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Sistema Reprodutor Feminino O sistema reprodutor feminino é projetado para a produção e transporte de óvulos e sua consequente fertilização e desenvolvimento. O sistema reprodutivo das fêmeas constitui- se de ovários, ovidutos, cornos e corpo uterino, cerviz, vagina, vestíbulo e vulva. As estruturas internas são sustentadas pelo ligamento largo: mesovário que sustenta o ovário; mesossalpinge que ancora o oviduto e o mesométrio que mantém o útero. Ovários- Ovários são órgãos pares com formato arredondado localizado caudalmente aos rins e ventralmente as vertebras lombares. O ovário é um órgão parenquimatoso que contém vários folículos e corpos lúteos, os folículos possuem a capacidade de passar por, series progressivas de mudanças que resultam em quatro estágios de desenvolvimento. No animal adulto, os folículos ovarianos se desenvolvem no interior da zona parenquimatosa. A função dos ovários são: Ovogênese, produção de óvulos (produzidos nos folículos), produção hormonal (estrógenos: produzidos pelos folículos e progestágenos: produzidos pelo corpo lúteo). O ovário das éguas apresenta uma inversão entre as camadas cortical e medular e uma fossa ovulatória. O corpo Lúteo é uma estrutura endócrina temporária existente nas fêmeas de mamíferos, relacionada com a produção do hormônio progesterona, necessário para a manutenção da gestação. Figura- Ovários de diferentes espécies. Fonte: Dantas, 2018. Útero- O útero das espécies domésticas é do tipo bicornual, portanto, é formado por dois cornos, um corpo e uma cérvix. Os cornos uterinos é o local onde ocorre a gestação, e seu comprimento e formato varia entre as espécies domésticas. Nos ruminantes, tem a forma de um gancho com seu ápice voltado caudalmente. Nas éguas, é retilíneo e afastado lateralmente. Nas cadelas, também é retilíneo, porém, bastante comprido. Nas porcas, é comprido e sinuoso. O ponto de junção dos cornos uterinos é chamado corpo do útero, um trecho curto que caudalmente se comunica com a cérvix. A cérvix possui um tecido fibrocartilaginoso, sendo a região mais rígida do útero. A cérvix tem início no óstio uterino externo e termina no óstio uterino interno. Entre os dois óstios existe um canal estreito chamado canal cervical. O óstio uterino externo é a comunicação do útero com a vagina e com o meio externo e só se abre em duas ocasiões, no cio e no parto. O útero apresenta ampla capacidade de distensão, permitindo a gestação; contrai-se fortemente no momento do parto, facilitando a expulsão dos produtos e involui rapidamente no puerpério, garantindo a depuração do órgão, preparando-se para nova prenhez. Figura- Úteros de diferentes espécies. Fonte: Najbrt e Koman, 1982. Vagina- A vagina é uma estrutura tubular que serve para cópula. É dividida em duas regiões: vagina propriamente dita e vestíbulo da vagina. O ponto que divide essas duas regiões é o óstio uretral externo, que corresponde a abertura da uretra para o meio externo. A abertura da vagina para o meio externo é o vestíbulo vaginal. Nas porcas e éguas jovens, que nunca foram cobertas, existe uma dobra de mucosa localizada cranialmente ao óstio uretral externo chamado de hímen. No vestíbulo da vagina existem as glândulas vestibulares com seus ductos que se abrem lateralmente ao óstio uretral externo, essas glândulas são sebáceas e produzem feromônios durante o cio. O vestíbulo vaginal se encontra inclinado caudal e ventralmente em relação a vagina propriamente dita, a junção da mucosa do vestíbulo com a pele é chamada de vulva. Vulva- A vulva apresenta dois ângulos ou comissuras, uma dorsal e outra ventral. A comissura dorsal tem formato arredondado e a comissura ventral forma um ângulo agudo, sendo que nas éguas ocorre o inverso (ângulo ventral arredondado e ângulo agudo dorsal). Próximo ao ângulo ventral da vulva se projeta o clitóris. O clitóris fica alojado na fossa clitoridiana e corresponde ao homólogo ao pênis masculino. Tubas Uterinas- A partir de cada ovário, o oócito rompido flui pela tuba uterina, que direciona o gameta feminino até o útero, permitindo o fluxo oposto dos espermatozoides para que ocorra a fertilização. A tuba uterina é composta por três regiões, o infundíbulo, a ampola e o istmo. O infundíbulo contém células ciliadas onde facilitam a movimentação do óvulo pelas tubas uterinas, esta parte se encontra mais próxima ao ovário. A ampola contém inúmeras pregas mucosas e submucosas, sendo a região mais provável para a fertilização que posteriormente leva ao istmo que possui uma parede muscular mais espessa. As tubas uterinas pareadas direcionam o óvulo fertilizado ao útero, que é o local de desenvolvimento