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PCC ANTROPOLOGIA

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Prática como componente curricular: Observação e análise sociológica reflexiva das relações entre a sociedade e o meio ambiente. 
Aluno: 
Matrícula: 
 Disciplina: Aspectos Antropológicos e Sociológicos da Educação 
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2020
1. Introdução
Na atualidade, o meio ambiente sem sido banalizado, porém em contrapartida tem sido excepcional. As relações entre a natureza e o homem passaram por intensas transformações ao longo dos séculos e o ambientalismo tem sido palco para discussões mundiais; onde a socialização que o homem tem com a natureza e seu recurso, tem sido amplamente criticada e politizada. Junto dos processos industriais e de urbanização, vieram devastadoras mudanças ambientais, esse processo tido como desenvolvimento de uma geração, tem sido visto como um progresso, em contrapartida tem deixado o homem muito mais distante do seu estado natural. O sistema capitalista tem sacrificado imensas áreas de florestas nativas, tem contribuído para uma produção e consumo desenfreados, em massa, que acarretam em diversas situações de perigo para o meio ambiente. Entender a relação homem-natureza, se faz necessária para expandir os conhecimentos para uma solução plausível e aplicável em curto prazo.
2. Sociedade e Meio ambiente 
Os desastres ambientais estão cada vez mais frequentes não só no Brasil, mas também no mundo, o processo de industrialização e a expansão do capitalismo, tem contribuído para que cada vez mais, os desastres aconteçam, que sejam mais frequentes, menos naturais e mais provocados. 
Ao analisarmos a relação da sociedade com o meio ambiente, devemos procurar a fundo as questões culturais e sociais que contribuem para degradação do meio ambiente. O Consumo desenfreado de recursos para alimentar a sociedade capitalista que diariamente procura novas fontes de consumo, tem sido uma das principais causas para as questões ambientais. 
O pouco investimento na educação ambiental, também pode ser considerado um fator diretamente ligado ao crescimento exponencial da degradação do meio ambiente, em paralelo a essa falta, o crescimento desenfreado de processos agropecuários, de garimpo e mineração, tem contribuído em larga escala para essa degradação. Porém em contrapartida ong’s e grupos protetores tem se esforçado para reforçar a necessidade do investimento em educação ambiental, em gerencia de riscos e também em projetos que visam a educação e prevenção de desmatamento, entre outros.
Essa degradação do meio ambiente, podem ser expressadas através de número, a partir destes, podemos ter a ideia da dimensão do problema, de acordo com o INEP “no período de agosto de 2018 a julho de 2019, o desmatamento da Amazônia Legal foi estimado em 9.762 quilômetros quadrados (km²)”. Ou seja, é necessário ponderar a questão social entre homem e meio ambiente, devendo paulatinamente pontuar as ações positivas que visam melhorar este cenário. 
A seguir, analisaremos o vazamento de óleo ocorrido na Baia de Guanabara, no Rio de Janeiro, em 2000, e os impactos gerados por este desastre ambiental e as medidas que foram tomadas após o acontecimento.
3. Vazamento de óleo na Baia de Guanabara – RJ
Em 18 de Janeiro de 2000, ocorrera um desastre ecológico grave no mar do Rio de Janeiro. A partir de um problema originado na Refinaria de Duque de Caxias, aproximadamente 1,3 milhões de litros de óleo foram lançados na Baía de Guanabara.
A mancha se espalhou por 50km², atingindo 23 praias. O episódio entrou para a história como um dos maiores acidentes ambientais do Brasil. O vazamento afetou famílias que viviam da pesca. Mais de 600 pescadores e catadores de caranguejo ficaram por um longo período sem poder exercer suas atividades. Também destruiu por completo a área de manguezal da região e transformou a área de manguezal em um deserto compactado, com presença de muito lixo. Especialistas do IBAMA que avaliaram o caos pós-desastre desenganaram a região. Parecia mesmo que a vida não voltaria ao mangue. Contrariando todas as previsões, no ano seguinte, foi iniciado um lento e penoso trabalho de recuperação do manguezal – batizado de projeto Mangue Vivo.¹
Figura 1FONTE Custódio Coimbra - O Globo
A analise socioambiental deste contexto, nos permite observar a grande degradação que ocorreu naquela região por onde passaram os rejeitos de óleo, levando junto todo um ecossistema, acabando com mangues e vida marinha. Um dos grandes problemas deste derramamento de óleo, foi a contaminação dos peixes, causando consequências diretas as famílias que viviam da pesca e caça de caranguejo, provocando a perca de um sustento familiar, além da degradação daquele ecossistema.
