Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
0 Nampula, 2019 PLANOS DE MOBILIDADE URBANA CIDADES MODELOS Branco Dique Victor Cumbi 1 Branco Dique Victor Cumbi PLANOS DE MOBILIDADE URBANA CIDADES MODELOS UNIVERSIDADE LÚRIO Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico Licenciatura em Arquitectura e Planeamento Físico Regime Laboral; Nível IV; Semestre VII TRABALHO DE PESQUISA | Teoria de Mobilidade e Transportes Urbanos Docentes: Msc. Amurrane António & Arqto. Arrissane Abílio Nampula, 2019 2 ÍNDICE DE CONTEÚDO 1 DISPOSIÇÕES INICIAIS ............................................................................................................................. 4 1.1 Introdução ............................................................................................................................................... 4 1.2 Objectivos ................................................................................................................................................ 4 1.3 Metodologia ........................................................................................................................................... 4 2 CIDADES MODELOS EM MOBILIDADE URBANA ............................................................................. 6 2.1 Amsterdã, na Holanda ......................................................................................................................... 6 2.2 Copenhaga, na Dinamarca ............................................................................................................... 10 2.3 Berlim, na Alemanha ........................................................................................................................... 11 2.4 Hong Kong, na China ......................................................................................................................... 12 2.5 Londres, no Reino Unido .................................................................................................................. 12 2.6 Zurique, na Suíça ................................................................................................................................. 13 2.7 Cambridge, no Reino Unido ............................................................................................................ 14 3 DISPOSIÇÕES FINAIS .............................................................................................................................. 15 3.1 Conclusão .............................................................................................................................................. 15 3.2 Bibliografia ............................................................................................................................................. 16 3 ÍNDICE DE IMAGENS Imagem 1: Zona 30 ................................................................................................................................................ 6 Imagem 2: Principais redes de bicicleta .......................................................................................................... 7 Imagem 3: Rede de Bicicletas ............................................................................................................................ 7 Imagem 4: Rede de Automoveis ....................................................................................................................... 7 Imagem 5: Mapa de divisão de diferentes secções modais ..................................................................... 9 Imagem 6: Cidade de Copenhaga .................................................................................................................. 10 Imagem 7: Cidade de Berlim ............................................................................................................................. 11 Imagem 8: Cidade de Hong Kong .................................................................................................................. 12 Imagem 9: Cidade de Londres ......................................................................................................................... 12 Imagem 10: Cidade de Zurique ....................................................................................................................... 13 Imagem 11: Cidade de Cambridge ................................................................................................................. 