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ESCRITA INTELIGENTE: UMA NOVA ABORDAGEM PARA SOFTWARES DE ELABORAÇÃO DE PLANOS DE NEGÓCIOS 1Caio Cezar Pimentel Ferraz Júnior; 2Marcelo Adriano Amancio, 3Eliane Maria Raymundo, 4Eduardo Pinto Vilas Boas, 5Valéria Feltrim, 6Sandra Aluísio, 7José Dornelas Tema: Cultura do Empreendedorismo e Inovação RESUMO Apesar de o Brasil possuir status de um dos países mais empreendedores do mundo, apresenta também elevados índices de mortalidade empresarial. Em muitos casos, o principal causador da falência de empresas nascentes pode ser entendido como falta de planejamento, de acordo com diversos estudos. Nesse contexto, o estudo de empreendedorismo e o plano de negócios, principal ferramenta de planejamento do empreendedor, tem ganhado mais atenção das universidades e em entidades como o SEBRAE. O mercado brasileiro de softwares para elaboração de planos de negócios, no entanto, é incipiente em termos de opções e ainda pouco avançado em diferenciais que auxi liem o empreendedor na tarefa de escrever um documento com qualidade superior. Este trabalho foi elaborado com o intuito de apresentar o lançamento de uma ferramenta inovadora para elaboração de planos de negócios a partir do uso de inteligência artificial para escrita e críticas de estrutura e conteúdo. PALAVRAS-CHAVE: Plano de Negócios, Ferramenta Inteligente de Escrita, Software de Elaboração de Planos de Negócios. 1 Pós-Graduado em Administração de Empresas; Empreende; Av. Angélica 1761, cj.43, São Paulo-SP. (18) 9601-4862, caio@empreende.com.br 2 Graduando em Ciências da Computação; Universidade de São Paulo; Av. Trabalhador São- Carlense, 400, São Carlos-SP. marcelousp@gmail.com 3 Graduada em Letras; Núcleo Interinstitucional de Lingüística Computacional Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação - USP; Av. Trabalhador São-Carlense, 400, São Carlos-SP eliane@empreende.com.br 4 Mestrando em Administração; Empreende; Av. Angélica 1761, cj. 43, São Paulo-SP. (11) 3129-5671, eduardo@empreende.com.br 5 Doutora em Ciência da Computação; Departamento de Informática – Universidade Estadual de Maringá; Av. Colombo, 5790, Maringá-PR. valeria.feltrim@din.uem.br 6 Pós-Doutora em Processamento de Língua Natural; Núcleo Interinstitucional de Lingüística Computacional Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação - USP; Av. Trabalhador São-Carlense, 400, São Carlos-SP. sandra@icmc.ups.br 7 Pós-Doutor em Empreendedorismo; Empreende; Av. Angélica 1761, cj. 43, São Paulo-SP. (11) 3129-5671, dornelas@empreende.com.br INTELLIGENT WRITTING: A NEW APROACH FOR BUSINESS PLANS SOFTWARE 1Caio Cezar Pimentel Ferraz Júnior; 2Marcelo Adriano Amancio, 3Eliane Maria Raymundo, 4Eduardo Pinto Vilas Boas, 5Valéria Feltrim, 6Sandra Aluísio, 7José Dornelas Theme: Entrepreneurship and Innovation Culture ABSTRACT Although Brazil being considered one of the most entrepreneurial countries in the world, also presents high levels of enterprise mortality. In many cases, the main cause of enterprises bankruptcy can be connected to a lack of planning, according to several studies. In this context, the study of entrepreneurship and business plan - the main planning tool for the entrepreneur - is getting major attention at universities and entities like SEBRAE. Brazilian business plan software market, however, is still incipient, and not much advanced in terms of differentials that help the entrepreneur in his task to write a high quality business plan. This paper has been developed with the aim to present an innovative business plan’s writing tool, built based on artificial intelligence for writing and critics for structure and content. KEY-WORDS: Business Plan, Intelligent Writing Tool, Business Plan Software. 1 Pós-Graduado em Administração de Empresas; Empreende; Av. Angélica 1761, cj.43, São Paulo-SP. (18) 9601-4862, caio@empreende.com.br 2 Graduando em Ciências da Computação; Universidade de São Paulo; Av. Trabalhador São- Carlense, 400, São Carlos-SP. marcelousp@gmail.com 3 Graduada em Letras; Núcleo Interinstitucional de Lingüística Computacional Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação - USP; Av. Trabalhador São-Carlense, 400, São Carlos-SP eliane@empreende.com.br 4 Mestrando em Administração; Empreende; Av. Angélica 1761, cj. 43, São Paulo-SP. (11) 3129-5671, eduardo@empreende.com.br 5 Doutora em Ciência da Computação; Departamento de Informática – Universidade Estadual de Maringá; Av. Colombo, 5790, Maringá-PR. valeria.feltrim@din.uem.br 6 Pós-Doutora em Processamento de Língua Natural; Núcleo Interinstitucional de Lingüística Computacional Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação - USP; Av. Trabalhador São-Carlense, 400, São Carlos-SP. sandra@icmc.ups.br 7 Pós-Doutor em Empreendedorismo; Empreende; Av. Angélica 1761, cj. 43, São Paulo-SP. (11) 