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Epidemiologia - Amebiáse

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EPIDIMIOLOGIA
Gabriela Pereira da Silva
Nutrição - UFGD
Amebíase
Epidemiologia
Uma das principais causas de morte por protozoário no mundo, acometendo cerca de 10% da população mundial
África e Ásia – mais atingidos
Regiões frias e temperadas – ausente
Brasil – maior prevalência na região Amazônica
Assintomática em 90% dos casos
Condições precárias de higiene
Estado nutricional deficiente
Amebas
Protozoários com inúmeros habitats:
	°Vida livre: vários gêneros e espécies
	°Comensais: Entamoeba coli, E. díspar, E. hastmanni, E. gengicais, Endolimax nana, Iodamoeba bustchlii
	°Vida livre (não precisam do ser humano para completar seu ciclo de vida) – eventualmente parasitas: Acanthamoeba (encefalite amebiana e Ceratite), Naegleria (meningoencefalite amebiana).
Parasitas (considerada patogênica): Entamoeba histolytica (causa amebíase)
Entamoeba histolytica
Apresenta duas formas evolutivas: 
°Trofozoíto: mede 20 a 40 micrometros
	Polimórfico, ativo, alongado
	Pseudópodes
	Endoplasma (mais fluído)
	Pode conter eritrócitos, bactérias ou outros detritos no citoplasma
	Núcleo com aspectos de roda de carroça e cariossomo centras
°Cisto (garanti a sobrevivência fora do hospedeiro por muito tempo): encontrado em alimentos e água contaminados com fezes, são resistentes acidez gástrica e assume as formas difusores no intestino grosso – Pode resistir até 20 dias no ambiente.
	Mede de 8 a 20 micrometros
	Esféricos, parede cística (rígida)
	Corpo cromatóide me formato de charuto (agregado de ribossomos)
	Vacúolos de glicogênio glicose polimerizada = reserva de energia)
	Ausência de mitocôndria
	1 a 4 núcleos (p de roda de carroça)
transmissão
Via fecal-oral:
	Ingestão do cisto – forma de resistência
	Alimentos e água contaminada
	Moscas também podem ser fontes de contaminação
	Sexo anal seguido de sexo oral
Ciclo de vida
Monoxeno – todo seu ciclo no ser humano
Desencistamento = cistos transforma-se em trofozoítos
Trofozoítos permanecem no intestino grosso, aderem a parede intestinal
Multiplicam-se por divisão binária
Os trofozoítos começam a secretar membrana cística e começam a formar cistos.
Cistos são eliminados pelas fezes.
Os trofozoítos podem ser hematófagos (causa não identificada)
Podem invadir a submucosa intestinal, formar úlceras e se multiplicar dentro dessas úlceras.
Os trofozoítos podem cair na corrente sanguínea e conseguem atingir outros órgãos, fígado, rim, pulmão e pele (extraintestinal). 
Manifestações clínicas
90% assintomático
Sintomático: surge entre 1 a 4 semanas após a contaminação pelos cistos do parasito.
Intestinal: assintomático (descobre somente com exame de fezes) ou sintomático.
Sintomas mais comuns: diarreias – 2 a 4 evacuações por dia com fezes moles, pode sentir dores ou cólicas abdominais.
Os portadores da amebíase podem ter épocas com diarreia e épocas com fezes normais.
Forma intestinal invasiva
Evacuações de 8-10 vezes por dia
Disenteria grave (fezes líquidas com sangue e muco)
Colite amebiana aguda
Úlceras intestinais
Abcessos
Pode ser grave e até fatal (grávidas e imunodeprimidos)
Amebíase extraintestinal
Pode ocorrer no fígado, pulmão, cérebro e pele
Hepática é a mais comum, por ser o fígado o primeiro órgão a ser acometido – caracterizada por um abcesso amebiano hepático: febre, dor e hepatomegalia
As extraintestinais são mais raras, mas dependendo dos fatores envolvidos podem levar à morte.
Se não tratada tem altas taxas de morbimortalidade.
Complicações: peritonite, megacólon tóxico, colite necrosante fulminante, fístula retovaginal, ameboma (lesões semelhantes a tumores caracterizados por grande espessamento da parte vaginal com ou sem alteração), ruptura intraperitoneal de abscesso hepático, infecção bacteriana secundária, disseminação no cérebro.
Aspectos Nutricionais
Desequilíbrio nutricional em decorrência da diminuição da absorção de nutrientes intestinais bem como pela reação inflamatória intensa que prejudica a utilização dos nutrientes.
Pode prejudicar o crescimento e o desenvolvimento em crianças.
Diagnóstico
Clínico: diarreias/síndrome do cólon irritável
Laboratorial: diagnóstico imunológico (ELISA)
	Diagnóstico molecular (PCR)
	Parasitológico de fezes sólidas (diferenciar amebas não patogênicas), trofozoítos em fezes líquidas.
Prevenção e Controle
Lavar as mãos após ir ao banheiro
Lavar os alimentos com água tratada e deixar imersos com hipocloritos de sódio
Não tomar água sem tratamento
Educação em saúde
Diagnóstico e tratamento dos infectados
Políticas públicas de controle e saneamento básico.

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