14 file:///E:/UL%20-%20FAPF/IV%20ANO/TEORIA%20DE%20MOBILIDADE%20E%20PLANEAMENTO%20DE%20TRANSPORTES/190417%20-%20Grupo%20X%20-%20Planos%20de%20Mobilidade%20Urbana%20Cidades%20Modelos.docx%23_Toc3749721 file:///E:/UL%20-%20FAPF/IV%20ANO/TEORIA%20DE%20MOBILIDADE%20E%20PLANEAMENTO%20DE%20TRANSPORTES/190417%20-%20Grupo%20X%20-%20Planos%20de%20Mobilidade%20Urbana%20Cidades%20Modelos.docx%23_Toc3749722 file:///E:/UL%20-%20FAPF/IV%20ANO/TEORIA%20DE%20MOBILIDADE%20E%20PLANEAMENTO%20DE%20TRANSPORTES/190417%20-%20Grupo%20X%20-%20Planos%20de%20Mobilidade%20Urbana%20Cidades%20Modelos.docx%23_Toc3749726 file:///E:/UL%20-%20FAPF/IV%20ANO/TEORIA%20DE%20MOBILIDADE%20E%20PLANEAMENTO%20DE%20TRANSPORTES/190417%20-%20Grupo%20X%20-%20Planos%20de%20Mobilidade%20Urbana%20Cidades%20Modelos.docx%23_Toc3749727 file:///E:/UL%20-%20FAPF/IV%20ANO/TEORIA%20DE%20MOBILIDADE%20E%20PLANEAMENTO%20DE%20TRANSPORTES/190417%20-%20Grupo%20X%20-%20Planos%20de%20Mobilidade%20Urbana%20Cidades%20Modelos.docx%23_Toc3749728 file:///E:/UL%20-%20FAPF/IV%20ANO/TEORIA%20DE%20MOBILIDADE%20E%20PLANEAMENTO%20DE%20TRANSPORTES/190417%20-%20Grupo%20X%20-%20Planos%20de%20Mobilidade%20Urbana%20Cidades%20Modelos.docx%23_Toc3749729 file:///E:/UL%20-%20FAPF/IV%20ANO/TEORIA%20DE%20MOBILIDADE%20E%20PLANEAMENTO%20DE%20TRANSPORTES/190417%20-%20Grupo%20X%20-%20Planos%20de%20Mobilidade%20Urbana%20Cidades%20Modelos.docx%23_Toc3749730 file:///E:/UL%20-%20FAPF/IV%20ANO/TEORIA%20DE%20MOBILIDADE%20E%20PLANEAMENTO%20DE%20TRANSPORTES/190417%20-%20Grupo%20X%20-%20Planos%20de%20Mobilidade%20Urbana%20Cidades%20Modelos.docx%23_Toc3749731 4 1 DISPOSIÇÕES INICIAIS 1.1 Introdução A mobilidade urbana reflecte uma noção de movimento. Os movimentos de pessoas estão relacionados com as actividades diárias, como o deslocamento ao trabalho, compras e lazer, vinculada a um espaço urbano. Geralmente, um movimento é uma operação de ir a um lugar para outro, a fim de realizar uma actividade humana, utilizando um ou mais modos de transporte. No presente documento vai se arrolar de forma ordenada as cidade que são tidas como as cidades de referencia quando o assunto e mobilidade, onde em cada cidade buscou se características ou elementos que dinamizam a mobilidade seja de forma individual ou conjunta. Para a melhor compreensão o documento está estruturado em três grandes capítulos obedecendo a seguinte ordem: Disposições Iniciais; Cidades Modelos em Mobilidade Urbana e Disposições Finais. 1.2 Objectivos 1.2.1 Objectivo Geral Conhecer as cidades modelos no que concerne a mobilidade urbana. 1.2.2 Objectivo Especifico Identificar quais são as cidades modelos em mobilidade urbana; Caracterizar as cidades modelos em mobilidade urbana; Identificar as políticas das cidades modelos na mobilidade urbana; 1.3 Metodologia Na visão de (GIL, 1999), a metodologia é o método ou conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos adoptados para atingir determinado propósito ou conhecimento, isto é, representa o caminho pelo qual se trilhou para chegar a um determinado resultado. Para a concretização do trabalho, baseou-se em pesquisa recorrendo principalmente a três (3) técnicas, a saber: 5 FASE 01: Composição de trabalho Nesta fase do presente trabalho, primeiramente houve a elaboração da estrutura de trabalho para melhor delimitarmos o tema apresentado, de seguida a determinação de objectivos deste mesmo trabalho. Ainda nesta primeirafase houve a necessidade de fazer-se pesquisas bibliográficas. FASE 02: Análise de dados Nesta fase houve a copilação de toda informação recolhida através de pesquisas bibliográficas e dados colectados, com vista a seleccionar a informação útil para a produção deste trabalho. FASE 03: Elaboração do trabalho Nesta ultima fase, temos a análise final dos dados copilados, e a conclusão do trabalho pela percepção do autor. 6 2 CIDADES MODELOS EM MOBILIDADE URBANA 2.1 Amsterdã, na Holanda Na Holanda, calcula-se que cada habitante tenha pelo menos uma bicicleta, o equivalente a cerca de 16,5 milhões (número de habitantes) circulando pelas ruas. Ao todo são 32 mil quilômetros de ciclovias equipadas com sinais de trânsito e indicações de como ir de uma cidade a outra pedalando. Em Amsterdã, segundo a prefeitura da cidade, 40% da população vai trabalhar diariamente de bicicleta, enquanto apenas 20% se dirige até o local de trabalho de carro. (Lobo, 2014) A maior cidade da Holanda, com uma população de 780 000 habitantes, é uma das poucas cidades do mundo com mais bicicletas do que habitantes. A Holanda foi assim, o primeiro país a implementar uma política nacional para bicicleta para enfrentar a crise do petróleo. (Marta, 2013) Amsterdã é famosa pela quantidade de bicicletas circulando pela cidade, pedalar é uma opção para moradores e visitantes, passando por suas pontes e canais, passeando em seus parques. (Cities & InnoZ, 2015) Segundo (Silveira, 2010), Em Amsterdã, 55% das viagens para trabalho são feitas por bicicleta, e para a escola é em torno de 33% (com distância menor que 7,5 km. (RONEY, 2008). 