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ASMA - FARMACOLOGIA

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Farmacoterapia I 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Prof. Dr. Wilson Malfará 
 
Doenças pulmonares 
Restritivas – redução do volume disponível para trocar gasosas. 
Obstrutivas – mecanismos produtores de estreitamento das vias aéreas (principalmente bronquíolos). 
1) Espasmo do músculo circular das vias aéreas; 
2) Inflamação da mucosa das vias aéreas; 
3) Hipersecreção; 
4) Perda do tecido elástico. 
→ Asma: 
Importância: 
▪ INCIDÊNCIA 
- 10% (Brasil) 
- 300.000.000 casos no mundo 
▪ QUALIDADE DE VIDA 
- Incapacidade física 
- Visita ao pronto-socorro 
- Internamento hospitalar 
▪ SEQUELAS 
- Remodelamento da via aérea 
▪ MORTALIDADE 
- 2.000 óbitos / ano / Brasil 
▪ CUSTO – SUS / BRASIL 
- 350.000 internações / ano (190.000 pelo SUS) 
 - R$ 150.000.000,00 ao ano (internações) 
A asma envolve broncoespasmo e processo inflamatório. 
Localização da inflamação: 
A inflamação na asma está presente nas vias aéreas: 
Centrais (grandes vias aéreas – maiores de 2mm de diâmetro) e periféricas (pequenas vias aéreas – menores de 
2mm de diâmetro). 
Fatores desencadeantes: aero-alérgenos: 
▪ Ácaros ▪ Pó domiciliar ▪ Elementos da barata ▪ Fungos ▪ Epitélios de animais ▪ Pólen ▪ Ocupacional 
▪ FUMAÇA DE CIGARRO ▪ IRRITANTES DAS VIAS AÉREAS ▪ FRIO ▪ EXERCÍCIO ▪ MEDICAMENTOS ▪ ALIMENTOS ▪ 
EMOÇÕES; infecções; gravidez. 
Caracterizando a asma: 
É uma doença inflamatória: envolve eosinófilos, mastócitos, eosinófilos. 
Ocorre hiperresponsividade brônquica. 
Obstrução brônquica. 
Reversibilidade pode ser espontânea ou por 
medicamentos. 
Fisiopatologia: imagem a esquerda. 
Sinais e sintomas: dispnéia súbita, sibilos e 
rigidez, tosse e expectoração, taquipneia 
junto ao uso de músculos respiratórios 
acessórios, transpiração profusão. 
 
 
 
DPOC 
Asma 
Bronquite crônica 
Enfisema 
Farmacoterapia I 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Prof. Dr. Wilson Malfará 
 
Os asmáticos têm linfócitos T ativados, com um perfil T Helper (Th2) de produção de citocinas em sua mucosa 
brônquica. Não se compreende completamente como essas células são ativadas, mas os alérgenos são um dos 
mecanismos. As citocinas Th2 liberadas fazem o seguinte: 
Atraem outros granulócitos inflamatórios, especialmente os eosinófilos, para a superfície da mucosa. A interleucina 
(IL)-5 e o fator estimulante de colônias de granulócitos-macrófagos induzem os eosinófilos a produzir cisteinil-
leucotrienose a liberar proteínas dos grânulos que lesam o epitélio. Esse dano é uma causa de hiper-responsividade 
brônquica. o Promovem síntese de imunoglobulina(Ig)E e responsividade em alguns asmá ticos(a IL-4 e a IL-13 
"ligam" os linfócitos B para síntese de IgE e causam expressão de receptores de IgE em mastócitos e eosinófilos; 
também aumentam a adesão de eosinófilos ao endotélio). 
Alterações inflamatórias na asma brônquica: 
 
