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Amebíase Todas as espécies do gênero entamoeba vivem no intestino grosso de humanos ou animais, excetoa entamoeba moshkoviskii que é de vida livre. Esse gênero se caracteriza por ter núcleo esférico ou arredondado e vesiculoso. Classificação das entamoebas de acordo com o número de núcleos do cisto maduro: • Entamoebas com cisto com 8 núcleos( grupo coli)→ Entamoeba coli(homem); E. muris(roedores); E. galinarum(aves domésticas) • Entamoebas de cisto com 4 núcleos(hystolytica)→ E. hystolytica(homem); E. díspar(hoeme); E. ranarum( sapo e rã); E. ivadens(cobras e répteis); E. monshkovii(vida livre) • Entamoeba de cisto com 1 núcleo→ E. polecki(porco, macaco, eventualmente humanos); E. suis(porco) • Entamoeba de cistos não conhecidos/que não possuem cistos→ E. gingivalis(humanos e macacos). Espécies encontradas no homem: E. hystolytica( única patogênica) ; E. díspar; E. coli; E. nana; Ioadamoeba butschilii; Diantamoeba fragilis (intestino grosso). E. gingivalis(cavidade bucal). Morfologia Encontramos o trofozoíto no intestino, ulceras e fezes diarreicas. Cistos imaturos ou maduros(bi ou tetranucleados) presentes nas fezes normais. • Entamoeba coli→ trofozoíto de 20 a 50 micrometros. Citoplasma não é diferencado em endo e ectoplasma. Cisto em forma de pequena esfera, com ate 8 nucleos. • E. hartmanni→ pequeno, mede de 7 a 12 micrometros. Possuem ecto e endoplasma diferenciados. Cistos com 4 nucleos. Vive com um comensal na luz do intestino grosso. • Iodamoeba butschilli→ mede de 10 a 15( tanto cisto quanto trofozoíto). Não é patogênica. Cisto contem so 1 nucleo. Ameba comensal do intestino grosso do homeme. • Endolix nana→ trofozoíto mede de 10 a 12. Cisto mede 8, é oval e contem 4 núcleos. Ameba comensal que vive na luz da região cólica do homem e primatas. • Entamoeba gingivallis→ comum no tártaro e processos inflamatórios da gengiva. Não é patogênica. Não possui cistos. Transmissão por contato direto(beijo, lambeduras) e perdigotos. • Dientamoeba fragilis→ possui 2 nucleos na maioria dos trofozoítos. Não possuem cistos. Trofozoitos medem de 8 a 22. Não é patogênica • E. histolytica→ patogênica; • E. hysstolitica I. Trofozoíto→ 20 a micrometros . geralmente só tem 1 núcleo. Emite continua e rapidamente pseudopodes grossos e hialinos. Quando é proveniente de casos de disinteria, é comum encontrar eritoricitos no citoplasma. Os trofozoitos não invasivos não possuem eritrocitos no citoplasma. II. Pré -cisto→ fase intermedi´ria entre trofozoito e cisto. Oval ou ligeiramente arredondado. III. Metacisto→ forma multinucleada que emerge do cisto no ID , onde sofre divisoes e origina os trofozoitos. IV. Cistos→ medem de 8 a 20. Possuem vacuolos de glicogenio. Ausencia de mitocondrias, aparelho de golgi, RER, centriolos, microtubulos. Biologia e ciclo biológico Os trofozoitos de E. histolytica geralmente vivem na luz do intestino grosso. Podendo ocasionalmente penetrar na mucosa e causar ulcerações intestinais ou ir pra regioes como figado, pulmão, rim e mais raramente cérebro. Sua MP contem carboidratos, lipideos e proteinas. São essencialmente anaerobios, mas são habeis para consumir O2 em atms com ate 5%. Eles produzem etanol, CO2 e ATP. Sua locomoção é por pseudopodes , sua ingestao de alimentos é por fagocitose, e sua multiplicação é por divisão binária dos trofozoitos. Ciclo biológico Moxenico e simples. O ciclo se inicia pela ingesta de cistos maduros junto a alimentos ou agua contaminados. Els passam pelo estomago, resistem a ação do suco gástrico, chegam ao fim do ID ou ao inicio do IG onde ocorre o desencistamento, ocorrendo a as´da do metacisto, por uma fenda da parede cistica. Em seguida, o metacisto passa pro sucessivas divisoes nucleares e citoplasmaticas , originando 4 e depois 8 trofozoitos metacisticos. Esse trofozoitos migram pro IG e se colonizam por lá. Eles se aderem a mucosa do intestino, vivendo como um comensal, alimentando-se de detritos e de bacterias. Em algumas circusnatncias eles podem se desprender da parede e na luz do IG(principalmente colon) sofrer a ação da desidratação, eliminar substancias nutritivas no citoplasma e se transformar em pré-cistos. Em seguida, eles secretam uma membrana cistica e se transformam em cistos tetranucleados que são eliminados com as fezes normais ou formadas. Geralmente, os cistos não são encontrados nas fezes liquefeitas ou disintéricas. Ciclo patogenico Em situações onde o equilibrio hospedeiro-parasito é rompido, os trofozoitos invadem a