3129-5671, dornelas@empreende.com.br 1. INTRODUÇÃO O Brasil está classificado entre os dez países com maior atividade empreendedora no mundo (GEM 2006), mas esse status é acompanhado por números nada animadores acerca da mortalidade empresarial. Segundo o mais recente estudo publicado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE (2004), sobre os fatores condicionantes da mortalidade empresarial, constatou-se que a falta de planejamento é o principal vetor que leva ao encerramento de empresas. Em outra análise, o SEBRAE-SP (BEDÊ 2005) demonstrou que 53% dos empresários paulistas entrevistados não levantaram informações sobre o tamanho do mercado ou hábitos de consumo e 49% não conheciam os concorrentes antes de iniciar o negócio. Esse cenário deve-se, em grande medida, à falta de orientação do empresariado brasileiro, que muitas vezes desconhece ou encontra dificuldades em aspectos relacionados à gestão de negócios, entre eles o planejamento. A taxa de mortalidade entre empresas que obtiveram auxílio do SEBRAE-SP foi de 30% até o quinto ano de atividade, enquanto a amostra total dessa pesquisa apresentou taxa de 56% para o mesmo período (BEDÊ 2005). Tratando-se mais especificamente do planejamento de negócios, incubadoras de empresas e parques tecnológicos habitualmente utilizam a viabilidade econômica como um dos principais critérios para seleção de empreendimentos (ANPROTEC 2005). Segundo a ANPROTEC (2006), o Brasil conta com 377 incubadoras que atendem mais de cinco mil empresas e registram índices de mortalidade ainda menores, de 20%, para empresas geradas sob suas estruturas (ANPROTEC 2006b). Este dado credencia, portanto, o estudo prévio da viabilidade dos negócios como instrumento que amplia as chances de se permanecer no mercado. Nesse cenário, é evidente a necessidade de se apresentar soluções tecnológicas que auxiliem os empresários no desenvolvimento de planejamentos com melhor estrutura, o que não vem ocorrendo de forma efetiva, apesar dos avanços ocorridos na área de empreendedorismo nos últimos anos. Deste modo, este estudo tem por objetivo apresentar o “PlaNInt!”, sistema inteligente de auxílio à escrita de Planos de Negócios. Trata-se de uma proposta inovadora ao mercado de softwares destinados à elaboração de Planos de Negócios, desenvolvida por meio de uma parceria Universidade- Empresa, que aborda aspectos conceituais do Business Plan aliados a mecanismos lingüísticos de estruturação e crítica de textos. A primeira etapa deste artigo traz definições, objetivos e aplicações do Plano de Negócios. Em seguida, serão apresentados os principais softwares de elaboração de Planos de Negócios, suas características, benefícios e limitações. Na seqüência, será apresentada a ferramenta proposta, suas características e inovações em relação às opções existentes mercado brasileiro. Por fim, serão apresentados os resultados até aqui obtidos com o desenvolvimento desta ferramenta inovadora e conclusões. 2. REFERENCIAL TEÓRICO Antes de apresentardefinições do plano de negócios, é preciso entender o contexto no qual o mesmo se insere. De acordo com BYGRAVE e ZACHARAKIS (2007, p.67), “o processo empreendedor inclui todas as funções, atividades e ações que fazem parte do ato de perceber oportunidades e criar organizações para persegui-las.” Segundo DORNELAS (2005), o processo empreendedor ocorre em função de diversos fatores internos e externos que são fundamentais para o início de novos empreendimentos. A figura 2.1, a seguir, sintetiza as etapas do processo empreendedor: DORNELAS (2005, p.43) afirma ainda que a segunda etapa desse processo, Desenvolver o Plano de Negócios, “talvez seja a que mais dê trabalho para os empreendedores de primeira viagem”, já que “envolve vários conceitos que devem ser entendidos e expressos de forma escrita (...) em um documento que sintetiza toda a essência da empresa, sua estratégia de negócio, seu mercado e competidores, como vai gerar receitas e crescer, etc.” O plano de negócios pode ser considerado a principal ferramenta de gestão dos empreendedores. Para DORNELAS (2005, p.91), “a principal utilização do plano de negócios é a de prover uma ferramenta de gestão para o planejamento e desenvolvimento inicial de uma [empresa] start-up”. Por se tratar de um documento que foca o planejamento das atividades de uma empresa, principalmente em fase inicial de constituição, é extremamente úti l e tem sido bastante difundido junto aos interessados na criação de um próprio negócio. O plano de negócios pode ser entendido como uma ferramenta de planejamento que trata essencialmente de pessoas, oportunidades, mercado, riscos e retornos (SAHLMAN, 1997). DORNELAS (2005, p.96) define o plano de negócios como “um documento usado para descrever um empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa.” Para o autor, o processo de elaboração do