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Evolução - O sentido da Biologia

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Evolução: O sentido da Biologia 
 
Teoria é um conjunto de conhecimentos sistematizados que se fundamentam 
em observações empíricas e em estudos racionais e que, ao formular leis e 
categorias gerais, possibilitam classificar, ordenar e interpretar os fatos e as 
realidades da natureza. A evolução, portanto, trata-se de um conjunto de ideias ou 
afirmações que explica um imenso grupo de fatos ou de fenômenos confirmado por 
observação ou experimentação. 
Na Biologia, a evolução não fala sobre a origem da vida especificamente, mas 
nos ajuda a entender como, a partir dela, um organismo simples pôde ser o precursor 
de todos os recentes – tão diversos, diferentes e complexos em relação a ele. Além 
disso, o processo evolutivo explica como organismos recentes continuam a se 
desenvolver, sendo selecionados pelo ambiente e gerando novas variações de si 
mesmo. 
Existem várias evidências que comprovam a teoria da evolução: 
 
• Anatomia comparada – Por meio da anatomia é possível verificar a presença de 
ancestrais em comum; 
• Fósseis – Vestígios que representam indivíduos passados; 
• Embriologia comparada; 
• Análise biomolecular. 
 
Formas de manifestação 
 Imagine uma população biológica vivendo em equilíbrio em um ambiente 
natural. Suponhamos que a sua frequência genética permaneça constante nele. Além 
disso, ela interage com outras populações, que também estão neste ambiente, de 
formas diversas: Harmônica ou desarmônica, em cooperação mútua ou competição 
direta. Todos esses fatores podem levar à evolução. 
Agora pense que um descendente possa ter nascido com algum caractere 
diferente daquele considerado comum em seus parentes. Ele provavelmente origina-
se de processos de mutação genética ocorridos em células gaméticas de seus 
parentais. Se este caractere não influenciar seu modo de vida, a possibilidade de este 
indivíduo se reproduzir e transmiti-lo é razoável, o que começaria a gerar diferenças 
entre os indivíduos de uma população. 
Até o momento, verificou-se que as populações podem sofrer, ao longo do 
tempo, mudanças em sua composição de caracteres, mas sem alterar a condição 
específica da população. Ou seja, enquanto houver a possibilidade de reprodução 
entre os seres componentes dela, podemos considerar que todos são da mesma 
espécie. A princípio, ela não confere vantagem alguma para quem detém essa 
modificação – até o momento em que, infelizmente, uma catástrofe acontece na vida 
deles. A planície onde eles habitavam foi inundada, formando pequenas ilhas. 
Algumas apresentam uma abundância de alimentos; em outras, só havia escassez. 
Os únicos que poderiam passar pela planície alagada eram aqueles que 
apresentavam as tais modificações. 
 
• Microevolução – A mudança ocorre especificamente em uma população, em 
pequena escala, em curto espaço de tempo. 
• Macroevolução – Se refere a evolução acima do nível de espécie. 
 
Mecanismos 
 Todos os seres vivos apresentam um material genético; por conta disso, a 
variação genética é fundamental para o processo de evolução, e é nela que as forças 
seletivas atuam para que ela ocorra. Uma série de mecanismos irá proporcionar o 
evento evolutivo. 
 
• Descendência com mudança - A evolução só irá ocorrer quando houver uma 
mudança em frequência gênica dentro de uma população através do tempo. Estas 
diferenças genéticas são hereditárias e podem ser transmitidas para a próxima 
geração. É o que realmente importa na evolução: mudanças a longo prazo. Por 
isso, um dos seus mecanismos é o surgimento de descendentes com 
características diferentes em relação a seus pais. Isso significa que uma mutação 
nos genes está ocorrendo. 
• Mutação 
• Deriva gênica - São as alterações aleatórias na concentração de variações de 
caracteres de uma população em algumas gerações. 
• Migração – Novos indivíduos na população carregam genes diferentes que no 
futuro causará nova distribuição do pool genético. 
 
Seleção natural 
Charles Robert Darwin foi um naturalista e geólogo nascido em Londres no 
ano de 1809. Desde pequeno, se mostrava curioso por saber mais sobre a natureza 
que o cercava. Curiosidade esta que o fez embarcar em uma viagem ao redor do globo 
terrestre, visitando lugares considerados exóticos e podendo observar neles as 
evidências daquilo que ele já suspeitava: 
 
• Seres vivos podem transmitir caracteres a seus descendentes; 
• Caracteres podem ser selecionados pela natureza, gerando, assim, novos 
indivíduos com características muito díspares daquelas que existiam inicialmente 
em uma população. 
 
Charles Darwin percebeu que os indivíduos recentes se originavam de um 
ancestral em comum. Todos os seus achados foram publicados em seu livro mais 
famoso, A origem das espécies, publicado em 1859. Nele, o naturalista descreve um 
mecanismo ousado que revolucionou o pensamento biológico: a seleção natural. 
Durante seu percurso, Darwin começou a observar padrões intrigantes na 
distribuição e nas características dos seres vivos. Podemos verificar alguns dos 
padrões mais importantes na distribuição deles ao analisarmos as observações 
realizadas nas Ilhas Galápagos, no Equador. Ele descobriu que espécies similares – 
mas não idênticas – de tentilhões, pássaro de pequeno porte da família Fringillidae, 
habitavam os arquipélagos próximos a Galápagos. Darwin também percebeu que 
cada espécie de tentilhão estava bem adaptada para o seu ambiente e a sua função. 
Finalmente, o geólogo observou que os tentilhões (e outros animais) encontrados 
nas Ilhas Galápagos eram similares às espécies do vizinho continente do Equador, 
embora fossem diferentes daqueles encontrados no resto do mundo. Com isso, 
Darwin propôs que o padrão faria sentido se tais ilhas tivessem sido habitadas, muito 
tempo antes, por aves das terras continentais vizinhas. Em cada ilha, os tentilhões 
devem ter se adaptado gradualmente às condições locais por muitas gerações e 
longos períodos. Esse processo pode ter levado à formação de uma ou de várias 
espécies neste local. Como Darwin estudava Geologia e transitava pelos conceitos 
relativos às placas tectônica, havia, para ele, muita lógica nesses padrões de 
distribuição dos tentilhões. 
 
Fósseis 
Fósseis são restos de organismos ou a evidência de rastros e ações deles 
registrados em algum material que permaneceu ao longo do tempo. É considerada a 
evidência mais convincente da existência da evolução. Tais estruturas são originadas 
de tecidos vivos que se degradam no ambiente, embora acumulem parte de sua 
estrutura material (na maior parte das vezes, cristalizada), deixando um registro 
bastante fidedigno. 
Se observarmos os exemplares encontrados em escavações, veremos, nos 
estratos mais recentes, que eles frequentemente são muito semelhantes às espécies 
ainda vivas ou, em alguns casos, quase idênticos a elas. Quanto mais antigos os 
estratos de um fóssil, mais ele irá diferir dos seres atuais. Darwin concluiu, dessa 
forma, que isso pode ser esperado caso haja uma mudança gradual dos indivíduos 
fossilizados até os seus descendentes.

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