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ESCRITA INTELIGENTE: UMA NOVA ABORDAGEM PARA SOFTWARES 
DE ELABORAÇÃO DE PLANOS DE NEGÓCIOS 
 
1Caio Cezar Pimentel Ferraz Júnior; 2Marcelo Adriano Amancio, 3Eliane Maria 
Raymundo, 4Eduardo Pinto Vilas Boas, 5Valéria Feltrim, 6Sandra Aluísio, 7José 
Dornelas 
 
Tema: Cultura do Empreendedorismo e Inovação 
 
RESUMO 
 
 Apesar de o Brasil possuir status de um dos países mais 
empreendedores do mundo, apresenta também elevados índices de 
mortalidade empresarial. Em muitos casos, o principal causador da falência de 
empresas nascentes pode ser entendido como falta de planejamento, de 
acordo com diversos estudos. Nesse contexto, o estudo de empreendedorismo 
e o plano de negócios, principal ferramenta de planejamento do empreendedor, 
tem ganhado mais atenção das universidades e em entidades como o 
SEBRAE. O mercado brasileiro de softwares para elaboração de planos de 
negócios, no entanto, é incipiente em termos de opções e ainda pouco 
avançado em diferenciais que auxi liem o empreendedor na tarefa de escrever 
um documento com qualidade superior. Este trabalho foi elaborado com o 
intuito de apresentar o lançamento de uma ferramenta inovadora para 
elaboração de planos de negócios a partir do uso de inteligência artificial para 
escrita e críticas de estrutura e conteúdo. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Plano de Negócios, Ferramenta Inteligente de Escrita, 
Software de Elaboração de Planos de Negócios. 
 
1 Pós-Graduado em Administração de Empresas; Empreende; Av. Angélica 1761, cj.43, São 
Paulo-SP. (18) 9601-4862, caio@empreende.com.br 
 
2 Graduando em Ciências da Computação; Universidade de São Paulo; Av. Trabalhador São-
Carlense, 400, São Carlos-SP. marcelousp@gmail.com 
 
3 Graduada em Letras; Núcleo Interinstitucional de Lingüística Computacional Instituto de 
Ciências Matemáticas e de Computação - USP; Av. Trabalhador São-Carlense, 400, São 
Carlos-SP eliane@empreende.com.br 
 
4 Mestrando em Administração; Empreende; Av. Angélica 1761, cj. 43, São Paulo-SP. (11) 
3129-5671, eduardo@empreende.com.br 
 
5 Doutora em Ciência da Computação; Departamento de Informática – Universidade Estadual 
de Maringá; Av. Colombo, 5790, Maringá-PR. valeria.feltrim@din.uem.br 
 
6 Pós-Doutora em Processamento de Língua Natural; Núcleo Interinstitucional de Lingüística 
Computacional Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação - USP; Av. Trabalhador 
São-Carlense, 400, São Carlos-SP. sandra@icmc.ups.br 
 
7 Pós-Doutor em Empreendedorismo; Empreende; Av. Angélica 1761, cj. 43, São Paulo-SP. 
(11) 3129-5671, dornelas@empreende.com.br 
 
INTELLIGENT WRITTING: A NEW APROACH FOR BUSINESS PLANS 
SOFTWARE 
 
1Caio Cezar Pimentel Ferraz Júnior; 2Marcelo Adriano Amancio, 3Eliane Maria 
Raymundo, 4Eduardo Pinto Vilas Boas, 5Valéria Feltrim, 6Sandra Aluísio, 7José 
Dornelas 
 
Theme: Entrepreneurship and Innovation Culture 
 
ABSTRACT 
 
 Although Brazil being considered one of the most entrepreneurial 
countries in the world, also presents high levels of enterprise mortality. In many 
cases, the main cause of enterprises bankruptcy can be connected to a lack of 
planning, according to several studies. In this context, the study of 
entrepreneurship and business plan - the main planning tool for the 
entrepreneur - is getting major attention at universities and entities like 
SEBRAE. Brazilian business plan software market, however, is still incipient, 
and not much advanced in terms of differentials that help the entrepreneur in his 
task to write a high quality business plan. This paper has been developed with 
the aim to present an innovative business plan’s writing tool, built based on 
artificial intelligence for writing and critics for structure and content. 
 
KEY-WORDS: Business Plan, Intelligent Writing Tool, Business Plan Software. 
 
1 Pós-Graduado em Administração de Empresas; Empreende; Av. Angélica 1761, cj.43, São 
Paulo-SP. (18) 9601-4862, caio@empreende.com.br 
 
2 Graduando em Ciências da Computação; Universidade de São Paulo; Av. Trabalhador São-
Carlense, 400, São Carlos-SP. marcelousp@gmail.com 
 
3 Graduada em Letras; Núcleo Interinstitucional de Lingüística Computacional Instituto de 
Ciências Matemáticas e de Computação - USP; Av. Trabalhador São-Carlense, 400, São 
Carlos-SP eliane@empreende.com.br 
 
4 Mestrando em Administração; Empreende; Av. Angélica 1761, cj. 43, São Paulo-SP. (11) 
3129-5671, eduardo@empreende.com.br 
 
