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Trabalho ESMI Final

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Instituto Técnico de Moçambique
Tema: Introdução a Lógica
Curso: Enfermagem de Saúde Materno Infantil
Micro Biologia e Parasitologia
Turma: B	Sala: 5
Nomes:
Lídia José Volade
Deolinda Salomão Nhanombe Iolanda da Neusa InácioNgovene Stela Sérgio Filipe Jala
Neisam Isabel Machel Minercia JoãoChichava Piedosa ViegasQuiemo
Docente: Samuel Tacuane
Maputo, Junho de 2021
Índice 
Introdução	2
Objectivos	3
Geral	3
Específicos	3
Fundamentação Teórica	4
Anatomia do sistema Reprodutor Feminino	5
Ovários	5
Trompas de falópio	6
Útero	6
Vagina	7
Vulva e mamas	7
Fisiologia da produção do leite	9
Desenvolvimento do feto e menstruação	10
Ciclo Menstrual	11
Fases do Ciclo Menstrual	11
Conclusão	13
Bibliografia	14
Introdução
O sistema reprodutor feminino, também denominado aparelho reprodutor feminino, é constituído por dois ovários, duas tubas uterinas (trompas de Falópio), um útero, uma vagina e uma vulva. Além de ser responsável pela produção de harmónios sexuais e gâmetas, o sistema reprodutor feminino é o receptáculo da fecundação, possibilitando o desenvolvimento do feto em seu interior, pelo período de nove meses.
Tal como no sistema genital masculino, o sistema genital feminino é o conjunto de órgãos encarregados da reprodução na mulher. Compõe-se também de órgãos gametógenos (produtores de gametas) e órgãos gametóforos (por onde transitam os gametas), e de um órgão que vai abrigar o novo ser vivo em desenvolvimento. Do ponto de vista da reprodução, o organismo feminino é mais complexo que o do homem, pelo fato de possuir mais um órgão e, consequentemente, mais uma função, ou seja, de abrigar e propiciar o desenvolvimento do novo ser vivo. Ao final deste capítulo faz-se o estudo das mamas, pelas íntimas relações funcionais que estes órgãos mantêm com a reprodução.
Os órgãos genitais Anatômica e funcionalmente, assim podemos distribuí-los: gônadas ou órgãos produtores de gametas: são os ovários, que produzem os óvulos; vias condutoras dos gametas: são as tubas uterinas; órgão que abriga o novo ser vivo: é o útero; órgão de cópula, representado pela vagina; estruturas eréteis: são o clitóris e o bulbo do vestíbulo; f glândulas anexas: glândulas vestibulares maiores e menores; órgãos genitais externos, no conjunto também conhecidos pelas expressões pudendo feminino ou vulva: monte do púbis, lábios maiores, lábios menores, clitóris, bulbo do vestíbulo e glândulas vestibulares, portanto nesse trabalho falaremos desses e mais assuntos em volta do sistema reprodutor feminino. 
Objectivos
Geral
Fazer uma revisão bibliográfica do assunto, analisando a estrutura geral do sistema reprodutor feminino com ênfase nas principais funções dos órgãos que compõem este sistema.
Específicos
· Identificar os principais órgãos que compõem o sistema reprodutor feminino;
· Compreender de modo geral a fisiologia do sistema reprodutor feminino;
· Identificar as fases do ciclo menstrual;
· E falar da estrutura e desenvolvimento de glândulas mamárias.
· 
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O sistema reprodutor feminino é formado pelos órgãos genitais internos e externos. Os órgãos internos são: vagina, ovários, trompas de Falópio e útero.
Os órgãos externos são: monte de Vénus (monte púbico) e vulva, que engloba os grandes lábios, os pequenos lábios e o clítoris.
O sistema reprodutor feminino, além de produzir os harmónios sexuais e gâmetas, é o receptáculo da fecundação. É no seu interior que o feto se desenvolve por nove meses.
