Histórico da Extensão Rural no Brasil - Modelos de Extensão Rural

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Sociedade, agricultura e comunicação de 
tecnologias
Histórico da extensão rural no Brasil. Modelos 
de extensão rural. 
Professora: Cristina Amarante
EXTENSÃO RURAL NA 
AMÉRICA LATINA
OCORREU APÓS A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL ( APÓS A DÉCADA DE 40), SOB 
DOIS MODELOS
MODELO CLÁSSICO E MODELO DE ADOÇÃO DIFUSIONISTA
 AMBOS BASEADOS EM EXPERIÊNCIAS AMERICANAS: PROPUNHAM METAS DE 
MELHORES ÍNDICES DE PRODUTIVIDADE COM RACIONALIZAÇÃO DE PRODUÇÃO 
AGRÍCOLA E MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA NO CAMPO, VISANDO AO 
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO-SOCIAL.
NA MAIORIA DOS PAÍSES LATINO AMERICANOS SEGUIA A FILOSOFIA AMERICANA
E EM ALGUNS PAÍSES TAMBÉM OCORRIA A AJUDA FINANCEIRA, MESMO NAQUELES 
QUE ERAM CONTRÁRIOS AO CAPITALISMO NORTE AMERICANO
OS TÉNICOS TINHAM A SEGUINTE FILOSOFIA: FINANCIAMENTO E ASSISTÊNCIA 
TÉCNICA PARA ALAVANCAR A AGRICULTURA
ESTE MODELO CLÁSSICO DIFUNDIA OS MÉTODOS AUDIOVISUAIS, COM ISSO HOUVE 
UM AUMENTO DE PESSOAL, ESCRITÓRIOS E BENS MATERIAIS (VEÍCULOS, PROJETORES 
DE FILMES, MÁQUINAS FOTOGRÁFICAS)
EM TODA A AMÉRICA LATINA, INCLUSIVE O BRASIL, A EXTENSÃO RURAL BUSCAVA O 
BEM ESTAR DO PRODUTORES RURAIS E NÃO APENAS A DIFUSÃO DE TECNOLOGIAS, 
POIS ERA SABIDO QUE OS PRODUTORES NÃO CONSEGUIRIAM ABSORVÊ-LAS 
FACILMENTE
POR ISSO A EXTENSÃO RURAL INTRODUZIDA NA AMÉRICA LATINA TINHA O CUIDADO 
NA LIDA COM O PRODUTOR RURAL, POIS JÁ ERA CONHECIDO SEU ESTADO DE 
POBREZA E ATRASO TECNOLÓGICO
MAS A CONDUTA DA EXTENSÃO LATINO-AMERICANA FOI TRANSGREDIDA PELA 
IDEOLOGIA CONSERVADORA, A QUAL BUSCAVA MODIFICAÇÕES NA SOCIEDADE, 
ATRAVÉS DE INTERFERÊNCIAS TÉCNICAS, DESPREZANDO AS CARACTERÍSTICAS SÓCIO-
POLÍTICA-ECONÔMICAS E AINDA ALIENAVAM OS AGENTES ENVOLVIDOS NOS 
CONFLITOS EXISTENTES
ANTES A EXTENSÃO ERA BASEADA EM MUDANÇAS 
ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO, DEPOIS ELA SE DESVIOU E 
PROPÔS QUE TODA MUDANÇA SOCIAL NO CAMPO 
FOSSE FEITA ATRAVÉS APENAS DA INTRODUÇÃO DE 
TECNOLOGIA
A EXTENSÃO RURAL FOI INCIADA PELA ESAV (ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA 
E VETERINÁRIA), HOJE UFV (UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA), NA DÉCADA DE 
20 
NA DÉCADA DE 30 A ESAV (MG), INICIA A SEMANA DO FAZENDEIRO. REUNIÃO 
ANUAL DE AGRICULTORES, NA QUAL RECEBIAM AULAS PRÁTICAS DE MÉTODOS 