Figura 2 Museu do Amanhã/Divulgação
A ação humana tem sido devastadora para o meio ambiente e o caso da Baia de Guanabara tem mostrado que a negligencia e a falta de preocupação e educação ambiental, tem acabado com boas relações entre a sociedade e o meio ambiente. 
4. Ações para evitar desastres ambientais
A insistência na prevenção pode soar clichê, ou talvez repetitivo, mas os planos de prevenção, gestão de risco, gestão ambiental, educação ambiental, são aliadas na prevenção e redução dos casos de desastres ambientais. Ao analisarmos a recorrência dos acidentes podemos perceber que a maior parte dos desastres e degradação desenfreadas, são causadas pela má administração e incapacidade de planejar ações de utilização de recursos, tornando a sociedade uma parasita dos recursos naturais, esgotando recursos e provocando mortes não só de ecossistemas, mas também de seres humanos.
As ações de recuperação, prevenção e gestão de riscos, podem ser feitas através da educação ambiental, que deveria ser pautada nas escolas e projetos culturais, fazendo com que assim, a longo prazo, possamos desfrutar dos recursos de forma responsável, e construir uma sociedade pautada no respeito, assim mostrando resultados futuros, como a recuperação dos ecossistemas. A sociedade como um todo necessita investir em grandes e pequenas ações que possam gerar resultados positivos ao meio ambiente e assumir uma responsabilidade perante os recursos naturais que nos são fornecidos.
5. Conclusão
Em suma, as relações entre homem e natureza, estão ligadas diretamente ao contexto social em que se vive, as ambições e as necessidades de cada individuo, para sí ou para a sociedade. 
Preservar e conservar é um papel social que deve ser abordado de forma consciente e adequado a toda a sociedade, ponderando os meios e a necessidade, adotando medidas que recupere o que já foi desgastado e uma gestão dos recursos disponíveis. 
Segundo Pitágoras: 
“Enquanto o homem continuar a ser destruidor impiedoso dos seres animados dos planos inferiores, não conhecerá a saúde nem a paz. Enquanto os homens massacrarem os animais, eles se matarão uns aos outros. Aquele que semeia a morte e o sofrimento não pode colher a alegria e o amor.” 
6. Referências Bibliográficas
¹ ECOLOGICOS, 18 ANOS DO DESASTRE NA BAIA DE GUANABARA:MUTIRÃO E PARQUE ECOLOGICO, Disponivel em: https://www.ecodebate.com.br/2018/01/24/18-anos-do-desastre-na-baia-de-guanabara-mutirao-e-parque-ecologico/ Acesso em: 21 mai. 2020.
ENTIDADE ambientalista enumera atividades que mais degradaram o meio ambiente em MG. [S. l.], 2019. Disponível em: https://noticias.ambientebrasil.com.br/exclusivas/2006/06/08/25064-exclusivo-entidade-ambientalista-enumera-atividades-que-mais-degradaram-o-meio-ambiente-em-mg.html. Acesso em: 23 mar. 2020.
CIENTISTAS propõem ações para evitar novos desastres ambientais. [S. l.]: Roberto Seabra, 2019. Fonte: Agência Câmara de Notícias. Disponível em: https://www.camara.leg.br/noticias/625159-cientistas-propoem-acoes-para-evitar-novos-desastres-ambientais/. Acesso em: 23 mar. 2020.
COMO A Gestão Ambiental Pode Evitar Desastres Naturais. [S. l.], 2019. Disponível em: https://ibracam.com.br/blog/como-a-gestao-ambiental-pode-evitar-desastres-naturais. Acesso em: 23 mar. 2020.

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