plano de negócios envolve um processo de aprendizagem e autoconhecimento, além de situá-lo no ambiente de negócios. Similarmente, SIEGEL, FORD e BORNSTEIN (1987, p.2), encaram o plano de negócios como “um documento desenvolvido para mapear o curso de um negócio dentro de um período de tempo específico”. Para BYGRAVE e ZACHARAKIS (2007, p.331), “o propósito do plano de negócios é contar uma história; a história de seu negócio”, e que “o plano deve estabelecer que há uma oportunidade que valha a pena ser explorada e deve detalhar como isso será feito.” Segundo DORNELAS (2005), a popularização do uso de planos de negócios no Brasil ocorreu, principalmente, devido a programas como o Softex, criado no início da década de 1990 para incentivar a exportação de softwares nacionais, a explosão da internet ocorrida no final daquela década e o Programa Brasil Empreendedor, do Governo Federal. O mesmo autor ressalta que esses movimentos destacaram apenas a utilidade do plano de negócios como “documento indispensável ao empreendedor em busca de recursos financeiros para o empreendimento” (DORNELAS 2005, p.91), havendo, no entanto, outras funcionalidades importantes para o documento. Segundo SIEGEL, FORD e BORNSTEIN (1987, p.1), a principal função do plano de negócios é “desenvolver idéias sobre como o negócio deve ser conduzido.” Esses autores acreditam que elaborar um plano de negócios “é uma chance para refinar estratégias e ‘cometer erros no papel’ ao invés cometê-los no mundo real, examinando o negócio a partir de diversas perspectivas, tais como marketing, finanças e operações.” Para TIMMONS, ZACHARAKIS e SPINELLI (2004, p.39), “embora um bom plano de negócios auxilie na obtenção de capital, sua principal proposta é ajudar os empreendedores a obter um entendimento mais profundo da oportunidade que estão visando”. BYGRAVE e ZACHARAKIS (2007, p.331), reforçam essa concepção, afirmando que “o aspecto mais importante de escrever o plano de negócios não é o plano em si, mas todo o aprendizado que se tem quando se identifica um conceito e então se estuda esse conceito, a indústria, os competidores, e mais importante, seus clientes”. DORNELAS (2005), por sua vez, aponta seis objetivos principais para o plano de negócios no Brasil: ü Entender e estabelecer diretrizes para o negócio. ü Gerenciar de forma mais eficaz a empresa e tomar decisões acertadas. ü Monitorar o dia-a-dia da empresa e tomar ações corretivas quando necessário. ü Conseguir financiamentos e recursos junto a bancos, governo, Sebrae, investidores, capitalistas de risco, etc. ü Identificar oportunidades e transformá-la em diferencial competitivo para a empresa. ü Estabelecer uma comunicação interna eficaz na empresa e convencer o público externo (fornecedores, parceiros, clientes, bancos, investidores, associações, etc.). Para BANGS (1998), os aspectos-chave que devem ser tratados nos planos de negócios são: 1. Em que negócios você está? 2. O que você (realmente) vende? 3. Qual é o seu mercado-alvo? DORNELAS (2005), afirma que não existe uma estrutura rígida, mas há um mínimo de informações que todo plano de negócios deve possuir, permitindo ao leitor entender: como a empresa é organizada; seus objetivos; produtos e serviços; seu mercado; sua estratégia de marketing e sua situação financeira. 3. SOFTWARES PARA ELABORAÇÃO DE PLANOS DE NEGÓCIOS O plano de negócios tem se tornado mais conhecido pelos empreendedores, porém os mesmos, em muitos casos, não despendem tempo suficiente para estruturar seus próprios planos de negócios. Segundo TIMMONS, ZACHARAKIS e SPINELLI (2004), “escrever um plano de negócios leva tempo e esforço. Pode-se estimar gastar 200 horas criando a primeira versão”. O suporte aos empreendedores no desenvolvimento de planos de negócios tem aumentado nos últimos anos devido a ações por parte do Sebrae, ao crescimento do ensino de empreendedorismo nas universidades e ensino médio, a publicações que têm focado o assunto, bem como sites na internet especializados em empreendedorismo. Dados publicados pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL - www.iel.org.br) e pelo SEBRAE mostram que das mais de 2.000 instituições de ensino superior do país, aproximadamente metade possui disciplinas de empreendedorismo vinculadas aos seus cursos de graduação (PEGN, Março 2005) A popularização do plano de negócios, aliada à dificuldade que muitos empreendedores encontram na sua correta elaboração abriram caminho para o lançamento de softwares destinados ao desenvolvimento de planos de negócios. Existem hoje no mercado diversos sites e softwares que auxiliam os empreendedores no processo de escrita de seu plano de negócios. Essas ferramentas vão desde simples templates com planilhas financeiras, até softwares completos que guiam o empreendedor durante o processo de escrita, a partir de estruturas pré-definidas