AGROPECUÁRIOS E ECONOMIA DOMÉSTICA
INÍCIO DA EXTENSÃO NO BRASIL
DÉCADA DE 40: O BRASIL RECEBE AJUDA DOS EUA E DA ONU E CRIA A COMISSÃO 
BRASILEIRO-AMERICANA DE EDUCAÇÃO DAS POPULAÇÕES RURAIS (CBAR), E INICIA A 
CAMPANHA NACIONAL DE EDUCAÇÃO RURAL
 SE BASEAVA NO FATO DE QUE O ATRASO RURAL OCORRIA DEVIDO A AUSÊNCIA DE 
MÉTODOS E TÉCNICAS, QUE SERIA CORRIGIDO COM A EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA 
NA MESMA DÉCADA, O MAPA JUNTAMENTE COM OS GOVERNOS ESTADUAIS, 
ORGANIZOU AS SEMANAS RURALISTAS. AGRONÔMOS E VETERINÁRIOS PROMOVIAM 
PALESTRAS, DEMONSTRAÇÕES DE VACINAÇÃO, COMBATE AO CARRAPATO E BERNE
INSTITUCIONALIZAÇÃO DA 
EXTENSÃO RURAL NO BRASIL 
 OCORREU DENTRO DE DOIS CENÁRIOS: A GUERRA FRIA INTERNACIONAL E A 
INDUSTRIALIZAÇÃO DO BRASILEIRA
 OS EUA TINHA RECEIO DO COMUNISMO CHEGAR AO BRASIL E AMEAÇAR SUA 
ECONOMIA: O BRASIL ENVIAVA MATÉRIA PRIMA E OS EUA EXPORTAVA PARA O BRASIL 
OS PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS
 COM RECEIO OS EUA APOIA A EDUCAÇÃO INFORMAL PROTEGENDO SEUS INTERESSES
1948-1964
O GRUPO ROCKFELLER, ESPECIFICAMENTE NELSON ROCKFELLER (GOVERNADOR DO 
ESTADO DE NEW YORK), DEVIDO AO BOM RELACIONAMENTO COM O GOVERNO 
MINEIRO, CONSEGUIU FUNDAR EM 1948 A ASSOCIAÇÃO DE CRÉDITO E ASSISTÊNCIA 
RURAL (ACAR)
A ACAR FOI FINANCIADA PELA “ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL AMERICANA PARA 
DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO” (AIA), TAMBÉM DA FAMÍLIA 
ROCKEFELLER
A AIA TINHA A IDEOLOGIA DE TRANSFORMAR O MUNDO À IMAGEM E SEMELHANÇA 
DOS EUA
DEPOIS DE INSTITUCIONALIZADA EM MG, 
A AIA TEVE O OBJETIVO DE DIMINUIR O 
ÊXODO RURAL, IMPLEMENTANDO O 
SISTEMA DE CRÉDITO RURAL E MG SERIA O 
PRIMEIRO ESTADO A RECEBER O ESTÍMULO 
A ACAR DIFUNDIA TÉCNICAS DE PRÁTICAS 
DE AGRICULTURA, PECUÁRIA E ECONOMIA 
DOMÉSTICA FINANCIADA PELA CAIXA 
ECONÔMICA FEDERAL. OS TÉCNICOS ERAM 
TREINADOS POR ESPECIALISTAS 
AMERICANOS
AS EQUIPES TINHAM SUPERVISOES AGRÍCOLAS E 
DOMÉSTICOS, QUE SE DESLOCAVAM ATÉ AS 
PROPRIEDADES RURAIS COM VÉICULOS OU A PÉ OU 
A CAVALO
ERAM ORGANIZADAS DEMONSTRAÇÕES, REUNIÕES E PALESTRAS, BUSCANDO, POR 
MEIO DO CONHECIMENTO, MUDANÇAS NAS ATITUDES E HABILITAÇÕES PARA 
ATINGIR O DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL E SOCIAL
 ENVOLVIA O AGRICULTOR, SUA ESPOSA E FILHOS, PERSUADINDO, POR MEIO DE 
CAMPANHAS COMUNITÁRIAS, O USO DE RECURSOS TÉCNICOS PARA MAIOR 
PRODUTIVIDADE E O BEM-ESTAR SOCIAL.
