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Trabalho CPC 36 CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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MBA em Gestão Financeira: Controladoria e Auditoria – Turma 12
FGV – Fundação Getúlio Vargas – Campus de Florianópolis/SC (Sociesc)
Disciplina: Contabilidade de Ativos Relevantes
Professor: Sérgio Leal Caldas
Trabalho: Análise do CPC 36
CPC 36 – CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
As demonstrações consolidadas, segundo o CPC 36, são as demonstrações contábeis de grupo econômico, em que os ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da controladora e de suas controladas são apresentados como se fossem uma única empresa, assim como as Entidades Internacionais de Contabilidade como o IASB (através da Norma Internacional de Contabilidade - IAS 27), bem como CFC – Conselho Federal de Contabilidade (através de sua Resolução nº 758/1993 – NBC T 8), reconhecem que as Demonstrações Contábeis Consolidadas possibilitam o fornecimento de maiores e melhores informações de natureza financeira e econômica a respeito do Grupo Econômico, do que as diversas demonstrações individuais.
1. ASPECTOS CONCEITUAIS
1.1. Demonstrações Consolidadas 
Resultados das Operações
Posição Financeira da Sociedade Controladora e de suas Controladas
1.2. Passíveis de Consolidação
Balanço Patrimonial, DRE e DFC (dividido em atividades operacionais, de investimento e de financiamento).
Mesmo que não expressas pela Resolução da CVM ou pela Lei 11.638/2007, a demonstração do resultado abrangente (DRA) e a demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL) também são passíveis de consolidação. 
1.3. Objetivo da Consolidação das Demonstrações Financeiras
Apresentar aos usuários da informação Contábil/Financeira, principalmente aos Acionistas e Credores, os Resultados das Operações e Posição Financeira como se o grupo econômico fosse uma única entidade.
2. OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS:
2.1. Lei das Sociedades por Ações 
Companhias abertas
Grupo de Sociedade - Capítulo XXI Lei 6404/76 (Sociedades Consorciadas), independente de serem ou não abertas. 
2.2. Emissão do CPC – 36
Todas as sociedades por Ações, mesmo fechadas estão obrigadas a publicação.
3. CONTROLE E CONTROLADA – ATRELADO A PODER DE INFLUÊNCIA
3.1. Definição
		O investidor controla a investida quando está exposto a, ou tem direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com a investida e tem a capacidade de afetar esses retornos por meio de seu poder sobre a investida.
Figura 1: Definição de Controle
		Existem algumas maneiras de se identificar, se a empresa é ou não controladora da investida, dentre eles podemos destacar:
· Poder sobre a investida.
· Exposição a, ou direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com a investida. 
· A capacidade de utilizar seu poder sobre a investida para afetar o valor de seus retornos.
		O investidor tem poder sobre a investida quando tem direitos existentes que lhe dão a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes, ou seja, as atividades que afetam significativamente os retornos da investida. Algumas vezes, avaliar o poder é simples, como, por exemplo, quando o poder sobre a investida é obtido direta e exclusivamente dos direitos de voto concedidos por instrumentos patrimoniais, tais como ações, e pode ser avaliado considerando-se os direitos de voto decorrentes dessas participações acionárias. Em outros casos, a avaliação é mais complexa e exige que mais de um fator seja considerado, como, por exemplo, quando o poder resulta de um ou mais acordos contratuais.
Poder pode ser entendido por aqueles direitos existentes que dão a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes.
		O investidor está exposto a, ou tem direitos sobre, retornos variáveis como resultado de seu envolvimento com a investida quando os retornos do investidor decorrentes de seu envolvimento têm o potencial de variar conforme o resultado do desempenho da investida. 
		O investidor controla a investida se possui não apenas poder sobre a investida e exposição a, ou direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com a investida, mas também a capacidade de usar seu poder para afetar seus retornos decorrentes de seu envolvimento com a investida. 18. Assim, o investidor com direitos de tomada de decisões deve determinar se é um principal ou um agente. 
Controlada é toda entidade, cujo poder de decisões relevantes está sob o comando da investidora. 
