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Tipos de estudos -Metodologia de Pesquisa ESTUDOS EXPERIMENTAIS São estudos nos quais o investigador encontra-se numa situação, teoricamente sob o seu domínio e comando, investigando uma ou mais variáveis por ele manipulada Características: - Deve-se eliminar ao máximo interferências exteriores (de outros fatores); - Utiliza-se dois ou mais grupos semelhantes; - Tem a vantagem de que os resultados são menos modificados por variáveis de confusão - Grupo específico para aplicar a intervenção, pode ter acompanhamento pós intervenção. Tipos: 1. Ensaio clínico: Os sujeitos da pesquisa são aleatoriamente alocados nos grupos que sofrerão intervenção (casos) ou não (controle). Não confundir com o caso/controle do estudo observacional. O grupo de intervenção receberá uma ação preventiva secundária ou terapêutica enquanto que os indivíduos do grupo controle sofrerão uma prevenção primária ou nenhuma intervenção. O estudo possui 5 fases: Zero (estudos em cobaias); Fase l (avaliar a toxicidade das drogas); Fase II: avaliar a eficácia da droga; Fase III: grande número de sujeitos. Avalia a inocuidade (não causa dano) a curto e médio prazo; Fase IV: avalia a ocorrência de efeitos colaterais. Geralmente é realizada em trabalho de tese. 2. Ensaio Comunitário: São aleatoriamente alocados grupos de pessoas e não indivíduos para sofrerem intervenção (casos) ou não (controle). Não avalia indivíduo a individuo, mas sim o indicador em grupo daquela área. Exemplo: eficácia da educação em saúde em diferentes bairros de uma cidade; indicador de desempenho entre escolas do interior e capital. São utilizados para análise de medidas preventivas como educação e melhoria das condições sanitárias. ESTUDOS OBSERVACIONAIS São estudos em que o pesquisador não tem controle sobre o que está acontecendo. Ele apenas observa e colhe os dados observados ou faz anotações. Características: - Rapidez nos resultados; - Consome menos recurso financeiro e humano do que os estudos experimentais; - Sofre grande influencia externa (de outras variáveis) - Não determina os perfis participantes Tipos: 1. Transversal: Mede, descreve ou estuda uma ou mais variáveis de interesse em um determinado ponto do tempo ou curto período de tempo (de coleta). Características: Também chamados de estudos de prevalência ou descritivo; estudam a distribuição de um fator, doença ou características dentro de uma população. Utiliza-se uma amostra para representar a população de interesse; pode examinar relação entre variável independente e outra dependente. O contato com o paciente ocorre uma vez. São ricos em informações podendo ser tanto descritivo como analítico (fatores associados a um determinado desfecho – testes). Exemplo: Descrever, estudar, medir... 2. Estudos longitudinais: coorte e caso-controle Analisa um processo ou uma doença ao longo de um período de tempo, podendo ser prospectivos (acompanhar o grupo ao longo dos anos) ou retrospectivos (coleta dados dos grupos que sejam longitudinais. Ex: questionamento sobre a alimentação, sedentarismo ou outro fator em determinada fase da vida, como na adolescência). Características: No estudo retrospectivo tem a interferência da memória, tendo falha temporal da informação. Logo, servem como preliminar de um estudo prospectivo, pois não tem a mesma força e qualidade desse estudo. O contato com o paciente ocorre mais de uma vez, sem a realização de intervenção. Exemplo: Observação do grupo para verificar o desenvolvimento de determinadas doenças e prevalência, com o acompanhamento do paciente sem intervenção. Estudo de Coorte: Estudo prospectivo. É o principal exemplo de pesquisa longitudinal prospectiva. Neste tipo de estudo um grupo fixo e bem definido de indivíduos, que está ou será exposto (de modo natural) a um determinado fator, é seguido ao longo do tempo. Características: Os indivíduos são seguidos por um período de tempo com um monitoramento de variáveis de interesse e/ou das consequências decorridas da exposição a uma variável. São muito utilizados para estudar a história natural de uma doença ou de uma exposição a um fator. Não tem interesse em pesquisas com doenças raras. Estudo de Caso-Controle: É o exemplo de pesquisa longitudinal retrospectiva. Possui uma certa lógica temporal com o estudo de Coorte, porém, os indivíduos são definidos como casos (possuem determinada característica) e controles (sem a característica) e é investigado se houve exposição do indivíduo a determinado fator de interesse. Características: São ideais para investigar doenças raras (investigação de fatores anteriores); São baratos, rápidos e podem identificar mais de um fator de risco. A desvantagem é que as informações sobre eventos que já ocorreram podem ser incorretamente dados. Alguns epidemiologistas usam o estudo caso-controle como inicial de um estudo Coorte. 3. Estudos ecológicos Investiga grandes grupos de pessoas ou tosos os habitantes de uma determinada região ou país. Exemplo: região norte, sul, nordeste e comparação do mesmo. Características: As informações são geralmente extraídas de fontes secundárias; não gasta muito tempo nem dinheiro na coleta de dados. 4. Estudos Etnográficos Baseiam-se numa participação observativa do pesquisador que escolhe um grupo que deseja investigar e depois se junta ao grupo começando o estudo a partir daí. Muitas vezes passa a viver com a população estudada. Características: Pode-se identificar características mais sutis dos indivíduos ou grupos sob observação como por exemplo: apatia, boa vontade, sinceridade... aumentando a validade das informações escolhidas. A desvantagem é que o pesquisador pode acabar se envolvendo com as situações, deixando de ter uma observação objetiva e independente. Exemplo: 30 dias observando o comportamento de determinado grupo, como observar a lavagem das mãos de profissionais de saúde do bloco cirúrgico. O acompanhamento se dá para levantar o perfil e/ ou comportamento ao longo da pesquisa. 5. Pesquisas Qualitativas e pesquisas Exploratórias
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