submucosa intestinal, se multiplicam intensivamente no interiro das ulceras e podem, por meio da circulação porta atingir orgaos como figado, pulmao, rim, cerebro ou pele, causando a embíase extra-intestinal. Os trofozoitos presentes nas ulceras são chamados de form invaisva ou virulenta. Não forma cistos no tecido; são hematofagos e muito ativos. Transmissão Por meio da ingestao de cistos maduros em alimentos. Agua sem tratamento;, contaminada por dejetos humanos; os cistos podem ser levados nas patas de moscas e baratas; falta de higiene. Os portadores assintomaticos são os principais disseminadores dessa protozoose. Patogenia e virulência Amebíase é a infecção do hoemem pela Entamoeba histolytica, com ou sem manifestações clinicas. Variabilidade quanto ao potencial patogwnico e viruencia. O inicio da invasao amebiana é causado pela ruptura ou quebra do equilibrio hospedeiro- parasito, em favor do parasito. Fatores ligados ao hospedeiro são: localização geografica, idade, sexo, raça, resposta imune, estado nutricional, alcoolismo, clima e hábitos sexuais. Fatores ligados ao meio: flora bacteriana associada; visto que bacterias anerobias(E. coli, salmonella, shigela, enterobacter, clostridium) potencializam a viruencia do E. histolytica. Colesterol, passagens sucessivas em diversos hospedeiros ou reinfecções sucessivas auemntam a virulencia. A evolução da patogenia ocorre pela invasão dos tecidos pelos trofozoitos invasivos e virulentos. O E. histolytica tem efeito letal direto sobre a célula, em que há uma forte adesão entre a celula e o hospedeiro. Essa adesão é mediada por lectinas na superficie das amebas, auxiliada pelas formações filopodicas que ampliam a adesão, seguida pela fagocitose. Após a barreira epitelial ser vencida, os movimentos ameboides e a liberação de enzimas proteolíticas favorecem a progressão e destruição dos tecidos. Quando a mucosa é invadida, os trofozoitos se multiplicam e vão penetrando nos tecidos sib forma de microulceraçõesem direção a muscular da mucosa , com escassa reação inflamatória. Na submucosa, as amebas progridem em todas as dirreções determinando iniia lmente a ulceração do tipo botão de camisa/colo de garrafa. As lesões são mais frequentes no ceco e na regiao retossigmoidea. Ulceras variam em tamanho e forma. Ocasionalmente, os trofozoitos podem provocar resposta inflamtoria proliferativa com formação de massa granulomatosa (ameboma), porem essa formação não é comum na amebiase. Amebas podem penetrar nos vasos sanguineos e por meio da circulação porta, atingirem primeiramente o figado(principal orgao acometido na forma extra-intestinal) , formando abscessos ou necrose coliquativa. Tambem podem atingir pulmao e pele, regioes anaal ou vaginal(perineo). Manifestações clinicas Classificação • Formas assintomáticas 1. Correspodnde de 80 a 90 porcento ds casos. Infecção detectada pelo encontro de cistos nas fezes. Forma mais encontrada no centro-sul. Alguns adimitem que é causada pela E dispar. • Formas sintomáticas • Amebiase intestinal 1. Disintérica- colite amebiana a) Aparece de modo agudo, acompanhada de cólicas intestinais e diarreia , com evacuações mucossanguinolentas ou compredominancia do muco ou sangue. Acompanhadas por colicas intestinais , tenesmo, tremores de frio. Pode haver 8 , 10 ou mais evacuaçõespor dia. b) Casos agudos e fulminantes podem acometer todo o colon e são classifcados em disinteria amebiana aguda. Paciente vai ter inumeras evacuações mucossanguinolentas, prostrações e grave desidratação. Pode ocorrer perfuração intestinal. c) 1% dos infectados tem disinteria e apenas uma ulcera hepatica. 2. Colites não disintéricas a) uma das formas mais comuns. Duas a 4 evacuações diarreicas ou não por dia., com fezes moles ou pastosas, e as vezes com muco ou sangue. Desconforto abdominal, colicas na porção superior, raramente há febre. Alternancia entre manifestação clinica e periodos silenciosos, com funcionamento normal do intestino. Maioria das amebas com esse quadro são do tipo E. dispar. 3. Amebomas 4. Apendicite amebiana 5. Complicaçoes da forma intestinal : perfuração, peritonites, hemorragia, invaginação, colites pos-disintericas e estenoses. • Amebiase extra-intestinal 1. Raro. Abscesso hepático é a principal forma. 2. Amebiase hepática a) Aguda não supurativa b) Abscesso hepatico ou necrose coliquativa I. Complicaçoes do abscesso hepático: ruptura, infecção bacteriana, propagação pra outros orgãos. II. Predominancia em adultos de 20 a 60 anos III. Maior frequencia em homens do que mulheres IV. Triade : dor (QSD) , febre(irregular) e hepatomegalia V. Calafrio, anorexia e perda de peso VI. Geralmente o abscesso amebiao no figado é de apenas 1 lesõ, e que na maioria das vezes se localiza no lado direito. 