 O CRÉDITO RURAL ERA DESTINADO A TECNIFICAÇÃO DE PRODUÇÃO, A HABITAÇÃO, 
AQUISIÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE USO DOMÉSTICO
 PELA ADMINISTRAÇÃO DA PROPRIEDADE E DO LAR ERAM FEITAS OBRAS DE 
SANEAMENTO, FOSSA SECA, ALIMENTAÇÃO, HORTAS E POMARES DOMÉSTICOS E 
VESTUÁRIO
AO FINANCIAR A COMPRA DOS PRODUTOS 
MODERNOS COMO ADUBOS QUÍMICOS,
VACINAS E EQUIPAMENTOS PARA SUA APLICAÇÃO, 
MÁQUINAS AGRÍCOLAS, FILTROS, SEMENTES
MELHORADAS, ETC., O CRÉDITO FAVORECEU A 
EXPANSÃO CAPITALISTA NO CAMPO (SANTOS,
1993).
EXPERIÊNCIA EXTENSIONISTA BRASILEIRA FOI UM 
MODELO CONSENTIDO PELAS ELITES NA
MANUTENÇÃO DOS SEUS INTERESSES E DESVINCULADO 
DA NECESSIDADE DAS POPULAÇÕES
RURAIS.
 APESAR DA UTILIZAÇÃO MASSIVA DE RECURSOS AUDIOVISUAIS 
(FLANELÓGRAFOS, CARTAZES, FOLHETOS, PROGRAMAS DE RÁDIO, ARTIGOS EM 
JORNAIS, PROJEÇÃO DE FILMES E FOTOGRAFIAS), AS COMUNIDADES RURAIS 
NÃO RESPONDERAM, ADEQUADAMENTE ÀS NOVAS TECNOLOGIAS
 APÓS AVALIAÇÃO DA ACAR E VERIFICAÇÃO DE QUE O SISTEMA NÃO ESTAVA 
SENDO SATISFÁTÓRIO, HOUVE UM REPLANEJAMENTO, RETOMANDO A 
EDUCAÇÃO COMO INSTRUMENTO CENTRAL E O CRÉDITO PARA 
IMPLEMENTAÇÃO DAS TÉCNICAS
 RETORNA A EXTENSÃO COMO INSTRUMENTO DE EDUCAÇÃO A PARTIR DE 1952
E 1954 FOI CRIADO O ETA (ESCRITÓRIO TÉCNICO DE AGRICULTURA)- TEM COMO BASE O 
CRÉDITO RURAL E A ASSISTÊNCIA TÉCNICA
EM 1956, JK PROPÔS A MODIFICAÇÃO E O PROGRAMA PASSOU A SER CHAMADO DE 
ABCAR (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRÉDITO E ASSISTÊNCIA RURAL) EM MG
TODAS AS OUTRAS ACARS COM O TEMO SE FILIARAM A ABCAR
 OBJETIVO DE ABCAR: CAPTAR RECURSOS NO BRASIL E NO EXTERIOR, MANTER A 
UNIDADE DO SISTEMA JÁ EXISTENTE, ZELAR PELA DOUTRINA, FORMAR RECURSOS 
HUMANOS E DIFUNDIR A IDEIA PELO BRASIL
O FINANCIAMENTO DA ABCAR ERA REALIZADO POR ROCKEFELLER ATRAVÉS DA AIA 
ATÉ QUE OS ESTADOS BRASILEIROS ASSUMISSEM A RESPONSABILIDADE
 SEGUNDO, GLAUCO OLINGER (1996), ESSE FOI O MELHOR PERÍODO PARA A 
EXTENSÃO RURAL NO BRASIL, NO QUAL A PARTIR DA ABCAR HOUVE A CRIAÇÃO 
DO SISTEMA BRASILEIRO DE EXTENSÃO RURAL, O SIBER OU SIBRATER
 POR OUTRO LADO ERA VISÍVEL O MOLDE DE ESTRTURAÇÃO CAPITALISTA: O 
DOMÍNIO DA ABCAR SOBRE AS ACARS, O DOMINANTE E O DOMINADO. ISSO SE 
ESTENDIA AO HOMEM DO CAMPO
NESSA ÉPOCA A EXTENSÃO RURAL ERA BASEADA NO ASSISTENCIALISMO E NA 
