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Farmacologia dos sistema respiratório

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1 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO 
 
Asma 
 É uma doença inflamatória (há a ativação do 
sistema imunológico e ocorre uma cascata 
inflamatória); 
 Tem um caráter crônico; 
 Acomete principalmente crianças e 
adolescentes; 
 Envolve a participação de células estruturais, 
células endoteliais, células do músculo liso, 
células do sistema imunológico (como 
eosinófilos, macrófagos, linfócitos, neutrófilos) 
e, também, componentes celulares (como 
quimiocinas, citocinas, isoleucinas); 
 Ocorre uma hiper-reatividade de vias aéreas 
(reação anormal a algum agente alérgeno/ 
sensibilizante); 
 Caracterizada por episódios recorrentes de 
sibilância, dispneia, opressão torácica e tosse, 
particularmente à noite ou ao despertar; 
 Tem obstrução variável de vias aéreas devido a 
uma grande produção de muco; 
 Diferença entre asma e DPOC: A obstrução na 
asma é reversível espontaneamente ou com 
tratamento. 
Fisiopatologia da asma 
1. Substância sensibilizante (alérgeno) interage 
com células dendríticas (células apresentadoras 
de antígeno); 
2. Células dendríticas capturam o alérgeno e 
apresentam ele para os células T helper 
(linfócitos auxiliares); 
 
3. As células T helper ativam de forma maciça os 
eosinófilos e produzem inúmeras citocinas, 
interleucinas, isoleucinas, proteínas pro-
inflamatórias, neutrofinas, fator de liberação 
de histamina (citocinas que aumentam a reação 
inflamatória em um organismo de um paciente 
asmático). 
 IL-4 e IL-5 atuam nesse processo 
ativando as imunoglobulinas de IgE. 
4. Provoca inúmeras reações que vão ocasionar o 
quadro de asma, como: 
 Hipersecreção de muco e formação de 
edema (obstruindo as vias aéreas); 
 Extravasamento de plasma (plasma sai do 
vaso sanguíneo e vai para os bronquíolos e 
brônquios, obstruindo as vias aéreas); 
 Broncoconstrição (ativação de nervos 
sensoriais e nervos colinérgicos); 
 Hiperplasia das células da musculatura do 
brônquio (compressão e diminuição do 
diâmetro do brônquio). 
Estadiamento da asma 
 A asma é classificada em alguns graus: 
 Grau 1 (Intermitente): 
 Poucos sintomas; 
 2x por mês ou 1x por semana; 
 VEF (Volume Respiratório Forçado) 
>80%; 
 Grau 2 (Persistente ligeira): 
 Sintomas mais de 1x por semana; 
 Mais de 2x por mês; 
 
2 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO 
 VEF>80%. 
 Grau 3 (Persistente moderada): 
 Sintomas diários; 
 Sintomas noturnos mais de 1x semana; 
 VEF 60-80%. 
 Grau 4 (Persistente Grave): 
 Sintomas diários; 
 Interfere na atividade física; 
 Sintomas de noturnos são frequentes. 
FEV < 60%. 
 A medição do FEV (Volume Respiratório 
Forçado): É usada para medir o grau de asma 
do paciente. A medição é feita através da 
espirometria. 
 Baixo: É ruim. Significa que está houve uma 
diminuição na saída de ar. 
 O corticoide participa das cinco etapas do 
tratamento, não somente nos momentos de 
crise, prevenindo a crise. 
Tratamento da asma 
 Para o controle da doença, os mais indicados 
são corticoides inalados. Lista de fármacos 
indicados para o controle da asma: 
 
