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INTERNET DAS COISAS AULA 4 Prof. Marcelo dos Santos Moreira 2 CONVERSA INICIAL Há uma grande expectativa de que a implantação dos serviços inteligentes incentive o desenvolvimento de novas tecnologias necessárias para enfrentar desafios emergentes da saúde pública, do envelhecimento da população, da proteção ambiental e mudança climática, da conservação de energia e materiais escassos, da melhoria da segurança pública e da prosperidade econômica. E as tecnologias IoT têm papel fundamental no avanço dessas soluções. Iniciaremos esta aula apresentado as smart cities como integradoras das infraestruturas urbanas e como a IoT pode auxiliar o planejamento urbano efetivamente voltado às necessidades dos cidadãos. Além disso, trataremos dos sistemas de transportes inteligentes e como eles podem se tornar capazes de oferecer maior segurança, mobilidade e conveniência às transações e serviços. Seguindo adiante, apresentaremos os serviços inteligentes de saúde e as eficientes formas de controle e monitoramento de pacientes em tempo real por meio dos dispositivos médicos implantáveis – DIM. Por fim, trataremos das redes inteligentes de geração e distribuição de energia elétrica, de gás e de água, que utilizam dispositivos interconectados. Esses serviços são considerados um dos pilares fundamentais das cidades inteligentes, garantindo uma área urbana mais sustentável e mais saudável para os cidadãos. CONTEXTUALIZANDO A automação e o gerenciamento de organizações com alto capital investido exigirão uma significativa transformação face à intensificação da IoT. Muitos modelos de gerenciamento de produtos e recursos têm oferecido soluções de alto custo e baixa conectividade e desempenho. Tudo isso tende a mudar com a entrada no mercado de novos sistemas de alto desempenho capazes de suportar a conectividade à internet e à nuvem, bem como gerenciar de forma preditiva os recursos. Novos modelos de computação em nuvem, análises e tecnologias de agregação permitem a aplicação de análises de forma mais abrangente, transparente e de baixo custo a esses recursos. Como resultado, aumenta-se o potencial de transformar radicalmente produtos, canais e modelos de negócios das organizações. Isso criará disrupções nos negócios e oportunidades em todos os segmentos. Surgirá a oportunidade de as 3 organizações reverterem os modelos de negócios já estabelecidos de forma a responder de forma célere às necessidades dos clientes, como também aumentar sua participação em setores que não podem ser atendidos economicamente com as ofertas atuais: cidades inteligentes, mobilidade, redes inteligentes de serviços públicos, veículos inteligentes, serviços médicos inteligentes etc. Nesse contexto, a IoT tem muito a contribuir com as arquiteturas baseadas nos serviços inteligentes, garantindo a pronta entrega de informações sob demanda, aplicando maior grau de inteligência para operar, aplicar políticas, monitorar e se autorrecuperar quando necessário. Tudo isso acontece por meio de interações seguras e contínuas e da cooperação de sistemas inteligentes baseados em infraestruturas de comunicação heterogêneas. TEMA 1 – SMART CITIES, MOBILIDADE, SERVIÇOS PÚBLICOS E INFRAESTRUTURAS IOT URBANAS A densidade populacional urbana tende a aumentar significativamente nas próximas décadas, resultando em cerca de 2/3 da população mundial vivendo nas grandes cidades (Cunha et al., 2016, p. 20). Os territórios urbanos necessitam, desde já, adaptar-se a essa explosão populacional, de modo a garantir uma qualidade de vida que corresponda às expectativas dos cidadãos, preservando sua atratividade econômica e turística. A otimização dos recursos, os serviços aos cidadãos, o transporte e a assistência médica são alguns dos principais problemas que precisam ser discutidos e implementados. 1.1 Smart cities Temos observado o claro desenvolvimento de corredores urbanos criando megacidades. Esse fenômeno exigirá a evolução das cidades no sentido de utilizarem os chamados recursos inteligentes: economia inteligente, edifícios inteligentes, mobilidade inteligente, energia inteligente, TI inteligente, planejamento inteligente, cidadão inteligente e governança inteligente (União Europeia, 2013 citada por Benicio, 2018, p. 142). As operações cotidianas e a criação de estratégias de desenvolvimento das cidades inteligentes se darão, necessariamente, por meio do uso da IoT. Assim, as cidades e seus serviços representam uma plataforma ideal para as pesquisas da IoT. 4 Smart city é aquela capaz de monitorar e integrar as condições de todas as suas infraestruturas críticas, incluindo estradas, pontes, túneis, ferrovias, metrôs, aeroportos, portos, comunicações, água, energia e até grandes edifícios, visando otimizar a aplicação de seus recursos, planejar suas atividades de manutenção preventiva e monitorar a segurança (Cunha et al., 2016, p. 28). Tudo isso com foco na maximização dos serviços, tornando-os “mais sustentáveis, inteligentes e eficientes nas esferas: social, ecológica, política e econômica” (Benicio, 2018, p. 142). Sistemas avançados de monitoramento e sensores inteligentes integrados permitem que dados sejam coletados e avaliados em tempo real, aprimorando a tomada de decisão da administração municipal. Em longo prazo, os sistemas das cidades inteligentes terão condições de monitorar suas próprias condições e executar o autorreparo, conforme as necessidades do momento. O ambiente físico, o ar, a água e as áreas verdes serão monitoradas de maneira não invasiva para se obter um melhor ambiente, com mais qualidade de vida e de trabalho: limpeza, eficiência e segurança. 1.2 Mobilidade inteligente De forma geral, os estudos contemporâneos sobre mobilidade se concentram na busca da melhoria das condições de tráfego de uma cidade. No entanto, os aspectos relativos à mobilidade em uma cidade inteligente não devem estar restritos apenas aos problemas de tráfego. A atenção especial ao tráfego é resultado do processo de expansão das cidades, o qual resultou em uma cidade estruturada policêntrica com ligações descentralizadas, dispersas e fragmentadas. Essa mudança acompanha uma maior dependência do veículo particular, devido ao aumento das distâncias e à escassez do transporte público em áreas de baixa densidade populacional (Leite, 2009, p. 80). A importância da mobilidade e seu impacto em outros pilares de uma cidade inteligente, como sustentabilidade, economia e moradia, tornam essa questão vital para cidadãos e governos municipais. Uma diferença entre mobilidade e mobilidade inteligente é a acessibilidade do público às informações em tempo real, a fim de economizar tempo e melhorar as condições de viagem, economizar dinheiro e reduzir as emissões de CO2, além de conectar e orientar os modais de transporte para melhorar os serviços e fornecer informações aos cidadãos (Benicio, 2018, p. 143). Assim, mobilidade inteligente é a base da transformação inteligente das cidades. 5 1.3 Serviços públicos e infraestruturas urbanas O conceito de cidades inteligentes exige visibilidade em tempo real de todos os aspectos da vida urbana. Uma forma de se conseguir isso é por meio do uso das redes sem fio de grande amplitude, que permite a conectividade entre uma vasta rede de dispositivos IoT, como sensores e medidores inteligentes de geração de dados heterogêneos. A análise dessas informações permite uma tomada de decisão eficaz, orientada por dados, e o aprimoramento do gerenciamento dos diversos recursos e serviços públicos da cidade (Cunha et al., 2016, p. 231). As cidades inteligentes baseadas em IoT estão revolucionando o planejamento urbano no sentido de facilitar a vida dos cidadãos por meio do aumento da eficiência, da qualidade e da acessibilidade dos serviçospúblicos. Cunha et al. (2016, p. 25) citam que exemplos disso são os aplicativos conectados a soluções de IoT: • Transporte público inteligente: coleta e análise dos dados de transporte público pela IoT e, a partir disso, tomada de decisões que resulte na redução de atrasos, otimização de rotas e horários, predição e agendamento de manutenções, além de aumentar a confiabilidade do serviço de transporte público. • Tráfego inteligente: utilização de sensores IoT para monitorar o fluxo de veículos e pedestres a fim de controlar o tráfego e otimizar dinamicamente as rotas. Atualizações em tempo real e alertas para os motoristas sobre atrasos podem, também, diminuir sensivelmente o tempo de viagem – economia de tempo e dinheiro. • Estacionamento inteligente: evita a perda de tempo ao procurar vagas de estacionamento, diminuindo desperdícios de combustível e emissões de gases. A implantação de sensores inteligentes em estacionamentos e parquímetros permite que os motoristas se dirijam diretamente à vaga disponível mais próxima e a opção de pagamento mais conveniente. • Sinalização inteligente: IoT para a emissão de notificações e avisos em tempo real com a situação do local – atualizações meteorológicas e de tráfego, anúncios personalizados e notícias sobre eventos na cidade. Como podemos observar, as tecnologias de IoT impactam positivamente a vida urbana, oferecendo melhor qualidade de vida e mais sustentabilidade. 