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Exame Clínico dos Reflexos

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Marina Martins TURMA VII THAM NEURO 
Exame Clínico dos Reflexos 
A avaliação dos reflexos garante informações mais objetivas e rápidas para o fechamento dos diagnósticos neurológicos. 
Semiotécnica 
 Instrumental adequado com vários tipos de martelo; 
 Região corporal a ser analisada descoberta; 
 Observação da melhor posição de pesquisa de vários reflexos e manter o efetor em leve 
estado de tensão, favorecendo resposta reflexa; 
 Relaxamento adequado do paciente, porque a contração excessiva do músculo efetor 
bloqueia o reflexo; 
 Conhecer manobras de facilitação ou métodos de reforço como a manobra de Jendrassik 
Reflexos de estiramento muscular 
 Reflexo de estiramento muscular (REM), profundo, proprioceptivo e miotático, tendineo 
e osteotendineo; 
 Neurofisiologia: o REM tem um arco bineural, monossináptico (1 sinapse apenas), 
envolvendo o neurônio sensitivo no gânglio da raiz dorsal e o motoneuronio alfa no corno 
anterior da medula. O movimento resposta causado pela percussão do martelo no tendão 
traciona as fibras extrafusais (fibras musculares, não nervosas) e intrafusais (fuso neuromuscular) são 
paralelas, isso permite que a aferencia de fibras IA sinalizem a situação de estiramento, o que leva o 
motoneuronio alfa a emitir impoulsos e permitir que haja contração do músculo que foi estirado; 
 O nível funcional de um reflexo vai depender do grau de facilitação que estão submetidas as fibras do fuso 
neuromuscular, que nas regiões polares são inervadas por neurônios gama; 
 Características do REM: 
o Tempo de latência: tempo decorrido 
entre a percussão e o inicio da resposta; 
o Amplitude de resposta: avaliação mais 
subjetiva, que aponta hiper ou 
hiporreflexia 
o Área provocadora específica ou 
ampliada: análise das áreas próximas 
com estimulação para entender casos de 
hiperreflexia e desde onde o reflexo 
começa a ser visível; → análise de 
hiperexcitabilidade reflexa 
o Especificidade de resposta ou difusão 
da mesma: análise de 
hiperexcitabilidade reflexa quando a 
resposta inclui outros músculos que não 
o testado → sincinesias; 
o Presença de reflexos patológicos e 
clonus; 
o Simetria do reflexo no sentido lateral e 
craniocaudal: assimetrias de reflexos 
em relação ao membro contralateral de 
forma isolada apontam lesão do SNP; 
 
