fraca atividade antibacteriana. Sozinho ele não tem uma atividade antibacteriana efetiva entretanto, ele se une irreversivelmente às betalactamases, inativando-as e, por consequência, tornando as bactérias produtoras destas enzimas novamente sensíveis às penicilinas. CEFALOSPORINAS - TAMBÉM SÃO BETALACTÂMICOS Produzidas pelo fungo Cephalosporium acremonium. • Anel 7-amino cefalosporâmico. • Como as penicilinas podem ser responsáveis pelo aparecimento de bactérias multirresistentes. • São bactericidas, com espectro de ação um pouco mais aumentado em relação às penicilinas. São menos sensíveis à ação das betalactamases logo toleram melhor as lactamases mas ainda sim pode ser necessário o uso dos inibidores das beta lactamases. EFEITOS ADVERSOS DAS CEFALOSPORINAS • São nefrotóxicas se empregadas em altas doses e por tempo prolongado. • O uso prolongado das cefalosporinas de terceira geração também está associado ao aparecimento da colite pseudomembranosa (inflamação do colo levando a diarreia), quando a diarreia pode chegar a mais de 20 evacuações diárias devido alteração da microbiota do intestino → levando processo inflamatório CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALOSPORINA • De acordo com sua ordem cronológica de produção (primeira, segunda, terceira e quarta gerações); • Espectro de atividade contra bacilos gram negativos, que vai aumentando da primeira para a quarta geração . CARBAPENÊMICOS - TERCEIRO TIPO DE BETALACTÂMICOS • Último recurso para infecções bacterianas causadas pela Escherichia coli e pela Klebsiella pneumoniae; • Imipenem, Meropenem e Ertapenem-usado muito em hospitais (bactérias mais resistentes) • Sem indicação para uso odontológico GRUPO DOS MACROLÍDEOS • eritromicina , espiramicina e outros antibióticos quimicamente relacionados claritromicina e a roxitromicina , que têm em comum um anel lactônico de 15 átomos em sua estrutura molecular. • Espectro de ação similar ao das penicilinas. A produção de betalactamases não tem efeito sobre a atividade antibacteriana da azitromicina . Geralmente a azitromicina não sofre efeito das betalactamases logo os microrganismos resistentes a penicilinas já são sensíveis à azitromicina (subtipo de macrolídeo chamado → Azalideo) • Mecanismo de ação: Ligam-se à unidade 50s do ribossomo impedindo a síntese de proteínas das bactérias (nos mamíferos não temos logo eles não são tóxicos aos nossos ribossomos) • São bacteriostáticos (beta lactâmicos eram bactericidas) FARMACOCINÉTICA DOS MACROLÍDEOS • Ótima absorção e biodisponibilidade, quando administrados por via oral. • Distribuem-se para a maioria dos tecidos, com o pico de concentração plasmática sendo atingido 2-3 h após a tomada do medicamento. • São excretados através da urina e da bile. EFEITOS ADVERSOS DOS MACROLÍDEOS • Baixa toxicidade , pois as bactérias possuem ribossomos 70S, com subunidades 30S e 50S, enquanto as células dos mamíferos possuem ribossomos 80S, com subunidades 40S (TETRACICLINA ATUA CONTUDO NÃO É MACROLÍDEO) e 60S. • Eritromicina e Claritromicina são potentes inibidores irreversíveis de CYP450 (responsáveis pela metabolização dos fármacos pois alteram as estruturas dos mesmo, inativando os fármacos. Logo se ele é inibido os fármacos não estão sendo inativados). Dessa forma sua utilização em conjunto com outros fármacos que se utilizam do mesmo sistema metabólico, pode causar exacerbação do efeito desses últimos (EXEMPLO = Se um paciente faz o uso de um antidepressivo que é metabolizado pela mesma família de CYP50 e o dentista receitou um desses dois fármacos o antidepressivo fará mais efeito podendo se tornar tóxico) GRUPO LINCOSAMINAS REPRESENTANTE = CLINDAMICINA • Clindamicina (derivada quimicamente da Lincomicina) • lincomicina (substância-padrão do grupo, mas que não possui indicação para uso odontológico) Inibe a síntese de proteínas da bactéria FARMACOCINÉTICA DA CLINDAMICINA • bem absorvida por via oral; • atravessa facilmente as barreiras