A vagina é um espaço tubular fibromuscular, recoberto com uma mucosa pregueada, com aproximadamente 10 centímetros de comprimento. Ela que faz a comunicação entre a vulva e o útero. Sua função é dar saída ao fluxo menstrual, receber o pénis durante a relação sexual e formar o canal do parto. Devido a essa última função, a vagina possui grande elasticidade.
Os ovários são as gônadas femininas, e produzem harmónios. São pequenas estruturas ancoradas por ligamentos como mesovário e o ligamento útero-ovárico. São eles que desenvolvem o óvulo e produzem os harmónios femininos: o estrógeno e a progesterona.
O útero é um órgão oco, com paredes musculares espessas. Serve como caminho para os espermatozóides chegarem à tuba uterina para a fertilização e também abriga o feto durante o desenvolvimento. O seu volume pode chegar até cinco litros. Em seu interior, na parte superior, encontra-se o colo do útero. É ligado às tubas uterinas ou Trompas de Falópio.
Trompas de Falópio são tubas compostas por um canal, com forma de funil, recoberto em sua extremidade por franjas, as fímbrias, por uma ampola e por um istmo.
Já nas genitais externas, o Monte de Vénus ou monte púbico é uma elevação de tecido adiposo, recoberto por pelos que protege a superfície ósseo-cartilaginosa.
Os Grandes Lábios são tecidos adiposos, coberto por pelos pubianos. Os pequenos lábios são tecidos sem gordura. Na parte superior dos pequenos lábios encontra-se o clítoris, uma massa de tecido eréctil de aproximadamente 2 cm de 
comprimento. O clítoris tem a função exclusiva de proporcionar prazer sexual nas mulheres.
Entre os pequenos lábios fica a abertura da vagina, que é recoberta por uma fina membrana altamente vascularizada chamada de hímen. É importante perceber que o hímen não “fecha” o canal: ele está presente ao redor do orifício. As mulheres que nascem com o canal obstruído por esse tecido precisam passar por cirurgia corretora, para que o fluxo menstrual possa passar. O hímen não necessariamente estará presente ainda na primeira relação sexual, pois pode desaparecer bem antes da puberdade, em atividades normais como abrir as pernas na ginástica, andar de bicicleta, masturbação, entre outros. Outro mito sobre o hímen é que ele será rompido na primeira relação: em muitas mulheres, a penetração vaginal não leva ao rompimento do hímen e ao sangramento, especialmente se for feita com delicadeza.
Anatomia do sistema Reprodutor Feminino
O sistema reprodutor feminino é constituído dos seguintes órgãos: ovários, trompas de Falópio, útero, vagina, vulva e mamas.
OVÁRIOS
Os ovários são duas pequenas glândulas (aproximadamente 3 cm de comprimento, por 2 cm de largura e 1 cm de espessura), em forma de amêndoas. Localizados no abdómen, à direita e à esquerda do útero, exercem duas funções. A primeira consiste na produção dos harmónios estrógeno e progesterona, que regem o desenvolvimento e o funcionamento dos demais órgãos genitais e que são responsáveis pelo desenvolvimento dos caracteres femininos secundários. A segunda função é a produção de óvulos.
A actividade dos ovários é controlada pela hipófise, que, por sua vez, é influenciada pelo hipotálamo, estrutura do sistema nervoso central, próxima à hipófise e altamente especializada.
Os ovários são brancos na superfície e, depois da puberdade, apresentam minúsculas cicatrizes, cada uma delas correspondente a um óvulo liberado em cada ciclo menstrual. Como não são recobertos pelo peritónio – ao contrário dos outros órgãos abdominais, os ovários libertam o óvulo directamente na cavidade abdominal, de onde este migra para a trompa.