Marina Martins TURMA VII THAM NEURO 
Membros superiores 
 Reflexo do bíceps braquial (bicipital) 
Af/Ef= n. musculocutâneo, C5-C6; E = músculo bíceps braquial 
Técnica: localizar o tendão no braço do paciente na prega do cotovelo, 
com o paciente com o cotovelo em semiflexão e supinação do antebraço, 
sustentado pelo examinador. Espera-se a contração do bíceps e flexão 
do antebraço sobre o braço; 
 Reflexo do tríceps braquial (tricipital) 
Af/Ef = n. radial, C6-C7-C8; E = músculo tríceps braquial 
Técnica: percussão do tendão do tríceps acima do olecrano com o 
paciente em flexão de cotovelo em 90º, sustentado pelo examinador. 
Espera-se a extensão do antebraço 
→Lesão das raízes c7-c8 ipsilateralmente 
pode causar uma resposta flexora 
 Reflexo supinador longo (estilorradial, 
braquiorradial) 
Af/Ef = n. radial, C5-C6, E = músculo supinador 
longo 
Técnica: percussão do processo estiloide do 
radio com o paciente em flexão de 90º e 
posição neutra de punho com examinador sustentando essa posição através de sua mão embaixo do punho do 
paciente. Espera-se a flexão do antebraço 
→Hiperatividade reflexa causa resposta nítida com 
contração do tríceps braquial, músculos flexores dos 
dedos e pronadores, com aumento de área com 
obtenção de resposta à percussão; 
 Reflexo dos pronadores (cúbito-pronador, rádio-pronador) 
Af/Ef = n. mediano, C8, E= músculos pronadores redondo e 
quadrado) 
Técnica: percussão do processo estiloide do radio para 
testar o reflexo do rádio-pronador e na face posterior do 
processo estiloide da ulna testar o reflexo cúbito-
pronador. Espera-se a pronação do antebraço; 
→O reflexo do cúbito-pronador é um dos primeiros a apresentar 
hiperexcitabilidade hiperreflexia em síndromes piramidais acima de C6 
 Reflexo flexor dos dedos 
Af/Ef = n. mediano e ulnar, C8-T1, E = músculo flexor profundo dos 
dedos 
Manobra de Wartenberg: interposição dos dedos médio e indicador 
sobre as falanges 
proximais do segundo 
ao quinto dedos do 
paciente e percussão 
sobre os dedos 
interpostos. 
Manobra de Trömner: examinador percute bruscamente a polpa do dedo 
médio ou do indicador com o dedo médio, com a mão pronada ou neutra; 
Manobra de Hoffmann: preensão da falange média da mão do paciente 
entre os dedos médio e indicador, fazendo fricção brusca e intensa do 
dedo médio, posição da mão em pronação ou neutra 
Marina Martins TURMA VII THAM NEURO 
Manobra de Bechterew: percussão dos tendões dos flexores 
dos dedos sobre o canal do carpo com a mão em supinação 
 
Nas manobras, espera-se flexão leve das falanges distais dos 
4 últimos dedos ou ausência de resposta. 
→Flexão intensa de todos os dedos indica hiperreflexia 
 