2.1.1 Redes de transportes 2.1.1.1 Rede Ciclável Canal próprio, segregado do tráfego motorizado (com separação física do espaço rodoviário). Em 2007 a cidade de Amesterdão tinha um total de 450 km de ciclovias e pistas cicláveis. Destas, 200km eram de ciclovias, 200 Km de pistas cicláveis em zonas 30 e cerca de 50 km de ciclovias ao longo das estradas com limites de velocidade de 50 km/h. Zonas 30 são vias cuja velocidade máxima deve ser de 30 km/h, condizente com uma convivência harmoniosa entre os deslocamentos motorizados e aqueles realizados a pé ou por bicicleta. A limitação da Imagem 1: Zona 30 Fonte 1: Maurício Feijó Cruz. Acervo Logit 7 velocidade é garantida não só pela sinalização da via, mas por meio de medidas de traffic calming, como faixas de pedestres elevadas (lombo faixas), chicanes, mudança de textura e cor do pavimento e diminuição do leito carroçável. Exemplo de Zona 30 em Amsterdã, Holanda na imagem seguinte. A rede ciclável implementada corresponde a um sistema de malha fina de ciclovias, totalmente integrado, entre grandes bairros residenciais, áreas de concentração de emprego e o centro da cidade. O desenvolvimento destas infra-estruturas tem em conta, elevadas exigências de conforto e segurança rodoviária contribuem para a distribuição uniforme de faixas etárias, sociais e económicas na mobilidade ciclável. Na gestão do trafego, as bicicletas sempre tem prioridade, principalmente nas rotundas. (Marta, 2013) Imagem 3: Rede de Bicicletas 2.1.1.2 Rede de automóvel Este, na sua composição apresenta um número de estradas com uma função específica de fluxo para carros. Imagem 4: Rede de Automóveis Fonte: lbertolini, 2015 Imagem 2: Principais redes de bicicleta 8 2.1.2 Amsterdam: distribuição modal 1986-2008 Fonte: lbertolini, 2015 2.1.3 Intermodalidade: Em Amesterdão, existe coordenação entre a bicicleta e os transportes públicos. O comboio, o metro e os ferry-boats possibilitam o transporte de bicicletas no seu interior e o estacionamento nos interfaces é feito em boas condições de segurança. Ou seja, independentemente do seu destino os transportes públicos possibilitam a locomoção das bicicletas. 2.1.4 Cidades do mundo: distribuição modal, emissões, renda (1995) Fonte 2: lbertolini, 2015 9 2.1.5 Divisão de diferentes secções modais em Amsterdã No uso dos diferentes tipos de modais o transporte publico, transporte individual e ciclismo, tem mais impacto quando se trata da distância que se pretende exercer a actividade. Quanto maior for a distancia, são optados os transportes públicos e individuais. Mas no século XXI, duas políticas foram adoptadas: a mudança do deslocamento em carro para o transporte não motorizado, que seria utilizado em distâncias curtas e reduziria os impactos negativos causados pelos veículos motorizados nos espaços públicos. (Anschau, 2015) Imagem 5: Mapa de divisão de diferentes secções modais Fonte: Amsterdã, 2011 2.1.6 Políticas de Amsterdã para o uso de carro no meio urbano Amesterdão decidiu tornar o automóvel num modo de transporte caro e inconveniente no centro da cidade através de uma série de impostos e restrições à posse, uso e estacionamento. Desde os anos 1970, a cidade reduziu a quantidade de estacionamento no centro da cidade e aumentou as taxas a pagar para os lugares existentes. (Marta, 2013) 10 A cidade foi pioneira na integração inovadora de uso de carro e bicicleta. Este programa chamado "Park and Bike", permite estacionar os carros à entrada da cidade e completar a sua viagem para o centro da cidade de bicicleta. (Marta, 2013) A Holanda também é um modelo mundial de integração dos modos de transporte, facilitando a transferência entre carro e transporte público, como, por exemplo, oferecer estacionamentos de baixo custo ao lado das estações de trem, longe do centro das cidades, para incentivar o seu uso. (Municipios, 2014) 2.2 Copenhaga, na Dinamarca Mundialmente famosa por sua cultura de