e exemplos reais para comparações. Segundo a revista Inc., conceituada publicação americana na área de empreendedorismo, os principais softwares mundiais com essa finalidade são o Business Plan Pro e o Business Plan Software (Inc., 1999). O Business Plan Pro é o software de escrita de plano de negócios mais utilizado em todo o mundo. Desenvolvido pela empresa Palo Alto Software Inc., a ferramenta conta com o suporte do website www.bplans.com, onde é possível encontrar diversos exemplos de planos de negócios feitos com a utilização do próprio software. A companhia garante que todos os exemplos listados são de planos que foram contemplados com investimentos. O site ainda oferece resposta por e-mail aos usuários que tiverem dúvidas na elaboração do plano de negócios. O Business Plan Software foi criado pela empresa Business Resource Software e utiliza inteligência artificial para comparar o plano de negócios que está sendo escrito com outras estratégias de negócios similares. O sistema também oferece exemplos de plano de negócios, embora em menor quantidade. Além desses, existem ainda outrossoftwares menos conhecidos e utilizados, que consequentemente possuem menos funcionalidades e qualidades. Dentre eles destacam-se o Business Plan da Adarus Software, o BizPlan Builder da JIAN Software e o Adams Streetwise Complete Business Plan Software da Adams media, e outros pouco conhecidos. No Brasil existe um produto desenvolvido há alguns anos e utilizado por estudantes e empresas de informática, o Make Money (www.doctorsys.com.br) e, mais recentemente, um produto desenvolvido pelo SEBRAE, o SP-Plan (www.sebraesp.com.br). O Make Money foi desenvolvido pela DoctorSys e é comercializado através da internet e oferece exemplos de planos de negócios com um tutorial que auxilia seu preenchimento. Ele caracteriza os planos em três categorias, preliminar, básico e avançado. O software SP-Plan está disponível para download gratuito e foi desenvolvido a partir de uma parceria entre a FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e o SEBRAE-SP. A ferramenta é baseada em templates que são escolhidos pelo empreendedor no momento de seu preenchimento e possui a ferramenta de ajuda específica em alguns tópicos, no entanto não possui inteligência artificial para auxiliar o usuário. O software ainda pode ser acessado via internet, permitindo a integração de mais pessoas em seu preenchimento. A maioria desses produtos, no entanto, apresenta apenas estruturas de planos de negócios e templates de como se constituir um, com a seqüência de passos que se deve seguir até a obtenção do plano de negócios completo. Em atenção a isso, DORNELAS (2005, p.106), destaca que “muitos investidores não gostam de planos de negócios feitos em software, pois na maioria das vezes são limitados, e o empreendedor se prende à estrutura existente na ferramenta, que nem sempre está adequada à sua realidade”. A Tabela 3.1, a seguir, apresenta comparações entre as ferramentas mais comuns do mercado, destacando seus pontos fortes e fracos: Softwares Pontos Fortes Pontos Fracos Mais completa lista de exemplos O mais caro do mercado Suporte on-line Não importa / exporta para outros formatos Busine ss Plan Pro (U$100,00) Site com informações e templates adicionais gratuitos. Não tem versão em Português Possui biblioteca de exemplos Menor quantidade de exemplos Guia passo a passo Menor quantidade de ferramentas adicionais Comparação automatizada da estratégia com benchmarkings Não tem versão em Português Busine ss Plan Software U$49,95 Importa e exporta para outros formatos Gratuito Não oferece exemplos Spplan (Gratuito) Permite interação entre usuários Ajuda muito simples Possui biblioteca de exemplos Poucas categorias de planos Make Money (R$154,00) Tutorial para preenchimento Tabela 3.1 – Pontos fortes e pontos fracos dos principais softwares de elaboração de plano de negócios. Os softwares americanos, além de contar com rica base de exemplos de planos de negócios que é realimentada com casos de sucesso (Inc. 1999), oferecem propriedades que vão além do preenchimento de caixas de texto e instruções. Sua oferta é mais completa, envolvendo serviços de complemento conceitual de negócios, como suporte on-line, ou comparação da estratégia apontada pelo usuário com outras utilizadas por empresas da mesma indústria. A principal limitação dos softwares americanos para o mercado brasileiro é a diferença de idioma. Instruções e biblioteca de exemplos na língua inglesa podem até confundir usuários menos experientes que escrevem planos de negócios em idioma português. Já as soluções nacionais, além de escassas, não apresentam atributos diferenciados para a elaboração de planos de negócios. Para usuários com limitações de entendimento da língua inglesa, os únicos recursos disponíveis são templates, exemplos de planos de negócios e