teciduais e penetra no interior dos macrófagos e leucócitos polimorfonucleares, alta concentração em abscessos → Devido essa capacidade atua muito bem no abscesso • biotransformada pelo fígado e excretada na bile (problema é que se há alteração na função hepática o paciente não consegue eliminar). A relação risco/benefício deve ser avaliada quando há alterações da função hepática e biliar; • É bacteriostática e seu espectro de ação é semelhante ao das penicilinas; • Adicional: atingem o Staphylococcus aureus e outras bactérias produtoras de penicilinases. Também atuam contra bacilos anaeróbios gram-negativos, como o Fusobacterium nucleatum Atua sobre a sintese de proteina EFEITOS ADVERSOS • Diarréia, que ocorre em ~ 10-15% dos indivíduos tratados, como consequência de sua ação direta na mucosa intestinal e na sua microbiota. • Colite pseudomembranosa, caracterizada por diarreia com sangue, provocada pelo Clostridium difficile, bactéria resistente à clindamicina e selecionada após tratamentos prolongados. GRUPO DAS TETRACICLINAS • interesse para a clínica odontológica, apenas a doxiciclina e a minociclina; • ótima absorção por via oral; • espectro mais amplo do que o das penicilinas e o dos macrolídeos ; • São bacteriostáticas REAÇÕES ADVERSAS DAS TETRACICLINAS • Distúrbios gastrintestinais, incluindo anorexia, náuseas, vômitos, diarreia, ulcerações da boca e irritação da região perianal (Devido seu grande espectro altera toda microbiota residente) • Devido a seu amplo espectro, podem provocar superinfecções por bactérias, fungos e leveduras. • precaução em pacientes com histórico de doença hepática ou renal, por serem hepatotóxicas e nefrotóxicas pois quando administradas em doses maciças e por tempo prolongado causam isso. • Durante a formação do dente e osso, ele se depositam sob a forma de um ortofosfatocomplexo nos ossos e dentes, durante o desenvolvimento, provocando como resultado manchas marrons e hipoplasia de esmalte dental. • Não podem ser administradas durante a gravidez e devem ser evitadas em crianças no estágio de desenvolvimento ósseo e dental. • Antiácidos à base de alumínio, cálcio ou magnésio, preparações contendo ferro ou sais de bismuto, além do leite e seus derivados , podem prejudicar ou até mesmo inibir a absorção das tetraciclinas. GRUPO DOS METRONIDAZOL • Altera a estrutura e a função do DNA (Atua na síntese de ácido nucleico, ele é reduzido, ele entra dentro da bactéria é reduzido e desta forma causar danos ao DNA) • Eficaz contra bactérias anaeróbias, especialmente as gram-negativas, passando a ser indicado no combate a essas espécies ; • Bem absorvido por via oral; • Após metabolização hepática, é eliminado pela via renal; • É bactericida ; • Seu espectro de ação atinge praticamente todos os bacilos anaeróbios gram-negativos (Combinar penicilina pode ser uma boa com objetivo de garantir uma boa cobertura) REAÇÕES ADVERSAS DOS METRONIDAZOL • Gosto metálico, dor estomacal, náuseas e vômitos; • Em largas doses e por tempo prolongado, pode provocar neuropatia periférica; • Pode potencializar o efeito dos anticoagulantes .(Entao nao pode ser prescrito para pacientes que usam anticoagulante ou deve ser necessário entrar em contato com médico pois pode ocorrer uma hemorragia) GRUPO DAS QUINOLONAS • Alteram a estrutura e a função do DNA; • indicadas para o tratamento de infecções do trato urinário e algumas afecções respiratórias, mais citados para uso odontológico são ciprofloxacina e levofloxacina; • indicação carece de suporte científico sobre sua eficácia no tratamento das infecções bacterianas bucais • estudos têm demonstrado resistência bacteriana à ciprofloxacina; • CIM para infecções odontogênicas da levofloxacina é muito alta;então no caso de infecções odontogênicas seria necessário doses mais alta o que pode ser perigoso RESUMO QUANDO PRESCREVER OS ANTIBIÓTICOS • TRATAMENTO DE INFECÇÕES; • PREVENÇÃO DE INFECÇÕES TRATAMENTOS DAS INFECÇÕES • Infecções bucais agudas