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SOL NASCENTE- TRECHO I, II e III DIAGNÓSTICO SOCIOTERRITORIAL O Projeto Social envolverá as 25.441 famílias residentes nos trechos I, II e III. O diagnóstico foi traçado através de pesquisa documental, entrevista domiciliar amostral com preenchimento de questionário com as famílias. O Condomínio Sol Nascente, encontra-se inserida na Região Administrativa Ceilândia – RA IX à qual se limita a oeste com o estado de Goiás, ao norte com a Região Administrativa Brazlândia – RA IV, ao sul com a Região Administrativa Samambaia – RA XII e a leste com a Região Administrativa Taguatinga – RA III, cerca de 26 km de Brasília, através da DF-095. A cidade de Ceilândia, criada em 1971, hoje com uma população de 449.876 habitantes e com um índice de vulnerabilidade social de 55,01% é resultante do primeiro projeto de erradicação de favelas do DF. O condomínio Sol Nascente está situado próximo a QNQ e é um aglomerado urbanístico irregular, com inúmeros parcelamentos informais em terras desapropriadas. Nasceu em 1998, quando cerca de 180 famílias de carroceiros ocuparam um espaço, onde havia um curral comunitário próximo às quadras QNQ, começaram a construir barracos e fixar moradia, aumentando assim, o número de moradores residentes na área. Com isso, em 2000, o GDF, ao perceber que o Condomínio já estava consolidado, promulgou a Lei Complementar nº 330, de 19 de outubro de 2000, criando o Setor Habitacional Sol Nascente, na referida Região Administrativa, transformando em área de interesse e relevância social de baixa renda (GDF, 2009). Em julho de 2015 a prefeitura geral do Sol Nascente foi desmembrada e criada uma prefeitura em cada trecho do Sol Nascente. Hoje considerada a 2ª maior favela do Brasil, tem uma população de 91.066 moradores, com 25.441 domicílios (Codeplan 2019). Em relação ao grau de escolaridade, apenas 5% possui ensino superior completo, sendo que 46% da comunidade não possui escolaridade. A renda familiar gira em torno de ½ a 1 salário mínimo. Apenas 17% encontram-se atualmente assalariado, grande parcela da comunidade 41% são autônomos. Foi possível notar que a população do Sol Nascente 60%, não procurou emprego. Nas regiões em que os moradores apresentam poder aquisitivo mais elevado, as unidades habitacionais possuem boa infraestrutura, com pavimentação, rede de esgoto, lotes murados, etc., porém a maioria das habitações é precária. O material das casas não é padronizado, encontram-se casas de alvenaria, material aproveitado, na maioria são utilizados para garagem. Em relação à infraestrutura básica a precariedade ainda é maior, em muitas ruas o esgoto é a céu aberto, falta de pavimentação, buracos e lixo nos terrenos baldios, nas ruas sem asfalto e com muita sujeira. Com questão a coleta de esgoto 82% da população informou que não existe esse tipo de serviço. É importante salientar que o Condomínio se situa numa faixa de restrição ambiental e que sua ocupação demanda medidas de controle. Notou-se que o escoamento das ruas não ocorre de forma satisfatória, conforme mostra a questão 17, o que foi relatado por 71% dos entrevistados. Quanto à questão de empregabilidade e o desenvolvimento econômico, na região existem pequenos comércios, onde se destacam farmácias, mercados, madeireiras, lojas de confecções, frutaria, dentre outros. A segurança é efetivada no condomínio Sol Nascente pelos dois postos de policiamento 01 na entrada do Condomínio Genesis e outro próximo ao Condomínio Pinheiros, mas 81% dos entrevistados dizem que não se sentem seguros. Quanto ao transporte público, a região é servida por algumas linhas de ônibus que passam por áreas específicas do condomínio e por serviços de moto táxi, quando entrevistada a população disse ter transporte público, mas não satisfaz a necessidade da comunidade. Nas visitas realizadas e contatos com a comunidade, foi possível traçar um melhor conhecimento dos moradores/beneficiários, saber dos seus anseios, problemas e preocupações, contribuíram muito colocando a realidade