valorização da bicicleta, a capital da Dinamarca é considerada a melhor cidade do mundo para quem utiliza a bicicleta como meio de transporte. A mobilidade urbana é garantida pelo fácil deslocamento dos moradores pelas vias de acesso às regiões centrais. Os números ajudam a entender o cenário: 50% dos habitantes deslocam-se diariamente de bicicleta para ir trabalhar ou estudar, e 63% dos membros do parlamento dinamarquês também. Aliado ao uso da bicicleta, Copenhaga oferece outros exemplos de projectos bem sucedidos que ajudam a melhorar a mobilidade pela cidade. O sistema de sinais de tráfego inteligentes, por exemplo, consegue identificar a aproximação de veículos na rodovia sejam eles bicicletas, carros ou ónibus. O sinal detecta quantos ciclistas estão se aproximando do cruzamento. Se há um grupo muito grande, permanece aberto por um tempo maior para permitir que todos cruzem a rodovia. Assim, é capaz de organizar melhor o fluxo. Imagem 6: Cidade de Copenhaga 11 As ciclovias possuem calçada elevada "curbstone" o que gera uma protecção em relação as circulação de veículos. O padrão das ciclovias determina que a largura da pista deva ser de 2,5 a 2,8 metros o que oferece espaço para três ciclistas lado a lado. (SEGOVIA) 2.3 Berlim, na Alemanha A diversidade de modais disponíveis e a facilidade de acesso é a principal característica da mobilidade urbana em Berlim. Lá, trens, ónibus, metrôs, carros e bicicletas circulam em harmonia. Os moradores da capital alemã fazem, em média, 3,5 viagens por dia, e a taxa de tráfego de pedestres é semelhante à taxa de tráfego de automóveis. Cerca de 13% das rotas são feitas de bicicleta, e a preferência pelo transporte público aumenta a cada ano. Entre 2001 e 2011, o número de usuários do transporte público cresceu mais de 20%. Em 2014, foram mais de 978 milhões de passageiros. Um dos componentes importantes das políticas públicas de Berlim para o transporte tem sido o planeamento das vias para bicicleta e pedestres. A cidade construiu mais de 1000 quilómetros de ciclovias e o número de ciclistas aumentou mais de 40% entre 2004 e 2012. Em média, moradores de Berlim andam oupedalam em 40% das suas viagens. Outra importante iniciativa da cidade alemã é o projecto de carros eléctricos. Desde 2012, Berlim tem investido na tecnologia, e conta com 7,9 mil veículos eléctricos, e mais de 500 estações de carga de energia espalhadas pela cidade. (Cities & InnoZ, 2015) Imagem 7: Cidade de Berlim 12 2.4 Hong Kong, na China Principal centro de negócios e turismo da Ásia, Hong Kong conta com um dos sistemas de mobilidade urbana mais bem organizados e eficientes do continente. Por dia, são aproximadamente 12,6 milhões de viagens feitas de transporte público. O que faz os deslocamentos serem eficientes é o sistema MTR (Mass Transit Railway), reconhecido como um dos mais eficazes do mundo. Espécie de linha de trem super rápida, serve às áreas urbanizadas de Hong Kong e localidades próximas, sendo o meio de transporte mais popular da região, com cerca de 5 milhões de viagens diárias. O MTR tem aproximadamente 218,2 quilómetros de extensão, com 159 estações. A eficiência no tempo dos trajectos também conta pontos para a cidade, estimativas apontam que os trechos são feitos dentro do horário estimado em 99% dos casos. (Yeh, Hills, & NG, 2001) 2.5 Londres, no Reino Unido A capital da Inglaterra é uma cidade pioneira em mobilidade implantou o primeiro túnel submarino, o primeiro aeroporto internacional e a primeira rede ferroviária subterrânea do mundo, o London Underground, conhecido como The Tube. Hoje, o sistema de transporte da cidade é referência mundial por integrar metrô, trem, ónibus, bicicleta e táxis. O metrô de Londres tem mais de 400 quilómetros de extensão, e transporta cerca de 1,1 bilhão de passageiros por ano. A peça-chave desse sistema integrado são os Oyster Card, outra Imagem 8: Cidade de Hong Kong Imagem 9: Cidade de Londres 13 referência criada por Londres. O sistema de bilheteria electrónica permite que os moradores acedem os diferentes tipos de transporte com apenas um cartão. O Oyster dá acesso ao metrô, ónibus, trens e aos barcos que sobem e descem o Rio Tâmisa. Em 2010, Londres lançou seu sistema de bicicletas públicas para aluguel, e hoje já conta com 6 mil bicicletas. Outra iniciativa adoptada pela cidade foi o pedágio de congestionamento, que restringe a circulação de carros no centro. O objectivo é estimular o uso do transporte público e reduzir