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Histologia do Ovário e ciclo ovariano

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Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem e Obstetrícia 
Angie Martinez 
Histologia 
Bloco Reprodutor 
Panorama anatômico geral do aparelho reprodutor 
feminino 
 
• A aparelho reprodutor feminino é formado por: 
- 2 ovários; 
- 2 ovidutos; 
- 1 útero; 
- A vagina; 
- Lábios maiores e menores, clitóris (genitália externa). 
Ovário 
Estrutura histológica do ovário 
 
• Em um corte sagital do ovário é possível 
observar que do ponto de vista histológico, 
encontra-se formado por duas regiões 
concêntricas: 
1. Região cortical: parte mais externa, que se 
encontra envolvendo uma região mais interna. 
• A região cortical encontra-se revestida pelo 
chamado epitélio superficial do ovário, 
antigamente chamado de epitélio germinativo. 
Acreditava-se que as células germinativas 
primordiais se originavam desse epitélio. 
Atualmente, sabe-se que as células germinativas 
primordiais se originam a partir da parede do 
saco vitelínico. 
• Esse epitélio é um epitélio cúbico simples, 
apoiado sobre uma membrana basal. 
• Por debaixo do epitélio encontra-se uma espessa 
capsula de tecido conjuntivo denso, chamada de 
túnica albugínea, que envolve praticamente todo 
o ovário, exceto a nível do ílio. 
• Embaixo da túnica albugínea, é possível 
observar na microscopia de luz em preparações 
com hematoxilina e eosina, a presença de um 
estroma bastante celular contendo folículos em 
diferentes etapas do desenvolvimento. 
2. Região medular: parte mais interna, ricamente 
vascularizada. 
• Essa região possui um estroma de tecido 
conjuntivo frouxo, menos celular, contendo 
abundantes vasos sanguíneos, vasos linfáticos e 
nervos. 
Ovário e ciclo ovariano 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem e Obstetrícia 
Angie Martinez 
Histologia 
Bloco Reprodutor 
 