têm evolução muito rápida e duração relativamente curta (2-7 dias), particularmente quando o foco da infecção é eliminado ou seja o dentista atua; - se torna crônica quando o indivíduo não procura o dentista • Algumas infecções bucais podem perdurar por mais tempo (dificuldade de acesso aos sítios infecciosos como dentes inclusos); • Uso de antibióticos é recomendado : Quando a descontaminação do local, por si só, não surte o efeito desejado, e há sinais e sintomas que indicam a disseminação da infecção. CLASSE DE MEDICAMENTOS REPRESENTANTES NA ODONTO AÇÃO BIOLOGIA MECANISMO DE AÇÃO Betalactâmicos Classe das penicilinas ● Penicilina V ● Ampicilina ● Amoxicilina - análogo, sintético da ampicilina Clavulanato de potássio atua como inativador de betalactamases Classe das cefalosporinas Classe dos carbapenêmicos Bactericidas Inibição da síntese da parede celular As penicilinas ligam-se às proteínas ligadoras de penicilina (PLP) presentes na parede celular, a penicilina ocupa o lugar do peptideoglicano, impedindo que a sequência de formação da parede celular continue provocando lise das bactérias Cefalosporinas só podem ser bactericidas quando ocorre síntese ativa de peptideoglicanos ou seja apenas as bactérias que estão entrando em divisão binária serão afetadas isto é sintetizando peptideoglicanos Macrolídeos Claritromicina Eritromicina Azitromicina Roxitromicina Bacteriostáticos Ligam-se à unidade 50s do ribossomo impedindo a síntese de proteínas das bactérias (nos mamíferos não temos logo eles não são tóxicos aos nossos ribossomos) Lincosaminas Clindamicina Bacteriostática Atua sobre a sintese de proteina Tetraciclinas Doxiciclina e a minociclina Bacteriostática Atua sobre a sintese de proteina Metronidazol Bactericida Atua na síntese de ácido nucleico, ele é reduzido, ele entra dentro da bactéria é reduzido e desta forma causar danos ao DNA Quinolonas Ciprofloxacina Alteram a estrutura e a função do DNA CONSIDERAÇÃO → TRATAMENTO DAS INFECÇÕES • Antigamente (uso ATB 5-10 dias continuos) → abolido pois seleciona bactérias resistentes e interfere no equilíbrio da microbiota bucal; Já foi demonstrado, em pacientes portadores de abscessos dento alveolares agudos , que: ❖ Penicilina V 250 mg, a cada 6h, por 5 dias (uso mais curto, 4 vezes ao dia) efeito = ❖ Amoxicilina 3 g, administradas com intervalo de 8 h (2 doses apenas) - Mais confortável e reduzir o risco de resistência • Abscessos periapicais localizados que : ❖ Penicilina após a drenagem do abscesso, mesmo tempo para a em relação ao placebo, ou grupo que não recebeu qualquer tratamento medicamentoso; Logo esses abscessos na grande maioria não é necessário dar nenhum antibiótico • Critério para se decidir sobre o uso de ATBS, como medida complementar à descontaminação local; É olhar presença ou não de sinais e sintomas de disseminação da infecção; • ATB apenas quando o paciente apresentar sinais como: ❖ edema pronunciado, ❖ limitação da abertura bucal, ❖ linfadenite (linfa se acumula, gerando edema e ao apertar sai de uma vez) ❖ febre, taquicardia, falta de apetite, disfagia ou mal-estar geral, indicativos de que as defesas imunológicas do hospedeiro não estão conseguindo, por si só, controlar a infecção. SELEÇÃO DO ANTIBIÓTICO • Não existe uma substância-padrão que sirva para todas as infecções e todos os pacientes; • Infecções de origem endodôntica ou periodontal a primeira escolha são as penicilinas pois esse tipo de infecção envolve principalmente bacilos gram +: ❖ fenoximetilpenicilina (penicilina V, atua melhor na gram +) ❖ Ampicilina (melhora o espectro contra gram - ) ❖ Amoxicilina (melhora o espectro contra gram -, contudo essa é melhor por não ter problema com os alimentos) Obs: ainda são bastante eficazes contra cocos aeróbios gram-positivos e a ampicilinae a amoxicilina contra bacilos anaeróbios gram-negativos BETALACTÂMICO GRUPO DAS PENICILINAS ★ AMOXICILINA • Preferida na clínica; • Melhor e maior absorção por via oral (mesmo na presença de alimentos) • Mantém níveis sanguíneos um pouco mais prolongados, que permitem aumentar o intervalo entre as doses (8-12 h, de acordo com a preparação) dependendo da preparação • É bastante empregada em associação com o METRONIDAZOL (associação para cobrir melhor a gram -) e mais raramente pois as penicilinas atuam sobre as gram + contudo na grande maioria dos casos as gram + da clínica são sensíveis a penicilina com o CLAVULANATO DE POTÁSSIO.