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Cerebelo

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NEUROANATOMIA LUIZA LOPES CARVALHO 
Cerebelo 
 Deriva da parte Dorsal do Metencéfalo (Vesícula 
secundária). 
 O Cerebelo fica situado dorsalmente ao Bulbo e à Ponte, 
contribuindo para a formação do teto do IV Ventrículo. 
 Repousa sobre a Fossa Cerebelar do osso Occipital e está 
separado do Lobo Occipital do Cérebro por uma prega da 
Dura-Máter denominada Tenda do Cerebelo. 
 Liga-se a Medula e ao Bulbo pelo Pedúnculo Cerebelar 
Inferior e à Ponte e Mesencéfalo pelos Pedúnculos 
Cerebelares Médio e Superior, respectivamente. 
 O Cerebelo desempenha funções essencialmente 
motoras, como: A manutenção da postura, equilíbrio, 
coordenação dos movimentos e aprendizagem das 
habilidades motoras. 
 Estudos recentes demonstram que o Cerebelo também 
apresenta funções cognitivas, como: Reconhecimento de 
figuras complexas, resolução mental de operações 
aritméticas, resolução de quebras cabeças e associar 
palavras a verbos (Relacionados com a área Pré-Frontal 
do Córtex). 
 Não há cruzamento, seu funcionamento é sempre 
Ipsilateral. 
 Grande parte dos neurônios encefálicos estão no 
Cerebelo. 
 
Aspectos Anatômicos: 
 Cada hemisfério é separado por uma Incisura- A Incisura 
Cerebelar Posterior. 
 Na Incisura Cerebelar Posterior está a Foice do Cerebelo, 
pequeno septo de Dura-Máter que separa os dois 
hemisférios. 
 Os dois hemisférios estão separados por uma porção 
central, o Vérmis, e duas outras porções: Uma mais 
medial- Zona Intermediária, e outra mais lateral- Zona 
Lateral. (O Vérmis está ligado aos hemisférios 
cerebelares). 
 A superfície do Cerebelo não apresenta giros, mas 
apresenta sulcos de direção predominantemente 
transversal, que delimitam lâminas finas denominadas 
Folhas do Cerebelo. 
 Existem também sulcos mais pron unciados, as Fissuras 
do Cerebelo, que delimitam Lobos. São eles: Lobo 
Anterior, Lobo Posterior e Lobo Flóculo-Nodular. 
 
FISSURA PRIMA Separa os Lobos Anterior e Posterior. 
FISSURA PÓSTERO-LATERAL Separa o corpo do 
Cerebelo do Lobo Flóculo-Nodular. 
 
OBS: O Lóbulo Flóculo une-se ao Lóbulo Nódulo pelo 
Pedúnculo do Flóculo, constituindo o Lobo Flóculo-
Nodular. 
 
 As Tonsilas (Lóbulos) são bem evidentes na face ventral 
do Cerebelo, projetando-se medialmente sobre a face 
dorsal do bulbo. 
 
CORRELAÇÃO CLÍNICA DAS TONSILAS: 
-Algum processo expansivo na fossa posterior, como 
tumores ou hematomas em um dos hemisférios 
cerebelares pode empurrar as tonsilas do cerebelo 
através do forame magno, produzindo uma Hérnia de 
tonsila. 
-Nesse caso, há compressão do bulbo e possível lesão dos 
centros respiratório e vaso motor – Risco de morte. 
-Em caso de hipertensão intracraniana, a punção lombar 
pode provocar herniação de tonsilas – a retirada do 
líquor pode reduzir a pressão drasticamente e causar a 
penetração das tonsilas no forame magno. 
-Importância de um exame de imagem antes da punção 
lombar. 
 
 DIVISÃO FILOGENÉTICA: Arquicerebelo (Lobo Flóculo-
Nodular), Neocerebelo (Lobo Anterior) e Paleocerebelo 
(Lobo Posterior). 
 A perda de estruturas cerebelares não é incompatível à 
vida. 
 Uma secção horizontal do Cerebelo dá uma ideia de sua 
organização interna. Ele é constituído de um centro de 
substância branca, o corpo medular do Cerebelo e, 
revestidas externamente por uma fina camada de 
substância cinzenta, o córtex cerebelar. 
 
