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Bioquímica - ANABOLISMO DE LIPÍDIOS

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Síntese de Ácidos Graxos 
Ações da insulina 
*Como todo processo anabólico, a síntese de ácidos 
graxos requer grande quantidade de energia 
→ ocorre quando a situação energética da célula 
está favorável (níveis de ATP elevados em 
relação aos níveis de ADP) 
*O principal estímulo corporal para a síntese de ácidos 
graxos é a liberação de insulina (vinculada ao aumento 
dos níveis de glicose no sangue) 
→ permite que os tecidos que apresentam 
receptores para insulina recebam glicose 
→ cada tecido processa a glicose de forma 
diferente, a depender de sua necessidade e de 
sua capacidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
na síntese de ácidos graxos, a insulina atua em 
três órgãos: fígado, musculatura e tecido adiposo 
músculo: aumento da captação de glicose 
favorece a síntese de glicogênio e a síntese 
proteica 
fígado: estimulação da glicogênese e da 
lipogênese (formação de gorduras) e inibição 
das enzimas da gliconeogênese (não há 
necessidade de produzir glicose se a oferta está 
alta) 
tecido adiposo: aumento da captação de glicose 
(esse tecido tem grande capacidade de produzir 
gorduras por meio da lipogênese, com a glicose 
como matéria prima) e inibição da lipólise 
(degradação de gorduras) 
 
 
o armazenamento de gorduras se faz necessário 
quando existe uma oferta de carboidratos 
superior à necessidade do organismo 
Panorama geral da síntese de ácidos graxos 
*O processo de síntese não consiste no inverso da 
oxidação 
*Envolve o complexo enzimático da ÁCIDO GRAXO 
SINTASE, localizado no citoplasma 
*Precisa de um poder redutor, proveniente do NADPH 
(abundante do citoplasma) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 o iniciador da síntese é o acetil-CoA, 
concentrado na mitocôndria, que deve chegar ao 
citoplasma 
o acetil-CoA localizado na mitocôndria pode ter 
3 origens: a -oxidação, a conversão do piruvato 
em acetil-CoA pela piruvato desidrogenase e o 
desmonte de aminoácidos cetogênicos 
convertidos em acetil-CoA 
a membrana mitocondrial é impermeável ao 
acetil-CoA, de modo que este deve sair de forma 
indireta: a partir da conversão do acetil-CoA e de 
oxalacetato em citrato (primeira reação do Ciclo 
de Krebs), que possui um transportador 
específico na mitocôndria – acetil-CoA é 
transportado “disfarçadamente” para o 
citoplasma 
no citoplasma, o citrato não tem utilidade, de 
forma que é desmontado pela enzima CITRATO 
LIASE para liberar o acetil-CoA e o oxalacetato 
precisa retornar à matriz 
oxalacetato é convertido em malato, e, por meio 
da enzima MÁLICA, é oxidado a piruvato, que 
adentra a mitocôndria (por exemplo, pela via 
glicolítica) 
Anabolismo de lipídios 
 
 
 
 
 
 
 
a enzima málica é uma forma de gerar NADPH, 
pois passa elétrons do malato ao NADP+ - 
contudo, a formação majoritária de NADPH 
ocorre a partir das vias das pentoses fosfato, nas 
quais a glicose produz poder redutor sob a forma 
de NADPH 
ao entrar no citoplasma, o acetil-CoA deve ser 
convertido numa molécula que inicia a síntese 
de ácidos graxos – assim, é carboxilado, 
formando MALONIL-CoA (3C) por meio da 
enzima ACETIL-CoA CARBOXILASE 
(dependente de biotina) 
malonil-CoA entra no complexo 
multienzimático da ÁCIDO GRAXO SINTASE, é 
descarboxilado, usa o poder redutor do NADPH 
e adiciona carbonos até conseguir produzir um 
ácido graxo de 16 carbonos 
a insulina estimula tanto a atividade da acetil-
CoA carboxilase quanto a atividade de ácido 
graxo sintase 
Conversão de acetil-CoA em malonil-CoA 
*O complexo multienzimático ácido graxo sintase aceita 
carbonos provenientes do malonil-CoA 
*Processo de formação do malonil-CoA 
 
 
 
 
 