5 Doutora em Ciência da Computação; Departamento de Informática – Universidade Estadual 
de Maringá; Av. Colombo, 5790, Maringá-PR. valeria.feltrim@din.uem.br 
 
6 Pós-Doutora em Processamento de Língua Natural; Núcleo Interinstitucional de Lingüística 
Computacional Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação - USP; Av. Trabalhador 
São-Carlense, 400, São Carlos-SP. sandra@icmc.ups.br 
 
7 Pós-Doutor em Empreendedorismo; Empreende; Av. Angélica 1761, cj. 43, São Paulo-SP. 
(11) 3129-5671, dornelas@empreende.com.br 
1. INTRODUÇÃO 
 
O Brasil está classificado entre os dez países com maior atividade 
empreendedora no mundo (GEM 2006), mas esse status é acompanhado por 
números nada animadores acerca da mortalidade empresarial. 
 
Segundo o mais recente estudo publicado pelo Serviço Brasileiro de 
Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE (2004), sobre os fatores 
condicionantes da mortalidade empresarial, constatou-se que a falta de 
planejamento é o principal vetor que leva ao encerramento de empresas. 
 
Em outra análise, o SEBRAE-SP (BEDÊ 2005) demonstrou que 53% dos 
empresários paulistas entrevistados não levantaram informações sobre o 
tamanho do mercado ou hábitos de consumo e 49% não conheciam os 
concorrentes antes de iniciar o negócio. 
 
Esse cenário deve-se, em grande medida, à falta de orientação do 
empresariado brasileiro, que muitas vezes desconhece ou encontra 
dificuldades em aspectos relacionados à gestão de negócios, entre eles o 
planejamento. A taxa de mortalidade entre empresas que obtiveram auxílio do 
SEBRAE-SP foi de 30% até o quinto ano de atividade, enquanto a amostra 
total dessa pesquisa apresentou taxa de 56% para o mesmo período (BEDÊ 
2005). 
 
Tratando-se mais especificamente do planejamento de negócios, 
incubadoras de empresas e parques tecnológicos habitualmente utilizam a 
viabilidade econômica como um dos principais critérios para seleção de 
empreendimentos (ANPROTEC 2005). 
 
Segundo a ANPROTEC (2006), o Brasil conta com 377 incubadoras que 
atendem mais de cinco mil empresas e registram índices de mortalidade ainda 
menores, de 20%, para empresas geradas sob suas estruturas (ANPROTEC 
2006b). Este dado credencia, portanto, o estudo prévio da viabilidade dos 
negócios como instrumento que amplia as chances de se permanecer no 
mercado. 
 
Nesse cenário, é evidente a necessidade de se apresentar soluções 
tecnológicas que auxiliem os empresários no desenvolvimento de 
planejamentos com melhor estrutura, o que não vem ocorrendo de forma 
efetiva, apesar dos avanços ocorridos na área de empreendedorismo nos 
últimos anos. 
 
Deste modo, este estudo tem por objetivo apresentar o “PlaNInt!”, 
sistema inteligente de auxílio à escrita de Planos de Negócios. Trata-se de uma 
proposta inovadora ao mercado de softwares destinados à elaboração de 
Planos de Negócios, desenvolvida por meio de uma parceria Universidade-
Empresa, que aborda aspectos conceituais do Business Plan aliados a 
mecanismos lingüísticos de estruturação e crítica de textos. 
A primeira etapa deste artigo traz definições, objetivos e aplicações do 
Plano de Negócios. Em seguida, serão apresentados os principais softwares de 
elaboração de Planos de Negócios, suas características, benefícios e 
limitações. Na seqüência, será apresentada a ferramenta proposta, suas 
características e inovações em relação às opções existentes mercado 
brasileiro. Por fim, serão apresentados os resultados até aqui obtidos com o 
desenvolvimento desta ferramenta inovadora e conclusões. 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
Antes de apresentardefinições do plano de negócios, é preciso entender 
o contexto no qual o mesmo se insere. De acordo com BYGRAVE e 
ZACHARAKIS (2007, p.67), “o processo empreendedor inclui todas as funções, 
atividades e ações que fazem parte do ato de perceber oportunidades e criar 
organizações para persegui-las.” 
 
Segundo DORNELAS (2005), o processo empreendedor ocorre em 
função de diversos fatores internos e externos que são fundamentais para o 
início de novos empreendimentos. A figura 2.1, a seguir, sintetiza as etapas do 
processo empreendedor: 
DORNELAS (2005, p.43) afirma ainda que a segunda etapa desse 
processo, Desenvolver o Plano de Negócios, “talvez seja a que mais dê 
trabalho para os empreendedores de primeira viagem”, já que “envolve vários 
conceitos que devem ser entendidos e expressos de forma escrita (...) em um 
documento que sintetiza toda a essência da empresa, sua estratégia de 
negócio, seu mercado e competidores, como vai gerar receitas e crescer, etc.” 
 