as emissões de carbono pelos veículos. (Cities & InnoZ, 2015) 2.6 Zurique, na Suíça Maior cidade da Suíça, com 415 mil habitantes, Zurique conta com um eficiente sistema transporte público que dispensa o uso de carros, a opção da maioria da população. A cidade pode ser facilmente percorrida a pé ou utilizando os dois modais mais comuns: ónibus e trams, espécie de bonde sobre trilhos, um trem urbano. Uma das características da cidade é a eficiência em mobilidade a cada 300 metros é possível encontrar um ponto de ónibus ou de tram. O sistema de bilheteria de Zurique é semelhante ao de Londres você pode adquirir bilhetes diários para trafegar em diversas zonas, ou ainda, outra modalidade que dá acesso a viagens ilimitadas durante 24 horas em determinadas áreas. Parte do reconhecimento de Zurique como modelo de mobilidade urbana está também nos planos de investimento do sector, lançados em 2012. A estratégia da cidade está centrada na expansão da rede de transporte público e na construção de linhas adicionais. Outras medidas para melhorar a sustentabilidade do sistema são a troca de ónibus a diesel por ónibus eléctricos, e o investimento em ciclovias. (Bukowiecki, 2010) Imagem 10: Cidade de Zurique 14 2.7 Cambridge, no Reino Unido Situado a cerca de 80 quilómetros de Londres, o condado de Cambridge tornou-se modelo de mobilidade urbana depois da implantação do sistema de transporte colectivo conhecido como BHLS (Bus with High Level of Service, que significa “Ónibus com Alto Nível de Serviço”), ou The Bushway. Instalados em 2011, os veículos desse tipo se diferenciam dos ónibus comuns por serem mais velozes e seguros. Construído no percurso de uma antiga ferrovia desactivada, o modelo tem um sistema conhecido como “guided bushway”. O veículo é guiado por rodas de aproximação nas faixas exclusivas, o que permite que ele trafegue em velocidades com segurança. Além disso, foi construído de modo que os ciclistas possam utilizar ciclovias laterais ao seu trajecto. Nas principais estações, há locais para guardar a bicicleta e também estacionamentos para veículos, para quem quiser deixar o carro estacionado e seguir seu trajecto pelo BHLS. A infra-estrutura oferece alta acessibilidade em todas as estações, o piso é nivelado à plataforma de embarque. Em horários de pico, a frequência é de um ónibus a cada 5 minutos. (Urry, 2007) Imagem 11: Cidade de Cambridge 15 3 DISPOSIÇÕES FINAIS 3.1 Conclusão Depois de uma imersão em um conjunto de planos de mobilidade que são tidos como de referência ao nível mundial chegou-se a conclusão que o estímulo ao transporte não motorizado é um dos traços que caracteriza as melhores cidades do mundo em mobilidade. Além disso, a implantação de sistemas que priorizam a integração entre os modais faz com que o trânsito seja mais fluido e prático, com conexões reais entre os diferentes meios de transporte, nas sete cidades do mundo reconhecidas pela eficiência nessa área de mobilidade urbana. Se antes de realização deste trabalho só imaginávamos a existência de cidades onde existem mais bicicletas do que pessoas, depois da realização do mesmo vimos que em Amsterdã, na Holanda e não só, as bicicletas não são apenas maioria, como também tem prioridade no transito boa parte da população se locomove diariamente pelas ciclovias, e os ónibus e outros veículos param para dar passagem aos ciclistas. 16 3.2 Bibliografia Amsterdam, C. d. (2013). Mobilidade Abordagem Amsterdam 2030. Anschau, C. (2015). IMPLANTAÇÃO DE CICLOVIAS. Bukowiecki, Y. M. (2010). Zurich’s Mobility Strategy. Zurich. CAROLINE ZENATO, A. D. (2018). OCULLUM. Cities, L., & InnoZ. (2015). Towards New Urban Mobility: The case of London and Berlin. EMBARQ. (2015). Brasil. GIL, A. (1999). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas. lbertolini, (. &. (2015). Lobo, R. (2014). https://www.mobilize.org.br/noticias/6656/na-capital-da-holanda-apenas-20- da-populacao-anda-de-carro.html. Marta, (. &. (2013). Integração da Bicicleta na Mobilidade Urbana – Análise de Casos de Estudo e Ensinamentos para Portugal. Municipios, E. e. (2014). A Holanda e a Mobilidade Urbana. SEGOVIA, a. A. (s.d.). Mobilidade Urbana Sustentável e o Turismo: Análise Comparativa Brasil, Holanda e Dinamarca . Silveira, M. O. (2010). MOBILIDADE SUSTENTÁVEL. Urry, J. (2007). Mobilities Cambridge Polity Pres, . Cambridge. Yeh, A. G.-o., Hills, P. R., & NG, S. K.-W. (2001). Modern Transport in Hong Kong for the 21 Century. Hong Kong.
Compartilhar