Núcleos Centrais: 
 No interior do corpo medular existem quatro pares de 
núcleos de substância cinzenta, que são núcleos centrais 
do Cerebelo: Denteado, Interpósito, subdividido em 
Emboliforme e Globoso, e o Fastigial. Deles saem todas 
as fibras nervosas eferentes do Cerebelo. Os núcleos 
centrais do Cerebelo, de onde saem as fibras eferentes 
do Cerebelo e chegam os axônios das Células de 
Purkinje. 
NEUROANATOMIA LUIZA LOPES CARVALHO 
Divisão Longitudinal: 
 ZONA MEDIAL (Vérmis) Os axônios das células de 
Purkinje projetam-se para os núcleos Fastigiais e 
vestibulares (Assoalho do IV Ventrículo). 
 ZONA INTERMEDIÁRIA (Para-Verminal) Os axônios das 
células de Purkinje projetam-se para os núcleos 
Interpósitos. 
 ZONA LATERAL Os axônios das células de Purkinje 
projetam-se para os núcleos Denteados. 
 
Divisão Funcional: 
 VESTIBULO-CEREBELO (Arquicerebelo) Referente ao 
Lobo Floculo-Nodular. Conexões com os Núcleos 
Fastigiais e Núcleos Vetibulares. 
 ESPINO-CEREBELO (Paleocerebelo) Referente a Zona 
Medial e a Zona Intermediária dos Hemisférios. Conexões 
com a Medula. 
 CEREBRO-CEREBELO (Neocerebelo) Referente a Zona 
Lateral. Conexões com o Córtex Cerebelar. 
 
VESTIBULO-CEREBELO 
-Conexão do córtex do lobo flóculo nodular com núcleos 
vestibulares Moduladores dos Tratos Vestíbulo-
Espinais que controlam musculatura axial (extensora). 
 
(Projeções saindo do córtex do lobo Flóculo-Nodular indo 
para o núcleo Vestibular; No núcleo Vestibular há a 
projeção do Trato Vestíbulo-Espinal e controla a 
musculatura axial.) 
-Promovem equilíbrio e manutenção da postura mesmo 
em condições de deslocamento. 
-Aferência da informação: Nervo Vestículo-Coclear leva o 
input-sensorial ao Cerebelo. 
 
ESPINO-CEREBELO 
-Conexão com a medula (Trato Espino-Cerebelar 
ASCENDENTE), recebe informações de propriocepção e 
motoras do córtico espinal. 
-Conexão do córtex da zona medial e intermédia com 
núcleos interpósito Via interpósito Rubro-Espinal - 
supervisiona a manutenção do tônus muscular 
necessário para manter a postura corporal. 
 
 
(O input sensorial chega nas zonas medial e intermédia 
para serem interpretadas, as quais apresentam projeções 
das células de Purkinje para os núcleos Interpósitos Via 
Interpósito Rubro-Espinal). 
 
CÉREBRO-CEREBELO: 
-Conexão com o córtex cerebral com a zona lateral do 
cerebelo Via córtico-ponto-cerebelar (informações 
motoras e não motoras do córtex cerebral. 
 
(Input sensorial do Córtex cerebral e vão penetrar ao 
cerebelo por uma via Córtico-Ponto-Cerebelar Sai do 
Córtex cerebral, passa pela Ponte e penetra no Cerebelo 
pelo Pedúnculo cerebelar superior) 
 
-Córtex cerebelar Núcleo denteado Córtex cerebral 
(conexão com o trato córtico-espinal) Via dento-tálamo-
cortical. 
 
(As células de Purkinje da Zona Lateral do Córtex 
cerebelar projeta seus prolongamentos para o Núcleo 
Denteado e se conecta ao Córtex cerebral pela via Dento-
Tálamo-Cortical e será executado pelo Trato Córtico-
Espinal). 
 
-Coordenação e planejamento da motricidade, 
“intenção” de movimentos. 
 