vivida pela comunidade. Segundo eles, as prefeituras foram criadas em 2015 e 2016, e dentre os benefícios conquistados desde sua criação estão a implantação da rede de esgoto, águas pluviais, melhora da Assistência social, de ruas e avenidas, da forma de coleta de lixo com a implantação dos papas lixos e encaminhamentos, discussões para a liberação de obras do trecho 3. Como maiores problemas e desafios apontam a busca por melhor qualidade de vida para as famílias. Destacam como objetivos e expectativas, a regularização fundiária, a atenção do poder público favorecendo à inclusão social das famílias e suprindo as demandas de assistência, capacitação e inserção ao mercado do trabalho, ações sociais educativas e de lazer para crianças e jovens, além da construção de novas escolas classe, Centros de Ensinos Fundamentais, Centro de Ensino Médio, creches, Centro de Saúde, CRAS, um centro de qualificação profissional, melhoria do Transporte público. Dentre os principais problemas enfrentados pela comunidade, foram notadas, a falta de vagas nas escolas, ausência de serviços de saúde, assistência, qualificação profissional, baixa escolaridade e baixa qualificação, dificuldade de acesso ao transporte, ausência de espaço de lazer e cultura, desemprego, lama e poeira e ruas, avenidas precárias e ausência de infraestrutura. Uma declaração resume o anseio e o objetivo que deve ser percorrido pelo projeto social “Durante anos ou desde seu surgimento e crescimento de forma descontrolada por volta do ano de 2000 a 2001 o Sol Nascente não teve investimento do Estado, o que o transformou na maior favela de nosso país, a ausências de serviços públicos básicos e essenciais a uma sociedade, o transformou num bolsão de pessoas sem emprego ou subemprego, o que transformam em alvo fácil em anos eleitorais, a ausência de incentivo ao esporte, cultura, lazer e outras atividades saudável, tem levado a perda de nossos jovens ao mundo do crime, outro grave problema é a ausência de incentivo a continuidade dos estudos, o que faz com que jovens e adultos desistam de continuar, devido à distância, transporte precário e falta de segurança. É preciso implantar valores, cidadania e dignidade. ” JUSTIFICATIVA: O PTS visa desenvolver ações levando em consideração a realidade urbana e rural da comunidade, a extrema situação de vulnerabilidade social e a violação de direitos, além das demandas especificas, como um retrato fiel dessa população, as questões de lixo, geração de renda, entre outras. Para que o processo de mobilização e participação seja efetivo. Neste sentido, serão mobilizados espaços com condições para abrigar as ações e reuniões nessas regiões. O Projeto Social deve privilegiar a discussão e estudo técnico pela equipe executora, prevendo o planejamento, organização, execução, monitoramento e avaliação das atividades executadas, com ênfase aos impactos positivos e atendimento dos objetivos a fim de influenciar significativamente na melhoria da qualidade de vida dessas pessoas. As atividades proposta, foram resultados de pesquisa documental, “in loco”. A metodologia das atividades deve ser pautada no incentivo e sensibilização à participação ativa e entendimento do seu importante papel como agente transformador dessa realidade e através das técnicas e instrumentos oferecer condições de aprendizado, discussão, exposição de ideias e mudança de paradigmas das pessoas. O projeto será executado no prazo de 12 (doze meses) podendo ser prorrogado por igual período, e contempla as seguintes atividades nos eixos: -Mobilização, organização e Fortalecimento Social: Conhecimento da área de intervenção, Apresentação do Programa e do Projeto de Trabalho Social – PTS, Dia de Lazer, Oficina Movimente-se, Oficina de Liderança e empreendedorismo, Visita aso centros olímpicos,Oficina de prevenção de drogas, Boletim Sol Nascente, Oficina de Convivência e Coletividade, Oficina de Futebol e Enceramento do Projeto; - Acompanhamento e gestão social da intervenção: Pesquisa de Pós intervenção e Monitoramento e Avaliação; - Educação Ambiental e Patrimonial: Projeto saúde é Vida, Oficina “Lixo no lugar certo”, Palestra sobre Planejamento e Gestão do Orçamento Familiar, Oficina ‘’Se essa rua fosse minha’’, Oficina ‘’ + cidadão’’; - Desenvolvimento Socioeconômico: Cursos de Capacitação. 