6 TEMA 2 – MOBILITY 4.0, GESTÃO DE INOVAÇÕES DE TECNOLOGIAS EMBARCADAS, VEÍCULOS E VIAS INTELIGENTES A conexão de veículos à internet gera uma infinidade de novas aplicações visando facilitar e proteger os sistemas de transporte. Nesse sentido, podemos identificar uma forte tendência para aplicações inteligentes de mobilidade e transporte, com a criação de novos ecossistemas móveis baseados em confiança, segurança e conveniência para serviços móveis e aplicativos de transporte (Nobre, 2015, p. 208). Representar o comportamento humano no projeto, desenvolvimento e operação de sistemas em veículos autônomos é um grande desafio. A incorporação de considerações sobre o ser humano é essencial para segurança, confiabilidade e previsibilidade. Atualmente, existe um entendimento limitado de como o comportamento de um motorista humano será afetado por sistemas de controle de tráfego adaptativo. Ou seja, qual será sua postura diante de um tráfego misto – veículos conduzidos por humanos e veículos autônomos. O aumento dessa integração exige medidas de segurança que não são físicas, mas sim lógicas, pois, à medida que os sistemas de tráfego inteligentes se tornam mais complexos, as interações entre os componentes IoT aumentam. A proteção e a segurança continuarão sendo de suma importância. 2.1 Tecnologias embarcadas A IoT como parte inerente do sistema de controle e gerenciamento de veículos possui, atualmente, diversas funções técnicas dos sistemas de bordo dos veículos, os quais permitem seu monitoramento em tempo real pelo centro de serviços, podendo oferecer manutenção preventiva e diagnóstico e suporte remotos. Para esse fim, os dados dos sensores de bordo são coletados por uma unidade inteligente de bordo e comunicados via internet ao centro de serviços (Magrani, 2018, p. 163). Os elementos técnicos de tais sistemas são telefones inteligentes e unidades a bordo dos veículos inteligentes, que coletam dados: • do usuário: posição, destino e horário; • dos sistemas a bordo: situação do veículo, posição, perfil do uso de combustível, perfil de dirigibilidade etc. 7 A partir disso, ocorrem interações com sistemas externos – sistemas de controle de tráfego, gerenciamento de estacionamento, gerenciamento de compartilhamento de veículos, infraestrutura de carregamento de veículos elétricos etc. (Martinez, 2011, p. 12). O conceito de IoT embarcada em veículos é um grande passo para futuras aplicações inteligentes de transporte e mobilidade e requer a criação de novos ecossistemas móveis baseados em confiança, segurança e praticidade dos serviços móveis e aplicativos de transporte. Os sensores inteligentes na infraestrutura do controle de tráfego têm a função de coletar informações sobre a situação das vias, das condições de tráfego, climáticas etc. Isso requer sensores e acionadores robustos, capazes de fornecer informações confiáveis aos sistemas (Martinez, 2011, p. 16). Essa comunicação confiável precisa se basear em protocolos de comunicação que considerem o tempo, a segurança e as restrições de proteção. Essa grande quantidade de dados exigirá sofisticadas estratégias de mineração de dados. A otimização do fluxo de tráfego e do uso de energia pode ser alcançada pela organização coletiva entre os veículos. É de extrema importância a padronização e a universalização dos protocolos e das interfaces, permitindo, assim, uma saudável competição entre os fornecedores dessas tecnologias. Outro importante aspecto a ser considerado diz respeito à privacidade das pessoas. Ao lidar com informações relativas a localização, destino, horário e hábitos das pessoas, as tecnologias citadas devem assegurar não apenas os meios de comunicação protegidos, mas também os procedimentos que garantam o anonimato dos dados sensíveis. 2.2 Veículos e vias inteligentes A IoT propicia um eficiente gerenciamento e controle de tráfego ao permitir que os veículos se organizem a fim de evitar engarrafamentos e otimizar o uso de combustível. Isso pode se dar por meio da coordenação e cooperação da infraestrutura do sistema de controle e gerenciamento de tráfego de uma cidade inteligente. Além disso, a comunicação mútua entre os veículos e a infraestrutura permitem novos métodos que aumentam consideravelmente a segurança do trânsito, contribuindo, assim, para a redução do número de acidentes de trânsito (Bencke; Perez; Armendaris, 2017, p. 82). 8 Outro importante aspecto a ser considerado no transporte inteligente é a IoT no cenário multimodal, no qual, com base na situação momentânea do tráfego, diversas soluções podem ser adotadas, como a combinação de veículos individuais, o compartilhamento de veículos, ferrovia e sistemas de passageiros. Para permitir o uso contínuo e a disponibilidade desses elementos, faz-se necessária uma eficiente interação dos veículos com os sistemas de gerenciamento de tráfego de cidades inteligentes. Os desafios da direção autônoma giram em torno da interação entre um veículo e o ambiente baseado em IoT – sensores, acionadores, comunicação, processamento, troca de informações etc., considerando também os sistemas de monitoramento das rodovias que combinam a localização e as condições de dirigibilidade (Bencke; Perez; Armendaris, 2017, p. 86). Deve-se contemplar um sistema de planejamento misto, capaz de permitir o tráfego eficiente nas rodovias e manobras seguras em áreas abertas e estacionamentos, além do desenvolvimento de um mecanismo comportamental