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Vict�ria K. L. Card�so Reflex�s Reflexos sensíveis Arco reflexo: ● Via aferente: receptores e fibras. ○ É como um centro integrador na medula que vai fazer uma conexão direta - reflexo monossináptico. ● Centro: Substância cinzenta ● Via eferente: nervo motor e órgão efetor (músculo). ○ Assim, cada reflexo tem um músculo que faz uma movimentação final. Os exames são realizados com estímulos na pele por objetos de ponta romba. Classificação dos reflexos ● 0: arreflexia ou reflexo abolido. ○ Ocorre em lesões periféricas (polineuropatias, radiculopatias, poliomielite e lesões de músculo). ○ Isso ocorre pois o arco reflexo é periférico, assim ao lesionar alguma dessas estruturas se perde o reflexo. ● + : hiporreflexia ou reflexo diminuído → com alguma dificuldade ou o movimento da articulação é de pequena intensidade. ● ++ : normorreflexia ou reflexo normal. ● +++ : hiperreflexia ou reflexo vivo reflexo → amplo e brusco. ○ Pode ocorrer em pacientes ansiosos ou muito magros. ● ++++ : hiperreflexia - reflexo exaltado → o reflexo é obtido em uma área maior do que o normal da área reflexógena (policinético), amplo e brusco → patológico. ○ O único reflexo que é considerado patológico é o de hiperreflexia - reflexo exaltado. ○ Ocorre principalmente em lesão piramidal (trato Vict�ria K. L. Card�so corticoespinhal), ou seja, em lesões centrais (cérebro e medula). ○ Há perda do controle sobre o sistema nervoso periférico. Assim, ocorrem reflexos policinéticos → clonus (hiperatividade reflexa muscular profunda). ● Reflexo pendular: pode ocorrer em cerebelopatias. O reflexo é normal, mas pode ser hipo em cerebelopatias (pela alteração do tônus muscular). Obs: a hiporreflexia e a hiperreflexia nem sempre são patológicas, apenas são consideradas assim quando estão associadas com alteração de tônus, trofismo ou força muscular. Reflexos proprioceptivos, profundos ou miotáticos Esses reflexos ocorrem para verificação de lesões extensas acima do núcleo, ou seja, acima do tronco cerebral em lesões difusas ou crônicas. Avaliam as fibras aferentes, as conexões sinápticas no interior da medula espinhal, as fibras motoras e as vias motoras descendentes. ● Alterações mais frequentes: ○ Hiperreflexia: típica de lesão piramidal, causa aumento da área reflexógena. ○ Clônus: contrações rítmicas e involuntárias, por estiramento súbito do músculo ou do tendão. ■ Locais comuns: patela, aquileu e mento. ○ Sinreflexia: reflexos anormalmente bilaterais. ○ Reflexos policinéticos: reflexos obtidos em área maior que a reflexógena normal. ○ Hiporreflexia: diminuição da reflexão. ● Lesões de neurônio motor inferior: diminuem os reflexos (afetam o corno cinzento anterior, a raiz do nervo espinhal ou o próprio nervo). Lesões do neurônio motor superior: aumentam os reflexos, (são distúrbios Vict�ria K. L. Card�so acima do corno anterior, mas que não são localizados nos núcleos da base). Reflexos axiais faciais (miotáticos) Nasopalpebral: contração bilateral do músculo orbicular da pálpebra. ● Processo fisiológico: na primeira batida o paciente pisca, mas a partir da segunda ele não pisca mais. ● Indício de lesão supra: o paciente continua piscando quantas vezes o examinador fizer o teste → reflexo exaltado. Oro-orbicular: contração dos músculos peribucais, principalmente do orbicular dos lábios, projetando os lábios para frente, após percussão do lábio superior, na linha axial. ● Processo normal: não ter grande resposta. ● Caso haja algum problema, o paciente fica abrindo e fechando a boca como se estivesse mordendo. Massetérico: faz-se um estímulo no músculo masseter e o paciente fica movimentando a boca. Reflexos dos MMSS (miotáticos) Reflexo bicipital: percussão do tendão distal do bíceps braquial na face medial do cotovelo, causando flexão e supinação do antebraço. ● Inervação: nervo músculo-cutâneo. ● Quando há hiperreflexia: aumento da área reflexógena, com reflexo a partir da percussão da clavícula - reflexo mediado pelo nervo músculo - cutâneo, integrado ao nível de C5 e C6. Reflexo tricipital: percussão do tendão do tríceps, causando o reflexo da extensão do braço - reflexo mediado pelo nervo medial, integrado em C6 - C8. ● Inervação: nervo radial. Vict�ria K. L. Card�so Reflexo estilorradial: percussão do processo estilóide do rádio, provocando contração do músculo braquiorradial e pronação do antebraço. Possui um centro bem amplo: C5-C6 e C7-C8-T1 - mais em C8. ● Inervação: nervo radial. ● Hiperreflexia: flexão do punho e supinação - reflexo mediado pelo nervo radial, integrado por C5 e C6. Reflexo dos flexores dos dedos: possui inervação pelo nervo mediano e ulnar e nível de integração C7-C8-T1. Reflexos dos MMII (miotáticos) Apesar de terem mais locais para pesquisa, os mais comuns são o aquileu e o patelar. Reflexo aquileu: percussão do tendão de Aquiles, causando a contração dos músculos da panturrilha e flexão do pé - reflexo mediado pelo nervo tibial, integrado na medula pela L5 a S2. ○ Problemas no reflexo: pode indicar patologia do nervo isquiático. Reflexo patelar: percussão do tendão do quadríceps femoral, o que causa a extensão da perna - reflexo mediado pelo nervo femoral e integrado nos segmentos de L2 a L4. ○ Pode apresentar clônus. Reflexos superficiais ou exteroceptivos Vict�ria K. L. Card�so Esse tipo de reflexo é inexistente em lesões piramidais, diferente dos reflexos profundos de tendão. ● Ex: AVC e lesão medular (mielite). Reflexo cutâneo abdominal: 1. Coloca-se o paciente em decúbito dorsal e pede-se para que ele tire ou levante a blusa. 2. Com um objeto de ponta romba, desliza-o em linhas imaginárias horizontais nas regiões superior, médio e inferior do abdome. ● Resposta fisiológica: contração dos músculos abdominais e leve contorção de tronco para o lado estimulado. ● Resposta patológica: não há contração dos músculos. Reflexo cremastérico: (feito apenas em homens) estimulação do terço superior da face medial da coxa, estando o paciente em decúbito dorsal, com os membros inferiores estendidos e em abdução, desencadeia Contração do cremáster e elevação do testículo ipsilateral. Reflexo cutâneo-plantar: 1. Coloca-se o paciente deitado em decúbito dorsal com os MMII esticados. 2. Com um objeto de ponta romba, desliza-se a ponta dele do calcanhar aos 2* e 3* dedos pela lateral. ● Resposta fisiológica: flexão plantar dos dedos - reflexo cutâneo plantar dos dedos. ● Resposta patológica: ○ Sinal de Babinski: extensão do hálux, indicando - lesão da via piramidal (SNC - medula e encéfalo) - trato córtico espinhal. Obs: sinal de Babinski é patognomônico de lesão central. ○ Resposta abolida: (reflexo cutâneo plantar Vict�ria K. L. Card�so indiferente) indica fase inicial de lesão piramidal. Obs: o sinal de Hoffman (nos dedos das mãos) indica o mesmo tipo de lesão que o sinal de babinski.
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