• Na micrografia acima mostra parte de um ovário 
corado pela hematoxilina, é possível identificar 
as regiões mencionadas anteriormente. 
• Toda a área em lilás mais intenso representa a 
região cortical. 
• Mais abaixo, em cores mais rosadas, encontra-se 
a região medular, localizada na imagem 
inferiormente à esquerda. 
- Aspectos histológicos de cada região: 
• Na região cortical podemos observar que está 
revestida pelo epitélio superficial do ovário (ou 
epitélio germinativo). 
• Logo abaixo do epitélio, observa-se a delgada 
faixa de tecido conjuntivo denso, que vem sendo 
a túnica albugínea. 
• O restante vem sendo o estroma da região 
cortical. Esse estroma tem um aspecto bastante 
basófilo, azulado, comparando com o estroma da 
região medular. Isso é devido ao alto número de 
células localizado nessa região. Por isso, mais 
células, mais núcleos, mais corado pela 
hematoxilina. 
• Vemos também que o estroma está formado 
pelos folículos ovarianos, de maneira que os 
folículos mais imaturos encontram-se, na sua 
maioria, representados pelos folículos 
primordiais, localizam-se na zona mais externa 
do córtex, Quando esses folículos começam a 
entrar em um processo de crescimento, 
aprofundam à região cortical e vão para a região 
mais interna do córtex. Embora esse fenômeno 
não seja visualizado nesse campo, os folículos 
maduros pré-ovulatórios geralmente retornam à 
parte mais externa da região cortical e sofrem 
um abaulamento para a superfície do ovário. 
• Observa-se também a medula, numa coloração 
mais pálida, já que esse TCF é menos celular. 
Chamar a atenção para a presença de inúmeros 
vasos sanguíneos e vasos ou canais linfáticos. 
Função do ovário 
• Os ovários podem ser considerados glândulas 
mistas, com uma função exócrina, relacionada 
com a produção e liberação dos gametas 
femininos maduros, aptos para a fecundação. 
• A secreção de hormônios esteroides (estrógenos 
e progesterona). Essa secreção de hormônios 
permite que o ovário participe na regulação do 
crescimento pós-natal dos órgãos reprodutores 
femininos. 
• Além disso, está relacionado com o 
desenvolvimento das características sexuais 
secundárias. 
A partir da puberdade até a menopausa, que seria o 
período da vida reprodutiva da mulher, em torno de 12 
anos e meio até os 45 anos, os ovários são submetidos a 
mudanças morfofuncionais cíclicas, que acontecem a cada 
mês. Esse é o processo conhecido como ciclo ovariano. 
Ciclo ovariano 
• O ciclo ovariano, para sua compreensão, é 
dividido em três fases: Fase folicular (conhecida 
também como fase estrogênica), Fase ovulatória 
e Fase lútea. 
Fase folicular 
• A fase folicular é caracterizada pelo crescimento 
e maturação dos folículos ováricos. 
• A classificação dos folículos ováricos possui 
diferentes tipos de abordagem do ponto de vista 
histológico. De uma maneira geral, fala-se que 
existem 4 tipos de folículos: 
- Folículo primordial: os folículos mais imaturos. 
- Folículos primários (possui dois tipos: folículo 
primário unilaminar e folículo primário multilaminar). 
- Folículo secundário (conhecido como folículo pré-
antral ou vesicular). 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
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Enfermagem e Obstetrícia 
Angie Martinez 
Histologia 
Bloco Reprodutor 
- Folículo de De Graaf (ou folículo maduro). 
• Mas, o que são os folículos? Os folículos são as 
estruturas que acompanham a maturação dos 
oócitos (ovócitos). 
Resumo da oogênese (ovogênese) 
É o processo por meio do qual ocorre a diferenciação das 
oogônias em oócitos maduros. 
Essa oôgenese se inicia durante o período pré-natal. 
Por volta da terceira semana do período embrionário, as 
células germinativas primordiais podem ser observadas no 
saco vitelino secundário. 
Por volta do fim da quinta semana, essas células, através 
de movimentos amebóides, chegam e colonizam as cristas 
gonadais em desenvolvimento. Se tratando de um 
embrião do sexo feminino, essas cristas gonadais vão se 
diferenciar em ovários. Essas células germinativas vão se 
diferenciar em oogônias (diplóides) com 22 pares de 
cromossomos autossômicos e um par de cromossomos 
sexuais. Uma vez estabelecida na crista gonadal em 
desenvolvimento, elas sofrem uma amplificação 
proliferativa, devido à grande quantidade de mitoses 
sucessivas que leva a um aumento no número celular. 
Ao final do terceiro mês, essas oogônias se encontram 
rodeadas por uma camada de células pavimentosas, 
provenientes do estroma ovariano. Muitas delas se 
diferenciam em oócitos primários. Esses oócitos primários, 
com a maioria sendo ainda oogônias, passam a formar 
7,000,000 de células. 
Entre o 5to e o 7mo mês, a maioria degenera, sofrem 
apoptose. Os oócitos sobreviventes ficam rodeados pelas 
células pavimentosas e iniciam a Meiose I. Essa meiose I é 
bastante longa, logo, não a completam. Vão parar na etapa 
de diplóteno da prófase da meiose I, perto do nascimento. 
Imagem das etapas da meiose* 
A meiose levaria à maturação das oogônias em oócitos. 
Essa pode ser dividida em duas meioses: A I, 
experimentada pelo oócito primário, é um processo de 
divisão reducional, pois eles são tetraplóides ainda. 
A meiose I pode ser dividida em 4 fases: A prófase, a 
metáfase, a Anáfase e a Telófase. Dessas 4, a prófase é 
muito importante, pois é durante ela que acontece o 
processo de recombinação genética. Ela pode ser 
subdividida em: Leptóteno, Zigóteno, Paquíteno, 
Diplóteno e Diacinese. 
Entre o Paquíteno e o diplóteno, acontece um fenômeno 
conhecido como Crossing Over, onde as cromátides irmãs 
dos cromossomos homólogos se aproximam e podem 
trocar segmentos do cromossomo (muito importante para 
a variabilidade genética). 
A partir do 7mo mês sofrem essa Meiose I, parando em 
diplóteno, de maneira que a maioria dos oócitos primários 
no nascimento, encontram-se parados nessa fase. Após o 
nascimento, o bebê possui em cada ovário em torno de 
600-800 mil oócitos primários. Desde a infância até a 
puberdade, a maioria desses oócitos sofrem uma 
degeneração, tendo na puberdade em torno de mil 
oócitosprimários. Sendo que menos desses 500 oócitos 
são liberados ao longo da vida reprodutiva da mulher. 
Antes da ovulação, o oócito primário acorda do seu 
repouso e culmina o restante da Mitose I (umas 23h antes 
da ovulação). Ele culmina a Meiose I e origina duas células 
diferentes: o oócito secundário, que é a célula maior que 
contêm maior quantidade de citoplasma; e o primeiro 
corpúsculo polar, célula de menor tamanho, que possui 
pouco citoplasma. Além disso, o oócito secundário, antes 
da ovulação, entra na Meiose II (divisão equacional, 
porque as células filhas terão a mesma quantidade de 
cromossomos que a célula mãe). 
A Meiose II não é culminada. Ele para na metáfase. 
Somente após a fecundação é que essa meiose pode ser 
completada. Uma vez que o espermatozóide se une ao 
ooócito, a Meiose II é culminada. Ao final desse processo 
ocorre a liberação do segundo corpúsculo polar e o oócito 
maduro (quase não existe, porque imediatamente se 
torna zigoto). 
Folículos primordiais 
• Folículos mais imaturos; 
• Surgem durante o terceiro mês do 
desenvolvimento embrionário; 
• Eles são ovócitos primários, circundados por 
uma camada de células foliculares 
pavimentosas; 
• Folículos mais numerosos, e se localizam 
principalmente na região mais externa do córtex 
ovariano, logo abaixo da túnica albugínea. 
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Enfermagem e Obstetrícia 
Angie Martinez 
Histologia 
Bloco Reprodutor 
 