A superfície do ovário é recoberta por tecido epitelial ovariano, numa única camada de células poliédricas. A seguir vem a camada albugínea (de albus, branco), que lhe confere a cor característica e, por baixo desse tecido, o córtex ovariano, em que são produzidos os óvulos. Os óvulos originam-se de formações especiais, os olículos primários, mergulhadosna porção cortical de cada ovário. Os folículos contêm o ovócito, uma célula jovem que dará origem ao óvulo.
TROMPAS DE FALÓPIO
As Trompas de Falópio, também chamadas ovidutos, são os canais que ligam cada ovário ao útero e através dos quais o óvulo caminha até lá. Têm, em média, cerca de 12 centímetros de comprimento; o diâmetro varia em suas diversas regiões. A porção medial de cada uma das trompas abre-se no interior do útero, razão por que é chamada de porção intramural. A extremidade lateral da trompa, chamada porção ampular, é dilatada e abre-se directamente na cavidade abdominal, em formade funil de bordas franjadas, como um lírio. Entre as extremidades da trompa localiza-se a porção ístmica. Toda a trompa é revestida pelo peritónio (membrana envolvente), excepto no trecho da porção intramural. Sob o peritónio, seguem-se 1 ou 2 mm de camada muscular, que exerce movimentos peristálticos semelhantes aos do intestino. São esses movimentos que empurram o óvulo, através da trompa, do ovário até o útero. Contribuem para isso os pequenos duos vibráteis de que são dotadas as células das pregas mucosas da trompa. E no interior da trompa, durante a migração para o útero, que o óvulo é fecundado por um dos espermatozóides que vão ao seu encontro.
ÚTERO
O útero é o órgão da gestação e do parto. Tem o formato de uma pêra, entortada em sua parte mais fina. Essa porção mais delgada é o colo do útero; a parte mais volumosa é o corpo. Colo e corpo são separados por uma cintura, o istmo. As dimensões do útero variam com a idade e as condições fisiológicas da mulher. 
VAGINA
A vagina é órgão de população da mulher, é um canal muscular que se estende até o útero. Possibilita a eliminação do sangue menstrual para o exterior e forma parte do canal do parto. A constituição músculo-elástica das paredes lhe confere grande elasticidade e alguma contractilidade. As dimensões vaginais variam conforme a raça, estatura e compleição física. Tem, em média, de 7 a 10 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro.
VULVA E MAMAS
A vulva é o conjunto de formações externas que protegem a vagina e o orifício urinário e que colaboram na copulação. É formada pelos grandes lábios, pequenos lábios, clítoris, vestíbulo vaginal e orifício vaginal. Os grandes lábios são formações cutâneas, em que a forma e dimensão são determinadas pelo tecido gorduroso subcutâneo.
Circundam os pequenos lábios e unem-se, anteriormente, para formar o monte de Vénus, elevação coberta de pêlos pubianos. Estreitam-se e encontram-se, atrás e abaixo, para formar o limite inferior da vulva. Por dentro dos grandes lábios estão os pequenos lábios, duas pregas cutâneas de reduzidas dimensões e coloração rosa. No ponto de encontro superior desses lábios, localiza-se um pequeno tubérculo arredondado e eréctil, o clítoris.
O vestíbulo da vagina é a região delimitada pelas formações labiais. Tem forma de fenda alongada e seu ápice termina no clítoris. O orifício urinário (meato uretral) abre-se na parte anterior do vestíbulo, e o orifício vaginal, na parte posterior. De cada lado do orifício vaginal abrem-se os condutos das glândulas de Bartholin, que secretam um líquido claro e viscoso, lubrificante.
Às paredes do orifício vaginal aderem os bordos de uma delgada prega de mucosa altamente vascularizada, o hímen que, em geral, apresenta perfurações de diâmetro variável.
Glandulas Mamárias 
As glândulas mamárias são os órgãos característicos e comuns a todos os mamíferos. No sexo masculino elas são atrofiadas e no feminino são volumosas e ativas conforme a fase reprodutiva.