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIAS PARA OS PRODUTORES RURAIS BRASILEIROS, O QUE 
MUITO SE ASSEMELHAVA A IDEOLOGIA AMERICANA
HOUVE O HUMANISMO ASSISTENCIALISTA (1948- 1960)- AUMENTAR A PRODUÇÃO 
AGRÍCOLA E MELHORAR O BEM ESTAR DA FAMÍLIA
PATERNALISMO: NÃO SE DISCUTIAM OS PROBLEMAS COM OS AGRICULTORES, APENAS 
INDUZIAM MUDANÇAS. NÃO PERMITIAM A CONSCIÊNCIA CRÍTICA, APENAS ATENDIAM 
AS SUAS NECESSIDADES IMEDIATAS
COM O SOCIALISMO DE CUBA, QUE AFETAVA TODA A AMERICA LATINA, 
DIMINUIA O DOMÍNIO AMERICANO EM TODA A REGIÃO
EM 1960 A ABCAR FOI AVALIADA E CONSTATADO UM COMPLEXO DE PROBLEMAS 
INTERDEPENDENTES. OS QUE DEPENDIAM DO EXTENSIONISMO ERAM:
A PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA
RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS
RENDIMENTO DO TRABALHO HUMANO
 ESTRUTURA AGRÁRIA
ORGANIZAÇÃO DA VIDA RURAL
ASPECTOS ECONÔMICOS E FINANCEIROS DA PRODUÇÃO
 SITUAÇÃO SOCIAL
 INSTITUIÇÕES E SERVIÇOS QUE ATUAM NO MEIO RURAL
 INSTRUMENTO DE INFORMAÇÃO PARA ALCANÇAR A COMUNIDADE 
 NO GOVERNO DE JOÃO GOULART, EM MEIO A MANIFESTAÇÕES, EXIGÊNCIAS DE 
REFORMA AGRÁRIA E MOBILIZAÇÃO DOS CAMPONESES, O ESTADO COM A INTENÇÃO DE 
MANTER O CONTROLE ESTENDE PARA A ZONA RURAL O REGIME RURAL CORPORATIVISTA 
QUE REGULA O TRABALHO URBANO, CRIANDO O ESTATUTO DO TRABALHADORRURAL
A AIA RETIRA-SE DA ABCAR EM 1961
 EM 1964 COM O GOLPE MILITAR, FOI CRIADO O ESTATUTO DA TERRA, O IBRA (INSTITUTO 
BRASILEIRO DE REFORMA AGRÁRIA) E O INDA (INSTITUTO NACIONAL DE 
DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO)
 A IDEOLOGIA DE MODERNIZAÇÃO COMEÇA A GANHAR FORÇA COM O GOVERNO 
MILITAR POR MEIO DE UMA COMBINAÇÃO DE EFEITOS DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO 
DE MASSA E DA INFLUÊNCIA INTERPESSOAL DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO
 A IDEOLOGIA DA MODERNIZAÇÃO FEZ SURGIR UM MODELO DE DIFUSÃO DE 
TECNOLOGIA, FORTEMENTE ESTEREOTIPADA E CENTRADA NOS PRECONCEITOS DA 
CLASSE URBANA, POIS ACOMPANHA A EXTENSÃO DAS PRÁTICAS CAPITALISTAS AO 
CAMPO 
 1966 O MAPA PASSA A COORDENAR A EXTENSÃO RURAL, NA TENTATIVA DE 
ENFRAQUECER A SIBER
 ATE A DÉCADA DE 70 AS PESQUISAS AGROPECUÁRIAS ERAM REALIZADAS ATRAVÉS 
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, POR MEIO DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE PESQUISA 
AGROPECUÁRIA (DNPEA).