- Os ovócitos primários são as células maiores, com 
núcleo com cromatina granular e bem proeminente, 
citoplasma bastante acidófilo; 
- São rodeadas por uma camada de células 
foliculares pavimentosas. 
- É possível observar o epitélio germinativo (epitélio 
cúbico simples). 
- Logo abaixo do epitélio vemos a túnica albugínea, 
composta por um tecido conjuntivo denso. 
- Depois vemos o estroma, com uma grande 
quantidade de núcleos. 
• Uma vez alcançada a puberdade, a cada mês são 
recrutados da reserva de folículos, em torno de 
10 a 20 folículos primordiais, que começam a 
entrar em um processo de 
maturação/crescimento, controlado 
principalmente pelo FSH e em última instância o 
LH, além dos fatores de crescimento produzidos 
localmente (EGF – fator de crescimento 
epidérmico; IGF – fator de crescimento 
semelhante à insulina tipo I). 
 
- Nesta imagem podemos observar uma 
fotomicrografia de luz, corada pela hematoxilina-
eosina. 
- É possível observar além da presença dos folículos 
primordiais, 2 folículos primários. 
Folículos primários 
- Logo, esses folículos primários são formados por 
um oócito primário, rodeado por uma camada de 
células foliculares. 
• O folículo primário unilaminar é formado por 
um ovócito primário rodeado por uma camada 
de células foliculares cúbicas. 
- É possível observar também que o estroma do 
ovário mais próximo ao folículo já começa a se 
diferenciar em uma camada delimitada em torno 
desse folículo. Essas células foliculares começam a 
expressar receptores para o FSH, que vai estimular a 
expressão de fatores mitogênicos. Com isso, elas 
começam a proliferar, como resposta ao FSH e aos 
fatores de crescimento localmente produzidos. 
 