4. ASPECTOS LEGAIS E SOCIETÁRIOS:
		De acordo com o art. 223 – 6.404/76, os processos de incorporação, fusão ou cisão podem ser efetuados entre sociedades de tipos iguais ou diferentes. Se a operação envolver companhia aberta as sociedades que a sucederem serão abertas. Esta lei prevê diversos procedimentos para a concretização das operações de reorganização societária, sendo que esses procedimentos pretendem segregar, em atos específicos, os passos lógicos que a operação requer, tais como:
a) acordo para a realização
b) exposição de motivos ao órgão deliberativo
c) deliberação propriamente dita
d) assinatura do protocolo
		Logo, o controle das entidades controladoras mantido sobre suas investidas pode ser divido em três diferentes modelos de controle.
4.1. Tipos de Controle
		O controle acionário é a posse, cuja qual um acionista ou grupo de acionistas detém a maior parcela de ações com direito ao voto de uma empresa, garantindo assim o poder de decisão sobre a mesma.
4.1.1. Controle Efetivo
	Controle Efetivo – está ligado ás situações em que, o investidor (controladora), possui mais de 50% do capital votante da investida (controlada).
4.1.2. Controle Transitório
	 Controle Transitório – refere-se às situações onde, mesmo quando o investidor não possuir mais de 50% do capital votante, assume o controle daquela investida por meio de acordo com outros acionistas, com tempo estabelecido e aprovado pelo conselho de administração.
4.1.3. Controle Potencial
	 Controle Potencial – caracteriza-se naquelas situações onde, mesmo não tendo mais de 50% do capital votante da investida, o investidor sem o controle efetivo tem a capacidade de influenciar ou interferir decisão da maioria dos votos do conselho de administração da entidade investida. 
4.2. Tipos de Partilhas:
4.2.1. Partilhas Societárias
Partilha dos lucros geralmente é estabelecida proporcionalmente ao capital envolvido na participação de cada sócio.
Todos aqueles que integram uma sociedade empresarial têm o direito de participar dos lucros gerados por esta atividade.
Da mesma forma, se a empresa acumula prejuízos, cada sócio tem como dever, na proporção de sua contribuição, arcar com as despesas que lhe são atribuídas.
Um dos princípios basilares do Direito de Empresa enuncia que a divisão de lucros e perdas na sociedade deverá ser feita de maneira proporcional à contribuição de cada sócio para a formação do capital social da empresa.
Este princípio da proporcionalidade assegura segurança jurídica aos que ingressam na atividade empresarial, na medida em que permite ao sócio estimar o grau de responsabilidade que deseja ter e a porcentagem de lucros que pode auferir.
De acordo com o art. 1.007 do Código Civil, se o contrato ou estatuto não declarar a parte que cabe a cada sócio nos lucros e perdas, entender-se-à que será proporcional às respectivas quotas quanto aos sócios de capital.
Assim, se um sócio detém 40% (quarenta por cento) das quotas da sociedade, deve ele ter direito à participação nos lucros no mesmo montante dos resultados auferidos pela sociedade.
5. PARTILHAS SOCIETÁRIAS, DE RESULTADO, OPERACIONAL, E DE ELEMENTOS INTANGÍVEIS.
Os ativos tangíveis, tem migrado de forma considerável para a análise dos ativos intangíveis e, desde então, esta tem sido a grande preocupação no mundo dos negócios. Quando tratamos da avaliação destes ativos percebemos uma diferença abismal entre eles, pois, estamos lidando, de forma genérica, com bens, porém, suas formas de avaliação se distinguem.
De um lado temos os bens tangíveis ou book value, representados em geral por máquinas, equipamentos e estrutura física, itensestes que facilmente podemos calcular com base na análise de mercado. Cumpre ressaltar que esta aquisição é feita de forma simples e direta, ou seja, para se contar com tais bens, basta dispor de recursos financeiros suficientes para tal.
De outra banda, a avaliação de um bem intangível, como uma marca, por exemplo, é uma tarefa custosa uma vez que inúmeros fatores são analisados, tais como a rentabilidade que a marca poderá gerar, a clientela e sua concorrência no mercado, entre outros itens de suma importância. A grande inovação tem sido a dificuldade de mensurar estes bens incorpóreos, intocáveis já que sua avaliação é muito mais subjetiva comparado a avaliação de bens tangíveis.