Na asma alérgica, a fase imediata ocorre abruptamente e é causada, principalmente por espasmo da musculatura 
lisa brônquica. A interação do alérgeno com a IgE fixada em mastócitos causa liberação de histamina, leucotrieno B, 
e prostaglandina (PG). Outros mediadores liberados incluem IL-4, IL-5, IL-13, proteína inflamatória dos macrófagos 
e fator de necrose tumoral (TNF). Várias quimiotaxinas e quimiocinas atraem leucócitos (particularmente 
eosinófilos e células mononucleares) para a área, preparando o terreno para a fase tardia. 
Na fase tardia ocorre uma reação inflamatória progressiva cujo início ocorreu durante a primeira fase, sendo de 
particular importância o influxo de linfócitos Th2. As células inflamatórias incluem eosinófilos ativados. Estes 
liberam cisteinil-leucotrienos; interleucinas lL-3, IL-5 e lL-8; e as proteínas tóxicas, proteína catiônica de eosinófilos, 
proteína básica: maior e neurotoxina derivada de eosinófilos. Estas desempenham uma parte importante nos 
eventos da fase tardia, sendo que as proteínas tóxicas causam lesão e perda de epitélio. Outros supostos 
mediadores do processo inflamatório na fase tardia são a adenosina (atuando no receptor A1), NO induzido e 
neuropeptídios. Fatores de crescimento liberados de células inflamatórias atuam sobre as células musculares lisas, 
causando hipertrofia e hiperplasia, e a musculatura lisa pode, ela mesma, liberar mediadores pró-inflamatórios e 
fatores de crescimento autócrinos. 
Perda de células significa que receptores de irritantes e fibras C ficam mais acessíveis a estímulos de irritantes – um 
importante mecanismo da hiper-reatividade brônquica. 
Farmacoterapia I 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Prof. Dr. Wilson Malfará 
 
Fase precoce: liberação de histamina, leucotrienos e protaglandinas. (até 2h). 
Fase tardia: mediação de linfócitos T - interleucinas, que aumentam produção de IgE, levando a uma 
broncoconstrição crônica, com produção contínua de muco. (2 a 8h) 
Inflamação aguda: levando a crises agudas, com tosses, sibilos, opressão torácica e falta de ar. Essas crises agudas 
podem levar a uma inflamação crônica que, por sua vez, leva ao remodelamento devido ao dano epitelial, 
modificação, estruturais. 
Classificação da asma: 
 
 
 
Farmacoterapia I 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Prof. Dr. Wilson Malfará 
 
 
Duas fases da asma demonstradas pelas alterações do volume 
expiratório forçado em 1 segundo (VEF) após inalação de pólen 
de grama em individuo alérgico. 
 
 
 
 
Farmacoterapia I 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Prof. Dr. Wilson Malfará 
 
Asma "sensível à aspirina": Os AINES, especialmente a aspirina, podem precipitar asmaem indivíduos sensíveis 
(incomum, menos de 10% dos indivíduos asmáticos) e costuma associar-se a pólipos nasais. 
Os indivíduos sensíveis a um AINE geralmente também são sensíveis a outros inibidores da COX quimicamente não 
correlatos, incluindo paracetamol. Estão implicadas a produção e a sensibilidade anormais a leucotrienos. Os 
pacientes com asma sensível à aspirina produzem mais cisteinil-leucotrienos e tem maior hiperresponsividade das 
vias aéreas a cisteirtil-leucotrienos inalados do que os asmáticos tolerantes à aspirina. Tal hiper-responsividade das 
vias aéreas reflete elevada expressão de receptores a cisteinil-Ieucotrienos nas células inflamatórias, e isso é 
intraregulado pela dessensibilização à aspirina. Ademais, a aspirina e os fármacos semelhantes ativam diretamente 
os eosinófilos e mastócitos nesses pacientes através de mecanismos independentes da IgE. 
 