 Para o alívio dos sintomas e das crises, os 
principais são broncodilatadores e os 
corticoides; 
Doença Pulmonar Obstrutiva 
Crônica (DPOC) 
 Ocorre uma limitação do fluxo aéreo que não é 
totalmente reversível e usualmente é 
progressivo; 
 Uma das principais causas de morte no mundo; 
 Acomete principalmente pessoas de meia 
idade; 
 Está associada a uma resposta inflamatória 
anormal do pulmão à agentes nocivos (ao 
contrário da asma que se tem agente 
sensibilizante); 
 O principal agente nocivo é o tabagismo 
(por isso a primeira medida no tratamento 
é não farmacológica). 
 É uma doença tratável e que pode ser 
prevenida, com alguns significantes efeitos 
extra-pulmonares (como perda de peso 
ponderal). 
Fisiopatologia da DPOC 
 Ativação de fibroblastos: Promove a fibrose 
nas pequenas vias aéreas; 
 Ativação de linfócitos T citotóxicos: Destroem 
a parede alveolar; 
 Produção de proteases (enzimas que quebram 
proteínas) pelos neutrófilos e macrófagos: 
Aumentam a secreção do muco, contribuindo 
para a obstrução das vias aéreas. 
Estadiamento da DPOC 
 É classificada de leve à moderada, a depender 
também do Volume Respiratório Forçado e da 
gasometria (verifica o nível de oxigênio e gás 
carbônico); 
 
3 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO 
 
 Quanto mais grave o grau, mais difícil o 
tratamento; 
 A principal medida é atacar o agente agressivo 
que está provocando a doença, por exemplo, 
em pacientes fumantes, a principal 
recomendação é que pare de fumar, para 
estabilizar a doença e tratar os sintomas. 
Diferenças entre asma e DPOC: 
 Causas: 
 Asma: É causada geralmente por agente 
sensibilizante (alérgeno); 
 DPOC: É causada por um agente nocivo 
(geralmente o cigarro) de carácter 
progressivo. 
 Respostas terapêuticas: 
 Asma: Classe de fármaco usada no 
tratamento é corticosteroides (corticoides 
antagonistas de Beta2); 
 DPOC: Classe de fármaco usada no 
tratamento são os broncodilatadores 
(agonistas de Beta2). 
 Reversível ou não: 
 Asma: Completamente reversível; 
 DPOC: Completamente irreversível. 
 Principais células envolvidas: 
 Asma: Linfócitos TCD4+ (linfócitos 
auxiliares) e eosinófilos; 
 DPOC: Linfócitos TCD8+ (linfócitos 
citotóxicos), macrófago e neutrófilo. 
Agonistas adrenérgicos 
 Receptores adrenérgicos são divididos em alfa 
e beta adrenérgicos: 
 Agonistas Beta adrenérgicos: 
 Os seletivos para Beta2: Receptores 
estão principalmente nos brônquios e 
quando ativados promovem a 
broncodilatação; 
 Quanto mais seletivos forem a esse 
receptor, menor são os efeitos 
colaterais. 
 
Mecanismo de ação 
 Os receptores Beta adrenérgicos são 
receptores exitatórios; 
1. Agonista adrenérgico se liga ao receptor 
Beta2 (receptor acoplado a proteína G –
proteína excitatória); 
2. Ativa a AdenilatoCiclase; 
3. Aumenta os níveis de concentração de AMP 
cíclico; 
4. Ativa a proteína Quinase A (PKA); 
5. Diversas fosforilações e diversas reações 
químicas; 
6. Ocasiona a broncodilatação. 
 