(inibidor da betalactamase) AMPICILINA E A PENICILINA V • Espectro de ação e eficácia similares aos da amoxicilina; • Entretanto: Não são tão prescrita pois a meia-vida plasmática mais curta. ❖ Em sua prescrição, os intervalos entre as doses de manutenção devem ser de no máximo 6 h (4 tomadas no período de 24 h, dia e noite), o que diminui a adesão ao tratamento por parte do paciente PRIMEIRAMENTE REALIZAR EXODONTIA E SÓ APÓS SE PERCEBER SINAIS DE QUE O SISTEMA IMUNOLÓGICO NÃO DEU CONTRA RECEITAR PREFERENCIALMENTE AMOXICILINA COM METRONIDAZOL E SE NAO MELHORAR ASSOCIADA COM CLAVULANATO DE POTÁSSIO BETALACTÂMICO - GRUPO DAS CEFALOSPORINA • não é a primeira escolha no tratamento das infecções odontológicas; mesmo com espectro de ação biológica ligeiramente maior que das penicilinas contudo esse espectro não se refere às bactérias que vão colonizar a cavidade oral Não usada de primeira opção mas sim situações mais severas como cirurgias hospitalares ou mais invasivas • Reservadas para a profilaxia cirúrgica em cirurgias ortognáticas ou para o tratamento de infecções graves na região da cabeça e pescoço (em ambiente hospitalar); • profilaxia da endocardite bacteriana, como alternativa às penicilinas em pacientes alérgicos (que não apresentaram reações de hipersensibilidade do tipo imediata ou seja aqueles que levam um tempo) As cefalosporinas tem o anel betalactâmico logo elas também pode causar uma reação de hipersensibilidade então se a penicilina foi muito forte é melhor não usar as duas GRUPO METRONIDAZOL Ajuda a cobrir bem as gram - normalmente se associa a penicilina • Infecções bacterianas agudas como as pericoronarites, os abscessos periapicais e a gengivite ulcerativa necrosante , sendo geralmente associado às PENICILINAS ou se caso tenha uma hipersensibilidade a anterior é indicado usar ele com CEFALOSPORINAS; • Nas infecções periodontais crônica s, como complemento da raspagem e alisamento radicular, caso ela seja muito resistente ́interessante usar em associação à Amoxicilina devido mecanismos diferentes mostra um importante sinergismo contra o Aggregatibacter actinomycetemcomitans (Aa), a principal espécie associada às periodontites agressivas; Logo dois antibióticos atuando com mecanismos distintos • periodontite crônica para redução patógenos em pacientes que não respondem à instrumentação mecânica SINERGISMO = ASSOCIAÇÃO DE DROGAS QUE TEM MECANISMOS DIFERENTES E SEUS EFEITOS SÃO MUITO POTENCIALIZADOS (2+2=5) INIBIDOR DE BETALACTAMASES A amoxicilina ou ampicilina associada a um inibidor de betalactamases (clavulanato de potássio, sulbactam sódico, etc.) não deve ser uma prática comum em odontologia; Reservar seu uso para infecções que não respondem clinicamente ao tratamento com as penicilinas (isoladamente ou associadas ao metronidazol) CLASSE DE MACROLÍDEOS ERITROMICINA • Tem sido restrita para uso odontológico, devido a vários relatos de resistência bacteriana por parte de algumas cepas de estreptococos Bacteriostático CLARITROMICINA E A AZITROMICINA • Abscessos periapicais agudos , em pacientes com história de alergia às penicilinas(essas são padrão nesse caso) uma vez que a outra opção a cefalosporina é mais profilática • Atingem concentrações teciduais elevadas e duradouras, permitindo uma posologia com maiores intervalos entre as doses. • Associadas a uma menor incidência de efeitos adversos gastrintestinais, outro inconveniente da eritromicina; ★ AZITROMICINA (AZALIDIO) Mais usada na substituição da amoxicilina Mais