tutorial para preenchimento, presentes nas ferramentas com idioma português. As ferramentas oferecidas pelos softwares nacionais são úteis como orientações, mas para muitos usuários, mesmo seguindo os passos sugeridos por produtos como esses, não se consegue obter um bom plano de negócios, por motivos tais como: Ø Falta de experiência no seu desenvolvimento; Ø Não conhecer adequadamente os termos relacionados ao mundo dos negócios e, principalmente; Ø Não saber estruturar e escrever de forma adequada a sua idéia, estratégia, mercado-alvo e conceito de negócio. Nesse sentido, percebe-se que a oferta de ferramentas para elaboração de planos de negócios possui lacunas, havendo, portanto, oportunidade de se apresentar inovações que atendam a demandas mais específicas dos usuários desses softwares. Dado o limitado leque de opções nacionais e a concentração dos diferenciadas dos softwares americanos em aspectos conceituais de negócios, contextualiza-se a proposta do “PlaNInt!”, uma ferramenta que enfoca a qualidade de estruturação e escrita, sem abrir mão do aparato conceitual. 4. “PlaNInt!”: Uma Nova Ferramenta A inovação aqui proposta está sendo desenvolvida por meio de uma parceria firmada entre a Empreende, empresa especializada em consultoria e treinamentos de empreendedorismo e planos de negócios, e o Núcleo Interinstitucional de Lingüística Computacional (NILC) da USP de São Carlos/SP. Trata-se de um sistema inteligente de auxílio à elaboração de planos de negócios empregando estratégias implementadas em ferramentas de auxílio à escrita científica desenvolvidas ao longo de 15 anos pelo NILC. Ao se cadastrar no portal www.planodenegocios.com.br, que foi desenvolvido e é gerenciado pela Empreende, o usuário deve responder a um questionário com indagações sobre seu principal interesse. Mais de 70% das pessoas buscam exemplos de como desenvolver um plano de negócios ou ferramentas de software que auxiliem nesta tarefa, evidenciando, deste modo, a demanda existente por produtos como o que está sendo lançado. O sistema de auxílio à elaboração de plano de negócios, denominado “PlaNInt!”, permitirá ao usuário conhecer estruturas e exemplos de planos de negócios de sucesso e guiá-lo, passo a passo, na obtenção de seu próprio documento, sempre com o suporte inteligente proporcionado pela ferramenta de escrita. O conceito é que o usuário do sistema consiga interagir com a própria ferramenta e, assim, planejar e escolher a melhor estrutura e conteúdo para escrever seu plano de negócios, que posteriormente pode ser submetido a críticas da própria ferramenta. O “PlaNInt!” proverá acesso a uma base de dados computacional com estruturas de linguagem, termos, frases, exemplos de planos de negócios bem escritos e glossário de negócios. A determinação do foco da ferramenta, que é voltado à estrutura e à escrita, foi impulsionada pelas dificuldades encontradas por muitos empreendedores e estudantes que possuem problemas na escrita de um texto que apresente mecanismos de coesão entre as partes culminando com um todo coerente, o que inviabiliza a obtenção de um bom plano de negócios. SIEGEL, FORD e BORNSTEIN (1987, p.1), evidenciam que “muitos empreendedores encontram dificuldades em articular os conceitos do negócio”, e esses mesmos autores (1987, p.3) lembram que “as pessoas que lêem planos de negócios respondem positivamente a apresentações interessantes, e desligam-se para outras que são vagas, extensas e não bem pensadas ou organizadas”. Deste modo, considerando-se os objetivos de um plano de negócios, em especial o de captar recursos, sua correta estruturação e qualidade de escrita são aspectos fundamentais para que o autor possa persuadir e envolver seu público-alvo na proposição de negócio apresentada. O sistema computacional será implementado em plataforma virtual, baseada na internet, e incorporado ao portal www.planodenegocios.com.br, apoiando usuários de maneira interativa, nas seguintes instâncias: ü Fornecerá sugestões de estruturas para um plano de negócios, a partir de exemplosreais e contextualizados, coligidos ao longo dos anos pela empresa Empreende. ü Permitirá ao usuário escolher e criar sua própria estrutura para o plano de negócios, adequando-a as especificidades de seu negócio. ü Apresentará informações conceituais específicas para cada seção da estrutura de um plano de negócios, com exemplos contextualizados e a partir da base de conhecimento já existente da empresa Empreende, que será continuamente estendida com a interação e feedback dos usuários. ü Fornecerá checklists para os autores verificarem adequação da estrutura escolhida, com explicações para cada item da estrutura, suas aplicações e prioridades. ü Analisará estruturas propostas pelo usuário, apresentando críticas com base no conhecimento embutido no sistema inteligente. ü Analisará a estrutura dos planos