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FACULDADE BATISTA BRASILEIRA LETICIA SILVA LACERDA RESESENHA CRITICA Intervenção e Separação de Poderes Salvador 2020 Letícia Silva Lacerda Resenha crítica: Intervenção e Separação dos Poderes. O autor José Afonso da Silva em seu livro” Direito Constitucional esquematizado “, traz uma definição ampla sobre a intervenção, ao qual dar-se pela “invasão” da entidade sobre outra, onde há tendências unitárias e desagregantes que podem trazer consequências agravantes para o estado, ela visa a unidade e a preservação da soberania do estado federado e das autonomias da união, dos estados, distrito federal e municípios. A Constituição Federal garanti ao Estado, Distrito Federal e Município a autonomia, que é a independência de cada ente sobre seu território, ao qual pode se interver temporariamente, devido ocorra alguma alegoria, de acordo com as regras de exceção prevista no artigo 34° e 35° da Constituição Federal. Podemos observar que o estado traz a autonomia para os entes federativos, contudo limita suas ações podendo então intervir de acordo com o princípio da não intervenção. A intervenção possui duas facetas, a estadual e federal. A Intervenção Federal é realizada pela união nos estados e distrito federal, e que é um afastamento do ente federativo para a união agir e resolver a causa, se o problema for no quesito segurança pública a autonomia será cessada somente neste âmbito. O presidente da republica irá decretar e especificar a sua amplitude quando os governantes perderem sua capacidade de manutenção da ordem e com isso determinará prazo e condições, e se couber nomear o interventor. Prevista no art.34°: Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: I - manter a integridade nacional; II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) A Intervenção Federal realizada no Rio de janeiro, foi um ato realizado por um ponto extremo que se chegou à convivência nas comunidades, aos quais estavam sob o crime organizado, e esse processo interventivo foi confundido com a intervenção militar que possui aspecto completamente diferente. Conforme vimos que o processo interventivo possui duas facetas, há também a intervenção estadual ao qual é nada mais que os estados intervindo em seus Municípios, seguindo o principio da não intervenção conforme previsto no Art. 35°. O estado vai intervir em municípios que se localizem somente nos seus territórios, decretado pelo governador. Previsto no art. 35° Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. A separação de poderes é referida de principio ao filosofo Montesquieu, contudo Aristóteles possuía a base para a tripartição de poderes, destacando cada uma delas e especificando sua função, todavia o seu equivoco foi colocar todos os três poderes na mão de um representante que na época era fundada no rei. Montesquieu mostrou na sua teoria que os três poderes são harmônicos e suas funções estão conectadas, funcionando de forma independente entre si e cada uma dessas funções estaria ligada a um órgão não dependendo de apenas um soberano, essa teoria surge para contra partir o absolutismo monárquico, logo por esse fator é dada sua importância, sua essencialidade dar-se pelo fato, de não haver abuso no poder, visando melhor governança em órgãos distintos e independentes Cada órgão fica responsável por suas atividades, gerando assim a teoria dos freios e contrapesos, parâmetros federais impostos aos estados membros. Hodiernamente não há rigidez como tempos atrás, a divisão dos poderes atualmente possui um novo relacionamento entre os três poderes, que são Executivo, Legislativo e Judiciário, ao qual o Poder Legislativo está previsto nos arts. 44 a 75, Poder Executivo arts .76 a 91 e Poder Judiciário 92 a 126, todos de forma independente. Segundo José Afonso da Silva, a independência de cada um desses poderes significa, que a permanecia da pessoas num dos órgãos não depende da confiança uma da outra, que a atribuição dos exercícios sejam próprias e não precisem de consultar outros, e que cada um é livre na organização dos respectivos serviços. Referência bibliográfica: Curso de Direito Constitucional esquematizado – José Afonso da Silva Constituição Federal 1988 https://www.infoescola.com/filosofia/principio-da-separacao-de-poderes/ https://www.jusbrasil.com.br/ https://www.infoescola.com/filosofia/principio-da-separacao-de-poderes/ https://www.jusbrasil.com.br/
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