Tratamento farmacológico: 
 
 
Broncodilatadores – revertem o broncoespasmo da fase imediata. 
Anti-inflamatórios – inibem ou previnem os componentes inflamatórios de ambas as fases. 
Tratamento farmacológico: 
Broncodilatadores beta2-adrenérgicos 
Antagonistas muscarínicos 
Metilxantinas 
Corticoesteróides 
Cromonas 
Farmacoterapia I 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Prof. Dr. Wilson Malfará 
 
Antagonistas de leucotrienos 
Anticorpos monoclonais (agentes anti-IgE). 
• BRONCODILATADORES: 
• Os broncodilatadores 
beta-2 adrenérgicos 
(salbutamol e terbutalina, 
salmeterol): os agonistas 
beta-2 ao serem estimulados 
no pulmão, leva a conversão 
do ATP, através da 
adenililciclase, em AMPc (o 
intuito é aumentar o AMPc). 
O aumento de AMPc 
confere broncodilatação. 
 
• Antagonistas 
muscarínicos (ipatrópio e 
tiotrópios): vão bloquear o 
receptor M3 (que ao ser estimulado por Ach, causa broncoconstrição; os antagonistas muscarínicos 
inibem essa ação, impedindo bronconstrição). Os antagonistas muscarínicos também impedem o 
aumento da concentração de cálcio que levam a contração, causando, assim, um relaxamento. 
 
• Xantinas (teofilina, teobromina e teocafeína): têm 2 mecanismos de ação – o primeiro é a inibição 
da fostodiesterase (PDE), que bloqueia a conversão de AMPc em AMP, deixando mais AMPc livre, 
levando a broncodilatação. O segundo é a atuação antagônica aos receptores de adenosina 
(adenosina atuando em receptores implica em broncoconstrição). 
As xantinas tem baixo índiceterapêutico: exige monitorização terapêutica. Variações muito grande 
de concetrações plasmáticas de paciente para paciente. A teofilina também tem efeito cardiotóxico. 
Etapas do tratamento: 
Alívio de sintomas: B2-agonistas de curta duração (Berotec); anticolinérgicos por via inalatória (Atrovent). 
Controle a longo prazo: corticoesteroides, B2-agonistas de longa ação, metilxantinas, antileucotrienos, cromoglicato 
sódico ou nedocromil. 
Os agonistas B-2 são fármacos de primeira linha. Promovem relaxamento da musculatura lisa brônquica, diminuem a 
resistência das vias respiratórias, aumentam a depuração mucociliar. 
Agentes de ação curta: salbutamol, terbutalina, albuterol, levalbuterol e metrapoterenol. 
Início de ação 1 a 5’. Tempo de ação 2 a 6h. 
Agentes de ação prolongada: salmeterol, formoterol. 
Início de ação 10 a 10’. Tempo de ação > 12h. 
O salmaterol é 10.000x mais lipofílico do que o salbutamol. 
Indicações clínicas: alívio sintomático rápido da crise asmática aguda (agentes de curta duração, sendo usado de 
acordo com a necessidade). 
Tratamento da asma crônica e persistente (agentes de longa duração + glicocorticóides). 
Asma noturna (tratamento prolongado com agentes de longa duração). 
Farmacoterapia I 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Prof. Dr. Wilson Malfará 
 
Asma durante gravidez/lactação. Profilaxia da asma decorrente do exercício. 
Efeitos adversos: tremores finos, inquietação, ansiedade, apreensão, 
palpitações, taquicardia e outras arritmias, crises hipertensivas 
(pacientes utilizando antidepressivos inibidores da MAO ou tricíclicos – 
soma de efeitos simpatomiméticos). 
Distúrbios metabólicos: hiperglicemia, aumento de corpos cetônicos, 
ácidos graxos livres, glicerol e lactato hipopotassemia. 
Cuidados com pacientes diabéticos e com cardiopatas (glicosídeos 
cardíacos e diuréticos). 
Administração de fármacos por aerossol: 
Poucos efeitos sistêmicos; 
Fatores importantes para a 
eficácia dos aerossóis: diâmetro 
das partículas: 1-5uM, 
frequência respiratória, 
suspensão da respiração após inalação (5-10s). 
Apenas 2-10% do fármaco aerossolizado deposita-se nos pulmões; 
Deve ser pouco absorvido pelo sistema gastrointestinal ou rapidamente 
desativado pelo efeito de primeira passagem. 
 
