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anamnese e exame físico do abdome- Paula Grequi

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Resumo de Habilidades
➢Anamnese e Exame físico do abdome
➢ANAMNESE - passos
Identificar a HDA.
Dor
- caracterizar os sintomas, tempo de instalação do
quadro, identificar os sintomas associados.
Tipo de dor: cólica, pontada, facada, queimação.
- Frequência da dor: 2/2 hr? somente a noite?
-Intensidade: uma escala de 0 a 10, quanto dói?
- Fatores de agravação ou alívio: em pé? Deitado? qual o decúbito de alivio?
- Irradiação da dor: flanco D ou E? MMII? Epi ou hipogástirca?
- Sintomas associados à dor: alteração de ritmo intestinal, saciedade precoce,
vômitos e náuseas, hematêmese, melena, icterícia, emagrecimento.
Identificar fatores de risco associados: 
tabagismo, etilismo, fatores sociais.
Antecedentes patológicos, cirurgias 
prévias.
Antecedentes familiares.
Nutrição e hábitos de mastigação.
Ocupação
Interrogatório de aparelhos e sistemas 
Condições econômicas 
Paula Grequi
➢EXAME FÍSICO- passos 
• Deve ser geral ( estático) com foco no abdome. 
• Verificar os sinais vitais.
• Iniciar o na cavidade oral do paciente.
•Posicionar o paciente em decúbito dorsal com tronco
e abdome expostos. O médico deve ficar à sua direita,
aquecer as mãos e explicar o procedimento ao paciente.
➢Inspeção;
➢Ausculta;
➢Percussão;
➢Palpação
Verificar os elementos dentários, prótese, áreas de leucoplasia,
eritroplasia Assoalho da boca, língua, palato mole, úvula,
pilares anterior e posterior, espaço retromolar, procurar lesões
precursoras de neoplasias orais.
1. Hipocôndrio D Fígado ; rim D ; ângulo hepático do 
cólon – vesícula biliar 
2. epigástrico Estômago, piloro, cárdia, fígado,
cólon transverso, aorta, plexo celíaco.
3. Hipocôndrio E Baço, rim esquerdo, ângulo esplênico 
do cólon, pâncreas
4. Flanco D Cólon ascendente, 1/3 inferior de rim 
D.
5. mesogástrio Intestino delgado, cólon transverso, 
pelves renais e ureteres, gânglios 
mesentéricos, aorta abdominal e cava 
inferior.
6. Flanco E Cólon descendente, 1/3 inferior de 
rim E.
7. Fossa ilíaca D Apêndice, ceco, íleo terminal, psoas 
D.
8. hipogástrio Bexiga, útero, intestino delgado, 
cólon sigmóide
9. Fossa ilíaca E Cólon sigmóide, psoas E.
Paula Grequi
➢Inspeção
Parede
abdominal
contorno Presença de 
assimetrias
Característica 
da pele 
Circulação 
colateral 
Forma do 
abdome 
Cicatrizes 
cirúrgicas 
❑FORMAS DO ABDOME
▪O formato do abdome pode variar segundo idade, sexo, estado nutricional, estado muscular e gravidez.
▪ Tipo morfológico- entre o tipo longilíneo, que é achatado no sentido anteroposterior e de pequeno diâmetro
transversal e o do tipo brevilíneo, curto, com diâmetros anteroposteriores e transversos exagerados. Esta variação
entre estes extremos não tem significado patológico.
▪O formato adquire valor patológico quando houver alterações que se afastam destes limites, sendo que as
alterações podem ser simétricas ou assimétricas.
Paula Grequi
❑ALTERAÇÕES SIMÉTRICAS
▪Abdome retraído- muito achatado no diâmetro anteroposterior, com visibilidade dos bordos costocondrais, cristas
ilíacas e sínfise púbica. Onde ocorre? - caquexia, especialmente naqueles com desidratação importante.
▪Abdome globoso- apresentando distensão uniforme e regular. Onde ocorre? obesidade, ascites, grande meteorismo
intestinal (obstrução intestinal) e grandes tumores abdominais.
▪Abdome de batráquio- caracterizada por dilatação exagerada de flanco, com aumento de diâmetro lateral. Onde
ocorre? Ascite e obesidade (com diminuição da tonicidade da musculatura de parede abdominal).
▪Abdome em avental- caracterizado pela queda do hipogástrio sobre a sínfise púbica. Onde ocorre? em grandes
❑Abaulamento: Ocorre quando há distensão localizada de segmentos do tubo gastrointestinal, denominada
(meteorismo localizado), desencadeada pela presença de obstáculo que deverá estar abaixo da porção dilatada.