Seguindo o entendimento da Lei 11.638/07, verifica-se que as entidades devem estar de acordo com as novas definições no que tange ao tratamento contábil dos ativos intangíveis, como reconhecê-los e mensurá-los, bem como tratar de forma correta de efetuar as divulgações específicas referentes a esses ativos. Destaca-se que um fator importante para a avaliação adequada de ativos intangíveis diz respeito a fazer a distinção existente entre a avaliação contábil e a avaliação econômica destes ativos.
Quando tratamos da avaliação contábil, estamos mensurando ativos em conformidade com a nova lei que altera a Legislação Societária (Lei 11.638/07). Aqui, tratamos de valores facilmente mensuráveis, valores constantes nos livros das empresas e que a eles se agregam os ativos e os passivos já existentes.
De outra banda, quando lidamos com a avaliação econômica, estamos diante de uma série de complexas análises de tangíveis e intangíveis, ou seja, aqui começa o árduo trabalho econômico-contábil de mensurar a propriedade intelectual formada, seja ela em forma de marca, patente, conhecimento técnico, direitos autorais ou qualquer outro ativo intangível existente. Esta análise é mais fidedigna e traz o real valor global que a empresa representa frente ao mercado, principalmente quando estamos diante de uma aquisição ou diante de um grande processo de fusão.
Neste ponto, salientamos a necessidade de se desenvolver uma boa gestão estratégica de ativos intangíveis, pois o crescimento econômico e financeiro de uma empresa pode aumentar de acordo com as medidas adotadas pelos seus gestores.
Em razão desses fatores intangíveis haveria uma natural necessidade entre os gestores de uma discussão para uma definição de partilha de lucros em proporções diferentes daquela definida na partilha societária. 
Quanto melhores forem os elementos intangíveis para a empresa, maior a participação nos lucros do sócio detentor desses elementos.
Quem operaria a planta empresarial? Pois é através dessa operação da planta que novas tecnologias passariam a compor novos elementos intangíveis.
 A visão no mundo dos negócios tem mudado a medida que os riscos são minuciosamente calculados na tentativa de evitar a perda do capital a ser investido ou que já fora despendido.
Em grandes aquisições empresariais, por exemplo, um longo e detalhado estudo é feito para se verificar a viabilidade ou não do ingresso em um novo mercado ou até mesmo a possibilidade de gerar uma nova concorrência em determinados segmentos comerciais. O know how na prestação de um serviço ou na produção de um produto, pode levar anos para se consolidar, pois, seu aperfeiçoamento se dá de forma gradativa e fracionada. Soma-se a este fato a necessidade de se adquirir um novo maquinário para feitura do produto/serviço, além do tempo e gasto despendido para treinamento e qualificação de seus trabalhadores.
Depois de superada toda esta fase de empreendimento, gestão e logística, é chegado o momento em que a empresa visará buscar novas parcerias relacionadas ao marketing que viabilizará o melhor meio de introdução no mercado, alavancando assim seus negócios por meio da captação de novos clientes e posteriormente criando a fidelização deste novo consumidor.
Nestes casos, o estudo para entrar em determinados segmentos de mercado, por parte de uma empresa, torna-se fundamental, pois a partir deste momento optar-se-á por uma estratégia de mercado, assumindo assim os riscos de iniciar todo o processo de incursão mencionado ou optando-se pela aquisição, quando possível, é claro, de uma empresa que já atue no ramo escolhido. Neste último caso, adquire-se a propriedade intelectual, o know how, o meio de produção/prestação de serviço além de todo conhecimento já empregado ao longo do tempo de vida do negócio, aqui estamos diante de um ativo intangível de grande valor.
O mais temerário, por parte dos investidores, é que após todo este processo gradual e evolutivo, não existe nenhuma certeza de que o produto/serviço terá boa aceitação por parte do consumidor final, sequer será garantida uma concorrência a altura no mercado já existente, portanto, uma boa análise e uma competente gestão estratégica destes ativos poder ser fator crucial para a sobrevivência financeira de uma empresa.
Dessarte, com a consequente e ininterrupta expansão da globalização, nos tornamos mais suscetíveis a mudanças e no mundo dos negócios, tal evolução se torna fundamental a partir do momento que estamos diante de um feroz mercado competitivo onde o lucro e a melhoria dos negócios são primordiais para o desenvolvimento da economia.