capaz de seguir as regras de trânsito ou inclusive evitá-las quando necessário. Segundo Auer et al. (2016, citados por Bencke, Perez e Armendaris, 2017, p. 88), atualmente, os veículos autônomos estão na fase de protótipos, com o pleno desenvolvimento dos chips automotivos, os quais têm como principal função ajudar os veículos a entender o ambiente ao seu redor por meio da detecção de pedestres, semáforos, colisões, motoristas assonados e marcações nas faixas das rodovias. Inicialmente, essas tarefas estão sendo pensadas para situações de ajuda ao motorista em circunstâncias emergenciais, ainda não vistas como soluções de plena condução autônoma de um veículo. Mesmo assim, representam um significativo passo para uma mudança gradual em direção aos veículos controlados por computador. TEMA 3 – SMART HEALTH E O CONTROLE E MONITORAMENTO DE PACIENTES EM TEMPO REAL Devido ao aumento da longevidade dapopulação e a significativa elevação dos custos da assistência médica hospitalar, governos e iniciativa privada passaram a reconhecer a importância da criação de sistemas de saúde mais eficientes (Cunha, 2016, p. 31). Diversas pesquisas têm sido realizadas no sentido de se desenvolver a convergência dos serviços de saúde: análise de dados, da em rede – com e sem fio –, sistemas embarcados e segurança da 9 informação. Aliados às tecnologias citadas, surgem em destaque os dispositivos médicos implantáveis – DMI, os quais têm por função facilitar a prevenção não invasiva, o diagnóstico precoce e o tratamento contínuo de saúde das pessoas (Irnich, 2002; Parvizi; Woods, 2014 citados por Moreira, 2014, p. 6). A rápida proliferação das tecnologias IoT e a adoção de novos paradigmas de computação e rede – nuvem – têm possibilitado o desenvolvimento de sistemas compostos por vários dispositivos heterogêneos de detecção e computação. Assim, foram revolucionados os serviços de saúde, proporcionando a substituição dos sistemas médicos hospitalares tradicionais por sistemas baseados em DMI conectados à internet, criando, assim, uma nova era da saúde inteligente – smart health. Benites (2016, p. 108) descreve que smart health trata, além do uso clínico, também da utilização de DMI para coletar, armazenar e processar vários tipos de dados fisiológicos durante as atividades cotidianas de uma pessoa. Os sistemas de saúde inteligente podem contar com a conectividade sem fio e com os recursos externos – armazenamento em dispositivos próximos ou na nuvem – para informar ao médico sobre as condições de saúde de um paciente. Dessa forma, podemos compreender que a assistência médica inteligente é baseada em uma abordagem proativa de detecção precoce e até mesmo a prevenção de doenças. Permite, também, que médicos deem toda a assistência a seus pacientes em seu próprio ambiente doméstico, onde podem ser monitorados continuamente por meio de vários dispositivos IoT conectados à internet, resultando na redução da necessidade de internações e dos custos com saúde, além de melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Atualmente, o mercado de dispositivos de monitoramento da saúde é caracterizado por soluções específicas de aplicativos que não são interoperáveis entre si e são compostas por diferentes arquiteturas. A IoT se apresenta como uma eficiente solução para os tratamentos clínicos, nos quais os pacientes hospitalizados que requeiram maior atenção podem ser constantemente monitorados por métodos não invasivos e controlados pela IoT. Isso se dá por meio de sensores de coleta de dados fisiológicos, de gateways e da nuvem, onde ocorrem a análise e o armazenamento dessas informações para, logo em seguida, enviar os dados analisados aos profissionais de saúde para conhecimento e eventuais revisões. 10 Essas técnicas aumentam consideravelmente a qualidade do atendimento: atenção constante e redução do custo. Assim, torna-se quase que desnecessária a presença de um profissional no processo de coleta e análise dos dados. As soluções IoT podem ser usadas para capturar os dados de saúde do paciente com segurança por meio de uma enorme variedade de sensores, para aplicar algoritmos complexos de análise de dados e para compartilhá-los de forma muito rápida com médicos que podem analisá-los e fazer as recomendações cabíveis (Benites, 2016, p. 36). 