 
→ passo limitante da velocidade da síntese de 
ácidos graxos – caso essa reação não ocorra, o 
processo de síntese também não acontece 
→ ocorre no citosol 
→ atuação da enzima acetil-CoA 
carboxilase – enzima reguladora / 
complexo multienzimático (biotina 
carboxilase, proteína transportadora 
de biotina e carboxil transferase) 
→ carboxilação do acetil-CoA 
(bicarbonato é a fonte de CO2) 
→ a biotina é o grupo que transporta o 
CO2 entre os envolvidos na reação 
→ processo gasta energia 
*Malonil-CoA é a fonte de 2 átomos de carbono para a 
formação do ácido graxo por meio da atuação da ácido 
graxo sintase 
Ácido graxo sintase 
*Constituída por 7 enzimas diferentes, cada uma com um 
papel diferente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo 
*A cada volta realizada pela ácido graxo sintase há o 
alongamento da cadeia em 2 átomos de carbono 
→ esses carbonos não são provenientes do grupo 
acetil-CoA, mas sim do grupo malonil-CoA 
(grupo acetil carboxilado, forma de ativar a 
molécula para favorecer energeticamente a 
reação) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
existem locais específicos para que os doadores de 
carbono que vão alongar a cadeia se liguem ao 
complexo 
o grupo acetil de um acetil-CoA se liga ao grupo 
sulfidrila da -CETOACIL ACP SINTASE – reação é 
catalisada pela enzima ACETIL-CoA-ACP 
TRANSACETILASE essa entrada do acetil-CoA só 
ocorre quando a cadeia está se formando, nas 
próximas voltas (em que ocorre apenas o 
elongamento), não há mais entrada de acetil-CoA 
o segundo grupo a se ligar à sulfidrila da -cetoacil 
acp sintase é o MALONIL do MALONIL-CoA 
uma vez que os dois grupos sulfidrila receberam um 
grupo acetil e um grupo malonil, as reações podem 
começar a acontecer 
 a reação de condensação consiste em 
condensar / juntar e, ao mesmo tempo, 
descarboxilar o grupo acetil com o grupo malonil 
– catalisada pela enzima -CETOACIL-ACP 
SINTASE 
esse processo faz com que o grupo acetil seja 
transferido para o grupo malonil, ligado à ACP 
(resultado: ACETOACETIL-ACP, molécula com 
4 átomos de C) – formação de 1 CO2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 a segunda reação consiste em redução do grupo 
carbonila 
o acetoacetil-ACP formada na etapa de 
condensação sofre agora redução do grupo carbonil 
em C-3, formando o D--HIDROXIBUTIRIL-ACP 
essa reação é catalisada pela enzima -CETOACIL-
ACP REDUTASE e o doador de elétrons é o NADPH 
 a terceira etapa é de desidratação 
moléculas de água são removidas dos carbonos C-2 
e C-3 do D--hidroxibutiril-ACP para formar uma 
dupla ligação no produto – o TRANS-2-
BUTENOIL-ACP 
essa reação é catalisada pela enzima -
HIDROXIACIL-ACP-DESIDRATASE 
 a última reação é de redução (saturação) da 
ligação dupla da trans-2-butenoil-ACP 
forma-se o BUTIRIL-ACP, numa reação catalisada 
pela enzima ENOIL-ACP-REDUTASE 
o NADPH é o doador de elétrons (poder redutor) 
 
 
 
 
 
 
dessa forma, há o alongamento – reações preparam 
a molécula para permitir a entrada de mais átomos 
de carbono 
a produção de acil-ACP saturada, com quatro 
carbonos, marca a conclusão de uma rodada por 
meio do complexo da ácido graxo-sintase 
na última etapa, o grupo butiril (que foi 
transformado, desidratado e reduzido) é transferido 
para a primeira subunidade (-cetoacil-ACP 
sintase), agora com 4 carbonos 
a partir dos próximos ciclos, somente o malonil será 
o doador de carbonos, sempre se ligando à molécula 
central, que é a proteína transportadora de grupo 
acil 
para dar início ao próximo ciclo de quatro reações 
que alonga a cadeia em mais dois átomos de 
carbono, outro grupo malonila liga-se ao grupo -SH 
da fosfopanteteína da ACP, agora desocupado () 
possibilitando o recomeço das reações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
nesse momento, há um ácido graxo com 4 átomos de 
carbono – as próximas reações irão alongar essa 
cadeia em 2 átomos de carbono 
durante o processo de alongamento da cadeia, o 
ácido graxo nunca abandona o complexo 
multienzimático – só se desprende quando a cadeia 
atinge 16 átomos de carbono (quando é formado o 
ácido graxo PALMITATO, completamente 
saturado), após 7 ciclospor ser anabólico, o processo é altamente custoso 
etapas até a formação do palmitato: 
formação de malonil-CoA 
 