A única exceção é a formação herniária, ocorrência clínica de fácil diagnóstico. A sede do abaulamento servirá para
indicar a causa provável do obstáculo.
O abaulamento pode ocorrer também por aumento de vísceras: hepatomegalia ou esplenomegalia, entre outras.
Atenção! Quando houver obstáculo duplo, há formação de uma distensão (aumento) em forma de chouriço, denominada de Alça de Wahll. 
Paula Grequi
❑PERISTALSE
▪A observação de peristaltismo visível tem grande importância diagnóstica, indicando a existência de obstáculo
ao trânsito intestinal; a peristalse sempre se processa no sentido do isoperistaltismo, servindo para identificar o
segmento intestinal sede das contrações, indicando assim, a localização do obstáculo, ponto onde morrem as
ondas peristálticas.
▪ A presença de ondas peristálticas visíveis em intestino delgado, denominada de agitação peristáltica de
Kussmaul, são caracterizadas por movimentos rotatórios, acompanhados de fortes ruídos intestinais,
denominados de borborigmos. Pode ocorrer um segundo tipo de ondas de peristalse, denominada de peristalse
em degrau, as alças se contraem como em degraus de uma escada.
❑RETRAÇÕES
▪As retrações generalizadas ocorrem em indivíduos caquéticos, como nos casos de pacientes com estenose de 
esôfago ou piloro ou em desidratados graves. Importante apontar a retração generalizada que pode ocorrer na 
cólica saturnina, no tétano, meningite e nas crises tabéticas.
Paula Grequi
❑EDEMA DE PAREDE: O edema quando restrito à região abdominal indica a existência de processo inflamatório
intracavitário.
❑ CIRCULAÇÃO COLATERAL- SISTEMAVENOSO
▪A presença de vascularização visível indica obstáculo na circulação venosa profunda tortuosidade e dilatação das veias; deve-se definir
o sentido da corrente sanguínea para identificar qual dos sistemas venosos está obstruído. A manobra de esvaziamento de um segmento
venoso dilatado.
▪Tipos de circulação colateral:
-Circulação colateral tipo portal: ocorre quando há obstáculo ao fluxo venoso proveniente do tubo digestivo e baço em direção ao
fígado. A mais frequente, caracterizada por manter o sentido normal da circulação, sempre centrífuga em relação ao umbigo. Geralmente
melhor percebidas acima da cicatriz umbilical, quando exuberantes em torno do umbigo confere o aspecto denominado cabeça de
medusa.
- Circulação colateral tipo cava inferior: observa-se ectasia venosa em andar inferior de abdome e regiões laterais, sentido da corrente é
ascendente. Ocorre quando há trombose de cava inferior.
-Circulação colateral tipo cava superior: observam-se ectasias de vasos em andar superior de abdome, sendo o sentido da corrente,
descendente.
- Circulação colateral do tipo misto: associa-se a circulação colateral tipo portal e de cava inferior, com sentido da corrente, ascendente.
Paula Grequi
CICATRIZES
Paula Grequi
•São descritos os sinais acústicos -- utilizando-se do estetoscópio- Local: os 4 quadrantes do abdome, especialmente a 
área central. - Tempo: durante 2 a 3 minutos. - Finalidade: identificar timbre, frequência e intensidade dos 
movimentos hidroaéreos, além de procurar identificar a existência de sopros.
• Ruídos hidroaéreos nas patologias: 
AUSCULTA
- intensidade aumentada diarréias, hemorragias digestivas, suboclusão intestinal ou obstrução intestinal.
diminuída ou ausente Ílio paralitico 
tom metálico Obstrução do intestino delgado 
Ruídos vasculares: sopros Sistólicos ou contínuos
Sopro hepatico na presença de aneurisma de artéria hepática, cirrose e carcinoma hepatocelular.
sopros sistólicos de maior frequência aneurisma de aorta, podem ser audíveis, em linha mediana do abdome.
Sopros esplênicos audíveis em hipocôndrio esquerdo, entre as linhas hemiclavicular e axilar, anterior esquerdas, 
ocorrendo na malária, leucemia ou tumores esplênicos.
Sopros contínuos são venosos, ocorre na hipertensão portal, audível sobre a circulação colateral em região 
periumbilical, podendo gerar um frêmito no local, Sinal de Cruveillier-Baumgarten.Paula Grequi
PALPAÇÃO
❑Tipo: palpação superficial e profunda.