de negócios propostos pelo usuário, reconhecendo automaticamente seus componentes principais e críticos com a ajuda de algoritmos de aprendizado de máquina. ü Apresentará críticas baseadas no reconhecimento de componentes padrões dos planos de negócios, seqüências esperadas e mais adequadas, além de dependências entre as seções do plano. ü Permitirá, como conseqüência, elaboração de planos mais adequados e em tempo menor Trata-se, portanto, de um projeto inovador que envolve transferência de tecnologia da Universidade para uma empresa, que já é especializada no domínio da aplicação. Os segmentos da sociedade atendidos pelo “PlaNInt!” são principalmente empreendedores de empresas nascentes e em estágio inicial de desenvolvimento no Brasil e também no exterior (em um segundo momento); e instituições de ensino superior com disciplinas de empreendedorismo, seus professores e alunos. A idéia é que o sistema seja baseado na Internet e que o usuário possa desenvolver seu plano de negócios on-line, gravando versões intermediárias no banco de dados do sistema, podendo acessá-las de qualquer computador com acesso à Internet. 5. METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO O desenvolvimento da ferramenta comercial de escrita aqui proposta contempla seis fases principais, desde sua concepção até o lançamento: 1° fase – Conceito Descrição: Fase para desenvolvimento do conceito do projeto da plataforma de desenvolvimento. São preparados os primeiros cronogramas detalhados para cada fase posterior. Nesta fase é definida toda a mecânica da solução e o planejamento das ações, bem como modelagem inicial dos dados. 2° fase – Protótipo Descrição: Fase para desenvolvimento do primeiro protótipo da solução da plataforma de escrita on-line. Também é escolhida a tecnologia a ser utilizada e início da programação da ferramenta de banco de dados. 3° fase – Pré-produção Descrição: Fase para término da produção da ferramenta e possíveis ajustes após os testes com o protótipo. Nesta fase são feitas todas as alterações e ajustes necessários. 4° fase – Produção Descrição: Complemento de todo o código fonte e do sistema administrativo, bem como adequação final da biblioteca de planos de negócios que será utilizada como referência. 5° fase – Testes Descrição: Estágio final, onde são feitos todos os testes internos e com usuários. Possíveis problemas são sanados. 6° fase – Finalização do produto para comercialização Descrição: Conclusão do produto final, publicação no site www.planodenegocios.com.br, divulgação e publicidade. O principal fator crítico de sucesso para o bom desempenho de uma ferramenta de auxílio à escrita é contar com uma base de casos diversificada, extensa e de boa qualidade. Para este caso, portanto, o ponto de partida foi um conjunto 73 de planos de negócios coligidos ao longo de vários anos de atuação da Empreende. A seguir, a relação de passos referente ao tratamento dos planos de negócios selecionados para a aplicação na ferramenta de escrita: 1. Organização e classificação do corpus: Primeiramente, esse conjunto de 73 planos de negócios, denominado corpus, deve ser organizado e classificado conforme os setores de atividade. 2. Levantamento das estruturas: Em seguida, é feito o levantamento das estruturas utilizadas, daquelas que são mais comuns, quais componentes da estrutura foram empregados ao todo e quais deles estão mais presentes no corpus. 3. Definição do núcleo duro: A partir da soma de referências conceituais da empresa Empreende com o tratamento estatístico realizado sobre as estruturas do corpus, é definido o chamado “núcleo duro” da estrutura, ou seja, componentes que devem estar presentes em qualquer estrutura de plano de negócios. 4. Determinação da macroestrutura e estratégias retóricas: O levantamento das estruturas utilizadas na escrita do corpus permite a criação de uma macroestrutura, que contempla todos os componentes identificados. Esses componentes são subdivididos em estratégias retóricas predominantemente utilizadas pelos autores para descrever cada etapa ou aspecto do plano de negócios. 1. Anotação do corpus: Definidos os principais componentes estruturais dos planos de negócios e suas respectivas estratégias retóricas, inicia- se a anotação do corpus. Esta etapa consiste em categorizar cada frase ou trecho dos planos de negócios conforme os componentes e estratégias retóricas predefinidas. 2. Anotação das críticas conceituais: Ainda na etapa de anotação, o corpus é comentado com críticas de conteúdo, ou seja, quando são percebidas falhas conceituais, estas são registradas e corrigidas para que a ferramenta seja preenchida apenas com exemplos corretos e bem escritos. Tais correções e comentários conceituais serão utilizados mais adiante, na função de crítica conceitual do “PlaNInt!”. 