O plano de negócios pode ser considerado a principal ferramenta de 
gestão dos empreendedores. Para DORNELAS (2005, p.91), “a principal 
utilização do plano de negócios é a de prover uma ferramenta de gestão para o 
planejamento e desenvolvimento inicial de uma [empresa] start-up”. Por se 
tratar de um documento que foca o planejamento das atividades de uma 
empresa, principalmente em fase inicial de constituição, é extremamente úti l e 
tem sido bastante difundido junto aos interessados na criação de um próprio 
negócio. 
 
O plano de negócios pode ser entendido como uma ferramenta de 
planejamento que trata essencialmente de pessoas, oportunidades, mercado, 
riscos e retornos (SAHLMAN, 1997). 
 
DORNELAS (2005, p.96) define o plano de negócios como “um 
documento usado para descrever um empreendimento e o modelo de negócios 
que sustenta a empresa.” Para o autor, o processo de elaboração do plano de 
negócios envolve um processo de aprendizagem e autoconhecimento, além de 
situá-lo no ambiente de negócios. 
 
Similarmente, SIEGEL, FORD e BORNSTEIN (1987, p.2), encaram o 
plano de negócios como “um documento desenvolvido para mapear o curso de 
um negócio dentro de um período de tempo específico”. 
 
Para BYGRAVE e ZACHARAKIS (2007, p.331), “o propósito do plano de 
negócios é contar uma história; a história de seu negócio”, e que “o plano deve 
estabelecer que há uma oportunidade que valha a pena ser explorada e deve 
detalhar como isso será feito.” 
 
Segundo DORNELAS (2005), a popularização do uso de planos de 
negócios no Brasil ocorreu, principalmente, devido a programas como o Softex, 
criado no início da década de 1990 para incentivar a exportação de softwares 
nacionais, a explosão da internet ocorrida no final daquela década e o 
Programa Brasil Empreendedor, do Governo Federal. 
 
O mesmo autor ressalta que esses movimentos destacaram apenas a 
utilidade do plano de negócios como “documento indispensável ao 
empreendedor em busca de recursos financeiros para o empreendimento” 
(DORNELAS 2005, p.91), havendo, no entanto, outras funcionalidades 
importantes para o documento. 
 
 Segundo SIEGEL, FORD e BORNSTEIN (1987, p.1), a principal função 
do plano de negócios é “desenvolver idéias sobre como o negócio deve ser 
conduzido.” Esses autores acreditam que elaborar um plano de negócios “é 
uma chance para refinar estratégias e ‘cometer erros no papel’ ao invés 
cometê-los no mundo real, examinando o negócio a partir de diversas 
perspectivas, tais como marketing, finanças e operações.” 
 
 Para TIMMONS, ZACHARAKIS e SPINELLI (2004, p.39), “embora um 
bom plano de negócios auxilie na obtenção de capital, sua principal proposta é 
ajudar os empreendedores a obter um entendimento mais profundo da 
oportunidade que estão visando”. 
 
 BYGRAVE e ZACHARAKIS (2007, p.331), reforçam essa concepção, 
afirmando que “o aspecto mais importante de escrever o plano de negócios não 
é o plano em si, mas todo o aprendizado que se tem quando se identifica um 
conceito e então se estuda esse conceito, a indústria, os competidores, e mais 
importante, seus clientes”. 
 
DORNELAS (2005), por sua vez, aponta seis objetivos principais para o plano 
de negócios no Brasil: 
 
ü Entender e estabelecer diretrizes para o negócio. 
 
ü Gerenciar de forma mais eficaz a empresa e tomar decisões acertadas. 
 
ü Monitorar o dia-a-dia da empresa e tomar ações corretivas quando 
necessário. 
 
ü Conseguir financiamentos e recursos junto a bancos, governo, Sebrae, 
investidores, capitalistas de risco, etc. 
 
ü Identificar oportunidades e transformá-la em diferencial competitivo para 
a empresa. 
 
ü Estabelecer uma comunicação interna eficaz na empresa e convencer o 
público externo (fornecedores, parceiros, clientes, bancos, investidores, 
associações, etc.). 
 
Para BANGS (1998), os aspectos-chave que devem ser tratados nos 
planos de negócios são: 
 
1. Em que negócios você está? 
 
2. O que você (realmente) vende? 
 
3. Qual é o seu mercado-alvo? 
 
DORNELAS (2005), afirma que não existe uma estrutura rígida, mas há 
um mínimo de informações que todo plano de negócios deve possuir, 
permitindo ao leitor entender: como a empresa é organizada; seus objetivos; 
produtos e serviços; seu mercado; sua estratégia de marketing e sua situação 
financeira. 
 
3. SOFTWARES PARA ELABORAÇÃO DE PLANOS DE 
NEGÓCIOS 
 
O plano de negócios tem se tornado mais conhecido pelos 
empreendedores, porém os mesmos, em muitos casos, não despendem tempo 
suficiente para estruturar seus próprios planos de negócios. Segundo 
TIMMONS, ZACHARAKIS e SPINELLI (2004), “escrever um plano de negócios 
leva tempo e esforço. Pode-se estimar gastar 200 horas criando a primeira 
versão”. 
 
O suporte aos empreendedores no desenvolvimento de planos de negócios 
tem aumentado nos últimos anos devido a ações por parte do Sebrae, ao 
crescimento do ensino de empreendedorismo nas universidades e 
ensino médio, a publicações que têm focado o assunto, bem como sites 
na internet especializados em empreendedorismo. 
 