• Nessa fotomicrografia é possível observar um 
folículo primário multilaminar. Chama-se 
multilaminar porque as células foliculares que 
começaram a proliferar formam um epitélio 
estratificado, onde é possível delimitar uma 
membrana basal, relativamente espessa, que 
separa as células foliculares do estroma externo, 
onde já começa a organizar uma estrutura 
chamada de Teca (importante para a formação 
do corpo lúteo. 
• Paralelamente, durante o folículo primário 
unilaminar, o oócito começa a depositar no 
espaço perivitelino (espaço entre as células 
foliculares e o oócito) uma delgada membrana 
acelular homogênea e eosinófila, chamada de 
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Histologia 
Bloco Reprodutor 
zona pelúcida. Essa zona pelúcida é formada por 
glicoproteínas chamadas de zp1, zp2 e zp3, das 
quais a terceira é a mais importante no processo 
de fecundação. 
 
- Nesta imagem de microscopia eletrônica de 
varredura podemos observar as células 
foliculares, esféricas ou cúbicas, com a presença 
da zona pelúcida embaixo delas. 
- A zona pelúcida tem esse aspecto reticulado, 
como se fosse uma malha. 
- Logo embaixo da zona pelúcida estaria 
presente o oócito. 
Folículo secundário (vesicular ou pré-antral) 
- Posteriormente as células foliculares 
continuam expressando receptores de FSH e se 
proliferando. Além disso, começam a produzir o 
líquor folicular. 
- O líquor folicular é jogado para o espaço 
extracelular e começam a aparecer pequenos 
espaços. 
- Esses pequenos espaços se juntam para formar 
o espaço antro folicular, com formato de lua 
crescente. 
- No momento em que esse espaço antrofolicular 
começa a se formar, as células foliculares 
começam a se reorganizar. A maioria delas 
ficam deslocadas para a porção periférica, 
formando parte da parede do folículo. 
- Outras células foliculares mantêm o folículo 
ancorado à sua parede. Essas células vão receber 
o nome de cúmulo óforo. 
- Além de produzir o líquor folicular, as células 
foliculares secretam os chamados corpos de 
Call-Exner no espaço extracelular, formando 
uma MEC com ácido hialurônico e 
proteoglicanos. 
 
• Observa-se a zona pelúcida, membrana 
eosinófila e homogênea, PAS positivo. 
• Temos o ovócito; 
• Externamente começa a se formar a Teca. 
• Esse folículo secundário caracteriza-se pela 
formação do antro folicular. 
Folículo de Graaf 
• Uma vez estabelecido o antro, as células 
foliculares já se organizaram e é possível 
observar as duas camadas da Teca, estrutural e 
funcionalmente distintas. 
• A camada mais interna é a Teca interna e a mais 
externa, Teca externa. 
- A teca interna é mais celular e vascularizada, 
formada por células poligonais, com citoplasma 
preenchido por gotículas lipídicas e que estão 
envolvidas na produção de andrógenos. Esses 
andrógenos, através de um sinergismo, são 
utilizados pelas células foliculares, agora 
chamadas de células da granulosa, para a 
produção de estrógeno (17-beta-estradiol). 
- A teca externa é mais fibrosa, formada por 
fibras de colágeno, fibras musculares lisas e ode 
ter fibroblastos. 
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Histologia 
Bloco Reprodutor 
 
• Observa-se a cavidade antral, com formato 
crescente. 
• Presença de secreção (em lilás) que contêm 
ácido hialurônico, prostaglandinas, hormônios 
esteróides... 
• Presença do oócito, em um dos lados da parede 
do folículo, rodeado pela zona pelúcida, 
produzida pelo próprio ovócito (camada roxa 
clara). Rodeado por um conjunto de células que 
o mantêm fixo à parede do folículo (células do 
cúmulo oóforo). 
• Algumas das células do cúmulo oóforo vão se 
organizar em torno do ovócito, formando a 
chamada coroa radiada. 
• Logo, temos as células foliculares formando a 
camada da granulosa. 
• Mais externamente, a Teca interna e depois a 
externa. 
 
