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Resumo de Farmacodinâmica

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MARIANA AFONSO COSTA 
INTRODUÇÃO A FARMACOLOGIA – AULAS 04 E 05 
FARMACODINÂMICA 
CONCEITO 
 A farmacodinâmica estuda os efeitos bioquímicos e 
fisiológicos dos fármacos e seus mecanismos de ação. 
O termo “receptor” ou “alvo” de um fármaco 
descreve a macromolécula que o fármaco interage para 
desencadear uma reação molecular ou sistêmica. 
RECEPTORES FISIOLÓGICOS 
 Muitos receptores farmacológicos são proteínas, 
que normalmente atuam como receptores de ligantes 
reguladores de endógenos: receptores fisiológicos. 
 Os fármacos que se ligam a receptores fisiológicos e 
simulam efeitos reguladores de compostos sinalizadores 
endógenos (forma ativa do receptor) são chamados 
AGONISTAS = ativação total. 
 Fármacos que bloqueiam ou reduzem a ação de um 
agonista são conhecidos como ANTAGONISTAS = inativação 
total. O efeito farmacológico pode ocorrer mais 
rapidamente/lentamente dependendo do tipo de receptor 
associado. 
Medicamentos que atuam ligando-se diretamente 
ao receptor  ação direta. 
Medicamentos que estimulam o aumento da 
disponibilidade de neurotransmissores/hormônios e não 
atuam diretamente nos receptores  indiretos. 
FATORES QUE INTERFEREM A INTERAÇÃO FÁRMACO-
RECEPTOR 
ESPECIFICIDADE 
 A afinidade de um fármaco por seu receptor e sua 
eficácia são determinadas por sua estrutura química. Um 
fármaco que interage com apenas um tipo de receptor 
especifico de alguma célula é altamente especifico, por 
outro lado, fármaco que atua em receptor existente em 
células espalhadas pelo corpo, produz efeitos 
generalizados. 
“chave-fechadura” 
 
 
 
 *A resistência a antibióticos, antivirais e outros fármacos 
pode ser causada por mutação do receptor, ampliação de enzimas 
que decompõem ou aumentam a expulsão do fármaco* 
SATURAÇÃO 
 A quantidade (concentração) do ligante interfere na 
interação fármaco-receptor. Alguns fármacos causam 
estimulação em dose baixa e inibição em dose alta. 
AFINIDADE 
 A eficácia reflete a capacidade que um fármaco tem 
de ativar um receptor e desencadear uma reação celular. 
Assim, um fármaco com grande afinidade pode ser um 
agonista pleno e, em determinada concentração, produzir 
uma resposta plena. 
REVERSIBILIDADE 
 Capacidade do ligando em se associar e dissociar do 
receptor. Ex.: ligações covalentes são irreversíveis. 
 
Fármacos são cominados para obter um efeito aditivo ou 
sinérgico ou porque dois ou mais fármacos são 
necessários para tratar vários distúrbios. 
TIPOS DE RECEPTORES 
RECEPTORES ACOPLADOS A PROTEÍNA G 
Forma Inativa  Forma Ativa 
 Forma Inativa: proteína G e GDP (nucleotídeo), alfa, 
beta e gama. 
 Forma Ativa: proteína G desmontada e GTP, alfa é 
separada de betas-gama. As subunidades geram 
efeitos: 
- Abertura/fechamento de canais; 
- Ativação/inativação de enzimas. 
ATP  ADP + P  AMP + P  AMP cíclico (AMPc)  efeitos 
intracelulares 
 RAPGs: estimula Adenilil ciclase (AC)  AMPc  ativam 
enzimas. 
 RAPGi: inibe AC  diminui AMPc  não ativam 
enzimas. 
 RAPGq: estimula a fosfolipase c (PLC)  IP3 e DAG  
aumentam CA+. 
*IP3: Inositol trifosfato; DAG: diacilglicerol* 
RECEPTORES ACOPLADOS ÀS QUINASES (ENZIMAS) 
 Em presença do ligante, sítio auto fosforilação, 
aproximam-se e se auto fosforilam. Consequentemente 
ocorre a ligação das proteínas e há a ativação de uma 
cascata enzimática de quinazes, gerando um produto que 
entra no núcleo e ativam genes. 
Ex.: citocinas ligam-se ao receptor serina-treonina quinaze 
ativando a via JAK-Stat Kinase. 
RECEPTORES CANAIS IÔNICOS 
- Aberturas por onde passam íons específicos; 
- O ligante controla o funcionamento dos canais: forma 
aberta/forma fechada/ forma inativa. 
 Mecanismo de controle dos canais iônicos: ligantes e 
voltagem: o grau de despolarização da membrana 
controla o estado de funcionamento dos canais. 
RECEPTORES NUCLEARES 
 Estão localizados no citoplasma e migram para o 
núcleo quando associados ao ligante. 
 No citoplasma o receptor encontra-se inativado 
pela proteína chaperonina, como possui maior afinidade 
pelo receptor o ligante entra na célula e ocorre o 
desligamento da chaperonina e o acoplamento do ligante. 
Esse complexo se desloca ao núcleo ativando genes. 
 Ocorre para que 
haja a amplificação do sinal, que aumentam as chances de 
sucesso da resposta do receptor. Fármacos (e moléculas 
endógenas) podem se ligar em diferentes regiões dos receptores 
promovendo mudanças que geram sua ativação ou inativação
Forma livre 
receptor

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