Quando tratamos da evolução da legislação associada a novas possibilidades comerciais temos um cenário em que a busca por novos horizontes pode ser fator essencial ao desenvolvimento de uma empresa. O novo tratamento dado aos ativos intangíveis tem sido a oportunidade de incutir um novo pensamento aos investidores, pois a benigna gestão de ativos intangíveis tem trazido ótimos resultados tanto para os valores patrimoniais quanto para valores contábeis em um negócio.
Os empresários de sucesso têm voltado seus olhos para uma arrojada gestão estratégica de ativos intangíveis visando alcançar lucros superiores as suas médias com o desígnio de expandir seus negócios e conseqüentemente gerar lucro para novos investimentos. Neste sentido, torna-se saudável a competição entre empreendedores de um mesmo ramo, pois, a propriedade intelectual e a criatividade são capacidades inerente à situação financeira e, neste patamar, todos partem de um mesmo ponto, o que vai diferir será a capacidade que cada um terá de gerir seu próprio negócio.
Porto Alegre, janeiro de 2014.
Texto por Mateus Roza Vieira, Bacharel em direito.
Como exemplo pode-se citar a tecnologia diferenciada, capacidade de penetração em outros mercados, etc.
6. GRUPO ECONÔMICO
6.1. Conceito
Pode ser definido como duas ou mais empresas que encontram-se sob a direção, o controle ou a administração de outra, compondo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, ainda que cada uma delas tenha personalidade jurídica própria.
As empresas preferem operar como um grupo de empresas legalmente distintas (Grupo Econômico), e não como uma única entidade legal, por várias razões: 
· Reduzir o risco da controladora;
· Atender mais eficazmente às exigências legais estaduais, inclusive tributárias;
· Expandir ou diversificar, com um mínimo de investimento;
· Vender uma operação não mais desejada, com um mínimo de custos administrativos e legais.
7. GRUPO DE SOCIEDADES - (Lei 11.638/07 – Capítulo XXI)
7.1. Conceito
A sistemática desta lei disciplina os grupos constituídos mediante:
· Convenção grupal (grupos de fato) – com participação efetiva;
· Grupos de direito – (joint venture) reunião de empresas com o mesmo propósito.
8. REORGANIZAÇÕES SOCIETÁRIAS
As operações de reestruturação societária são comuns na economia moderna. Os negócios envolvem oportunidade de movimentar uma grande quantia financeira. Essas operações registram, historicamente, movimentos ascendentes e descendentes nos mercados financeiros internacionais.
A complexidade dos aspectos operacionais, fiscais e legais da maioria dos processos de negociação para aquisição ou fusão de empresas, justifica a contratação de advogados, auditores, consultores e contadores especializadosna área. Logo, o fornecimento de informações sobre a posição econômico-financeira das organizações é uma importante ferramenta para a continuidade das mesmas, bem como para a tomada de decisões. 
Sendo assim, alguns aspectos devem ser levados em conta:
Administrativos: facilita o acesso unificado aos usuários das informações financeiras. (ex.: análise de crédito do grupo econômico por bancos);
Operacionais: lucros não realizados (ajustes de contas a receber e fornecedores, ref. operações de compra e venda entre empresas do mesmo grupo econômico);
Tributários: necessidade de neutralizar a equivalência patrimonial da controladora (receita operacional).
8.1. Tipos de Reorganização Societária
As sociedades podem se organizar mediante processos de:
· Transformação
· Incorporação
· Fusão
· Cisão.
Esses processos são operações em que as sociedades mudam de tipo, aglutinam ou dividem-se.
Figura 2 - Resumo sobre Reorganização Societária
8.1.1. Transformação
Operação na qual uma sociedade é alterada de um tipo p/ outro, ou seja, constitui-se uma nova espécie de sociedade, sem que haja dissolução da originária.
Ex: transformação de uma certa sociedade de Ltda para S.A. ou vice-versa;
Figura 3 - Reorganização Societária: Transformação
8.1.2. Incorporação
A operação de incorporação é aquela em que uma empresa já existente absorve outra, visando aumentar o seu patrimônio. Nesta operação desaparecem as sociedades incorporadas, permanecendo, porém, com a sua natureza jurídica inalterada, a sociedade incorporadora. Ocorre a alteração no estatuto ou contrato social, dispondo sobre o aumento do capital social e do patrimônio. 
Logo, a incorporadora absorve a incorporada, e adquire todos os direitos e obrigações desta sociedade extinguida.
Ex: Banco Itaú que incorporou/ absorveu o Unibanco.