3. Análise lingüística: Depois da anotação, o corpus é submetido à análise lingüística para rastreamento e registro dos termos, expressões, frases e/ou trechos reutilizáveis, marcadores, ou de ligação mais comumente empregados de acordo com normas da boa escrita, credenciadas pelos profissionais do NILC. 4. Inserção computacional: Concluída a anotação, tanto a conceitual quanto a lingüística, o corpus é inserido computacionalmente em um programa aplicativo que reconhece as anotações feitas por meio de algoritmos e cria a base de dados de planos de negócios, com metodologia de raciocínio baseado em casos. As etapas de 1 a 4 do tratamento do corpus são realizadas a partir do plano de negócios completo e os demais passos deverão ser executados seção a seção. Esta estratégia permite maior detalhamento de dados para a função de crítica da ferramenta, tanto no campo estrutural quanto no conteúdo, já que o produto da anotação será uma relação dos equívocos mais comuns que podem ocorrer particularmente em cada seção do plano de negócios. A anotação capítulo a capítulo permite, também, acelerar o lançamento da ferramenta comercial, já que a fase de testes pode ocorrer paralelamente à de produção na medida em que se obtiver ao menos uma seção do plano de negócios completamente anotada. 6. RESULTADOS OBTIDOS E PRÓXIMOS PASSOS Os resultados até aqui obtidos estão condizentes com o planejado. O corpus foi categorizado conforme os setores da economia (indústria, comércio, serviços e internet) e a macroestrutura para a primeira seção do plano de negócios, o Sumário Executivo, já foi estabelecida, considerando-se os componentes e estratégias retóricas mais comuns obtidos no corpus. A escolha do sumário executivo como seção piloto para aplicação da ferramenta se deu devido à sua característica de sintetizar todo o plano de negócios de forma objetiva. Deste modo, o sumário executivo permite que se tenha um protótipo realista do que representará a ferramenta de escrita para o restante do plano de negócios, já que esta seção deve contemplar todas as seções destacadas no corpo do plano de negócios. A Tabela 6.1, a seguir, apresenta o parecer estatístico das seções presentes nos sumários executivosdo corpus adotado. Código Componente Ocorrência % CNO Conceito do Negócio e Oportunidade 69 94,00 MC Mercado e Competidores 65 89,00 MMPV Estratégia de Marketing, Market-share e Projeções de Vendas 62 84,00 PS Produtos e Serviços 42 57,00 VC Vantagem Competitiva 17 23,00 QUE Equipe de Gestão 47 64,00 EO Estrutura e Operações 44 60,00 IPF Indicadores e Projeções Financeiras 52 71,00 ONAR Origem e Necessidade de Aporte de Recursos 43 58,00 Tabela 6.1 – Distribuição dos componentes presentes na seção Sumário Executivo do corpus. Além da classificação dos componentes e definição das referidas estratégias retóricas (ANEXO 1) para o sumário executivo, já foram realizados testes de seleção da estrutura e escrita por meio da ferramenta. Para a realização dos testes, foram inseridos computacionalmente sumários executivos completamente classificados e anotados. O Quadro 6.1, a seguir, apresenta um exemplo de sumário executivo escrito a partir da ferramenta inteligente, utilizando-se apenas alguns dos componentes dentre todos os disponíveis. Os dados e informações contidos no exemplo a seguir são fictícios. Sumário Executivo O Conceito do Negócio e a Oportunidade Aproveitando o crescimento do setor de construção civil, o Laboratório de Ensaios New Business surgiu da oportunidade identificada em atuar no nicho de prestação de serviços de controle tecnológico de obras. Equipe A equipe de gestão é composta por profissionais com grande experiência em empresas de construção, possuindo excelente formação acadêmica e bom relacionamento com pessoas do setor. Os sócios estão altamente motivados para tornar o Laboratório de Ensaios New Business uma empresa de sucesso. Mercado e Competidores O setor de obras de construção civil vem se destacando pelo seu crescimento, sendo considerada uma das grandes tendências de investimento no país, devido aos diversos programas de incentivo e financiamento oriundos do governo para essa área. Em paralelo, a intensificação da fiscalização das obras que até a década de 1990 representava menos de 50% dos casos, a partir de 2000 passou a representar cerca de 80%, totalizando um mercado aproximado de R$ 2 bilhões. Marketing e Vendas Os fundamentos de marketing foram considerados: Produto (ensaios tecnológicos de argamassa, cimento, concreto e solo); Preço (adotado a partir da mídia de mercado, considerando-se tratar de um serviço de compra comparada); Praça (a distribuição do serviço se dará na região noroeste do estado de São Paulo, por meio da venda direta às construtoras e órgãos públicos fiscalizadores); e Promoção (a comunicação será feita por meio de revistas e eventos especializados, e visitas técnicas junto aos órgãos de fiscalização