 HAVIA RUMORES QUE MUITAS DAS PESQUISAS REALIZADAS NÃO ERAM LEVADAS AO 
CAMPO E ESSE FOI UM DOS MOTIVOS DA CRIAÇÃO DA EMBRAPA
O INDA E O IBRA FORAM EXTINTOS, SENDO CRIADO O INCRA
ABCAR VOLTA A COORDENAR A EXTENSAO RURAL. OCORRE:
 A INCLUSÃO DOS GRANDES PRODUTORES
 ORIENTAÇÃO PREFERENCIAL AOS PROPRIETÁRIOS RURAIS
 ASSISTÊNCIA AO AGRICULTOR EMPRESARIAL AO INVÉS DO PEQUENO E MÉDIO
 PRIORIZAÇÃO AOS PLANOS REGIONAIS COM VISÃO MACRO
OS PEQUENOS E MÉDIOS DEVERIAM PARTICIPAR DE COOPERATIVA PARA 
CONSEGUIR O CRÉDITO RURAL
DEVIDO A DESENTENDIMENTOS POLÍTICOS, A ABCAR É EXTINTA EM 1975, SENDO 
CRIADA A EMBRATER
 SOMENTE TRES EMPRESAS ESTADUAIS DE EXTENSÃO SE MANTIVERAM VIVAS. 
UMA DELAS FOI A EMATER
EM 1974 FOI ESTATIZADO A SIBRATER, COORDENADA PELA EMBRATER
A EMBRATER E A EMBRAPA PASSAR A SER OS INSTRUMENTOS BÁSICOS PARA 
DESENVOLVER A AGROPECUÁRIA 
 FORAM CRIADAS AS EMATER’S ORGANIZADAS POR CADA ESTADO
A EMBRATER FOI CRIADA NO CONTEXTO DA MODERNIZAÇÃO CONSERVADORA
CONDICIONADA AO DESENVOLVIMENTO DO SETOR INDUSTRIAL, TANTO COMO 
MERCADO CONSUMIDOR DOS PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (MÁQUINAS, 
INSUMOS, ETC.) QUANTO GERADOR DE DIVISAS VIA EXPORTAÇÃO, PRODUTORA DE 
MATÉRIAS-PRIMAS E DE ALIMENTOS PARA O MERCADO INTERNO, QUANTO 
GERADOR DE EMPREGOS.
OCORRE A DIFUSÃO DO MILAGRE DA 
MODERNIZAÇÃO:NOVAS 
TECNOLOGIAS (MERCADORIAS), 
MÁQUINAS E INSUMOS INDUSTRIAIS
O PAPEL DO EXTENSIONISTA MUDA 
PARA UM DIFUSOR DE TECNOLOGIAS
 A ATIVIDADE EXTENSIONISTA CONSISTIA EM ANGARIAR RECURSOS PARA O 
AGRICULTOR, POR MEIO DE CRÉDITO BANCÁRIO E ORIENTÁ-LO, SEGUNDO PADRÕES 
TECNOLÓGICOS-CIENTÍFICOS ADVINDOS DA “REVOLUÇÃO VERDE”
 SURGIA O “DIFUSIONISMO PRODUTIVISTA” COM O OBJETIVO DIFUNDIR E PERSUADIR 
OS AGRICULTORES A UTILIZAREM “PACOTES TECNOLÓGICOS”
 A CONCEPÇÃO DA DIFUSÃO É ESSENCIALMENTE “RECEPCIONISTA”. OS USUÁRIOS SÃO 
SIMPLES “RECEPTORES” DE INFORMAÇÕES, NÃO HAVENDO ESFORÇOS DE CRIAÇÃO 
DE MÉTODOS E PRÁTICAS ADEQUADAS ÀS SITUAÇÕES SOCIAIS DOS PRODUTORES
 A INOVAÇÃO EM SI NÃO É PROBLEMATIZADA, E SIM CONSIDERADA COMO DADA E 
SEM PARTICIPAÇÃO OU INTERFERÊNCIA DOS USUÁRIOS
A PARTIR DA DÉCADA DE 70, PROBLEMAS COMO A REFORMA AGRÁRIA E OS 
PROBLEMAS SOCIOAMBIENTAIS VIERAM À TONA
EM 1979 A EMBRATER MUDA O DISCURSO E SE VOLTA AOS PEQUENOS PRODUTORES 
E SUAS FAMÍLIAS
NOS ANOS 80 O BRASIL DIMINUI O CRÉDITO RURAL DEVIDO A CRISE FINANCEIRA. A 
EXTENSÃO RURAL ERA PROFUNDAMENTE LIGADA AO CRÉDITO.