3.1 Controle e monitoramento de pacientes em tempo real Os aplicativos IoT têm impulsionado o desenvolvimento de plataformas de implementação de sistemas de ambientes de vida assistida que têm por função oferecer serviços de assistência às atividades diárias, de monitoramento da saúde, de melhoria da segurança e da proteção, de acesso a sistemas médicos e de emergência, além de oferecer um rápido atendimento para os casos emergenciais. Tem por objetivo melhorar a qualidade de vida das pessoas que precisam de suporte ou monitoramento permanente, diminuir as barreiras no processo de monitoramento de importantes parâmetros de saúde, reduzir custos e evitar esforços desnecessários em assistência médica, além de fornecer todo o suporte médico no momento necessário (Cunha, 2016, p. 67). A IoT desempenha papel importante nos aplicativos de assistência médica, desde o gerenciamento de doenças crônicas até a prevenção de doenças. Existem diversos desafios quanto à infraestrutura tecnológica, aos processos especializados na interseção entre o controle e a detecção, à agregação de sensores e à tomada de decisão e na segurança. De forma geral, os equipamentos médicos proprietários não foram projetados para a interoperação com outros dispositivos ou sistemas computacionais e necessitam de avanços nas redes e na comunicação distribuída. A interoperabilidade entre os sistemas parece ser a chave para o sucesso. Para Rocha et al. (2016, p. 165), a segurança de todo o sistema é uma questão crítica, pois a comunicação de dados dos pacientes é feita por redes de comunicação. Além disso, as tecnologias de controle e monitoramento de pacientes em tempo real precisarão ser projetadas para operar com a participação mínima do paciente. 11 TEMA 4 – SMART GRID E SMART UTILITIES: INTEGRAÇÃO DA GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO E MODELOS DISRUPTIVOS Inegavelmente a tecnologia vem transformando o nosso modo de viver. No entanto, a modernização da rede elétrica, responsável por suprir toda a energia para as residências, escolas, locais de trabalho, hospitais etc., não tem acompanhado esse ritmo. Uma alternativa para o desenvolvimento do setor elétrico são as chamadas smart grids. Benicio (2018, p. 3) define smart grid, ou rede inteligente, como uma rede elétrica baseada em tecnologia digital usada para fornecer eletricidade aos consumidores por meio da comunicação digital bidirecional. Esse sistema permite o monitoramento, análise, controle e comunicação dentro de uma cadeia de suprimentos. Tudo isso tem por objetivo melhorar a eficiência, reduzir o consumo e o custo de energia e maximizar a transparência e a confiabilidade da cadeia de suprimentos de energia. A rede elétrica inteligente foi pensada com o intuito de solucionar as fraquezas das redes elétricas convencionais por meio de um intensivo monitoramento de suas operações. Benicio (2018) reforça que a IoT desempenha papel fundamental nas redes elétricas inteligentes, pois permite a transferência de dados entre os vários componentes do sistema com extrema eficiência. A prevenção de blecaute e a redução de energia são as principais aplicações da IoT em uma rede elétrica inteligente. A IoT, aliada às avançadas tecnologias de detecção, é essencial na redução dos impactos de desastres naturais, na melhoria da confiabilidade das linhas de transmissão de energia e na redução da perda de energia. Para que uma rede inteligente alcance uma conectividade de excelência entre os usuários e as aplicações, são necessários alguns componentes, tais como: sensores, medidores de energia inteligentes, inversores inteligentes para energia solar, controles de monitoramento da rede, alimentadores de subestações e interfaces de rede etc. Todos esses componentes devem funcionar de forma coletiva a fim de transferir dados com precisão e em tempo real (Benicio, 2018, p. 3-5). 4.1 Geração e distribuição De modo geral, as redes de geração e distribuição de energia existentes operam sob forte pressão em função de diferentes necessidades do meio ambiente, consumidores e mercado, bem como das questões de infraestrutura 12 existentes. O atendimento dessas necessidades é urgente para impulsionar as atuais redes de geração e distribuição a expandir e aprimorar suas funções no sentido de se tornarem serviços inteligentes. Segundo Benicio (2018, p. 159), como resultados de pesquisas e desenvolvimento, os recursos inteligentes dessas redes têm firmado suasbases nos seguintes aspectos: • Digitalização: plataforma digital exclusiva para detecção, medição, comunicação, computação, controle, proteção, visualização e manutenção rápidas e confiáveis de todo o sistema. • Flexibilidade: capacidade de expansão futura com a penetração de tecnologias inovadoras, adaptabilidade a várias localizações geográficas e climas, estratégias de controles descentralizados entre subestações e centros de controle, compatibilidade entre os diversos padrões de operação de mercado, e capacidade plug-and-play de modo a garantir as atualizações necessárias de hardware e software. • Inteligência: autodiagnóstico do estado de operação da rede por meio das análises online em tempo real. A regeneração do sistema aumenta a segurança da rede por meio de esquemas coordenados de proteção e controle. • Resiliência: fornecimento de eletricidade aos consumidores de maneira segura e confiável em caso de falhas ou riscos externos/internos. Uma rápida autorrecuperação permite que a rede se reconfigure