4 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO 
Representantes 
 Noradrenalina e Epinefrina: 
 São ligantes endógenos; 
 São fármacos não seletivos (atuam em 
todos os receptores adrenérgicos). 
 Fármacos beta adrenérgicos: 
 Isoproterenol: 
 Agonista Beta de ação curta; 
 Não é seletivo, atua em Beta1 e Beta 
2 (isso dificulta seu uso, pois provoca 
muitas reações adversas, como 
taquicardia, aumento da renina, 
aumento da resistência vascular 
periférica e aumento da PA). 
 Sabultamol (Aerolin): 
 Agonista preferencial para Beta2; 
 De ação curta (dura 2-6h); 
 Usado de forma eficaz no alivio dos 
sintomas da crise asmática; 
 Principal ultilização: Fase aguda da 
asma. 
OBS: Os agonistas de ação curta são chamados de 
SABA e os de ação longa são chamados de LABA. 
 Ação curta (SABA): Sabultamol; 
 Ação longa (LABA): Salmeterol e Formoterol: 
 São seletivos em Beta2; 
 Até 12h de efeito; 
 Usados no controle da crise da asma, de 
preferencial com corticoides. 
Mais ultilizados 
 β2 de ação curta (SABA): Salbutamol, 
Terbutalina, Fenoterol; 
 β2 de ação longa: Salmeterol, Formoterol, 
geralmente associados a corticoide. 
Posologia 
 SABA: Salbutamol e Terbutalina: 
 Início da ação rápida, <5mins; 
 Duração de efeito de 3-6h; 
 Salbutamol: 
 100/200 mcg; 
 Principal agonista de ação curta; 
 Seletividade para Beta2 é cerca de 
27x; 
 É fornecido pelo SUS. 
 LABA (possuem longo período de ação): 
 Salmeterol: 
 É altamente específico para B2 
(3000x); 
 Dosagem: 50-100mcg 2x/dia; 
 Formoterol: 
 É bastante específico para B2 (150x); 
 Dosagem 12 – 24mcg 2x/dia; 
 É disponibilizado pelo SUS. 
OBS: O início de ação do Salmeterol (15 min) e 
Formoterol (7 min) é um pouco mais demorado do 
que o dos SABA, no entanto, seuperíodo de 
duração do efeito broncodilatador é bem maior 
(12h). 
Ultra LABA 
 Apresenta uma ultra duração; 
 Vantagens: 
 Ínicio de ação curto (5min); 
 Efeito de longa duração. 
 Desvantagens: 
 
5 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO 
 São caros; 
 São novos, alguns ainda estão em estudos. 
OBS: Geralmente é ultilizado B-adrenérgicos para o 
tratamento farmacológico de DPOC. O corticoide 
não é recomendado. 
Efeitos colaterais 
 Tremor muscular (efeito direto sobre os 
receptores B2 do músculo esquelético); 
 Taquicardia; 
 Hipopotassemia; 
 Inquietação; 
 Hipoxemia. 
Metilxantinas 
 Foram muito ultilizados em 1930-1940; 
 Tem interação sinérgica com agonistas beta 2 
de forma complementar; 
 Principal representante: Teofilina (o custo é 
baixo); 
 Outro fármaco comum: Aminofilina: 
 Possui via de administração intravenosa, 
dose de 240mg e intervalo de 12 horas. 
 Apresentam menor eficácia do que os 
agonistas B2 inalatórios, por isso foram 
deixando de ser ultilizados; 
 São broncodilatadores de efeito leve; 
 Monitorar os níveis sanguíneos das 
Metilxantinas é essencial para verificar níveis 
de toxicidade e se o paciente está 
apresentando reações adversas. 
Mecanismo de ação 
 Ação sinérgica semelhante ao B2 devido à 
inibição da fosfodiesterase (principal 
mecanismo); 
 Antagonismo de receptor de adenosina 
(mediador químico que promove a 
broncoconstrição); 
 Promove a liberação de IL-10 (IL-10 é 
antiinflamatório); 
 Impede a translocação de NF-Kb (É um fator 
inflamatório); 
 Inibe a recaptação intracelular de Cálcio. 
OBS: O mecanismo de ação na asma não é muito 
bem estabelecido, pois podem ter diferentes 
mecanismos. 
Efeitos 
 Efeito broncodilatador: Ela inibe a 
fosfodiesterase, o que leva a uma interação 
sinérgica com os B-agonistas devido ao 
aumento da disponibilidade de AMPc. 
 Broncodilatador leve em comparação com 
o B2- adrenérgico por apenas inibir a 
degradação do AMPc, enquanto o B2- 
adrenérgico aumenta a quantidade. 
 Efeitos nas células inflamatórias: 
 Diminui o número de eosinófilos devido ao 
aumento de apoptose (na inflamação os 
eosinófilos estão com a apoptose 
diminuída, então é nesse ponto que a 
Teofilina trabalha, ou seja, aumenta a 
apoptose); 
 Diminui o número de citocinas produzidas 
pelo linfócito T; 
 Diminui o número de mediadores 
produzidos por mastócitos e macrófagos. 
 