Sua principal função é a produção do leite que amamenta o filhote em sua fase inicial da vida. Por isso, essa glândula se relaciona à nutrição e ao cuidado parental dos animais, assim como ao estreitamento do vínculo materno e o bebê durante a amamentação.
Anatomia da Glândula Mamária
Há que se diferenciar mama das glândulas mamárias. As mamas são as estruturas que contém as glândulas. Elas são órgãos pares e laterais ao plano sagital mediano. Ficam situados precisamente na região ventral da caixa torácica, na altura da segunda a sexta costela, apoiada no músculo peitoral maior.
As mamas são revestidos pela pele, na qual está o tecido adiposo subcutâneo, que se estende em volta de toda a região glandular e seus ductos. Na região central está presente a aréola e a papila ou mamilo. Eles possuem coloração rosada a castanho, que varia na população e durante as fases de desenvolvimento, de maneira que é mais clara em mulheres jovens e nulíparas e tornam-se mais escurecidas durante a gestação
A papila também varia de formato, assim são classificadas em protrusa, quando formam protuberância; em semiprotrusa, quando não são proeminentes; e invertida, quando projetam-se levemente para dentro das mamas. A projeção é importante para facilitar a sucção do leite pelo lactente.
Em toda a extensão da mama, estão presentes vasos sanguíneos, que levarão nutrientes para a produção do leite e vasos linfáticos, os quais drenam o excesso de líquido.
Histologia da Glândula Mamária
A glândula mamária é uma glândula exócrina túbulo-alveolar, do tipo apócrina, ou seja, junto a secreção produzida nas células epiteliais glandulares, uma parte do citoplasma é liberada também. Ela é formada pelo parênquima, a parte secretora, e pelo estroma, constituído de tecido conjuntivo e tecido adiposo, responsável por sua sustentação.
Uma glândula mamária em lactação é composta por 15 a 20 lobos separados por septos de tecido conjuntivo com células adiposas. Cada lobo é drenado por um único ducto lactífero que conflui para o mamilo, revestido por dupla camada de células cúbicas ou colunares e por uma bainha de tecido conjuntivo com células mioides.
Microscopicamente os lobos são constituídos por 20 a 40 lóbulos com seus ductos intralobulares. Por sua vez, os lóbulos contém 10 a 100 ácinos caracterizados como epitélio secretor simples cúbico ou colunar. Durante a gravidez e lactação, diferenciam-se em alvéolos secretores produtores de leite, crescem e se expandem. 
Envolvendo os alvéolos, estão as células mioepiteliais, constituídas de proteínas contráteis responsáveis pela contração durante a ejeção do leite, sob efeito da ocitocina.
Formato das mamas
O formato e o volume das mamas variam de acordo com as características genéticas, massa corpórea e paridade, que é o número de partos que a mulher já teve. O seu tamanho aumenta com o ganho de peso em gordura. No entanto, durante a gestação, elas aumentam devido a proliferação e ao desenvolvimento do tecido glandular para produção de leite.
Desenvolvimento da Glândula Mamária
Ao longo das fases reprodutivas da mulher, a glândula mamária passa por diferentes etapas de desenvolvimento. São elas:
Embriogênese: Durante a 18a ou 19a semana de gestação o tecido epitelial de revestimento prolifera-se dando origem ao epitélio glandular e aos ductos principais.
Mamogênese: Ocorre durante a puberdade, sob efeito do estrógeno e da progesterona, e a gestação pela proliferação do parênquima e amadurecimento da glândula, sob efeito dos hormônios estrógeno, progesterona, lactogênio placentário, prolactina e gonadotrofina coriônica.
Lactogênese: É caracterizada pelo início da produção de leite, horas após o parto, pelo efeito da baixa dos níveis de progesterona vinda da placenta.
Lactação: Continuidade da produção de leite devido ao estímulo das mamadas.
Involução: Perda da capacidade de produzir leite pela cessar dos estímulos de mamada ou hormonal.