• Visão detalhada da parede do folículo maduro 
(ou de Graaf). 
• Do lado esquerdo é possível observar uma 
pequena parte do antro. 
• Logo observamos a camada granulosa (células 
foliculares que proliferaram e se deslocaram 
para a periferia, formando a parede do folículo. 
• Depois, a teca, interna (formada por células 
poligonais, que possuem um citoplasma com 
vacúolos, que são na verdade os espaços 
deixados pelas gotículas de lipídeo. 
• Na interface entre a camada granulosa e a teca 
interna encontra-se uma membrana basal 
espessa. 
Interação Células granulosas x Ovócito primário 
 
• Essa imagem é para mostrar que existe uma 
interação entre as células da granulosa e o 
ovócito primário, através de junçõescomunicantes. 
• O ovócito apresenta curtas microvilosidades 
(em verde) e logo depois encontra-se a zona 
pelúcida. Mais externamente, encontram-se 
as células da granulosa formando a coroa 
radiada. 
• As células foliculares mantêm comunicação 
com outras células foliculares adjacentes 
através de junções comunicantes (GAP). 
Também existe essa comunicação entre o 
ovócito e os prolongamentos das células 
foliculares que atravessam a zona pelúcida. 
• Desde o início da oôgenese, durante o 
período pré-natal, as células foliculares 
produzem e liberam para o citoplasma do 
ovócito uma proteína chamada de OM 
(inibidor da maturação do oócito). Esse OM 
diminui, na medida que o oócito começa a 
madurar. 
• O oócito começa a produzir os grânulos 
corticais, importantes para a fecundação, já 
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Histologia 
Bloco Reprodutor 
que são liberados uma vez que o 
espermatozoide atravessa a zona pelúcida e 
produzem o bloqueio da poliespermia 
(evitam que mais de um espermatozoide 
entre). 
Interação células granulosas x Teca interna 
 
• Esse esquema permite mostrar o sinergismo que 
existe entre as células granulosas e as células da 
teca interna durante a foliculogênese. 
• Entre elas está a membrana basal. 
• Estimuladas pelo LH, as células da teca interna 
captam colesterol e lipoproteínas de baixa 
densidade transportadas pelos vasos sanguíneos. 
Uma vez captados, transformam esses lipídeos 
em andrógenos fracos (como a androstenediona). 
Essa androstenediona é transportada para o 
interior da célula da granulosa e ali, pela 
estimulação do FSH, a androstenediona é 
convertida para 17-beta-estradiol por meio de 
uma aromatase. 
 
• Somente as células da teca interna, por terem 
características de células produtoras de 
esteroides, podem produzir o andrógeno e 
transportar para a camada granulosa. 
Atresia ou degeneração folicular 
• A cada mês são recrutados de 10 a 20 folículos 
primordiais, que entram no processo de 
desenvolvimento. Contudo, somente 1 folículo 
vai liberar um oócito completamente maduro. 
• Por isso, muitos desses folículos começam um 
processo de degeneração, conhecido como 
atresia. 
• A atresia pode ser definida, então, como um 
processo degenerativo que pode ocorrer nos 
folículos em qualquer etapa do seu 
desenvolvimento. 
• Inclusive, pode acontecer durante o 
desenvolvimento embrionário. 
 
• A atresia pode ser observada nessa imagem. 
• É parte de um folículo atrésico. 
• Podem ser identificados pela presença de um 
material espesso e amorfo, conhecido como 
membrana vítrea. 
• A membrana vítrea consiste numa zona pelúcida 
relativamente intata, contendo remanescentes do 
ovócito degenerado e das células granulosas, 
bem como de macrófagos invasores que acabam 
fagocitando esses restos celulares. 
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Fase ovulatória 
• Consiste no processo de ovulação. 
- A fase ovulatória é iniciada por um pico de LH, 
que vai acontecer entre 24/36 horas antes da 
ovulação. 
- Os níveis elevados de estrógeno que são liberados 
pelo folículo maduro, exercem uma retroalimentação 
negativa sobre o gene RH, para diminuir a liberação 
do FSH e paralelamente se produz um pico na 
liberação do LH. 
- Depois desse pico, há um pico menor de FSH. 
• O processo de ovulação consiste na ruptura da 
parede do folículo maduro -que se encontra mais 
próximo da parede externa do ovário- e a 
liberação do ovócito na tuba uterina. 
 