segura, com menos resistência bacteriana • Reações adversas → Mais comumente usada em pacientes jovens pois 5d de terapia podem causar arritmias cardíacas (com risco de morte) portadores de distúrbios cardiovasculares,; • Troca de informações com o cardiologista é imprescindível antes de prescrever azitromicina a um paciente com história de doença cardiovascular INDICAÇÃO - Paciente alérgico a penicilina e não com problemas cardíacos descontrolado CLASSE DAS LINCOSAMINA ★ CLINDAMICINA • Infecções mais avançadas, na clínica odontológica • Profilaxia da endocardite bacteriana, primeira alternativa de escolha aos alérgicos às penicilinas que tem resposta imediata • Obs: Uso restrito pois seu uso indiscriminado, em odontologia, só irá contribuir para a seleção de bactérias resistentes. Normalmente é empregada de forma isolada, sem necessidade de associação com o metronidazol CLASSE DAS TETRACICLINA • Tratamento das periodontites agressivas ou crônicas, , como alternativa aos pacientes alérgicos às penicilinas ou que apresentam efeitos adversos ao metronidazol; INFECÇÃO QUE JÁ EXISTE • Doxiciclina é a mais empregada na clínica odontológica ALÉRGICO A PENICILINA → USA A TETRACICLINA E O METRONIDAZOL MAS SE TEM PROBLEMA NA COAGULAÇÃO SE USA A PENICILINA + TETRACICLINA Contudo uso é questionável devido os efeitos adversos (espectro de ação muito alto, seleção de microrganismos resistentes mas morte da microbiota residente) AMOXICILINA → METRONIDAZOL → AZITROMICINA = MAIORIA DOS DENTISTAS PRESCREVEM DOSAGEM E INTERVALO ENTRE AS DOSES • A maioria das infecções bucais agudas tem início muito rápido, por isso, recomenda-se iniciar o tratamento com uma dose de ataque (DOBRO DA DOSE DE MANUTENÇÃO), no mínimo o dobro das doses de manutenção; • As doses e os intervalos entre as doses devem ser estabelecidos em função da gravidade da infecção e das condições gerais dohospedeiro (QUANTO MAIOR A DOSE E MENOR O INTERVALO MAIOR A GRAVIDADE E CONDIÇÃO DO PACIENTE) • A natureza e a virulência (capacidade de agredir) da infecção, as fases de crescimento microbiano , os fatores locais (pH, tamanho do inóculo, suprimento sanguíneo), a farmacocinética do antimicrobiano e a resistência do hospedeiro podem afetar significativamente a eficácia dos antibióticos. Assim, o verdadeiro e único critério para o sucesso do tratamento antimicrobiano é a remissão da infecção (acompanhando o desenvolvimento do paciente) • A concentração inibitória mínima (CIM) ou outros testes in vitro não devem ser solicitados como guias para a dosagem clínica de antibióticos, pois ainda não foi demonstrada uma correlação positiva entre os testes in vitro e o sucesso da resolução da infecção uma vez que as infecções na clínica tem uma evolução muito rápida e além disso por meio da extração mecânica muitas vezes é resolvido o problema. → por isso não se pede o antibiograma DOSE INICIAL DE 1-2g DE PENICILINA V OU AMOXICILINA (ATAQUE) SEGUIDA DE DOSES DE MANUTENÇÃO DE 500mg • Infecções severas, mas ainda possíveis de serem tratadas em nível ambulatorial, os intervalos entre as primeiras doses de manutenção podem ser reduzidos . No caso da penicilina V e da ampicilina, pode-se diminuir o intervalo entre as doses iniciais d e 6 para 4 . Já para a amoxicilina ou a clindamicina, a redução é feita de 8 para 6 DURAÇÃO DO TRATAMENTO • Infecções bacterianas bucais dificilmente reincidem , particularmente se a fonte da infecção for erradicada (descontaminação do local) por meios mecânicos, como a drenagem cirúrgica com auxílio de bisturi, a instrumentação endodôntica, a curetagem, etc. • Erradicar a fonte da infecção, a duração ideal da terapia antibiótica deve ser a menor possível , monitorando-se o quadro infeccioso diariamente, deve-se interromper a administração do antibiótico quando o exame clínico demonstrar a remissão dos sintomas da infecção DURAÇÃO: INFECÇÕES BACTERIANAS AGUDAS • Maioria dos casos, a instrumentação mecânica, combinada ou não à cirurgia, é