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Linguagem no mundo contemporâneo

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Linguagem no mundo contemporâneo
 
*Resumo baseado no capítulo 3 do livro "Applied Linguistics" de Guy
Cook, e também explicações feitas em aula.
"Linguagem e Linguagens"
Mesmo que as línguas/idiomas possuam pontos em comum,
ainda sim, se os falantes não souberem as línguas uns dos
outros, ficarão mutualmente incompreensíveis. Portanto, um
dos maiores problemas da linguagem é como falantes de
diferentes línguas podem se comunicar, para isso há duas
soluções: ou eles aprendem a língua uns dos outros, ou usam um
tradutor.
Atitudes em relação às línguas:
Enquanto os linguistas veem todas as línguas como igualitárias
e capazes de cumprir suas funções, essa não é a mesma
percepção dos indivíduos que as utilizam. Há muitos casos de
pessoas que falam a mesma língua mas muitas vezes não
conseguem se entender por conta dos diferentes dialetos.
Ex: na Itália, o dialeto da Sicília é pouco compreensível em
Veneza, e vice-versa.
 
Por outro lado, há casos em que mesmo sendo idiomas
diferentes, há partes compreensíveis entre os dois.
Ex: Russos podem conseguir adivinhar algo de Ucraniano.
As linguagens das nações: Limites e relacionamentos:
A linguagem também pode ser comparada de duas outras
formas:
número de falantes de uma língua e distribuição geográfica.
 
Existem idiomas com uma grande quantidades de falantes como
o inglês e o chinês, ao mesmo tempo que existem uma grande
maioria de idiomas que são considerados minorias e restritas à
um pequeno número de falantes, em que geralmente são
comunidades ou grupos mais vulneráveis. Isso se dá por conta de
fatores históricos e políticos, que possuem grande influência em
como as línguas são espalhadas ao redor do mundo. Nações
poderosas promovem seu idioma como uma forma padrão de
escrita, enquanto suprimem ou ignoram outras línguas
minoritárias.
 
Um estado monolinguístico ainda é um mito, pois todas as
nações tem seus grupos com variações linguísticas que possuem
contato com outros grupos, assim como relacionamentos
internacionais.
O crescimento do inglês:
Atualmente, o inglês é o principal idioma usado para negócios,
educação e acesso à informação em praticamente todos os
países. A expansão acelerada do inglês se dá por conta da
quantidade e velocidade da comunicação internacional, da
expansão de poder e influência dos EUA, ao grande uso desse
idioma na internet e também ao aumento do uso de inglês em
filmes, músicas, programas de TV e etc.
 
Ambos falantes nativos e não nativos estão inseridos no ensino
da língua inglesa como idioma estrangeiro, tanto como
professores, administradores, publicitários e etc. Portanto, o
ensino e aprendizado da língua inglesa gerou um grande
interesse pessoal, político, acadêmico e comercial, que é
acompanhado pela globalização e poder dos EUA, gerando uma
preocupação em termos linguísticos e de homogeneidade
cultural.
Inglês e Ingleses:
Conforme o inglês vai se espalhando pelo mundo todo, vão
surgindo muitas variações dessa mesma língua, fazendo com que
não haja apenas um padrão para o inglês, mas sim diversas
formas de acordo com os países em que boa parte das pessoas
falam o idioma.
Ex: padrão do Inglês Americano, Inglês Australiano, Inglês
Neozelandês, entre outros.
 
O estudioso Braj Kachru descreve o inglês de acordo com três
círculos concêntricos: países falantes do inglês, o círculo externo
das antigas colônias onde o inglês é uma língua oficial e o
círculo em expansão onde o inglês não é língua oficial ou antiga
língua colonial.
A definição de um "falante nativo" parte de alguns pontos:
Histórico pessoal: falantes nativos adquirem o idioma
naturalmente.
Questão de habilidade: usam seu idioma ou variação de forma
correta e sabem o que é ou não aceitável.
 
Conhecimento e lealdade: nativos geralmente têm conhecimento
e lealdade à comunidade linguística que pertencem.
❖ Essas definições apresentam um certo conflito quando se
trata da língua inglesa, pois muitos falantes de inglês, seja do
círculo interno, externo ou em expansão usam outro idioma em
suas casas. Além disso, sua lealdade cultural pode ser total ou
parcial à uma comunidade que não fala inglês, e os mesmos
podem se opor ao inglês como língua cultural dominante. 
 
Entretanto, nenhum desses fatos interferem nas suas
habilidades, pois os indivíduos que falam inglês mas não são
tradicionalmente nativos podem saber usar o idioma com
praticamente a mesma habilidade de um nativo. Certamente,
podem haver diferenças pequenas em questões de sotaque,
formulação, confiança e julgamentos gramaticais, mas ainda
assim são frequentemente acompanhados de habilidades que
nativos tradicionais podem não ter.
Ex: falantes nativos podem não ter proficiência total na escrita;
nem sempre os nativos sabem explicar uma regra (diferença
entre shall e will); por último, ser um falante nativo de inglês não
significa que o indivíduo terá um grande vocabulário, uma gama
de estilos ou habilidades de comunicação com outras
comunidades.
Falantes Nativos:
Inglês como uma Lingua Franca (ELF)
Indivíduos com alta proficiência no inglês não necessariamente
falam nenhum dos padrões de inglês. Há casos em que eles falam
uma nova variedade de inglês, que não depende de aquisição na
infância ou identidade cultural e é frequentemente usada em
comunicações onde não há falantes nativos. No uso do Inglês
como uma Lingua Franca (ELF) o que importa é a clareza e
compreensão e habilidade em detrimento de algum padrão, e
nem todo falante nativo irá ter habilidade no ELF, assim como
em algumas situações comunicativas será preciso que eles
ajustem sua língua a uma nova norma.
 
A expansão do ELF deve ser uma preocupação para a linguística
aplicada contemporânea, com a necessidade de documentação e
análise das mudanças da linguagem em panorama mundial.
Ex: como a disseminação do inglês internacionalmente está
relacionado com o desaparecimento de outras línguas, e se sim,
como isso afetaria o planejamento da linguagem.
*É importante pontuar que os diferentes
modos do ensino da língua inglesa não
ocorrem por acaso, mas sim em resposta à
mudanças geopolíticas, atitudes e valores
sociais etc.

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