1. OBJETIVO GERAL: Promover o exercício da participação cidadã mediante trabalho informativo e educativo, que favoreça a organização comunitária, educação sanitária, ambiental e patrimonial, planejamento e gestão do orçamento familiar e geração de trabalho e renda, visando à melhoria da qualidade de vida das famílias beneficiadas e a sustentabilidade dos empreendimentos. 2. OBJETIVOS ESPECIFICOS: Assegurar as condições de acompanhamento e participação da comunidade em todas as fases, garantindo especialmente o acesso a informação; estabelecer com as famílias uma relação de confiança, garantindo a transparência sobre as informações e sobre o porquê de determinadas propostas dos projetos. Informar e orientar aos moradores da área de intervenção sobre os projetos e as intervenções, bem como providenciar os encaminhamentos para a solução de demandas e necessidades específicas da população, inclusive tarifas sociais, convidar para as atividades e esclarecer àqueles que faltaram sobre os temas abordados. Promover a integração da comunidade às ações do projeto social e de engenharia, bem como fornecer atendimento no que se refere aos serviços prestados pelo poder público. Desenvolver e incentivar a integração, o convívio, o debate e o exercício físico. Sensibilizar para o papel de agente de mudanças na comunidade; esclarecer sobre o papel de líder; orientar sobre o empreendedorismo. Despertar nas famílias a compreensão dos cuidados com a saúde para mudança de hábitos e interesse na prevenção de doenças. Proporcionar o conhecimento necessário para que as pessoas sejam capazes de planejar sua vida financeira e organizar seu orçamento familiar e encerrar o projeto social 3. METODOLOGIA VIDE ANEXOS I,II,III,IV e V 4. PARCERIAS Para a realização das atividades o projeto social poderá contar com a parceria dos seguintes órgãos governamentais, devendo ser formalizados convênios entre a empresa executora e os órgãos governamentais, com a interveniência da CODHAD; Administração Regional da Ceilândia Centro de Referência de Assistência Social -CRAS- Ceilândia Escola Classe 66 Agência Reguladora de Águas e Saneamento do Distrito Federal-ADASA CAESB - Companhia de Saneamento de Brasília Companhia Energética de Brasília - CEB Centro de Assistência Judiciária do Distrito Federal – CEAJUR Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal – CBDF Companhia Imobiliária de Brasília - TERRACAP Companhia Urbanizadora Nova Capital do Brasil - NOVACAP Polícia Civil do Distrito Federal – PCDF Secretaria de Cultura Secretaria de Estado de Desenvolvimento social e Transferência de Renda - SEDEST Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente Secretaria de Estado de Educação Secretaria de Estado de Obras Secretaria de Saúde Serviço de Ajardinamento de Limpeza Urbana do Distrito Federal NOVACAP IBAMA IBRAM Organizações não Governamentais Associações e Lideranças locais 5. AVALIAÇÃO A avaliação é um procedimento que ocorre em todas as etapas do projeto, considerando sempre a visão dos beneficiários, através de seus grupos representativos e da equipe técnica. Ela permite o monitoramento das atividades e o redirecionamento das ações, quando necessário. A avaliação das atividades será contínua e ocorrerá durante a execução do projeto, com caráter participativo, de duas formas: Avaliação da População Atendida Realizada pelos beneficiários através de Instrumento (s) de avaliação utilizado (s) como: entrevista, pesquisa, reunião de avaliação, entre outros. Avaliação da Equipe Técnica Serão relatados sucintamente os aspectos facilitadores e/ou aspectos dificulta dores para execução das atividades, com indicação de possíveis alternativas de solução dos problemas enfrentadas.
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