❑Objetivo : identificar alteração em vísceras, presença de tumorações,dor, resistência em parede.
❑Atenção: à posição das mãos, à posição dos dedos, posição do paciente, aos movimentos respiratórios do
paciente, à temperatura das mãos do examinador.
❑Importante: anotar variações de sensibilidade, consistência, diâmetro, forma e mobilidade das estruturas
palpadas.
❑Características:
•Localização: Limita o número de estruturas a considerar (exemplo: massa em quadrante superior esquerdo,
considerar afecções de baço do ângulo esplênico do colón e rim esquerdo), lembrando da projeção dos diferentes
órgãos na cavidade abdominal e pélvica e do retro peritônio nas áreas das divisões topográficas do abdômen.
Paula Grequi
▪Forma: Cisto, pseudocisto pancreático, tumores sólidos, são, geralmente esféricos.
▪Consistência: É verificada pela resistência da massa à palpação, variando de acordo com o processo patológico
(exemplo: o carcinoma de fígado pode ser pétreo, o baço aumentado devido a infecção oferece pouca resistência à
compressão).
▪Superfície: pode ser lisa (exemplo: cistos ou pseudocistos, hepatite, esteatose hepática) ou nodular (exemplo: tumor,
cirrose hepática).
▪Mobilidade: A massa que se move com movimentos respiratórios, está relacionada a uma das vísceras móveis ou ao
mesentério, portanto, dentro da cavidade peritoneal. A massa fixa deve estar localizada em retroperitônio ou
corresponder à neoplasia infiltrativa de estruturas fixas.
▪Pulsação: Massa que apresente pulso corresponde a uma dilatação da artéria, apresenta aumento intermitente de
volume da massa a cada sístole cardíaca. Massas sólidas encostadas na aorta podem transmitir a pulsação arterial,
porem não apresenta variação de tamanho de acordo como pulso sistólico.
Paula Grequi
DOR
▪Quando ocorrer dor à descompressão brusca do abdômen é sinal que há inflamação aguda de peritônio.
▪O sinal é considerado positivo quando o paciente apresenta dor aguda ao se retirar bruscamente a mão do seu
abdome, caracterizando o sinal Blumberg.
▪Acompanhando este sinal pode-se observar hipertonia da musculatura no local, podendo ser forte e contínua ou
ocorrer somente ao se exercer uma pressão sobre o local (peritonismo).
▪Fenômenos acústicos podem ser audíveis a distância ou durante a palpação.
Sinal Manobra Possível Patologia
Blumberg Descompressão dolorosa em FID Apendicite-Peritonite
Rovsing Dor em FID ao comprimir a FIE Apendicite-Peritonite
Psoas Dor ao elevar a coxa direita contra a mão do 
examinador
Apendicite-Peritonite
Obturador Dor em FID com a rotação interna da coxa Apendicite-Peritonite
Paula Grequi
Descompressão brusca 
dolorosa
Em qualquer local, exceto FID. Peritonite
Murphy Interrupção da respiração por hipersensibilidade à palpação de 
HD.
Colecistite
Courvosier Vesícula palpável e às vezes visível. Tumor de 
pâncreas
Giordano Dor à percussão costovertebral, levando a rechaço do paciente 
para a frente.
Pielonefrite, 
mialgia, calculo 
renal
Macicez em flancos Percussão do abdome com timpanismo no centro e macicez em 
flancos.
Ascite
Macicez movel Mudança de macicez à percussão do abdome com o paciente em 
decúbito lateral.
Ascite
Piparoti Percepção do impulso transmitido do lado oposto do abdome 
após neutralização com barreira no meio do abdome.
Ascite
Kerhr Dor em ombro esquerdo Ruptura esplênica 
Paula Grequi
Percussão esplênica Presença de macicez à percussão entre a linha axilar anterior e
média em topografia de baço, durante a inspiração profunda.
Esplenomegalia
Cullen Equimoses* em torno do umbigo. Pancreatite necro-
hemorrágica
Grey-turner Equimoses* em flancos. Pancreatite necro-
hemorrágica
Jobert Ausência de macicez hepática Úlcera gástrica 
perfurada.
Equimose*: extravasamento de sangue 
Paula Grequi
PERCUSSÃO
▪A percussão deve ser suave;
▪ Manobra: apoia-se o dedo indicador e médio da mão esquerda
sobre a parede abdominal, percutindo com a mão direita. (O ruído
fisiológico é o timpanismo).
▪ Sons: timpânico, hipertimpânico, submaciço e maciço.
