Buscar

Introdução à Oogenese e Desenvolvimento Folicular

Prévia do material em texto

Oogenese e Desenvolvimento 
Folicular by Leo Descomplica 
 
A formação de gametas nos ovários é denominado oogênese. Ao contrário da espermatogênese, que no sexo 
masculino começará na puberdade, a oogênese nas mulheres começa antes mesmo de elas nascerem. No entanto, 
a oogênese e a espermatogênese ocorrem essencialmente da mesma maneira. Ou seja, acontece uma meiose e as 
células germinativas resultantes sofrem maturação. Durante o início do desenvolvimento fetal, as células germina-
tivas primordiais migram do saco vitelínico para os ovários, de modo que lá elas irão se diferenciar em oogônias, 
que são células tronco diplóides (2n) e que irão se multiplicar, produzindo milhões de células germinativas.
Mesmo antes do nascimento ocorrer, a maior parte 
dessas células germinativas sofrerá atresia, que con-
siste em um processo de degeneração. Algumas, en-
tretanto, conseguem se desenvolver em células maio-
res chamadas de oócitos primários, que iniciam o pro-
cesso de meiose, mas param a divisão durante a pró-
fase 1. A continuação da meiose só irá acontecer com 
a chegada da puberdade. 
Durante essa fase de pausa, cada oócito primário é 
circundado por uma camada única de células folicu-
lares planas, e essa estrutura como um todo é cha-
mada de folículo primordial, representado abaixo: 
 
O córtex ovariano em torno dos folículos primordiais 
consiste em fibras colágenas e células estromais. 
Desde o nascimento até a puberdade, sobrarão cerca 
de 40 mil oócitos primários (dos 200 mil a 2 milhões 
formados até o nascimento) em cada útero. Desses 
40 mil oócitos primários, aproximadamente 400 vão 
amadurecer e ovular durante a vida fértil da mulher. 
O restante sofre atresia durante o processo.. 
A cada mês, desde a puberdade até a menopausa, 
gonadotropinas (FSH/LH) secretadas pela adenohipó-
fise irão estimular o desenvolvimento adicional de vá-
rios folículos primordiais, embora apenas 1 alcance a 
maturidade necessária para a ovulação. Alguns folícu-
los primordiais começam a crescer e se tornam folí-
culos primários. É importante que fique claro que cada 
folículo primário consiste em um oócito primário 
que se desenvolveu um pouco mais e que agora está 
circundado por várias camadas de células cuboides e 
colunares baixas, chamadas de células granulosas.:: 
 
As células granulosas mais externas repousam sobre 
uma membrana basal e, à medida que o folículo prin-
cipal cresce, ele forma uma camada glicoproteica 
transparente chamada zona pelúcida entre o oócito 
primário e as células granulosas. Além disso, as células 
estromais em torno da membrana basal se organizam 
e formam uma camada chamada de teca folicular. 
OÓCITO PRIMÁRIO 
CÉLULAS FOLICULARES 
MEMBRANA BASAL 
CÉLULAS ESTROMAIS 
FIBRAS COLÁGENAS 
 
MEMBRANA BASAL 
OÓCITO PRIMÁRIO 
FIBRAS COLÁGENAS 
ZONA PELÚCIDA 
CÉLULAS GRANULOSAS 
TECA FOLICULAR 
Com a continuidade da maturação, um folículo primá-
rio se desenvolve em folículo secundário. Nesse 
estágio, a teca folicular se diferencia em duas cama-
das: a interna é bem vascularizada formada por célu-
las cuboides secretoras de hormônios estrogênicos, e 
a externa é uma camada de células estromais e fibras 
colágenas. 
Adicionado a isso, as células granulosas passam a se-
cretar um líquido folicular que irá se acumular em 
uma cavidade chamada de antro, localizada no centro 
do folículo secundário. A camada mais interna das cé-
lulas granulosas torna- se firmemente ligada à zona 
pelúcida e agora é chamada de coroa radiada. 
O folículo secundário aumenta de tamanho e agora é 
chamado de folículo maduro. O oócito primário 
diploide completa a meiose 1, produzindo duas células 
haploides, cada uma com 23 cromossomos. A célula 
menor produzida pela meiose 1 é chamada de primeiro 
corpo polar e é essencialmente material nuclear des-
cartado. Já a célula maior, conhecida como oócito se-
cundário, receberá a maior parte do citoplasma. Assim, 
uma vez que o oócito secundário é formado, ele co-
meça a meiose 2. Entretanto, esse processo será in-
terrompido na metáfase 2 e o folículo maduro rompe-
se, liberando rapidamente o oócito secundário (pro-
cesso chamado de ovulação). 
Na ovulação, o oócito secundário é expelido para o 
interior da cavidade pélvica, juntamente com o 
primeiro corpo polar e a coroa radiada. Normalmente 
essas células são impulsionadas para dentro da tuba 
uterina. 
Se a fertilização não ocorrer, elas irão degenerar. No 
entanto, se houver espermatozoides na tuba uterina e 
um deles penetrar no oócito secundário, a meiose 2 é 
retomada. O oócito secundário se divide em duas 
células haploides, novamente sendo elas de tamanhos 
diferentes. A célula maior é o óvulo e a menor é o 
segundo corpo polar. Os núcleos do espermatozoide e 
do óvulo então se unem, formando um zigoto diploide. 
MEMBRANA BASAL 
ANTRO 
CÉLULAS GRANULOSAS 
OÓCITO PRIMÁRIO 
ZONA PELÚCIDA 
COROA RADIADA 
TECA EXTERNA 
TECA INTERNA 
LEO DESCOMPLICA / @ERICKLSMD 
Assim, pode- se observar que um oócito primário dá 
origem a um único gameta (óvulo), enquanto que, por 
outro lado, um espermatócito primário dará origem a 
4 gametas (espermatozoides). (ver resumo de 
espermatogênese) 
OBS: Em um oócito secundário, a meiose 2 é 
concluída apenas se ocorrer a fecundação. 
 
BONS ESTUDOS!  
 
 
RESUMO FEITO POR ERICK LEONARDO, 2021 
REFERÊNCIAS: Princípios de Anatomia e Fisio-
logia; Tortora & Derrickson, 14° edição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEO DESCOMPLICA / @ERICKLSMD 
 
 
LEO DESCOMPLICA / @ERICKLSMD

Continue navegando

Outros materiais