Dados publicados pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL - www.iel.org.br) e 
pelo SEBRAE mostram que das mais de 2.000 instituições de ensino superior 
do país, aproximadamente metade possui disciplinas de empreendedorismo 
vinculadas aos seus cursos de graduação (PEGN, Março 2005) 
 
A popularização do plano de negócios, aliada à dificuldade que muitos 
empreendedores encontram na sua correta elaboração abriram caminho para o 
lançamento de softwares destinados ao desenvolvimento de planos de 
negócios. 
 
Existem hoje no mercado diversos sites e softwares que auxiliam os 
empreendedores no processo de escrita de seu plano de negócios. Essas 
ferramentas vão desde simples templates com planilhas financeiras, até 
softwares completos que guiam o empreendedor durante o processo de escrita, 
a partir de estruturas pré-definidas e exemplos reais para comparações. 
 
Segundo a revista Inc., conceituada publicação americana na área de 
empreendedorismo, os principais softwares mundiais com essa finalidade são o 
Business Plan Pro e o Business Plan Software (Inc., 1999). 
 
O Business Plan Pro é o software de escrita de plano de negócios mais 
utilizado em todo o mundo. Desenvolvido pela empresa Palo Alto Software Inc., 
a ferramenta conta com o suporte do website www.bplans.com, onde é 
possível encontrar diversos exemplos de planos de negócios feitos com a 
utilização do próprio software. A companhia garante que todos os exemplos 
listados são de planos que foram contemplados com investimentos. O site 
ainda oferece resposta por e-mail aos usuários que tiverem dúvidas na 
elaboração do plano de negócios. 
 
O Business Plan Software foi criado pela empresa Business Resource 
Software e utiliza inteligência artificial para comparar o plano de negócios que 
está sendo escrito com outras estratégias de negócios similares. O sistema 
também oferece exemplos de plano de negócios, embora em menor 
quantidade. 
 
Além desses, existem ainda outrossoftwares menos conhecidos e 
utilizados, que consequentemente possuem menos funcionalidades e 
qualidades. Dentre eles destacam-se o Business Plan da Adarus Software, o 
BizPlan Builder da JIAN Software e o Adams Streetwise Complete Business 
Plan Software da Adams media, e outros pouco conhecidos. 
 
No Brasil existe um produto desenvolvido há alguns anos e utilizado por 
estudantes e empresas de informática, o Make Money (www.doctorsys.com.br) 
e, mais recentemente, um produto desenvolvido pelo SEBRAE, o SP-Plan 
(www.sebraesp.com.br). 
O Make Money foi desenvolvido pela DoctorSys e é comercializado 
através da internet e oferece exemplos de planos de negócios com um tutorial 
que auxilia seu preenchimento. Ele caracteriza os planos em três categorias, 
preliminar, básico e avançado. 
 
O software SP-Plan está disponível para download gratuito e foi 
desenvolvido a partir de uma parceria entre a FIESP (Federação das Indústrias 
do Estado de São Paulo) e o SEBRAE-SP. A ferramenta é baseada em 
templates que são escolhidos pelo empreendedor no momento de seu 
preenchimento e possui a ferramenta de ajuda específica em alguns tópicos, 
no entanto não possui inteligência artificial para auxiliar o usuário. O software 
ainda pode ser acessado via internet, permitindo a integração de mais pessoas 
em seu preenchimento. 
 
A maioria desses produtos, no entanto, apresenta apenas estruturas de 
planos de negócios e templates de como se constituir um, com a seqüência de 
passos que se deve seguir até a obtenção do plano de negócios completo. Em 
atenção a isso, DORNELAS (2005, p.106), destaca que “muitos investidores 
não gostam de planos de negócios feitos em software, pois na maioria das 
vezes são limitados, e o empreendedor se prende à estrutura existente na 
ferramenta, que nem sempre está adequada à sua realidade”. 
 
A Tabela 3.1, a seguir, apresenta comparações entre as ferramentas 
mais comuns do mercado, destacando seus pontos fortes e fracos: 
 
Softwares Pontos Fortes Pontos Fracos 
Mais completa lista de exemplos O mais caro do mercado 
Suporte on-line 
Não importa / exporta para 
outros formatos 
Busine ss Plan Pro 
(U$100,00) 
Site com informações e templates adicionais 
gratuitos. Não tem versão em Português 
Possui biblioteca de exemplos Menor quantidade de 
exemplos 
Guia passo a passo Menor quantidade de 
ferramentas adicionais 
Comparação automatizada da estratégia com 
benchmarkings 
Não tem versão em Português 
Busine ss Plan 
Software 
U$49,95 
Importa e exporta para outros formatos 
Gratuito Não oferece exemplos Spplan 
(Gratuito) Permite interação entre usuários Ajuda muito simples 
Possui biblioteca de exemplos Poucas categorias de planos Make Money 
(R$154,00) Tutorial para preenchimento 
Tabela 3.1 – Pontos fortes e pontos fracos dos principais softwares de elaboração de plano de negócios. 
 