▪A percussão sobre uma área sólida revela o som maciço; é o típico
som obtido ao se percutir a região hepática.
- O som timpânico pode ser melhor identificado em área gástrica, na
posição supina, devido ao conteúdo gasoso do estômago (bolha
gástrica) e no espaço de Traube.
Paula Grequi
▪Através da percussão pode-se realizar ainda a hepatimetria.
▪ Não é um método seguro para se afirmar que existe hepatomegalia, pois o órgão pode estar rebaixado, como
ocorre em pacientes com enfisema pulmonar.
▪Para determinar se há hepatomegalia, é necessário estabelecer dois pontos de referência:
-o primeiro, na parte mais alta do órgão, na altura do sexto espaço intercostal, determinado pela percussão;
- o segundo, a parte inferior do órgão.
-Normalmente o tamanho do fígado na linha mediana é de 5 cm, na linha medioclavicular é de 10 cm e na linha
axilar anterior, 13 cm.
▪Ao se percutir a região correspondente ao baço, obtém-se som timpânico. A área de nítido timpanismo é
denominada de espaço de Traube.
É um espaço em forma de lua crescente, circundado pela borda
inferior do pulmão esquerdo, a borda anterior do baço, o rebordo
costal esquerdo e a margem inferior do lobo esquerdo do fígado.
Paula Grequi
Síndromes 
▪Aparecimento súbito de dor abdominal, geralmente grave. Importante observar que nem todos os quadros
de abdome agudo terão desfecho cirúrgico.
▪Podemser classificados:
➢Abdome agudo 
▪Inflamatório: Apendicite aguda, colecistite aguda, pancreatite aguda, diverticulite dos cólons, doença inflamatória 
pélvica, abscessos intracavitários, peritonites.
▪Perfurativo: úlcera péptica, câncer gastrointestinal, processos inflamatórios intestinais (febre tifoide, amebíase, 
doença de Crohn, etc), perfuração de divertículo de cólon, perfuração do apêndice, perfuração de vesícula biliar.
▪Obstrutivo: aderências intestinais, hérnias estranguladas, fecaloma, obstrução pilórica, bolo de áscaris, corpo 
estranho, cálculo de vesícula biliar, vôlvulo, intussuscepção intestinal.
▪Hemorrágico: prenhez ectópica, rotura de aneurisma de aorta, cisto hemorrágico de ovário, rotura de baço, 
endometriose, necrose tumoral
Paula Grequi
▪Isquêmico: trombose de artérias mesentéricas, torção de grande omento, torção de pedículo de cisto ovariano, infarto 
esplênico.
➢Abdome agudo inflamatório 
▪Apendicite Aguda
- agente fisiopatológico: obstrução do lume apendicular por fecalito ou processo inflamatório.
- O quadro clínico: caracteriza-se por dor iniciada em epigástrio e região periumblical e posteriormente em fossa
ilíaca direita (FID); dor contínua ou intermitente, agrava com movimentos, acompanhada de náuseas e vômitos,
febre. Não há comprometimento do estado geral do paciente.
- Na palpação: identificar a localização da dor, resistência voluntária ou espontânea, ou presença de massas.
- Na inspeção não há sinais característicos da patologia.
- Ausculta: pode-se evidenciar a diminuição dos ruídos abdominais.
- No exame do abdome identificar os sinais classicamente conhecidos:
Sinal de Blumberg: dor à descompressão brusca em FID;
Sinal de Rovsing: dor em FID ao se realizar a palpação profunda de fossa ilíaca esquerda (FIE) e flanco esquerdo;
Sinal de Lapinsky: dor em FID quando realizada a palpação profunda em ponto de MacBurney com o membro inferior
hiperestendido e elevado.
- A percussão deve começar em ponto distante do ponto de MacBurney, em direção à FID, vai ocorrer dor à percussão,
expressão do processo de irritação peritoneal.
Paula Grequi
▪ Colecistite Aguda
Agente: inflamação química ou bacteriana da vesícula biliar, geralmente desencadeada por obstrução do ducto
cístico.
▪ A litíase biliar é a principal causa da patologia, sendo que a obstrução é consequente à impactação do cálculo
em região do infundíbulo- colocística, desencadeando estase, fenômenos vasculares e inflamatórios e
consequente proliferação de bactérias.
Se o cálculo se mover, o quadro involui.
▪(Se não ocorrer): há evolução do quadro com formação de empiema,necrose e perfuração da vesícula; esta
pode ser bloqueada ou ser liberada para o peritônio.
▪Eventualmente, pode ocorrer colecistite alitiásica:comfisiopatologia não esclarecida.