• O pulso de LH induz uma vasoconstrição na 
região de abaulamento do folículo maduro. 
• Esse ovócito sai da parte mais interna para a 
periferia, sobra abaulamento e se projeta sobre a 
superfície do ovário. 
• Na região onde ele se projeta ocorre uma 
isquemia (diminuição no suprimento sanguíneo) 
e consequentemente uma hipoxia. Isso leva 
então à necrose das células dessa região. 
• Além dessa necrose, os fibroblastos da túnica 
albugínea e da Teca externa vão liberar 
proteases que degradarão as fibras de colágeno 
dessas 2 camadas. Isso contribui com o 
rompimento da parede do folículo. 
• Alguns autores também falam que no folículo 
maduro aumenta o volume do líquor folicular, o 
qual acarreta ao aumento da pressão 
intrafolicular, o que provavelmente também 
contribui para o rompimento. Outros falam que 
as células musculares lisas da Teca externa se 
contraem e auxiliam no processo da ovulação. 
• +/- 23 horas antes da ovulação, o ovócito se 
solta do cúmulo oóforo e flutua no antro 
folicular. Nesse momento ele retoma a prófase 
da Meiose I, termina as outras fases e libera o 
ovócito secundário e o primeiro folículo polar. O 
ovócito secundário ao mesmo tempo inicia a 
Meiose II, avançando até a Metáfase e para 
nessa fase da Meiose II. 
• Ele é liberado como ovócito secundário na fase 
da Metáfase da Meiose II, rodeado pela zona 
pelúcida e pela coroa radiada. Inclusive, no 
esquema é possível observar a presença do 
corpúsculo polar entre o ovócito e a zona 
pelúcida. Essas estruturas acompanham o 
ovócito secundário ao longo da tuba uterina. 
• Se acontecer a fecundação, a coroa radiada 
desaparece, a zona pelúcida se mantém por mais 
um tempo, sendo degenerada antes da 
implantação do blastocisto no útero. 
Fase luteínica do ciclo ovariano 
• A fase luteínica consiste no desenvolvimento e 
funcionamento do corpo lúteo ou corpo amarelo. 
• Isso acontece porque durante a ovulação, as 
únicas estruturas que saem são o ovócito com a 
zona pelúcida, coroa radiada e líquor folicular. 
- Logo, os vasos sanguíneos da teca interna 
proliferam por um processo de angiogênese. 
- A membrana basal, que separa a camada 
granulosa da teca interna, se rompe e os vasos 
sanguíneos invadem a camada folicular e a 
cavidade antral se preenche de sangue, formando 
o corpo hemorrágico. 
- A camada granulosa começa a se preguear 
pouco depois da ovulação. Os espaços entre as 
pregas são ocupados pelas células da teca 
interna, tecido conjuntivo e vasos sanguíneos. 
- O antigo antro folicular preenchido com fibrina 
é substituído por tecido conjuntivo e vasos 
sanguíneos. 
- A partir disso ocorre a formação do corpo lúteo 
(ou corpo amarelo), que é uma estrutura 
glandular responsável pela produção e liberação 
de estrógenos e grandes quantidades de 
progesterona. 
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Bloco Reprodutor 
• O LH estimula a síntese de androstenediona 
pelas células tecoluteínicas (provenientes da teca 
interna). 
• O FSH vai estimular as células granuloluteinas 
(foliculares luteínas) a sintetizar progesterona e 
estradiol (o estradiol a partir da 
androstenediona). 
 
- Nesse esquema são observados todos os eventos 
relatados acima. Desde o pregamento ate a formação 
do corpo lúteo. 
• Se a fecundação do oócito não acontecer, o 
corpo lúteo sofre um processo de involução. 
Estrutura do corpo lúteo 
 
• Nessa imagem é possível observar a estrutura do 
corpo lúteo. 
• Ele é formado pelas células granuloluteinas, que 
se originaram a partir da camada granulosa do 
folículo maduro. Essas células são maiores e seu 
citoplasma é vacuolado, com aspecto meio 
esponjoso, devido à extração dos lipídeos 
durante o processamento histológico. Essas 
células são as que produzem progesterona e 
estrogênio. 
• Há também células tecoluteinas, de menor 
tamanho, entremeadas com as células 
granuloluteinas. 
• Externamente temos o estroma ovariano, que se 
confunde com a teca externa. 
 