suficiente para o controle de infecções • Tratamento complementar com ATBs: a duração do tratamento pode ser completada após um período de 3-5 dias; Obs: Empregando os antibióticos por tempo reduzido, o cirurgião-dentista estará contribuindo para diminuir a incidência de efeitos adversos, dificultando a seleção de bactérias resistentes e reduzindo o custo do tratamento DURAÇÃO: INFECÇÕES BACTERIANAS CRÔNICAS • Maioria dos casos, a instrumentação mecânica, combinada ou não à cirurgia, é suficiente para o controle de infecções que resultam primariamente da resposta inflamatória e imunológica ao acúmulo de placa dentária e cálculo (periodontites agressivas e a periodontite crônica) • Tratamento complementar com ATBs: apenas no caso de pacientes que continuam exibindo uma contínua perda de inserção periodontal, mesmo após a terapia mecânica convencional • 7-8 dias para o metronidazol (como monoterapia ou associado à amoxicilina) • 14-21 dias para doxiciclina FATORES QUE INTERFEREM NA TERAPIA ANTIBIÓTICA Alterações fisiológicas do paciente ● Gravidez ❖ Seguros: penicilinas, as cefalosporinas, estearato de eritromicina, a azitromicina e a clindamicina ❖ Contraindicados em qualquer período da gestação: tetraciclinas e o estolato de eritromicina ❖ Contraindicado apenas no 1o trimestre da gravidez: metronidazol ● Idade ❖ Crianças: dosagem semelhante à dos adultos, devendo ser ajustada pelo peso corporal; ❖ Idosos (alterações farmacocinéticas) redução da dose ou aumento do intervalo (penicilinas e cefalosporinas) devido dificuldade de eliminar os medicamentos e biotransformar os mesmos ● Alterações fisiológicas do paciente Disfunções hepáticas ❖ Interferem no metabolismo de alguns antibióticos. ❖ Doença hepática severa: doses devem ser reduzidas de metronidazol e de eritromicina Disfunções renais ❖ Podem limitar a excreção de muitos antibióticos ❖ Uso com precaução: penicilinas, a clindamicina e o metronidazol ❖ Uso após troca de informações com nefrologista: cefalosporinas ❖ Contraindicada: tetraciclinas CAUSAS DE INSUCESSOS DA ANTIBIOTICOTERAPIA • A razão mais comum de falha na antibioticoterapia, em odontologia, é atribuída à falta de erradicação da fonte da infecção. • Outros fatores também podem estar relacionados ao insucesso da terapia antibiótica: ❖ Escolha inapropriada do fármaco (os microrganismos não são suscetíveis por exemplo gram + resistente a penicilina). ❖ Falha no cálculo da dosagem (propiciando concentrações sanguíneas muito baixas). ❖ Antagonismo entre antibióticos (pode ocorrer quando se associa um bactericida a um bacteriostático). ❖ Emergência de microrganismos resistentes (superinfecções e seleção de bactérias resistentes). PREVENÇÃO DE INFECÇÕES • profilaxia antibiótica consiste no uso de antibióticos em pacientes que não apresentam evidências de infecção , com o intuito de prevenir a colonização de bactérias e suas complicações, no período pós-operatório • objetivo de prevenir infecções: ❖ na própria região operada (profilaxia cirúrgica); ou ❖ na prevenção de infecções à distância, em pacientes suscetíveis. PROFILAXIA CIRÚRGICA • Se as medidas de assepsia e antissepsia forem seguidas à risca, a profilaxia antibiótica parece não estar indicada nessas situações, a não ser que o sistema imune do paciente esteja comprometido ou haja história de doenças sistêmicas ou outras condições de risco. • ATB indicado: ❖ Em procedimentos cirúrgicos associados a altas taxas de infecção. ❖ Na implantação de material protético. PADRÃO = PENICILINA (AMOXICILINA) SE NÃO PUDER OU SEJA ALÉRGICO LEVE CEFALOSPORINA OU CLINDAMICINA SE A RESPOSTA FOR AGRESSIVA PROFILAXIA INFECÇÕES A DISTÂNCIA • Profilaxia infecções à distância é uma prática consensual em pacientes que apresentam certas condições de risco como : ❖ cardiopatias que podem predispor à endocardite infecciosa Outros candidatos potenciais ou seja é discutível à profilaxia antibiótica são:
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