 
 
ciclos de condensação e redução 
 
 
 
processo global 
 
 
 
gasto de energia (2 formas) 
ATP: ligação do CO2 ao Acetil-CoA para 
formar Malonil-CoA 
NADPH: redução de ligações duplas 
nos períodos em que há escassez, a quebra de 
gorduras é favorecida, não a síntese 
Panorama geral da síntese de palmitato (16C) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*A mesma série de reações é repetida até que o 
palmitato-ACP seja produzido 
*Em mamíferos, o processo para em 16 carbonos, uma 
vez que a sintase de ácidos graxos não é capaz de 
produzir cadeias mais longas 
*A produção de cadeias mais longas ocorre por meio da 
modificação de ácidos graxos produzidos pela sintase 
Regulação da síntese de ácidos graxos 
*Objetivo: assegurar que o processo ocorra de acordo 
com a necessidade da célula 
*Uma das formas de fazer a regulação é por meio da 
enzima CITRATO LIASE 
→ quando há excesso de acetil-CoA na 
mitocôndria, ocorre a formação de citrato - o 
Ciclo de Krebs está inibido devido à situação 
energética favorável e o citrato é enviado para o 
citoplasma 
→ a citrato liase faz a separação do citrato, 
liberando acetil-CoA e oxalacetato, que retorna 
à matriz 
→ essa enzima sofre a ação positiva da insulina: 
ativação 
*Outro ponto de regulação se dá na ACETIL-CoA 
CARBOXILASE 
→ modulada positivamente pelo citrato (excesso 
de citrato no citoplasma ativa a acetil-CoA 
carboxilase para que ela converta o acetil em 
malonil-CoA) 
→ a reação catalisada pela acetil-CoA-carboxilase é 
a etapa limitante na biossíntese de ácidos graxos 
*Quando os níveis de glucagon ou de adrenalina se 
elevam, há modulação negativa 
→ elevação de glucagon = corpo precisa de açúcar 
não é o momento adequado para converter 
açúcar em gordura 
→ esses cenários fazem com que as enzimas sofram 
modificação covalente e inibam a conversão em 
malonil-CoA, de forma que a ácido graxo sintase 
não é estimulada 
*A existência de uma quantidade muito alta de palmitato 
inibe a ácido graxo sintase (inibição por 
retroalimentação – próprio produto inibe a ação da 
enzima) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
tanto a regulação alostérica como a modificação 
covalente dependente de hormônios 
influenciam o fluxo dos precursores para a 
formação de malonil-CoA 
*O citrato formado pode entrar no Ciclo de Krebs e gerar 
coenzimas reduzidas para a síntese de ATP 
→ contudo, se a concentração de ATP é alta, o Ciclo 
de Krebs fica inibido 
*Se a concentração de citrato aumenta, ele pode ser 
transportado para o citoplasma, onde acontece a síntese 
de ácidos graxos 
→ papéis do citrato: transportar o Acetil-Coa para 
o citosol e ativar a acetil-CoA carboxilase 
Alongamento e dessaturação das cadeias de ácidos 
graxos 
*Embora a ácido graxo sintase tenha a capacidade de 
produzir somente ácidos graxos com 16 átomos de 
carbono totalmente saturados (palmitato), o corpo 
humano consegue realizar o alongamento desse 
palmitato devido à necessidade de ácidos graxos um 
pouco maiores ou insaturados 
*Em caso de alongamento, o malonil-CoA também é o 
doador de carbonos 
*Tanto o processo de alongamento como o de 
insaturação ocorrem em outro compartimento celular 
→ ex: retículo endoplasmático liso e mitocôndria 
→ há enzimas que catalisam reações em cada um 
desses processos 
 
 
*É possível inserir saturação somente na posição 9 
(enzimas DESSATURASES) 
→ ácido graxo poliinsaturado com insaturações 
além do carbono 9 = não foi sintetizado pelo 
organismo (adquirido pela dieta) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o palmitato é o precursor do estearato e dos 
ácidos graxos saturados de cadeias mais longas, 
assim como dos ácidos graxos monoinsaturados 
palmitoleato e oleato 
linoeleato: ácido graxo essencial (não 
sintetizado no corpo) 
Relação dos ácidos graxos essenciais com a saúde da 
pele 
*ÁCIDO LINOLEICO (18:2, 9,12) 
→ juntamente com um cerebrosídeo (açúcar ligado 
a um lipídio) forma o composto 
ACILGLICOSILCERAMIDA – confere certa 
impermeabilidade à pele 
pessoas que têm problemas na síntese desse 
composto podem desenvolver um tipo de 
dermatite – dermatite escamosa (possibilidade 
de haver deficiência desse ácido graxo essencial 
na dieta) 
 