Figura 4 - Reorganização Societária: Incorporação
8.1.3. Fusão
Na fusão, duas ou mais empresas se unem para formar uma sociedade nova, que lhe sucederá em todos os direitos e obrigações. Nesse processo ocorre a transferência integral de ativos e passivos das companhias fundidas. 
Dessa forma, duas ou mais sociedades se unem para formar uma nova sociedade, a qual possuirá novo nome e razão social, e lhe sucederá em todos os direitos e obrigações. Fusão só pode ser feita entre sociedades, nunca entre empresários (MEI).
Ex: a fusão da empresa Sadia com a Perdigão no ano de 2009, que resultou na criação da companhia BRF Brasil Foods.
Figura 5- Reorganização Societária: Fusão
Maiores fusões e aquisições no Brasil ocorridas em anos anteriores:
· Latam: A oferta pública de Aquisição de Ações (OPA) da TAM, que realizou a troca das ações dos minoritários por ações da LAN, movimentou R$ 8,3 bilhões. 
· Cimpor e Camargo Correia: A aquisição da participação dos minoritários da Cimpor pela Camargo Correa somou R$ 6,1 bilhões.
· Ambev e Cervecería Nacional Dominicana: A Ambev adquiriu uma participação indireta de 41,76% na Cervecer[ia Nacional Dominicana pelo valor de R$ 1.8 bilhão.
· Gol e Webjet: Um ano e três meses após o anúncio de que a Gol havia chegado a um acordo para adquirir 100% do capital da Webjet, o Cade julgou a operação, que custou R$ 43,443 milhões. 
· Trip e Azul: A associação entre a Azul e Trip foi anunciada em 28 de maio de 2012 e as empresas passaram a operar sob a Holding Azul Trip S.A., resultando em uma companhia aérea com 840 voos diários, 116 aviões e 9 mil funcionários. Juntas as empresas possuem uma parcela de mercado de 15%.
8.1.4. Cisão
A Cisão é um negócio plurilateral, que tem por objetivo a transferência de parcelas ou totalidade do patrimônio de uma sociedade para uma ou mais sociedades, através da divisão do capital da sociedade cindida ou extinguindo-se a mesma, no caso de versão total do patrimônio líquido. Com isso, a cisão ocorre quando uma sociedade divide ou transfere parte ou o todo do seu patrimônio para uma ou mais sociedades, podendo esta ser:
Cisão Parcial - não resulta na extinção da sociedade originária.
Cisão Total – resulta na extinção da sociedade originária.
Figura 6- Reorganização Societária: Cisão
8.2. Quais as sociedades que podem participar das reestruturações societárias?
Apesar das operações de reestruturação societárias serem regidas pela “lei das S.A.” 6.404/76, estas podem ser aplicadas a qualquer tipo de sociedade, exceto as sociedades em conta de participação. 
As reorganizações podem ser operadas entre sociedades de tipos iguais ou diferentes, e deverão ser deliberadas na forma prevista para a alteração dos respectivos estatutos ou contratos sociais. Os sócios ou acionistas das sociedades incorporadas, fundidas ou cindidas receberão, diretamente da companhia emissora, as ações que lhes couberem.
8.3. Reorganizações Societárias: Motivos 
· Motivos para Incorporações ou Fusões
Os motivos que levam à incorporações ou fusões podem ser os mais diversos, para melhor entendimento apresentam-se teorias relacionadas aos fatos motivadores para a realização de Incorporações e Fusões.
Figura 7 - Motivos para Incorporações ou Fusões
· Motivos para Cisões
Os motivos podem ser desde tornar a empresa mais especializada devido a sua segmentação, ou mesmo proporcionar economia no processo operacional da empresa. 
Fontes de Pesquisa
· CALDAS, Sergio Leal. Intangíveis: O lado Oculto da Gestão Empresarial. 1º Ed. Rio de Janeiro: Digitalizada, 2014.
· CALDAS, Sergio Leal. Apostila de Contabilidade de Ativos Intangíveis.
· Disponível em 01/12/2016 no site: http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/ 448CPC_36_R3_rev%2008.pdf.
· Disponível em 03/12/2016 no site: http://www.valor.com.br/valor-investe/o-estrategista/ 2974464/os-tipos-mais-comuns-de-controle-acionario-das-cias-abertas

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