Fisiologia da produção do leite 
O corpo humano é uma máquina perfeita, capaz de realizar um fenómeno peculiar nos mamíferos: a lactação.
Denominamos lactação a “capacidade de produzir o alimento ideal para seus filhos”, o leite humano.
A mama feminina passa por transformações desde o início da gestação, seja apresentar dores ou sensibilidade nos mamilos, aumento do volume das mamas, modificação na coloração da aréola e dos mamilos (escurecimento do tecido, este efeito já é observado entre a quinta e a oitava semanas gestacionais),etc.
O corpo é sábio e vai se adaptando às necessidades que surgirão, ou seja, a capacidade de produzir, armazenar e liberar o leite materno.
A produção do leite está diretamente relacionada com a ação hormonal, dentre os mais importantes citamos a progesterona, prolactina e ocitocina.
Didaticamente, a ação hormonal é assim apresentada:
• “Lactogênese I
• Lactogênese II
• Galactopoese.
A lactogênese I se dá no último trimestre, a partir da 20ª semana de gravidez, quando a mama está pronta para produzir leite (pré-colostro), mas o faz em pequena quantidade, porquea presença da placenta inibe a prolactina, hormônio responsável pela produção do leite, devida às altas concentrações de esteroides sexuais, especialmente a progesterona. Portanto, o controle da produção inicial do leite é endócrino, isto é, depende da presença de hormônios.
Após o parto, com a saída da placenta, cai o nível sanguíneo de progesterona e ocorre uma rápida elevação na concentração de prolactina no sangue. Este pico de prolactina induz o começo da síntese do leite (o colostro).
Entre 24 e 48 horas a mama se apresenta intumescida por causa da grande migração de água, atraída pela força hiperosmolar da lactose com dilatação de ductos e alvéolos. Esse fenômeno é conhecido como apojadura. Logo depois acontece a descida do leite, fenômeno que marca o início da lactogênese II.
A partir de então, a regulação passa a ser feita no próprio local da produção de leite, ou seja, o controle passa a ser autócrino. O volume de leite passa a depender da demanda e é diretamente proporcional ao número de mamadas.
Quanto maior a frequência em um dado intervalo de tempo, maior será o aumento do volume do leite produzido. A sucção do bebê no peito estimula as terminações nervosas do mamilo e aréola, enviando impulsos via neuronal reflexa aferente para o hipotálamo, estimulando a hipófise anterior a secretar o hormônio prolactina, e a hipófise posterior, o hormônio ocitocina.”
Devido a explicação acima, podemos afirmar que todas as mulheres são capazes de produzir leite para seus filhos.
A prolactina é responsável pela produção do leite e
A ocitocina é responsável pela descida do leite.
FUNÇÃO DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
O aparelho reprodutor feminino é o responsável por desempenhar toda a trajectória de reprodução, desde a ovulação até a expulsão do bebé na hora do parto. Essa não é uma tarefa simples e conta com diversas etapas diferentes, que incluem:
· Produção do óvulo (ovulação)
· Fecundação, quando os factores hereditários do óvulo se unem aos factores hereditários de um espermatozóide. 
· A acomodação no útero do óvulo que foi fecundado (também chamado de nidação)
· A gestação propriamente dita, o período de desenvolvimento do embrião (que após o segundo mês dentro do útero recebe o nome de feto).
· E a fase final, que é o momento da expulsão do bebé para a vida fora do útero.
Desenvolvimento do feto e menstruação
No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem todas as células que irão transformar-se em gâmetas nos seus dois ovários. Estas células - os ovócitos primários - encontram-se dentro de estruturas denominadas folículos de Graaf ou folículos ovarinos. A partir da adolescência, sob acção hormonal, os folículos ovarinos começam a crescer e a desenvolver. Os folículos em desenvolvimento secretam o harmónio estrogénio.