▪A colecistite tem maior ocorrência no sexo feminino, podendo ser a primeira manifestação da litíase biliar.
▪O quadro clínico: caracterizado por dor, inicialmente tipo cólica, havendo progressão do quadro a dor assume
o padrão contínuo; a dor localiza-se em hipocôndrio direito, irradiando-se para epigástrio; geralmente
acompanhada de náuseas e vômitos, febre e em 20% dos pacientes icterícia discreta.
▪Exame físico: há dor em hipocôndrio direito à palpação profunda, sendo o sinal de Murphy positivo. A vesícula
pode estar palpável em 25 % dos pacientes.
Paula Grequi
▪Diverticulite dos Cólons 
▪ Pode estar presente em todo o cólon, com predominância no sigmóide.
▪Patologia decorrente de dieta pobre em fibras
▪Incidência: aumenta com a idade, sendo estimado que 60% dos pacientes com idade superior a 80 anos tenham
doença diverticular colônica.
▪ Complicações: perfuração, fístulas, obstrução ou estenose irá acometer 1/4 destes pacientes.
▪O quadro clínico: variável, sendo que os pacientes pode sentir dor aguda, geralmente em quadrante inferior
esquerdo, porém pode localizar-se em hipogástrio e quadrante inferior direito de abdome. Apresentando ainda
náuseas e vômitos, febre não muito elevada, alteração de ritmo intestinal- diarreia ou constipação.
▪exame físico: há sinais de irritação peritoneal.
▪A confirmação diagnóstica será dada pela TC que tem valor preditivo de 88% na inflamação pericólica e 100 nos
casos que houver espessamento de parede. Permite ainda classificar a diverticulite em não complicada e complicada,
aliada à classificação de Hinchey, definindo o tratamento que deverá ser instituído.
Classificação de Hinchey
•Abscesso pericólico.
•Abscesso intra-abdominal ou retroperitoneal.
•Peritonite purulenta.
•Peritonite fecal.
Paula Grequi
▪Pancreatite Aguda
▪Etiologia: decorrência da ativação incorreta de enzimas pancreáticas, que levam a edema, hemorragia e necrose
pancreática e peripancreática.
▪Complicações: hipovolemia até a comprometimento de diversos órgãos e sistemas, podendo evoluir para óbito.
▪Incidência: variável, entre 2 a 50/1000 mil hab/ano. 20 % dos pacientes terão quadros de pancreatite aguda
grave,
•A pancreatite necrotizante é a forma de maior gravidade, tendo maior mortalidade. Sendo que 80% dos casos
estão relacionados ao Etanol e litíase biliar.
▪Outras causas: estão relacionados à hipertrigliceredemia, hipercalcemia, trauma abdominal, trauma operatório e
reação à fármacos. 10 a 30% dos casos não tiveram etiologia aparente, sendo que 25 a 50% tiveram recidiva nos
dois anos subsequentes, com alta morbimortalidade.
Continua 
Paula Grequi
▪Leve: quadros pouco sintomáticos, onde não há necessidade de internação.
▪Grave: recebe a definição de pancreatite associada à falência orgânica e/ou surgimento de complicações locais:
coleções líquidas, formadas a partir da instalação do quadro, não capsulado; pseudocistos com a evolução do 
quadro há tendência de formação de pseudo cápsulas, formadas pelas estruturas adjacentes; necrose que se 
estabelece em resultado da digestão do pâncreas e gordura adjacentes.
▪Os dois últimos podem se infectar, sendo os agentes infecciosos a Escherichia coli, Klebsiella sp e Enterococcus
sp.
▪O exame físico: depende da intensidade do quadro. Caracterizada por dor abdominal intensa, iniciada em
epigástrio, com irradiação para região dorsal, acompanhada de náuseas e vômitos e parada de eliminação de fezes e
gases, com sintomas sistêmicos. Nas formas leves (80- 90%) o paciente encontra-se em regular estado geral,
desidratado, taquicárdico e às vezes em posição antálgica. Apresenta abdome com distensão, difusamente doloroso
à palpação profunda, particularmente em andar superior de abdome. Os ruídos hidroaéreos estão diminuídos.
▪Nas formas graves: há comprometimento geral do paciente que está desidratado, ansioso, hipotenso, taquicárdico
e dispneico. Abdome distendido, doloroso difusamente, com sinais de irritação peritoneal, ruídos hidroaéreos
diminuídos a abolidos. Pode estar presente o sinal de Cullen e o de Grey Turner.
Paula Grequi

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