de obras). Inicialmente será realizado um levantamento das principais construtoras e órgãos fiscalizadores da região e a partir disso será coordenada uma atuação agressiva da força de vendas. As estimativas feitas indicam a possibilidade alcançar cerca de 1.500 contratos de ensaios de materiais da construção civil no primeiro ano, e mais de 3.000 a partir do quinto ano de operação. O Laboratório de Ensaios New Business buscará, através de sua estratégia, crescer nos 2 primeiros anos com foco na região noroeste do estado de São Paulo, prevendo a expansão nos próximos 3 anos para o sul de Minas Gerais e norte do Paraná. Plano Financeiro O aporte de capital previsto para o início do negócio é de R$ 180.000,00, com expectativa de payback em 32 meses e Taxa Interna de Retorno (TIR) de 30% ao ano. Quadro 6.1 – Exemplo de sumário executivo escrito a partir do PlaNInt! A ferramenta apresentou o desempenho esperado no teste do protótipo. As funcionalidades de planejamento da estrutura, escolha das estratégias retóricas para cada seção, consulta a exemplos e escrita operaram normalmente e foi possível exportar seu produto automaticamente para um documento em “Word”, editor de texto fornecido pela Microsoft. O desenvolvimento do projeto segue conforme o planejamento e o próximo passo do desenvolvimento da ferramenta é a fase de produção da função de escrita da ferramenta, que consiste em classificar e anotar as demais seções dos planos de negócios compreendidos no corpus e conseqüente introdução computacional no programa de escrita. O Quadro 6.2 apresenta o cronograma completo do projeto de lançamento comercial do PlaNInt!: Quadro 6.2 – Cronograma de lançamento da ferramenta de escrita inteligente para planos de negócios. De acordo com o planejamento do projeto, a primeira versão da ferramenta de escrita para testes deverá estar concluída na última semana de Setembro/2007. Já a primeira versão comercial deve ser concluída até o dia 30 de Novembro deste ano, compondo, inicialmente, as seguintes funções: Ø Tutorial (ajuda) conceitual sobre cada componente do plano de negócios, que informará ao usuário quais aspectos devem ser abordados em cada capítulo e qual é o objetivo de cada componente; Ø Escolha dos componentes (capítulos) da estrutura desejada para o plano de negócios; Ø Determinação das estratégias retóricas para cada componente selecionado; Ø Exemplos de planos de negócios de diversas indústrias para consulta e/ou reutilização; Ø Template para escrita do próprio plano de negócios com acesso a exemplos de cada estratégia retórica selecionada anteriormente; Ø Função de reuti lização de frases, termos ou trechos bem escritos para cada estratégia retórica selecionada; Ø Exportação do texto escrito para os formatos HTML e Word. Concluída a ferramenta com as funções de escrita, serão desenvolvidas as funções de crítica inteligente de estrutura e de conteúdo, completando a forma do novo programa de elaboração de plano de negócios. A ferramenta comercial completa tem seu lançamento previsto para Outubro de 2008, com o encerramento do prazo previsto para o projeto Rhae, do CNPq, que contemplou esta iniciativa com aporte de recursos. Os autores deste artigo aproveitam o ensejo para demonstrar agradecimentos ao CNPq pelo amplo apoio dado à inovação brasileira, e em particular para este projeto. ANEXO 1 – Tela de seleção da estrutura para o Sumário Executivo REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANPROTEC. Panorama 2005. Disponível em: http://www.anprotec.org.br/ArquivosDin/Panorama_2005_pdf_11.pdf (Acesso 17/04/2007) ANPROTEC. Evolução do movimento brasileiro de incubadoras 2006. Disponível em: http://www.anprotec.org.br/ArquivosDin/Graficos_Evolucao_2006_Locus_pdf_5 9.pdf (Acesso: 17/04/2007) ANPROTEC. Principais resultados 2006b. Disponível em: http://www.anprotec.org.br/publicacaopanorama.php?idpublicacao=199 (Acesso: 17/04/2007) BANGS, D. H. The business Planning Guide. Chicago: Upstar Publishing Company, 1998. BEDÊ, M. A. Sobrevivência e mortalidade das empresas paulistas de 1 a cinco anos. São Paulo: SEBRAE, 2005. BYGRAVE, W. D., ZACHARAKIS, A. Entrepreneurship. Hoboken: Wiley, 2007. DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando idéias em negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2005. GEM Global Entrepreneurship Monitor. Executive Report, 2006. HISRICH, R. D, PETER, M. P. Entrepreneurship. Boston: Irwin McGraw-Hill, 1998. INC. Plan for success. 1999. Disponível em: http://www.inc.com/articles/1999/11/15439.html (Acesso: 13/04/2007) SAHLMAN, W. A. “How to Write a Great Business Plan”. Harvard Business Review, julho/agosto de 1997. SEBRAE. Fatores condicionantes e Taxa de Mortalidade de Empresas no Brasil. Brasília: SEBRAE, Agosto de 2004. SIEGEL, E. S., FORD, B. R., BORNSTEIN, J. 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