automaticamente e se recupere de ataques, desastres naturais, blecautes ou falhas dos componentes. • Sustentabilidade: a alta da demanda de eletricidade deve ser atendida com recursos energéticos alternativos e acessíveis, com a economia de energia por meio da tecnologia na entrega de eletricidade e na operação da rede, além de mitigar o congestionamento da rede. As tecnologias a serem empregadas devem ser menos poluentes, levando em consideração o meio ambiente e as mudanças climáticas. • Customização: o projeto da rede deve considerar as necessidades ao consumidor, sem a perda das funções e da interoperabilidade das operadoras. Deve também atender aos consumidores com mais opções de consumo de energia, proporcionando melhor relação qualidade X preço. 13 4.2 Smart utilities Smart utilities, ou serviços inteligentes, são a combinação dos serviços de energia – elétrica e gás – e de água que utilizam dispositivos IoT conectados à rede. Tais dispositivos têm por função coletar dados que, após analisados, permitem ações que resultem uma prestação de serviços mais eficiente e confiável (Monzoni; Nicolletti, 2015, p. 93). Smart utilities representam um dos pilares do conceito de cidades inteligentes, pois ajudam uma área urbana a ser mais sustentável, mais responsiva a fenômenos, tanto naturais como provocados pelo ser humano, além de mais saudável para os cidadãos. As operações das empresas de serviços públicos estão se tornando cada vez mais digitalizadas e inteligentes, capazes de coletar dados sobre o consumo dos consumidores e, consequentemente, praticar preços dinâmicos, gerenciar suprimentos e analisar as necessidades futuras de recursos. Os dispositivos IoT usados em uma smart utility incluem medidores inteligentes e equipamentos solares, permitindo compras de energia em tempo real, serviços de conexão e desconexão rápida, e monitoramento e economia de geração de energia (Monzoni; Nicolletti, 2015, p. 102). A partir desses serviços inteligentes, as empresas podem reduzir seus gastos com energia e as emissões de carbono, e adquirir mais energia de fontes renováveis. Dispositivos de IoT, como medidores inteligentes, permitem que as empresas de serviços públicos substituam as leituras manuais e faturamentos estimados por leituras automatizadas e exatas e faturamentos precisos. As concessionárias dos serviços de eletricidade, gás e água passam de um controle centralizado de produção e distribuição para sistemas híbridos distribuídos. Do ponto de vista das implicações financeiras, as oportunidades de reduzir custos e emissão de carbono são enormes. Os sistemas inteligentes de energia exigirão computação distribuída e o gerenciamento remoto de dispositivos, de forma a garantir integridade e a segurança dos dados no mais alto nível. Associado a tudo isso, está a IoT agindo no monitoramento remoto dos medidores, no controle de carga em tempo real e no gerenciamento dinâmico dos preços e da redes a fim de coibir o furto de eletricidade, melhorar o gerenciamento de voltagem, promover o rápido restabelecimento da energia por meio de uma tecnologia segura e centrada em dados. 14 TEMA 5 – SMART GRID E ENERGY 4.0, TECNOLOGIAS E NOVOS MODELOS DE NEGÓCIOS NA GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO Aos poucos pode ser observada uma crescente conscientização dos governos quanto à necessidade da mudança de paradigma das políticas de fornecimento, consumo e infraestrutura de energia. Tudo indica que o suprimento futuro de energia não será mais baseado nos recursos fósseis. Por outro lado, a energia nuclear também não se apresenta como opção à prova do futuro. Partindo desse pressuposto, o suprimento de energia para o futuro precisa ser amplamente baseado em recursos renováveis. Além disso, cada vez mais as pessoas devem refletir sobre seu consumo de energia. Segundo Benicio (2018, p. 232), o suprimento de energia exige uma rede elétrica inteligente e flexível, capaz de reagir a flutuações de energia, controlando as fontes de energia elétrica (geração e armazenamento), a distribuição (carga e armazenamento) e a reconfiguração adequada, quando necessária. Todas essas funções podem ser executadas por dispositivos inteligentes em rede – equipamentos eletroeletrônicos domésticos – e elementos da rede de infraestrutura, amplamente baseados nos conceitos de IoT. 5.1 Energy 4.0 Como temos visto, a IoT é a conexão de objetos do cotidiano do mundo físico à internet. A IoT tem por função transmitir inteligência aos dispositivos e equipamentos usando sensores e softwares conectados em rede pela internet. Fornecer acesso à energia limpa e a baixo custo à população se tornou uma prioridade global, e países do mundo todo estão desenvolvendo esforços para alcançar esse objetivo. A aplicação da IoT na energia pode revolucionar os atuais sistemas de energia na tarefa de atender às demandas globais de energia. Para Roy (2017, citado por Benicio, 2018, p. 233), o conceito de energia inteligente, ou Energy 4.0, significa a implementação de automação da rede inteligente, medição inteligente, microrredes, fontes renováveis de energia e integração de recursos de energia distribuída à rede, compartilhamento e negociação de energia por meio do desenvolvimento de tecnologia de plataforma de energia inteligente baseada em IoT, ou seja, uma nova forma de as empresas de energia e serviços públicos fazerem negócios, envolvendo seus clientes. A Energy 4.0 representa, então, uma revolução digital no setor de energia. 