Mensalmente, apenas um folículo geralmente completa o desenvolvimento e a maturação, rompendo-se e liberando os ovócitos secundários (gâmeta feminino): este fenómeno é conhecido como ovulação. Após seu rompimento, a massa celular resultante transforma-se em corpo lúteo ou amarelo, que passa a secretar os harmónios progesterona e estrogénio. Com o tempo, o corpo lúteo regride e converte- se em corpo albicans ou corpo branco, uma pequena cicatriz fibrosa que irá permanecer no ovário. O gâmeta feminino liberado na superfície de um dos ovários é recolhido por finas terminações das tubas uterinas - as fímbrias.
Ciclo Menstrual
Ciclo menstrual é o nome dos processos que ocorrem no sistema reprodutor feminino todo mês em decorrência da ação dos hormônios estrógeno e progesterona.
Fases do Ciclo Menstrual
Fase menstrual
A menstruação é a eliminação do tecido endometrial, sangue, secreções e muco do útero, e dura de três a sete dias. Durante este processo o nível de estrógeno e progesterona é baixo no sangue e permitem que o hipotálamo secrete o factor libertador do FSH (harmónio folículo-estimulante), estimulando a adeno-hipófise a produzir FSH e LH, estimulando o desenvolvimento do folículo primário.
Fase proliferativa
Nesta fase há um aumento na produção de estrógeno e a parede do endométrio começa ficar espessa. O folículo primário amadurece e começa secretar progesterona. Quando a produção de estrógeno chega ao seu máximo, o LH também tem um aumento na sua produção, provocando a ruptura do folículo maduro, ocorrendo a ovulação, próximo ao 14º dia após o início da menstruação.
Essa fase é chamada de proliferativa, pois as células do endométrio se proliferam e recebem vasos sanguíneos.
Fase secretora
Após a ovulação, o folículo que se rompeu sofre algumas transformações, tornando-se amarelado e recebe o nome de corpo lúteo, ou corpo amarelo. Sua função é produzir progesterona e estrógeno. Com o aumento da produção destes harmónios, a produção de LH e FSH cessa.
O endométrio está pronto para receber o embrião e está ricamente vascularizada. Por volta da 4ª semana, o corpo lúteo regride e cessa a produção de harmónios. Se não houver fecundação o endométrio é eliminado através da menstruação, iniciando um novo ciclo menstrual.
Conclusão
Concluímos com esse trabalho que, o sistema reprodutor feminino é sem dúvidas o mais importante em relação a reprodução humana, um dos mais complexos e completos do corpo humano. O aparelho reprodutor feminino engloba os órgãos que produzem, transportam e armazenam as células germinativas, que são as responsáveis por dar origem aos gâmetas.
E são os gâmetas que, ao se unirem, formam um novo indivíduo, que será abrigado em um órgão durante seu desenvolvimento. Esse órgão, chamado útero, faz com que o sistema reprodutor feminino seja considerado mais complexo que o masculino em razão da função de abrigar e propiciar o desenvolvimento de um novo indivíduo.
Ovários, tubas uterinas, útero, vagina, hímen, grandes lábios, pequenos lábios e clítoris são as estruturas encontradas no sistema de reprodução feminino. Além disso, as mamas também são de grande importância na manutenção da vida. Os órgãos externos desse sistema permitem a entrada do esperma no organismo, além de protegerem os órgãos genitais internos contra micro-organismos infecciosos.
Bibliografia
http://www.anatomiadocorpo.com/sistema-reprodutor-genital/feminino/ https://www.gestacaobebe.com.br/sistema-reprodutor-feminino/ https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-reprodutor-feminino.htm http://www.gineco.com.br/saude-feminina/o-corpo-da-mulher/aparelho-genital- feminino/. Acesso em: 02 de Outubro de 2019.
http://www.afh.bio.br/reprod/reprod2.asp. Acesso em: Acesso em: 24 de Maio de 2021.
http://biologia.ifsc.usp.br/bio2/apostila/apost-fisiol-parte7.pdf.

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