Os softwares americanos, além de contar com rica base de exemplos de 
planos de negócios que é realimentada com casos de sucesso (Inc. 1999), 
oferecem propriedades que vão além do preenchimento de caixas de texto e 
instruções. Sua oferta é mais completa, envolvendo serviços de complemento 
conceitual de negócios, como suporte on-line, ou comparação da estratégia 
apontada pelo usuário com outras utilizadas por empresas da mesma indústria. 
A principal limitação dos softwares americanos para o mercado brasileiro 
é a diferença de idioma. Instruções e biblioteca de exemplos na língua inglesa 
podem até confundir usuários menos experientes que escrevem planos de 
negócios em idioma português. 
 
Já as soluções nacionais, além de escassas, não apresentam atributos 
diferenciados para a elaboração de planos de negócios. Para usuários com 
limitações de entendimento da língua inglesa, os únicos recursos disponíveis 
são templates, exemplos de planos de negócios e tutorial para preenchimento, 
presentes nas ferramentas com idioma português. 
 
As ferramentas oferecidas pelos softwares nacionais são úteis como 
orientações, mas para muitos usuários, mesmo seguindo os passos sugeridos 
por produtos como esses, não se consegue obter um bom plano de negócios, 
por motivos tais como: 
 
Ø Falta de experiência no seu desenvolvimento; 
 
Ø Não conhecer adequadamente os termos relacionados ao mundo dos 
negócios e, principalmente; 
 
Ø Não saber estruturar e escrever de forma adequada a sua idéia, 
estratégia, mercado-alvo e conceito de negócio. 
 
Nesse sentido, percebe-se que a oferta de ferramentas para elaboração 
de planos de negócios possui lacunas, havendo, portanto, oportunidade de se 
apresentar inovações que atendam a demandas mais específicas dos usuários 
desses softwares. 
 
Dado o limitado leque de opções nacionais e a concentração dos 
diferenciadas dos softwares americanos em aspectos conceituais de negócios, 
contextualiza-se a proposta do “PlaNInt!”, uma ferramenta que enfoca a 
qualidade de estruturação e escrita, sem abrir mão do aparato conceitual. 
 
4. “PlaNInt!”: Uma Nova Ferramenta 
 
A inovação aqui proposta está sendo desenvolvida por meio de uma 
parceria firmada entre a Empreende, empresa especializada em consultoria e 
treinamentos de empreendedorismo e planos de negócios, e o Núcleo 
Interinstitucional de Lingüística Computacional (NILC) da USP de São 
Carlos/SP. Trata-se de um sistema inteligente de auxílio à elaboração de 
planos de negócios empregando estratégias implementadas em ferramentas de 
auxílio à escrita científica desenvolvidas ao longo de 15 anos pelo NILC. 
 
Ao se cadastrar no portal www.planodenegocios.com.br, que foi desenvolvido e 
é gerenciado pela Empreende, o usuário deve responder a um questionário 
com indagações sobre seu principal interesse. Mais de 70% das pessoas 
buscam exemplos de como desenvolver um plano de negócios ou 
ferramentas de software que auxiliem nesta tarefa, evidenciando, deste 
modo, a demanda existente por produtos como o que está sendo lançado. 
 
O sistema de auxílio à elaboração de plano de negócios, denominado 
“PlaNInt!”, permitirá ao usuário conhecer estruturas e exemplos de planos de 
negócios de sucesso e guiá-lo, passo a passo, na obtenção de seu próprio 
documento, sempre com o suporte inteligente proporcionado pela ferramenta 
de escrita. 
 
O conceito é que o usuário do sistema consiga interagir com a própria 
ferramenta e, assim, planejar e escolher a melhor estrutura e conteúdo para 
escrever seu plano de negócios, que posteriormente pode ser submetido a 
críticas da própria ferramenta. O “PlaNInt!” proverá acesso a uma base de 
dados computacional com estruturas de linguagem, termos, frases, exemplos 
de planos de negócios bem escritos e glossário de negócios. 
 
A determinação do foco da ferramenta, que é voltado à estrutura e à 
escrita, foi impulsionada pelas dificuldades encontradas por muitos 
empreendedores e estudantes que possuem problemas na escrita de um texto 
que apresente mecanismos de coesão entre as partes culminando com um 
todo coerente, o que inviabiliza a obtenção de um bom plano de negócios. 
 
SIEGEL, FORD e BORNSTEIN (1987, p.1), evidenciam que “muitos 
empreendedores encontram dificuldades em articular os conceitos do negócio”, 
e esses mesmos autores (1987, p.3) lembram que “as pessoas que lêem 
planos de negócios respondem positivamente a apresentações interessantes, e 
desligam-se para outras que são vagas, extensas e não bem pensadas ou 
organizadas”. 
 
Deste modo, considerando-se os objetivos de um plano de negócios, em 
especial o de captar recursos, sua correta estruturação e qualidade de escrita 
são aspectos fundamentais para que o autor possa persuadir e envolver seu 
público-alvo na proposição de negócio apresentada. 
 