• Nessa imagem de microscopia eletrônica 
podemos observar que as células do corpo lúteo 
têm características de células produtoras de 
esteroides. 
• Então, as células possuem grande quantidadede 
gotículas lipídicas no seu citoplasma; retículo 
endoplasmático liso bem desenvolvido; 
mitocôndrias com cristas tubulares. 
• As enzimas importantes para a formação desses 
esteroides estão presentes na membrana do 
retículo endoplasmático liso e da mitocôndria. 
Correlação funcional das Células tecoluteinas x Células 
grânuloluteinas 
• As células tecoluteinas, estimuladas pelo LH, 
captam colesterol ou LDL, ou ambos, a partir do 
sangue. Esse colesterol é usado para a 
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Campus Macaé 
Enfermagem e Obstetrícia 
Angie Martinez 
Histologia 
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esteroidogênese. O produto esteroide, a 
androstenediona, é transportado para as células 
grânuloluteinas. 
• As células grânuloluteinas encontram-se sob o 
controle de ambos FSH e LH. Essas células 
podem armazenar o colesterol captado do sangue 
e usá-lo para a síntese de progesterona. 
• Além disso, pelo efeito do LH, as células 
grânuloluteinas utilizam androstenediona, 
produzida pelas células tecoluteinas, para 
produzir estradiol. 
 
- A imagem traz essa correlação. 
 
- Vemos uma micrografia da histologia do corpo 
lúteo 
- Células maiores, volumosas, poligonais, citoplasma 
eosinófilo e vacuolizado são as células 
grânuloluteinas. 
- Entre elas, estão células menores, representando 
pequenos grupos de células tecoluteinas. 
- Vemos vasos sanguíneos presentes dentro do corpo 
lúteo. 
- Externamente a teca interna, que se 
confunde/mistura com o estroma ovariano. 
Quando o corpo lúteo alcança seu máximo 
desenvolvimento, os níveis altos de estrógenos e 
progesteronas fazem uma retroalimentação negativa na 
adenohipófise e a produção dos hormônios de FSH e LH 
cessam. Se o ovócito não for fecundado, o corpo lúteo 
entre em um processo de involução. 
Involução do corpo lúteo: luteólise 
 
• O corpo lúteo entra em involução por volta de 
dias após a ovulação, a não ser que a fertilização 
ocorra. 
• A queda do FSH e LH produz uma redução no 
fluxo sanguíneo do corpo lúteo, o que causa 
hipóxia. 
• Como consequência, células T vão atingir o 
corpo lúteo e liberar o interferon-y, o qual atua 
sobre o endotélio para permitir a chegada de 
macrófagos. 
• Os macrófagos produzem fator de necrose 
tumoral alfa (TNF-a), iniciando assim a cascata 
apoptótica. 
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• Posteriormente, os restos do corpo lúteo são 
retirados pelos macrófagos e substituídos por um 
tecido fibroso, que permanece com uma cicatriz, 
formando o corpo albicans ou corpo branco 
(devido à sua colocação esbranquiçada em 
estado fresco). 
• Essa coloração esbranquiçada é devido à 
presença de fibras de colágeno, principal 
constituinte do corpo albicans. 
 
• Caso ocorrer a fecundação, o corpo lúteo evolui 
para o corpo lúteo gravídico e a síntese de 
estrogênio e progesterona é sustentada pela 
gonadotrofina coriônica humana (beta-HCG), 
produzida e secretada pelo trofoblasto do 
embrião implantado. 
 
• Coloração de hematoxilina-eosina, onde é 
possível observar o corpo albicans: 
- Tecido fibroso; 
- Fibroblastos; 
- Estroma ovariano altamente vascular rodeando o corpo 
branco;

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