6 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO 
 Efeitos nas células estruturais: 
 Broncodilatação da musculatura lisa; 
 Diminui extravasamento de plasma nas 
células endoteliais (diminuindo a obstrução 
das vias aéreas); 
 Reforça a musculatura respiratória 
esquelética. 
Teofilina 
 Utilizado em via oral; 
 Dose de 100mg no intervalo de 6h; 
 É barato (É comum ser usado em países em 
desenvolvimento, que são desfavorecidos 
socioeconomicamente); 
 Reações adversas: 
 Náuseas, vômitos; 
 Cefaléia; 
 Desconforto gástrico; 
 Diurese; 
 Arritmias cardíacas; 
 Crises epitéticas. 
Anticolinérgicos 
 Atuam nos recptores colinérgicos; 
 Principais representantes: Ipratrópio e 
tiotrópico; 
 Usado para tratamento em longo prazo da 
asma; 
 É usado no DPOC; 
 Usado na crise asmática grave em associação 
com agonista Beta2 
Receptores muscarínicos 
 M3 (excitatório): 
 É encontrado nos pulmões; 
 
 Acetilcolina se liga a ele ocorrendo uma 
broncoconstricção; 
 Os fármacos anticolinérgicos atuam nesse 
receptor impedindo que a acetilcolina se 
ligue a ela (sistema simpático predomina). 
 
Reações adversas 
 Não ocorrem com muita frequência, pois sua 
absorção não ocorre de forma sistematica; 
 Boca seca; 
 Preceptar glaucoma; 
 Retenção urinária (principalmente em idosos). 
Corticoides 
 Terapia profilática mais eficaz e ultilizada para 
o tratamento da asma; 
 No início, os corticoides eram utilizados de 
forma sistêmica, causando bastantes reações 
adversas; 
 Houve uma diminuição nas reações adversas 
com o uso de corticoides inalatórios (avanço no 
tratamento da asma); 
 Os corticoides inalatórios usados no 
tratamento de asma podem ser de dosagem 
baixa, média ou alta (depende de cada fármaco 
e da idade do paciente). 
 
7 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO 
 
Efeitos 
 Diminuem inflamação das vias aéreas; 
 Diminuem hiperresponsividade das vias aéreas; 
 Diminuem sintomas/exarcebações; 
 Melhora a função pulmonar; 
 Diminuição da mortalidade/hospitalizações; 
 Melhora qualidade de vida. 
Efeitos adveros 
 
Corticosteroides de ação tópica 
 Fluticasona: Alta potência, tendo dosagem 
menores e consequentemente tendo menos 
reações adversas; 
 Budesonida: Potente. É distribuido de forma 
gratuita pelo SUS. 
 
Mecanismo de ação 
 O corticoide, por sua característica lipossolúvel, 
terá seus receptores agindo no núcleo da 
célula; 
 Ao atravessar a membrana, no citoplasma, a 
molécula se liga aos receptores de 
glicocorticoides, formando o complexo 
receptor corticosteroide, carreando o 
corticoide para o núcleo celular; 
 No núcleo, o corticosteroide altera a 
transcrição de genes, aumentando a 
transcrição de genes anti-inflamatórios e 
diminuindo a de genes inflamatórios, como o NF 
k-beta; 
 Em um caso de paciente asmático, o 
corticosteroide atua nas células inflamatórias 
diminuindo o número de eosinófilos pelo 
aumento do apoptose, diminuindo citosinas 
como trombóticos, também o número de 
macrófagos, mastócitos e células lipídicas. 
Antileucotrienos 
 Usados no tratamento da asma; 
 Não tem um papel estabelecido para a 
asma, sendo assim primeira linha em casos 
de asma leve-moderada. 
 Mais ultilizado: Montelucaste; 
 