O sistema computacional será implementado em plataforma virtual, 
baseada na internet, e incorporado ao portal www.planodenegocios.com.br, 
apoiando usuários de maneira interativa, nas seguintes instâncias: 
 
ü Fornecerá sugestões de estruturas para um plano de negócios, a partir 
de exemplosreais e contextualizados, coligidos ao longo dos anos pela 
empresa Empreende. 
 
ü Permitirá ao usuário escolher e criar sua própria estrutura para o plano 
de negócios, adequando-a as especificidades de seu negócio. 
 
ü Apresentará informações conceituais específicas para cada seção da 
estrutura de um plano de negócios, com exemplos contextualizados e a 
partir da base de conhecimento já existente da empresa Empreende, 
que será continuamente estendida com a interação e feedback dos 
usuários. 
ü Fornecerá checklists para os autores verificarem adequação da estrutura 
escolhida, com explicações para cada item da estrutura, suas aplicações 
e prioridades. 
 
ü Analisará estruturas propostas pelo usuário, apresentando críticas com 
base no conhecimento embutido no sistema inteligente. 
 
ü Analisará a estrutura dos planos de negócios propostos pelo usuário, 
reconhecendo automaticamente seus componentes principais e críticos 
com a ajuda de algoritmos de aprendizado de máquina. 
 
ü Apresentará críticas baseadas no reconhecimento de componentes 
padrões dos planos de negócios, seqüências esperadas e mais 
adequadas, além de dependências entre as seções do plano. 
 
ü Permitirá, como conseqüência, elaboração de planos mais adequados e 
em tempo menor 
 
Trata-se, portanto, de um projeto inovador que envolve transferência de 
tecnologia da Universidade para uma empresa, que já é especializada no 
domínio da aplicação. 
 
Os segmentos da sociedade atendidos pelo “PlaNInt!” são 
principalmente empreendedores de empresas nascentes e em estágio inicial de 
desenvolvimento no Brasil e também no exterior (em um segundo momento); e 
instituições de ensino superior com disciplinas de empreendedorismo, seus 
professores e alunos. 
 
A idéia é que o sistema seja baseado na Internet e que o usuário possa 
desenvolver seu plano de negócios on-line, gravando versões intermediárias no 
banco de dados do sistema, podendo acessá-las de qualquer computador com 
acesso à Internet. 
 
5. METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO 
 
O desenvolvimento da ferramenta comercial de escrita aqui proposta 
contempla seis fases principais, desde sua concepção até o lançamento: 
 
1° fase – Conceito 
Descrição: Fase para desenvolvimento do conceito do projeto da plataforma de 
desenvolvimento. São preparados os primeiros cronogramas detalhados para 
cada fase posterior. Nesta fase é definida toda a mecânica da solução e o 
planejamento das ações, bem como modelagem inicial dos dados. 
 
2° fase – Protótipo 
Descrição: Fase para desenvolvimento do primeiro protótipo da solução da 
plataforma de escrita on-line. Também é escolhida a tecnologia a ser utilizada e 
início da programação da ferramenta de banco de dados. 
3° fase – Pré-produção 
Descrição: Fase para término da produção da ferramenta e possíveis ajustes 
após os testes com o protótipo. Nesta fase são feitas todas as alterações e 
ajustes necessários. 
 
4° fase – Produção 
Descrição: Complemento de todo o código fonte e do sistema administrativo, 
bem como adequação final da biblioteca de planos de negócios que será 
utilizada como referência. 
 
5° fase – Testes 
Descrição: Estágio final, onde são feitos todos os testes internos e com 
usuários. Possíveis problemas são sanados. 
 
6° fase – Finalização do produto para comercialização 
Descrição: Conclusão do produto final, publicação no site 
www.planodenegocios.com.br, divulgação e publicidade. 
 
O principal fator crítico de sucesso para o bom desempenho de uma 
ferramenta de auxílio à escrita é contar com uma base de casos diversificada, 
extensa e de boa qualidade. Para este caso, portanto, o ponto de partida foi um 
conjunto 73 de planos de negócios coligidos ao longo de vários anos de 
atuação da Empreende. 
 
A seguir, a relação de passos referente ao tratamento dos planos de 
negócios selecionados para a aplicação na ferramenta de escrita: 
 
1. Organização e classificação do corpus: Primeiramente, esse conjunto 
de 73 planos de negócios, denominado corpus, deve ser organizado e 
classificado conforme os setores de atividade. 
 
2. Levantamento das estruturas: Em seguida, é feito o levantamento das 
estruturas utilizadas, daquelas que são mais comuns, quais 
componentes da estrutura foram empregados ao todo e quais deles 
estão mais presentes no corpus. 
 
3. Definição do núcleo duro: A partir da soma de referências conceituais 
da empresa Empreende com o tratamento estatístico realizado sobre as 
estruturas do corpus, é definido o chamado “núcleo duro” da estrutura, 
ou seja, componentes que devem estar presentes em qualquer estrutura 
de plano de negócios. 
 