Citoarquitetura do córtex cerebelar: 
 No córtex cerebelar, da superfície para o interior 
distinguem-se as seguintes camadas: Camada 
Molecular, Camada de células de Purkinje e Camada 
Granular. 
 A camada molecular é formada principalmente por fibras 
de direção paralela (fibras paralelas) e contém dois tipos 
de neurônios, as células estreladas e as células em cesto. 
Estas últimas são assim chamadas por apresentarem 
sinapses axossomáticas dispostas em torno do corpo das 
células de Purkinje, à maneira de um cesto. 
 A segunda camada é formada por uma fileira de células 
de Purkinje (piriformes e grandes). São dotadas de 
dendritos, que se ramificam na camada molecular, e de 
um axônio que sai em direção oposta, terminando nos 
núcleos centrais do cerebelo, onde exercem ação 
inibitória. Esses axônios constituem as únicas fibras 
eferentes do córtex do cerebelo. 
 
 
NEUROANATOMIA LUIZA LOPES CARVALHO 
 A camada granular é constituída principalmente pelas 
células granulares ou grânulos do cerebelo, células muito 
pequenas (as menores do corpo humano), cujocitoplasma é muito reduzido. Tais células, extremamente 
numerosas, têm vários dendritos e um axônio que 
atravessa a camada de células de Purkinje e, ao atingir a 
camada molecular, bifurca-se em T. Os ramos resultantes 
dessa bifurcação constituem as chamadas fibras 
paralelas, que se dispõem paralelamente ao eixo da folha 
cerebelar. Essas fibras, dispostas ao longo do eixo da 
folha cerebelar, estabelecem sinapses com os dendritos 
das células de Purkinje. 
 As fibras que penetram no cerebelo se dirigem ao córtex 
e são de dois tipos: Fibras musgosas e Fibras trepadeiras. 
Estas últimas são axônios de neurônios situados no 
complexo olivar inferior, enquanto as fibras musgosas 
representam a terminação dos demais feixes de fibras 
que penetram no cerebelo. As fibras trepadeiras têm 
esse nome porque terminam enrolando-se em torno dos 
dendritos das células de Purkinje, sobre as quais exercem 
potente ação excitatória. Já as fibras musgosas, ao 
penetrar no cerebelo, emitem ramos colaterais que 
fazem sinapses excitatórias com os neurônios dos 
núcleos centrais. Em seguida, atingem a camada 
granular, onde se ramificam, terminando em sinapses 
excitatórias axodendríticas com grande número de 
células granulares, que, através das fibras paralelas, se 
ligam às células de Purkinje. Constitui-se, assim, um 
circuito cerebelar básico, através do qual os impulsos 
nervosos que penetram no cerebelo pelas fibras 
musgosas ativam sucessivamente os neurônios dos 
núcleos centrais, as células granulares e as células de 
Purkinje, as quais, por sua vez, inibem os próprios 
neurônios dos núcleos centrais. Temos, assim, a situação 
em que as informações que chegam ao cerebelo de 
vários setores do sistema nervoso agem inicialmente 
sobre os neurônios dos núcleos centrais de onde saem as 
respostas eferentes do cerebelo. 
 
Aprendizagem motora: 
 Ocorre a partir das fibras olivo-cerebelares que chegam 
ao córtex cerebelar como fibras trepadeiras 
 
 
 Através de sucessivos movimentos um padrão cada vez 
mais apropriado surge As fibras trepadeiras fornecem 
o sinal de erro (baseado em uma análise sensorial 
(expectativa)O que provoca depressão das fibras 
paralelas (ativadoras das células de Purkinje, que tem seu 
tempo de resposta aumentado) Isso permitindo que o 
movimento certo surja. 
 Tentativa e erro leva a execução perfeita. 
 Fibras trepadeiras comparam as informações sensoriais 
esperadas com o que está sendo executado Modificam 
o tempo de resposta da célula de Purkinje. 
 Expectativa de movimento chega pela Fibra Musgosa ao 
Cerebelo. 
 
 
 
 
 
 
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