DEVIDO AO TÉRMINO DO CRÉDITO SUBSIDIADO, HOUVE UMA PROPOSTA DE 
EXTENSÃO QUE PRECONIZAVA UMA CONSCIÊNCIA CRÍTICA NOS EXTENSIONISTAS
 SURGE O PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO – LIGAÇÃO ENTRE OS ASSESSORES E 
O PRODUTOR, BASEADA NA PEDAGOGIA DE LIBERTAÇÃO DE PAULO FREIRE 
(FASE DO HUMANISMO CRÍTICO)
O QUE DIFERENCIA O DIFUSIONISMO DO HUMANISMO CRÍTICO É A 
PARTICIPAÇÃO ATIVA DOS AGRICULTORES
De acordo com Paulo Freire (1988), trabalhar 
métodos e técnicas com
perspectiva participativa e crítica, nada mais é do 
que uma ação educadora
De acordo com Freire (1998), quanto mais os 
homens assumem uma postura ativa na 
investigação de sua temática, mais aprofunda a 
sua tomada de consciência em torno da 
realidade, explicitando sua temática significativa 
e apropriando-se dela.
1991 OCORRE A EXTINÇÃO DA EMBRATER, PASSA A COODERNAÇÃO DA 
EXTENSÃO PARA A EMBRAPA E DEPOIS PARA O MAPA
 FOI CHAMADA DE DÉCADA PERDIDA PELOS EXTENSIONISTAS. ÉPOCA DO 
ESTADO MÍNIMO E O CARNAVAL DE PRIVATIZAÇÕES PROPOSTO POR FHC
MUITOS EXTENSIONISTAS ABANDONARAM SEUS EMPREGOS OU PASSARAM 
POR DIFÍCEIS MOMENTOS FINANCEIROS
ENTRE 1990 E 2003, SEM COORDENAÇÃO NACIONAL, AS EMATERS PASSARAM 
A SER COORDENADAS TOTALMENTE POR CADA ESTADO E CADA QUAL COM 
SUAS POLÍTICAS PARTICULARES
DEVIDO À PRESSÕES COM O MOVIMENTOS DOS TRABALHADORES RURAIS SEM 
TERRA ENTRE OUTROS, HOUVE A RETOMADA DO ESTADO COM A EXTENSÃO 
VOLTADA PARA O PEQUENO PRODUTOR
 SURGE O PRONAF (PROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DA 
AGRICULTURA FAMILIAR) EM 1996. REPRESENTA O RESULTADO DE ESFORÇO 
EFETIVO DE CONSTRUÇÃO DE UMA POLÍTICA DE INCLUSÃO SOCIAL DA 
AGRICULTURA FAMILIAR, CONTEMPLANDO AS CATEGORIAS DOS AGRICULTORES 
FAMILIARES, TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS, POSSEIROS, 
PARCEIROS, ARRENDATÁRIOS E ASSENTADOS DA REFORMA AGRÁRIA
 EM 2003, COM O GOVERNO LULA, FOI CRIADO O PROGRAMA “VIDA DIGNA NO 
CAMPO COM FORTE ÊNFASE NA AGRICULTURA FAMILIAR, NA NECESSIDADE DA 
REFORMA AGRÁRIA, NO COMBATE À FOME E À POBREZA
 FOI CRIADO O DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL 
(DATER), VINCULADO À SECRETARIA DE AGRICULTURA FAMILIAR 
VÁRIOS EXTENSIONISTAS QUE COMPÕE A DATER COM A NOVA PROPOSTA DE 
TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA (UMA CRÍTICA AOS PRECEITOS E NSTRUMENTOS 
DA REVOLUÇÃO VERDE)
TEM O OBJETIVO DE ALCANÇAR UM MODELO DE DESENVOLVIMENTO 
SOCIALMENTE EQUITATIVO E AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL, 
ADOTANDO OS PRINCÍPIOS TEÓRICOS DA AGROECOLOGIA COMO 
CRITÉRIO PARA O DESENVOLVIMENTO E SELEÇÃO DAS SOLUÇÕES 
MAIS ADEQUADAS E COMPATÍVEIS COM AS CONDIÇÕES ESPECÍFICAS 
DE CADA AGROECOSSISTEMA E DO SISTEMA CULTURAL DAS PESSOAS 
ENVOLVIDAS NO SEU MANEJO