15 A IoT no contexto Energy 4.0 é representada por uma rede de dispositivos que podem se conectar, interagir e trocar dados entre si por meio de uma conexão via internet. Dos diversos serviços, destacamos: • Monitoramento online de linhas de energia: seu objetivo é resolver problemas de confiabilidade. As unidades de controle monitoram o sistema e usam os dados para lidar com as falhas da rede. • Medição inteligente: o principal componente das redes inteligentes. Envia de forma digital as leituras do medidor ao fornecedor de energia. Assim, as redes inteligentes podem detectar anomalias de uso e tomar as medidas necessárias remotamente. • Gerenciamento da eficiência energética: gerenciamento dos recursos energéticos baseado na demanda dos consumidores, ajustando a demanda dos picos de carga, reduzindo custo de operação e eletricidade, reduzindo a perda de energia e as emissões de gases de efeito estufa. A IoT coleta dados sobre a demanda de energia e os transfere para os medidores inteligentes. A unidade de controle modifica o cronograma de distribuição de energia de acordo com necessidades dos consumidores. • Integração de fontes de energia distribuídas: dispositivos IoT coletam dados por meio de sensores sem fio, os quais permitem a previsão da disponibilidade de energia futura,com suas possíveis flutuações. • Recarga de veículos elétricos: Agendamento de carregamento de energia para veículos elétricos. Os sensores coletam dados sobre o tipo de veículo elétrico, o estado da bateria, a configuração etc. 5.2 Novos modelos de negócios na geração e distribuição Energy 4.0 apresenta oportunidades para as empresas estabelecerem novos modelos de negócios e estratégias sustentáveis de produção e fornecimento de energia. A demanda mundial de energia elétrica está em franco crescimento e tende a continuar a crescer nas próximas décadas. Assim, a infraestrutura de energia existente sofrerá um aumento considerável na carga. Segundo Reid (2010 citado por Benicio, p. 31-33), as redes de energia do futuro estão sendo pensadas para operar na forma de diversas fontes e usinas de energia de pequeno e médio porte distribuídas, porém com a capacidade de serem combinadas virtualmente. Além disso, no caso de falta de energia ou 16 desastres, certas áreas podem ser isoladas da rede e supridas por fontes de energia internas, tais como a energia fotovoltaica nos telhados, usinas de calor e energia em bloco ou armazéns de energia de uma zona residencial. O grande desafio para habilitar tais tecnologias está no projeto e na implantação de uma infraestrutura de um sistema de energia capaz de gerar e distribuir eletricidade sem blecaute. Esse sistema necessita ser suficientemente flexível para permitir o fornecimento de energia de forma heterogênea, além de ser imune a manipulações acidentais ou intencionais. À medida que novas tecnologias e novos sistemas são incorporados, a segurança tem de continuar a ser a preocupação primordial, visando diminuir a vulnerabilidade do sistema e proteger os dados das partes interessadas. Esses desafios também precisam ser enfrentados pelos aplicativos de IoT que integram tecnologias heterogêneas. A tendência é que as smart grids em desenvolvimento implementem um novo conceito de rede de geração e distribuição capaz de rotear com eficiência a energia produzida a partir de plantas concentradas e distribuídas até o usuário final, com altos padrões de segurança e qualidade de fornecimento. Esse modelo se assemelha à internet, no qual o pacote de energia é gerenciado semelhantemente aos pacotes de dados, por meio de roteadores e gateways que podem autonomamente decidir o melhor caminho para o pacote atingir seu destino com os melhores níveis de integridade (Monzoni; Nicolletti, 2015, p. 101). Esse novo paradigma de geração e distribuição de energia é composto de uma infraestrutura de rede baseada em transceptores, gateways e protocolos de comunicação padrão e interoperáveis que permitirão equilíbrio em tempo real entre a capacidade local e global de geração e distribuição com a demanda de energia. Isso também permitirá um alto nível de conscientização e envolvimento do consumidor. Trata-se de um conceito inovador para a geração e distribuição de energia e o monitoramento e comunicação da rede, que permite que unidades de energia sejam transferidas quando e onde for necessário (Monzoni; Nicolletti, 2015, p. 102). O monitoramento do consumo de energia será realizado em todos os níveis, desde dispositivos individuais locais até nacional e internacionalmente. TROCANDO IDEIAS Conforme vimos nesta aula, as smart cities têm por objetivo resolver uma série de questões complexas e crônicas do ambiente urbano. Descreva no mínimo três aspectos positivos oferecidos pelas cidades inteligentes. 