 
 
 
 
 
*ÔMEGA 3 (ácido linolênico 9,12,15) 
→ importante para a saúde do tecido nervoso, para 
o combate ao envelhecimento, para as 
articulações 
→ função anti-inflamatória, saúde da pele e dos 
rins, fortalecimento da musculatura, oxigenação 
celular 
→ óleos de peixe são ricos em ômega 3 
*ÔMEGA 6 (ácido linoléico 9,12) 
→ papel importante na função reprodutora e na 
saúde da pele / qualidade do pelo 
OBS: ÔMEGA 3 E ÔMEGA 6 
• reduzem a viscosidade do sangue, melhorando a 
circulação e, consequentemente, a oxigenação e 
a nutrição dos tecidos 
• ajudam no combate aos radicais livres (são mais 
susceptíveis a peroxidação lipídica) 
• atuam na diminuição de triglicerídeos e LDL 
• aumentam o HDL 
• auxiliam na prevenção de doenças 
neurodegenerativas 
• beneficiam a saúde da pele (auxílio na dermatite 
atópica e eczemas) 
• excesso: ativação pró-inflamatória e diminuição 
da coagulação sanguínea 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Biossíntese de triacilgliceróis 
Fígado e tecido adiposo 
*Triacilgliceróis são constituídos por um glicerol 
(“esqueleto”) que se associa a três ácidos graxos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
matéria prima: glicerol (origem: intermediário da via 
glicolítica – pode ser desviado tanto do tecido 
hepático como do tecido adiposo) 
o glicerol pode vir sob a forma de DI-
HIDROXIACETONAFOSFATO, de forma que é 
necessária a ação da enzima GLICEROL-3-FOSFATO 
DESIDROGENASE, que converte esse composto em 
L-GLICEROL-3-FOSFATO 
glicerol pode ser liberado somente como glicerol, 
sofrendo ação de uma GLICEROL QUINASE e 
formar o intermediário L-GLICEROL-3-FOSFATO 
(responsável por sintetizar o triacilglicerol) 
uma das ligações do glicerol com a hidroxila está 
comprometida com o fosfato, de modo que há 
espaço apenas para dois ácidos graxos 
antes de serem incorporados nessa molécula, os 
ácidos graxos são previamente ativados com a 
inserção de uma coenzima A (com gasto de ATP) – 
acil-CoA graxo 
através da ação de uma ACIL TRANSFERASE, os dois 
ácidos graxos são incorporados e formam um 
intermediário (papel central = a partir dele, pode ser 
sintetizado tanto lipídio de membrana como de 
armazenamento) – DIACILGLICEROL-3-FOSFATO 
ou ÁCIDO FOSFATÍDICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a partir do ácido fosfatídico, uma das opções é 
modificar e ligar um grupo cabeça a esse fosfato, 
formando GLICEROFOSFOLIPÍDIOS 
a outra opção (mais comum) consiste na utilização 
do ácido fosfatídico como reserva, formando os 
TRIACILGLICERÓIS 
para isso, o grupo fosfato é removido pela enzima 
ÁCIDO FOSFATÍDICO FOSFATASE 
a enzima ACIL transferase catalisa a reação de 
inserção de um terceiro ácido graxo 
(previamente ativado), resultando no 
triacilglicerol, a ser armazenado no tecido 
adiposo 
FÍGADO E TECIDO 
ADIPOSO 
FÍGADO 
entram com acil-CoA 
(ativados) 
diacilglicerol-3-
fosfato 
 
 
 