4. Determinação da macroestrutura e estratégias retóricas: O 
levantamento das estruturas utilizadas na escrita do corpus permite a 
criação de uma macroestrutura, que contempla todos os componentes 
identificados. Esses componentes são subdivididos em estratégias 
retóricas predominantemente utilizadas pelos autores para descrever 
cada etapa ou aspecto do plano de negócios. 
1. Anotação do corpus: Definidos os principais componentes estruturais 
dos planos de negócios e suas respectivas estratégias retóricas, inicia-
se a anotação do corpus. Esta etapa consiste em categorizar cada frase 
ou trecho dos planos de negócios conforme os componentes e 
estratégias retóricas predefinidas. 
 
2. Anotação das críticas conceituais: Ainda na etapa de anotação, o 
corpus é comentado com críticas de conteúdo, ou seja, quando são 
percebidas falhas conceituais, estas são registradas e corrigidas para 
que a ferramenta seja preenchida apenas com exemplos corretos e bem 
escritos. Tais correções e comentários conceituais serão utilizados mais 
adiante, na função de crítica conceitual do “PlaNInt!”. 
 
3. Análise lingüística: Depois da anotação, o corpus é submetido à 
análise lingüística para rastreamento e registro dos termos, expressões, 
frases e/ou trechos reutilizáveis, marcadores, ou de ligação mais 
comumente empregados de acordo com normas da boa escrita, 
credenciadas pelos profissionais do NILC. 
 
4. Inserção computacional: Concluída a anotação, tanto a conceitual 
quanto a lingüística, o corpus é inserido computacionalmente em um 
programa aplicativo que reconhece as anotações feitas por meio de 
algoritmos e cria a base de dados de planos de negócios, com 
metodologia de raciocínio baseado em casos. 
 
 As etapas de 1 a 4 do tratamento do corpus são realizadas a partir do 
plano de negócios completo e os demais passos deverão ser executados 
seção a seção. Esta estratégia permite maior detalhamento de dados para a 
função de crítica da ferramenta, tanto no campo estrutural quanto no conteúdo, 
já que o produto da anotação será uma relação dos equívocos mais comuns 
que podem ocorrer particularmente em cada seção do plano de negócios. 
 
 A anotação capítulo a capítulo permite, também, acelerar o lançamento 
da ferramenta comercial, já que a fase de testes pode ocorrer paralelamente à 
de produção na medida em que se obtiver ao menos uma seção do plano de 
negócios completamente anotada. 
 
6. RESULTADOS OBTIDOS E PRÓXIMOS PASSOS 
 
 Os resultados até aqui obtidos estão condizentes com o planejado. O 
corpus foi categorizado conforme os setores da economia (indústria, comércio, 
serviços e internet) e a macroestrutura para a primeira seção do plano de 
negócios, o Sumário Executivo, já foi estabelecida, considerando-se os 
componentes e estratégias retóricas mais comuns obtidos no corpus. 
 
 A escolha do sumário executivo como seção piloto para aplicação da 
ferramenta se deu devido à sua característica de sintetizar todo o plano de 
negócios de forma objetiva. Deste modo, o sumário executivo permite que se 
tenha um protótipo realista do que representará a ferramenta de escrita para o 
restante do plano de negócios, já que esta seção deve contemplar todas as 
seções destacadas no corpo do plano de negócios. A Tabela 6.1, a seguir, 
apresenta o parecer estatístico das seções presentes nos sumários executivosdo corpus adotado. 
 
Código Componente Ocorrência % 
CNO Conceito do Negócio e Oportunidade 69 94,00 
MC Mercado e Competidores 65 89,00 
MMPV Estratégia de Marketing, Market-share e 
Projeções de Vendas 
62 84,00 
PS Produtos e Serviços 42 57,00 
VC Vantagem Competitiva 17 23,00 
QUE Equipe de Gestão 47 64,00 
EO Estrutura e Operações 44 60,00 
IPF Indicadores e Projeções Financeiras 52 71,00 
ONAR Origem e Necessidade de Aporte de Recursos 43 58,00 
Tabela 6.1 – Distribuição dos componentes presentes na seção Sumário Executivo do corpus. 
 
 Além da classificação dos componentes e definição das referidas 
estratégias retóricas (ANEXO 1) para o sumário executivo, já foram realizados 
testes de seleção da estrutura e escrita por meio da ferramenta. Para a 
realização dos testes, foram inseridos computacionalmente sumários 
executivos completamente classificados e anotados. 
 
 O Quadro 6.1, a seguir, apresenta um exemplo de sumário executivo 
escrito a partir da ferramenta inteligente, utilizando-se apenas alguns dos 
componentes dentre todos os disponíveis. Os dados e informações contidos no 
exemplo a seguir são fictícios. 
 
Sumário Executivo 
 
O Conceito do Negócio e a Oportunidade 
Aproveitando o crescimento do setor de construção civil, o Laboratório de Ensaios New 
Business surgiu da oportunidade identificada em atuar no nicho de prestação de serviços 
de controle tecnológico de obras. 
 
Equipe 
A equipe de gestão é composta por profissionais com grande experiência em empresas 
de construção, possuindo excelente formação acadêmica e bom relacionamento com 
pessoas do setor. Os sócios estão altamente motivados para tornar o Laboratório de 
Ensaios New Business uma empresa de sucesso. 
 