fetal. Glândulas Mamárias Os animais que pertencem à classe dos mamíferos são caracterizados pelo corpo basicamente coberto por pelos e amamentam suas crias pelo uso de estruturas denominadas glândulas mamarias. A capacidade dos mamíferos de alimentar as suas crias por meio da secreção das glândulas mamarias durante a primeira parte da vida após o parto proporciona a esses animais a perspectiva da sobrevivência. O desenvolvimento dos dentes coincide com a necessidade de consumir outros alimentos além do leite. Embora o desenvolvimento da glândula mamaria comece com o início da puberdade, ela se mantém pouco desenvolvida até que ocorra a gestação. A secreção de leite frequentemente começa durante a última parte da gestação, em virtude do aumento dos níveis de prolactina, e resulta na formação do colostro. O leite é formado nas células mioepiteliais. A lactação, entretanto, não pode ocorrer até que a gestação chegue ao seu final. Um dos hormônios da neuro-hipófise de interesse primordial na lactação é a ocitocina. A descida do leite em animais sadios deve-se à ação da ocitocina, liberada por via reflexa do lóbulo posterior da hipófise, depois que o estímulo da ordenha ou da mamada tenha sido desencadeado. O estímulo tátil ou da amamentação resulta na transmissão de um impulso nervoso pelo nervo inguinal até a medula espinhal e cerebelo. O hipotálamo determina a liberação de ocitocina, que segue por ramos das veias jugulares até o coração e de lá é levada para todas as partes do corpo através da aorta, chegando às glândulas pelas artérias pudendas externas, o que estimula a contração das células mioepiteliais que envolvem os alvéolos e promove o relaxamento do esfíncter do orifício das tetas, forçando assim a ejeção do leite. A glândula mamaria dos animais domésticos apresenta particularidades anatómicas relacionadas à forma e tamanho que dependem de inúmeros fatores, intrínsecos e extrínsecos, como: espécie e raça animal, idade, constituição individual e condições de manejo leiteiro, alimentação e criação, além das condições de sanidade do próprio órgão. Após a puberdade, haverá ocorrência de cios; portanto, ovulações e formação de corpos lúteos. Iniciam-se os ciclos estrais periódicos e intensifica-se a produção e atividade dos hormônios sexuais: estrógenos e progesterona. Durante o anestro juvenil - pré-puberdade, o desenvolvimento da mama foi insignificante. Em seguida, o sistema constituído pelos duetos galactóforos se desenvolve por estímulo dos estrógenos e o sistema alveolar será pouco estimulado pela progesterona secretada pelo corpo lúteo, porém esse hormônio sensibilizará os duetos galactóforos. Lactogênese é o termo utilizado para representar o início ou instalação da lactação. O processo de lactogênese é induzido e conduzido por ação hormonal. Os estrógenos, em sua ação, estimulam a produção de prolactina (ou hormônio lactogênico), associada às ações de adrenocorticóides; ao contrário, essa produção é deprimida pela ação da progesterona. Assim sendo, no final da gestação, há predomínio de progesterona e, consequentemente, a concentraçãode prolactina é pequena. No momento do parto, desencadeia-se uma complexa interação de controle endócrino, havendo, nesse momento, liberação de ocitocina que, atuando sobre a glândula mamaria, causa a descida do leite. Número de pares de glândulas mamárias em diferentes espécies de animais: • Suíno: 6 ou 7 pares • Canino: 4 ou 5 pares • Felino: 4 pares • Caprino, Ovino e Equino: 1 par • Bovino: 2 pares REFERÊNCIAS DANTAS, Raphael Auguste. Sistema Reprodutor Feminino. Disponível em: https://www.slideshare.net/luisasantana9889/sistema-reprodutor-feminino-animal. Acesso em: 08 jun. 2020. UFPA. Sistema Reprodutor Feminino. Disponível em: https://veterinandoufpa.wixsite.com/anatomia/single-post/2016/04/24/Sistema- Reprodutor-Feminino. Acesso em: 11 jun. 2020. CARVALHO, N. C. Sistema Reprodutor Feminino. 2012. Disponível em: http://cursomedicinaveterinaria.blogspot.com/2012/02/sistema-reprodutor- feminino.html. Acesso em: 08 jun. 2020. SASSAKI, Diane Hama. Semiologia do Sistema Reprodutor Feminino. Disponível em: https://consultadogvet.files.wordpress.com/2017/02/8-sistema-reprodutor.pdf. Acesso em: 01 jun. 2020. BIRGEL, Eduardo Harry. Semiologia da Glândula Mamaria de Ruminantes. Disponível em: https://consultadogvet.files.wordpress.com/2017/02/8-sistema- reprodutor.pdf. Acesso em: 01 jun. 2020. FEITOSA, Francisco Leydson F.. Semiologia da Glândula Mamaria de Éguas, Cadelas e Gatas. Disponível em: https://consultadogvet.files.wordpress.com/2017/02/8- sistema-reprodutor.pdf. Acesso em: 01 jun. 2020.
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