17 NA PRÁTICA IBM Watson Health trata-se de um sistema cognitivo que combina o processamento da linguagem natural – PLN, a geração de hipóteses e o aprendizado dinâmico para gerar respostas de alta confiabilidade. É capaz de condensar informações a partir de uma grande base de dados não estruturados: artigos científicos, livros didáticos, manuais de usuário, diretrizes, perguntas frequentes, planos, notas de laboratório, notícias e dados pessoais. Watson utiliza sua vasta base de conhecimento para fazer inferências no estilo de perguntas e respostas. Quando uma nova pergunta é feita: • captura os principais aspectos da pergunta; • adquire as respostas de candidatos entre centenas de hipóteses, geradas pela base de conhecimento; • compara as respostas por meio de algoritmos de raciocínio; • seleciona a resposta que tem a maior pontuação de confiança. Especificamente no âmbito da saúde, Watson é capaz de responder perguntas relacionadas à saúde tanto em cenários do dia a dia como em cenários clínicos, por meio da análise do conteúdo de uma série de recursos médicos: revistas científicas, patentes, ontologias relacionadas a medicamentos e doenças, ensaios clínicos, dados de laboratório e imagem, dados genômicos, dados de reclamações e conteúdo de redes sociais. Essas funcionalidades resultaram em três aplicações principais de Watson na área da saúde: • Oncologia: comparação de um perfil de paciente com registros ou ensaios clínicos relevantes para avaliar e classificar as opções de tratamento do câncer. Isso permite reduzir drasticamente os custos de tempo envolvidos na revisão da literatura e registros eletrônicos de saúde. • Descoberta de medicamentos: Watson pode identificar novos medicamentos, além de novos usos dos medicamentos já existentes. • Genômica: Watson tem sido bem-sucedido na descoberta de novas associações e relações entre genes, proteínas, drogas e doenças. Também tem conseguido classificar e prever as prováveis mutações e o tipo de alteração do DNA no tumor de pacientes. Isso permite aprimorar 18 os tratamentos de forma personalizada, oferecendo aos médicos mais opções terapêuticas (IBM, 2020). FINALIZANDO A IoT tende a se difundir de maneira muito rápida nos próximos anos. Os fornecedores de produtos e serviços de IoT também se beneficiarão desse fenômeno, pois terão um forte incremento em seu faturamento. O mercado de forma geral fará uso intensivo da IoT: dispositivos médicos avançados, sensores veiculares, sistemas de monitoramento da integridade da infraestrutura para diversas áreas, tais como transportes, distribuição de água e transmissão elétrica, e saúde da população. Isso oferece diversas oportunidades de se conectar praticamente qualquer coisa, do muito simples ao extremamente complexo, propiciando o controle, monitoramento e detecção de forma remota. Assim, a IoT se mostra como uma potencializadora de novos modelos de negócios com base nos dados em tempo real obtidos por bilhões de sensores. 19 REFERÊNCIAS BENCKE, L. R; PEREZ, A. L. F.; ARMENDARIS, O. da C. Rodovias inteligentes: uma visão geral sobre as tecnologias empregadas no Brasil e no mundo. ISYS: Revista Brasileira de Sistemas de Informação, v. 10, n. 4, p. 80-102, 2017. Disponível em: <http://seer.unirio.br/index.php/isys/article/view/6609/6266>. Acesso: 13 maio 2020. BENICIO, M. (Org.). 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Acesso em: 13 maio 2020. 21 GABARITO TROCANDO IDEIAS Respostas esperadas • Notificações sobre os meios de transporte em tempo real, tornando o transporte público mais eficiente. • Dispositivos de monitoramento da qualidade do ar com a emissão de alertas sob determinadas condições. • Gerenciamento de resíduos por meio serviços digitais que oriente e controle todo o processo de descarte adequado de resíduos. • Geração, distribuição e consumo de energia de modo mais eficiente e sustentável. • Oferta de serviços públicos digitais e acessíveis à população de forma a desburocratizá-los. • Controle da saúde dos cidadãos por meio de dispositivos médicos implantáveis. • Fortalecimento da comunicação entre a vizinhança por meio de aplicativos. De forma geral, as cidades inteligentes devem oferecer condições para a criação de uma comunidade mais forte, mais feliz e mais conectada, na qual todos os cidadãos possam usufruir de todo o seu potencial.
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