Membros Inferiores 
 Reflexo do quadríceps femoral (patelar, rotuliano) 
Af/Ef = n. femoral, L2-L4, E = músculos do quadríceps 
femoral 
Técnica: paciente sentado com pernas pendentes, 
percutir sobre o tendão patelar abaixo da rotula ou 
acima, espalmando o m. quadríceps ipsolateral, 
esperando a extensão da perna. 
→Hiperatividade reflexa: diminuição do período de 
latência, aumento da amplitude e aumento da área 
provocadora com resposta policlônica algumas vezes. 
→Arreflexia: sinal de Westphal 
 Reflexo adutor da coxa 
Af/Ef = n. obturador e ciático, L2-L4, E= músculos adutores 
Técnica: paciente sentado, coxas em abdução. Colocar os dedos 
indicador e médio sobre o tendão do adutor maior e percutir sobre os 
dedos. Espera-se adução da coxa ipsolateral ou resposta pouco 
evidente. 
→Hiperrreflexia: contração associada dos músculos adutores 
contralaterais e quadríceps, reflexo cruzado 
 Reflexo do semitendinoso e semimembranáceo (poplíteo 
interno e tíbio-femoral posterior) 
Af/Ef = n. ciático porção tibial, L4-L5-S1-S2, E= músculo semitendinoso e 
semimembranoso 
Técnica: paciente em decúbito ventral, perna em abdução, fletida sobre 
a coxa e em rotação externa. Interpor o dedo sobre os tendões e esperar 
leve flexão da perna e rotação interna 
Marina Martins TURMA VII THAM NEURO 
 Reflexo do bíceps femoral (poplíteo externo, fibular-femoral posterior) 
Af/Ef = n. ciático porção tibial, L5-S1, E= músculo bíceps femoral cabeça longa 
Técnica: paciente em decúbito lateral, perna a ser testada para cima e em semiflexão. Interpor o dedo sobre o tendão do 
bíceps femoral, percutir. Espera-se contração palpável ou contração visível do bíceps. 
 Reflexo do tríceps sural (aquileu, aquileano) 
Af/Ef = n.tibial, S1-S2, E= músculos gastrocnêmicos e sóleo 
Espera-se flexão plantar do pé, usando o cabo do 
martelo. 
→Hiperreflexia: resposta policlônica e percussão 
na planta do pé desencadeia reflexo médio 
plantar; 
→Sinal de Woltman: fase de relaxamento 
prolongada do reflexo calcâneo gerando 
hiporreflexia no hipotireoidismo; 
 Flexor dos artelhos 
Af/Ef = n.plantar medial e lateral, S1-S2, E = músculos flexores 
plantares dos artelhos 
Reflexos cutâneos ou superficiais 
São chamados cutâneos, superficiais ou extereoceptivos os reflexos 
provocados por estimulo na pele, do tipo picadas ou roçar de 
instrumento de ponta romba; 
 Reflexo cutâneo plantar (n. tibial, L4-S2) 
Técnica: estímulo na porção medial e/ou lateral da planta 
do pé com paciente em decúbito dorsal, esperando flexão 
dos artelhos. 
Sinal de Babinski: sinal de síndrome extra-piramidal, 
causando movimento de extensão dos artelhos sobre o 
metatarso e do hálux. 
 Reflexo cutâneo-palmar (cutâneo-hipotenar, C6-T1, n. 
mediano e ulnar) 
Técnica: estimulação da região hipotênar, sem resposta 
normalmente. Na síndrome do neurôniomotor superior 
ocorre adução e flexão do polegar (“sinal de Babinski na 
mão”) 
 Reflexo cutâneo-abdominal 
(superior, T6-T9; T9-T11; inferior; T11-
T12, n= intercostais superior e médio, ilio-
hipogástrico e ilioinguinal inferior) 
Técnica: paciente em posição supina, 
roçando o instrumento para dentro em 
níveis superior, médio e inferior. Espera-
se a contração da parede abdominal e 
deslocamento da cicatriz umbilical na 
direção do estímulo; 
Marina Martins TURMA VII THAM NEURO 
 Reflexo cremastérico (L1-L2, n. ilioinguinal e genitofemoral) 
Técnica: estímulo na face interna da coxa sobre os adutores. Espera-se que o 
testículo suba no homem e na mulher o mesmo no grande lábio ipsolateral 
Reflexos patológicos 
Reflexos cujas respostas são pouco notadas em individuos saudaveis ou até mesmo 
ausentes, mas que se fazem presentes e exaltados na sindrome do neuronio motor 
superior (ex sinal de Babinski). 
Reflexos primitivos são sinais de liberação frontal que são perdidas com a idade 
devido ao amadurecimento do SNC, como o reflexo de sucção. Isoladamente, não 
apresentam nenhum tipo de doença, incluindo pessoas saudaveis acima dos 70 
anos. Porém, quando conta-se mais de um reflexo associado ao sinal de Babinski, 
surgem altas possibilidades de doenças cerebrais difusas, como exemplo a demencia de Alzheimer. 
Podem incluir exageros e perversoes do estiramento muscular 
normal e dos reflexos superficiais e acontecem pela diminuição 
do limiar ou a extensão da zona reflexógena que contribuem 
para muitos reflexos patológicos. 
Exagero de reflexos tendinosos profundos + desaparecimento de 
reflexos superficiais + surgimento de reflexos patológicos = padrão 
de lesões do trato corticoespinal (sindrome de neuronio motor 
superior). 
Sinal de Brissaud: contração acentuada da face lateral do 
músculo quadríceps femoral 
Clônus: série de contrações musculares involuntárias ritmicas 
induzidas pelo estiramento passivo e súbito de um tendão ou 
músculo. 
Reflexo palmomentoniano de Marinesco-Radovici (RPM): riscar ou arranhar a palma da mão na eminência tenar, do carpo 
em direção ao polegar causa contração dos músculos mentual e orbicular da boca, causando enrugamento da pele do 
queixo com leve retração ipsilateral.

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