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. Choque Hemodinâmico . Leticia Lourenço ➵ Choque ‘‘ Distúrbio hemodinâmico agudo e sistêmico caracterizado por uma incapacidade do sistema circulatório em manter a pressão arterial ideal para garantir a perfusão sanguínea, resultando em hipóxia tecidual generalizada ’’. ↓Perfusão sanguínea → Hipóxia → Falência múltipla de órgãos ● Classificação do Choque Hemodinâmico Etiopatogênese ➤ Choque hipovolêmico: É causado por redução aguda e intensa do volume circulante, por perda de líquidos para o meio externo. Hemorragias (ruptura mecânica-rexe); Vômitos; Diarréia; Queimaduras ➤ Choque cardiogênico: Surge por insuficiência cardíaca aguda, especialmente no VE , que resulta na incapacidade do coração em bombear o sangue para circulação sistêmica. → necessário uma redução de 80 % da capacidade de ejeção. Infarto agudo do miocárdio; arritmias; insuficiência cardíaca; valvulopatias. ➤ Choque obstrutivo: ocorre a restrição do enchimento das câmaras cardíacas,(porção esquerda) que impede a diástole ou retorno venoso. → falha externa; Tamponamento cardíaco; Embolia pulmonar; Síndrome da veia cava superior. ➤ Choque distributivo: deve-se a vasodilatação arteriolar periférica que resulta na queda da resistência periférica, inundação dos capilares (edema) e redução do retorno venoso. Associado a SIRS - Síndrome da resposta inflamatória sistêmica ; Sepse; Anafilaxia; Neurogênico (grave depressão do SNC, traumas medulares). Choque anafilático- há liberação rápida de histamina que provoca vasodilatação e rápida queda da pressão arterial, edema e diminuição do retorno venoso. Choque séptico- resposta do organismo ao patógeno, em que libera uma liberação sistêmica quantidade de mediadores inflamatórios (TNF, IL-1 e IL-6) causa SIRS, CID (coagulação intravascular disseminada), e anasarca (edema generalizado) → A febre alta é um indicativo de sepse, vasodilatação (pele corada) e essa temperatura cai depois (perigoso!) . Choque Hemodinâmico . Leticia Lourenço Choque neurogênico: Impede a comunicação do SNC e o SN autônomo. É menos frequente, mas ocorre em acidentes anestésicos, lesões da medula espinhal ou medicamentos. → perda do tônus da musculatura lisa muscular. → Mecanismo fisiopatológicos gerais do choque hemodinâmico ● Mecanismo de adaptação/ respostas adaptativas: Na fase inicial, a hipotensão arterial induz modificações para redistribuir o sangue para os órgãos vitais. Os receptores de volume detectam o baixo volume, aumentam a atividade simpática, sendo assim isso aumenta a frequência cardíaca (taquicardia) e vasoconstrição periférica como tentativa de restabelecer a perfusão tecidual. Como tentativa também há a liberação de renina, que assim ativa o sistema renina-angiotensina-aldosterona, fazendo com que ocorra a retenção de sódio e consequentemente de água, aumento da volemia e causa vasoconstrição das arteríolas. Com a progressão do choque, o quadro clínico agravou-se para a fase de descompensação, a hipoperfusão tecidual se mantém e a hipoxia dos tecidos gera o metabolismo da glicose anaeróbica, produzindo assim mais ácido láctico, que tem como consequência a diminuição do pH e causa acidose metabólica, esse quadro causa deprime o miocárdio, os tecidos liberam mediadores que irão causar mais vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular, reduz ainda mais o retorno venoso e agravando o quadro de choque Com a vasodilatação progressiva, ocorre lesão endotelial que contribuem para formação de trombos, pode ocorrer coagulação intravascular disseminada CID, seguida de coagulopatia de consumo/hemorragia, levando diversos órgãos a necrose coagulativa/anoxia, a falência múltipla de órgãos FMO , fase final do processo. . Choque Hemodinâmico . Leticia Lourenço Ciclo vicioso na fase hipodinâmica do choque Consequências clínicas/ sinais clínicos - Choque hipovolêmico e cardiogênico: o paciente tem hipotensão, pulso fraco e parido, taquipneia e pele cianótica, fria e pegajosa. - Choque séptico: a pele no início pode estar corada e quente devido a vasodilatação periférica A ameaça a vida deriva da catástrofe (causa), pois produz disfunções cardíacas, cerebrais e pulmonares, distribuídos eletrólitos e acidose metabólica rapidamente. A coagulopatia complica o choque quando a causa é sepse ou trauma, podendo levar à morte, especialmente em pacientes com coagulação intravascular disseminada. O prognóstico varia de acordo com a origem do choque e sua duração. 90% dos jovens com choque hipovolêmico sobrevivem com o tratamento adequado, por outro lado choque séptico ou o cardiogênico tem alta taxa de mortalidade. . Choque Hemodinâmico . Leticia Lourenço Alterações microscópicas ● Rins Necrose tubular aguda: Setas pretas- perda de delimitação da MEC em túbulos renais Setas vermelhas- núcleo picnótico em epitélio tubular G- glomérulo preservado CIVD- Coagulação intravascular disseminada Formação de trombos hialinos de fibrina nos capilares glomerulares. ● Pulmões Exsudato neutrofílico; Edema alveolar (seta azul) Formação de membrana hialina na parede dos alvéolos (setas pretas) Fibrose progressiva. Evolução para SARA - síndrome da angústia (desconforto) respiratória.. ● Cérebro
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