 
Regulação da biossíntese de triacilgliceróis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Os triacilgliceróis são regulados principalmente pela 
insulina 
→ papel regulador em duas enzimas: piruvato 
desidrogenase e acetil-CoA carboxilase 
acetil-CoA necessário para a síntese de ácidos 
graxos e de lipídios é proveniente do 
metabolismo de carboidratos – conversão de 
piruvato a acetil-CoA é realizada pela piruvato 
desidrogenase 
acetil-CoA carboxilase converte acetil-CoA em 
malonil-CoA 
insulina é regulador positivo 
→ quando os níveis de insulina estão elevados emreposta à elevação da glicose na corrente 
sanguínea, estimulam também a síntese de 
gorduras para armazenamento 
→ pessoas que têm problemas vinculados à 
insulina (ex: diabéticos tipo 1, que não 
produzem insulina) apresentam disfunções que 
afetam não apenas o metabolismo de 
carboidratos, como também a forma como 
ocorre o armazenamento de gorduras 
favorecimento da -oxidação (catabolismo de 
gorduras e aumento da formação de corpos 
cetônicos) – razão pela qual diabéticos não 
compensados apresentam grande perda de 
massa corporal 
Empacotamento de Ácidos Graxos em 
Lipoproteínas 
Empacotamento de triacilgliceróis e de outros ácidos 
graxos em VLDL 
*Lipídios de origem endógena são empacotados nos 
hepatócitos sob a forma de VLDL (lipoproteína de muito 
baixa densidade) 
→ apresentam uma composição típica: diferentes 
lipoproteínas têm diferentes partes proteicas 
(possibilitam reconhecimento pelo seu receptor 
específico e pelas enzimas que participam do 
metabolismo e da troca de lipídios) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Quando é disparada uma informação que indica a 
necessidade de lipídio como combustível, as VLDLs são 
liberadas, passam através da corrente sanguínea e são 
reconhecidas por receptores, podendo liberar parte de 
seu conteúdo a esse tecido, a fim de que seja utilizado 
como combustível 
Destino do triacilglicerol da VLDL 
*À medida que encontram seu receptor, essas 
lipoproteínas acionam as lipases, que clivam os ácidos 
graxos e permitem sua entrada no tecido 
→ todo tecido capaz de utilizar gorduras apresenta 
lipases 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
quilomícron: lipoproteína responsável por 
transportar gorduras advindas da dieta 
(enquanto as lipoproteínas transportam aquelas 
de origem endógena – aproveitamento ou 
síntese) 
*Existem diferenças quanto à afinidade (KM) das lipases 
pelas lipoproteínas para garantir o abastecimento 
correto de cada tecido 
→ ex: músculo com intensa atividade muscular, 
precisando de combustível 
necessidade de receber suprimento de 
combustível mesmo quando a concentração de 
lipoproteínas não é muito elevada – km deve ser 
baixo (alta afinidade) maior velocidade – 
“gordura se conecta mais facilmente aos 
receptores”) 
→ ex: tecido especializado em armazenamento 
afinidade menor – garante que o corpo só 
armazene gordura em caso de excesso (demais 
tecidos já foram supridos) – km deve ser alto 
menor velocidade – “gordura se conecta menos 
facilmente aos receptores” 
Armazenamento de tecido adiposo 
*O corpo permite o armazenamento e a distribuição das 
gorduras (combustível) de acordo com a necessidade dos 
tecidos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
quando os níveis de glicose estão satisfatórios ou 
elevados e existem lipoproteínas em grande 
quantidade circulando, há favorecimento do 
armazenamento – mecanismo regulado pela 
insulina 
aumenta a incorporação de glicose pelo tecido 
adiposo (que tem capacidade de fazer via 
glicolítica e de transformar a glicose em acetil-
CoA e ácido graxo) 
favorece o aumento da síntese da lipoproteína 
lipase – para aumentar a capacidade do tecido 
adiposo de receber gorduras pelas lipoproteínas 
Liberação de ácidos graxos pelo tecido adiposo: estado 
de jejum 
*Ausência de combustível suficiente para manter o 
metabolismo energético 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Tecido adiposo se vê obrigado a liberar o seu conteúdo 
→ necessidade de estímulo (como glucagon e 
adrenalina) 
glucagon se liga a receptores presentes no tecido 
adiposo e estimula mecanismos de sinalização 
por meio de proteína G, aumentando a 
concentração no adipócito do segundo 
mensageiro (AMPc) 
este estimula a proteína quinase A, que fosforila 
as moléculas como as pirilipinas (prendem as 
gorduras em gotículas) e lipases hormônio 
sensíveis 
uma vez ativas, as pirilipinas liberam os 
triacilgliceróis e as lipases hormônio sensíveis 
começam a hidrolisá-los, liberando os ácidos 
graxos e o glicerol 
ácidos graxos são hidrofóbicos – não conseguem 
chegar no tecido através da corrente sanguínea 
de forma livre, precisam ser carregados pela 
proteína albumina (sintetizada no fígado) 
o glicerol é um álcool, de forma que é destinado 
ao fígado através da corrente sanguínea e pode 
participar, por exemplo, da gliconeogênese 
*Em estado de jejum, a baixa insulina em relação ao 
glucagon estimula a degradação de gorduras (liberação 
de ácidos graxos pelos adipócitos) 
 
 
rever aula enzimas 
V0 = 
𝑉𝑚á𝑥 [𝑆 ]
𝐾𝑚+[ 𝑆]
 
 
→ contudo, se os níveis de insulina estiverem 
superiores aos níveis de glucagon (estado 
alimentado), o corpo favorece a síntese

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