Mercado e Competidores 
O setor de obras de construção civil vem se destacando pelo seu crescimento, sendo 
considerada uma das grandes tendências de investimento no país, devido aos diversos 
programas de incentivo e financiamento oriundos do governo para essa área. 
 
Em paralelo, a intensificação da fiscalização das obras que até a década de 1990 
representava menos de 50% dos casos, a partir de 2000 passou a representar cerca de 
80%, totalizando um mercado aproximado de R$ 2 bilhões. 
 
Marketing e Vendas 
Os fundamentos de marketing foram considerados: Produto (ensaios tecnológicos de 
argamassa, cimento, concreto e solo); Preço (adotado a partir da mídia de mercado, 
considerando-se tratar de um serviço de compra comparada); Praça (a distribuição do 
serviço se dará na região noroeste do estado de São Paulo, por meio da venda direta às 
construtoras e órgãos públicos fiscalizadores); e Promoção (a comunicação será feita 
por meio de revistas e eventos especializados, e visitas técnicas junto aos órgãos de 
fiscalização de obras). 
 
Inicialmente será realizado um levantamento das principais construtoras e órgãos 
fiscalizadores da região e a partir disso será coordenada uma atuação agressiva da força 
de vendas. 
 
As estimativas feitas indicam a possibilidade alcançar cerca de 1.500 contratos de 
ensaios de materiais da construção civil no primeiro ano, e mais de 3.000 a partir do 
quinto ano de operação. 
 
O Laboratório de Ensaios New Business buscará, através de sua estratégia, crescer nos 2 
primeiros anos com foco na região noroeste do estado de São Paulo, prevendo a 
expansão nos próximos 3 anos para o sul de Minas Gerais e norte do Paraná. 
 
Plano Financeiro 
O aporte de capital previsto para o início do negócio é de R$ 180.000,00, com 
expectativa de payback em 32 meses e Taxa Interna de Retorno (TIR) de 30% ao ano. 
Quadro 6.1 – Exemplo de sumário executivo escrito a partir do PlaNInt! 
 
 A ferramenta apresentou o desempenho esperado no teste do protótipo. 
As funcionalidades de planejamento da estrutura, escolha das estratégias 
retóricas para cada seção, consulta a exemplos e escrita operaram 
normalmente e foi possível exportar seu produto automaticamente para um 
documento em “Word”, editor de texto fornecido pela Microsoft. 
 
 O desenvolvimento do projeto segue conforme o planejamento e o 
próximo passo do desenvolvimento da ferramenta é a fase de produção da 
função de escrita da ferramenta, que consiste em classificar e anotar as demais 
seções dos planos de negócios compreendidos no corpus e conseqüente 
introdução computacional no programa de escrita. 
 
O Quadro 6.2 apresenta o cronograma completo do projeto de 
lançamento comercial do PlaNInt!: 
 
 
Quadro 6.2 – Cronograma de lançamento da ferramenta de escrita inteligente para planos de negócios. 
 
 De acordo com o planejamento do projeto, a primeira versão da 
ferramenta de escrita para testes deverá estar concluída na última semana de 
Setembro/2007. Já a primeira versão comercial deve ser concluída até o dia 30 
de Novembro deste ano, compondo, inicialmente, as seguintes funções: 
 
Ø Tutorial (ajuda) conceitual sobre cada componente do plano de 
negócios, que informará ao usuário quais aspectos devem ser 
abordados em cada capítulo e qual é o objetivo de cada componente; 
 
Ø Escolha dos componentes (capítulos) da estrutura desejada para o 
plano de negócios; 
 
Ø Determinação das estratégias retóricas para cada componente 
selecionado; 
 
Ø Exemplos de planos de negócios de diversas indústrias para consulta 
e/ou reutilização; 
 
Ø Template para escrita do próprio plano de negócios com acesso a 
exemplos de cada estratégia retórica selecionada anteriormente; 
 
Ø Função de reuti lização de frases, termos ou trechos bem escritos para 
cada estratégia retórica selecionada; 
 
Ø Exportação do texto escrito para os formatos HTML e Word. 
 
Concluída a ferramenta com as funções de escrita, serão desenvolvidas 
as funções de crítica inteligente de estrutura e de conteúdo, completando a 
forma do novo programa de elaboração de plano de negócios. 
 
A ferramenta comercial completa tem seu lançamento previsto para 
Outubro de 2008, com o encerramento do prazo previsto para o projeto Rhae, 
do CNPq, que contemplou esta iniciativa com aporte de recursos. 
 
Os autores deste artigo aproveitam o ensejo para demonstrar 
agradecimentos ao CNPq pelo amplo apoio dado à inovação brasileira, e em 
particular para este projeto. 
ANEXO 1 – Tela de seleção da estrutura para o Sumário 
Executivo 
 
 
 
 
 
 
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BYGRAVE, W. D., ZACHARAKIS, A. Entrepreneurship. Hoboken: Wiley, 2007. 
 
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando idéias em negócios. 
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SEBRAE. Fatores condicionantes e Taxa de Mortalidade de Empresas no 
Brasil. Brasília: SEBRAE, Agosto de 2004. 
 
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TIMMONS, J. A. ZACHARAKIS, A., SPINELLI S. Business plans that work: A 
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