3. Amebíase cutanea 4. Amebiase em outros orgaos : pulmao, baço, cérebro, rim... I. Geralmente ocorre quando h´s rompimento de abscesso hepático Periodo de incubação • Variavel→ de 7 dias até 4 meses. Diagnóstico • Clínico→ na fase aguda, pode ser confunidda com disinteria bacilar, salmoneloses, sindrome do colon irritado, esquistossomose. O diagnostico só é considerado definitivo quanddo encontro parasitos nas fezes. No abscesso hepatio, alem da triade, pode-se diagnosticar com uso de raio-x, cintilografia, USG, TC. Na amebiase intestinal: sintomas+ retossigmoidoscopia • Laboratorial→feito com fezes, soro e exudatos 1. Parasitológico: 2. fezes líquidas-> Schaudinn, SAF e exame direto ou em 30min. Encontra-se o trofozoito. 3. Fezes formadas-> formol a 10%, MIF, SAF, tecnicas de concentração( faust, rictche e hematoxilina ferrica). Ve-se o cisto. • Imunológico (amebiase intestinhal e extra-intestinal)→ elisa, IFI, hemoaglutinação indireta, contraimunoeletroforese, imunodifusão dupla em gel de agar. • Outros→ retossigmoidoscopia(visualizar ulcerações). Radiografias, tomografias, USG, RM. Punção de abscesso hepático(em casos que não há a regressão da doença) • Diferencial entre E. histolytica e E. dispar→ Perfil eletroforetico das enzimas da via glicolitica ; ELISA ; PCR Epidemiologia Incidencia depende de condição sanitária e socioeconomica da populaão. Condiçoes de habitação, água tratada , esgotos. OBS: a amebiase é mais freuqnete em adultos. Profilaxia Ligada a engenharia e a educação sanitária. O portador assintomático é um dos grandes responsáveis, atuando como fonte de infecção. Água de boa qualidade e tratamento de esgotos. Educaçao sanitária e ambiental. Lavagem de frutas e verduras. Exame de fezes períodicos de manipuladores de alimentos e tratamento de portadores. Vacina ainda não está disponivel. Tratamento Amebicidas que agem na luz intestinal→ agem no E. histolytica aderido a parde ou na luz do intetsino. ́ • Derivados da quinoleína; diiodo-hidroxiquinoleina; iodocloro-hidroxiquinoleina; cloridroxiquinoleina • Antibióticos: paramomicina; eritromicina • Outros: furoato de diloxamina; clorobetamida; clorofenoxamida • Falmonox(teclosan); Kitnos(Etofamida)→ são luminais Amebicidas de ação tissular • Agem na parede do intestino e figado. • Cloridrato de emetina, cloridrato de diidroemetina; cloroquina( so atua no fígado) Amebicidas de ação tissular e luminal • Tetraciclinas e derivados; clorotetraciclina; oxitetraciclina; eritormicina; espiramicina; pramomicina. Metronidazol; ornidazol; nitroimidazol; secnidazol;tinidazol • Tratamento da amebiase extra-intestinal→ princialmente o nos abscessos hepáticos→ metronidazol. Amebas de vida livre São parasitárias facultativas → oportunistas. Podem causar meningoencefalite, encefalite granulomatosa, ceratite,. Especies principais Naegleria fowleri→ patogenica • A N. fowleri, é comum em lagos e rios, e apresenta formas flageladas de vida livre. Essas formas se movimentam ativamente na agua e entram em contato com a mucosa nasal onde se transformam em trofozoitos ativos. Dai vao, para o cerebro, onde se disseminam por via sanguinea. É uma ameba de vida livre. Tambem é cosmopolita. Pode causar meningoencefalite amebiana primária(inicio com cefaleia subita e ligeira, febre, dor de garganta, rinite. Após 3 dias, aumenta a cefalia, febre , vomitos e rigidez de nuca. Pode apresentar desorientação e coma. Após 5 ou 7 duas morte. Acanthamoeba spp. • Ela habita em lagos, lagosas e piscinas, solos humíferos, esgotos e cursos dagua que recebem efluentes industriais. Cosmopolita. Presente em todos os conitnentes e em todos os climas. Acantamoeba só invade corneas previamnete lesadas. Se houver abrasão ampla, a ceratrite tem desenvolvimento rápido, ulceraçõa de córnea, dor e perda de visão variável. Comum em usuários de lente de contato. Essas amebas são encontradas frequentemente no solo, águas de lagos e rios. Formas trofozoitas são ativas e se alimentam de bactérias. Cistos são encontrados no solo seco e poeira. Desincistamneto ocorre quando os cistos entram em contato em meio umido, principlamente na presença de escherechia coli e outras bactérias. Trofozoitos se multiplicam por divisão binaria simples. Podem causar meningoencefalite amebiana granulomatosa em pacientes imunodeprimidos.