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 Melhoram a função pulmonar e tem capacida 
de diminuir a dosagem de agonistas Beta2 
(corticoide inalatório) quando há a necessidade 
de associação; 
 Pacientes que não estão tendo uma resposta 
satisfatória apenas com o uso de medicação 
inalada podem se beneficiar ao associar a este 
fármaco; 
 Pacientes com asma e rinite alérgica são os 
que mais utilizam; 
 Ações adversas a longo prazo causa efeitos 
no fígado e na pele. 
Mecanismo de ação 
 São produzidos na ação da lipoxigenase, que 
durante a inflamação utiliza o ácido 
araquidônico como substrato para a produção 
dos leucotrienos, e eles tem efeitos potentes 
sob a função das vias respiratórias, como 
bronquiconstricção, secreção de muco, 
recrutamento de eosinófilos; 
 Os anti-leucotrienos que impedem essa ação 
inflamatória, como os antagonistas de 
receptores de leucotrienos. 
Tratamento da asma 
 Antigamente, o agonista beta2 de curta ação 
era o aliviador preferido. Atualmente, se 
utilizará baixa dose de CI-formoterol em uma 
crise; 
 5 etapas: 
 Etapa 1: Baixa dose de corticoide inalado 
com formoterol (tratamento). Baixa dose 
de corticoide inalado se o agonista beta2 
de curta ação (controle); 
OBS: Nessa etapa só usa se for necessário. 
 Etapa 2: 
 Baixa dose de corticoide inalado (CI), ou 
se necessário, baixa dose de CI-
formoterol; 
 Antagonista receptor de Leucotrieno 
(LTRA), podendo ser utilizado o 
Montelucaste (controle); 
 Baixa dose de Cl administrado com 
antagonista beta2 de curta duração; 
 Tratamento ocorre de forma mais 
constante. 
 Etapa 3: 
 Baixa dose de CI com um agonista de 
longa duração (LABA); 
 Média dose de CI ou baixa dose de CI 
com um Antagonista de receptor de 
Leucotrieno (LTRA). 
 Etapa 4: 
 Média dose de Corticoide inalado com 
um agonista de longa duração (LABA); 
 Alta dose de corticoide inalado (de 
forma isolada); 
 Alta dose de corticoide inalado com o 
tiotrópio ou ipatrópio o (anticolinérgico 
utilizado em crises de asma grave, em 
associação com o beta2). 
 Etapa 5: 
 Asma grave; 
 Se faz necessário fazer uma 
avaliação fenotípica do paciente, fazer 
dosagem/modificação de IgE, para 
saber quetipo de asma o paciente 
tem, de forma específica; 
 
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 Anticolinérgicos, como Tiotrópio ou 
Ipatrópio (casos graves); 
 Corticoide oral (sistêmico), e dessa 
forma, se considerar os efeitos 
adversos do corticoide oral; 
 Beta2 de curta duração (aliviador –
está presente em todas as etapas). 
 
Tratamento da DPOC 
Objetivos do tratamento 
 Reduzir os sintomas crônicos (tosse ou dispneia 
durante o dia, a noite ou após o exercício 
físico); 
 Manter as atividades do dia-a-dia (trabalho e 
exercício); 
 Prevenir exacerbações; 
 Efeitos adversos mínimos ou ausentes; 
 Reduzir o uso de beta2 agonista inalado de 
ação curta (< dois dias/semana); 
 Manter a função pulmonar normal. 
OBS: o uso de beta2 agonista inalado é para crises 
de asma, sendo ideal que diminua sua utilização. 
Graus 
 Grau 0 (Sob risco): Se o paciente fuma, deve-
se eliminar o tabagismo (fator de risco), e 
vaciná-lo para a influenza, pois devido a 
limitação da sua capacidade respiratória, pegar 
uma influenza pode levá-lo a ter complicações. 
Atualmente, inclusive, adicionar a vacinação de 
covid, inclusive pacientes com DPOC estão nos 
grupos preferenciais; 
 Grau 1 (Leve): Deve-se utilizar broncodilatador 
de ação curta sob demanda; 
 Grau 2 (Moderado): Adicionar tratamento 
regular com um ou mais broncodilatadores de 
ação longa. Adicionar reabilitação pulmonar; 
 Grau 3 (Grave): Adicionar corticoide inalatório 
se exarcebações repetidas; 
 Grau 4 (Muito grave): Adicionar oxigênio 
domiciliar se insuficiência respiratória crônica. 
Considerar tratamentos cirúrgicos.

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