 
 
Farmacoterapia I 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Prof. Dr. Wilson Malfará 
 
• XANTINAS: 
As metilxantinas - AUMENTO DE AMPc pela INIBIÇÃO PDE - (teofilinia, teobromina, cafeína) são alcalóides presentes 
em diversas plantas – chá, café, bebidas, aromatizadas com cola e chocolate. São de baixa solubilidade, mas que é 
aumentada pela formação de complexos com grande variedade de compostos, como aminofilina (teofilina + 
etilenodiamina = aminofilina). 
Usos clínicos: 
Utilização restrita. 
Pacientes com asma crônica – preparações de teofilina de liberação lenta para melhora de sintomas noturnos: 
 
Apneia de lactentes prematuros (dose de impregnação 5mg/kg, seguida de dose de manutenção com 1mg/kg a 12-
24h; dose de manutenção de 10mg/kg de cafeína, seguida de dose de manutenção de 2,5mg/kg/dia). 
Efeitos adversos: taquicardia, inquietude, insônia e agitação, náuseas, vômitos, anorexia... convulsões (raras abaixo 
de 40ug/ml – tratamento com Diazepam combinado com fenitoína e barbitúricos); lactentes tratados para apnéia da 
prematuridade: alterações persistentes nos padrões de sono e vigília. 
Cinética: bem absorvidas via oral, uso também endovenoso, biotransformação muito influenciável e variável. 
Dinâmica: inibição da PDE, antagonismo de receptores da adenosina, possível efeito anti-inflamatório (?). 
Efeitos cardiovasculares: crono e inotropismo positivos; aumento da PA. 
Efeitos SNC: estímulo e aumento da vigília; nervosismo e insônia. 
• ANTICOLINÉRGICOS (antagonistas muscarínicos): 
Ipratrópio: antagonista muscarínico não seletivo. 
Composto de amônio quartenário; adição de grupo isopropil no átomo da atropina. 
Tiotrópio: antagonista muscarínico M1 e M3 seletivo; agente de ação prolongada (maior meia vida). 
Mecanismo de ação: inibe competitivamente os receptores muscarínicos presentes nas vias aéreas. 
Receptores M1 – localizados nas paredes das vias aéreas; resposta celular: ↑ IP3 e DAG; ↑ [Ca2+]i 
Receptores M3 – localizados músculo liso das vias aéreas, glândulas submucosas; resposta celular: = M1 
Efeitos farmacológicos: broncodilatação, diminuição da secreção do muco. 
 
 
Cinética: Ipratrópio – aerossol/solução para nebulização. 
Tiotrópio – pó para nebulização. 
Farmacoterapia I 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Prof. Dr. Wilson Malfará 
 
Absorção pulmonar ou no TGI muito ineficiente. 
Emáx em 60-90 min e meia vida de 4 a 6h. 
Usos clínicos: broncoespasmo presente na DPOC, asma – como terapêutica adjuvante com glicocorticóides em 
associação com agonistas beta2-adrenérgicos. 
Efeitos adversos: xerostomia, midríase (visão embaçada) taquicardia se uso parenteral (raro, por antagonismo M1). 
• CORTICOESTERÓIDES 
Ações: anti-inflamatória potente; eficaz em todos os pacientes; reduz sintomas da asma; melhora cronicamente a 
função pulmonar; reduz hiperresponsividade; reduz a frequência de crises; reduzem a mortalidade. 
Indicações clínicas dos inalatórios: paciente recebendo agonista B2 diariamente. 
Tratamento agudo: doses altas e na profilaxia a dose pode ser reduzida. 
Beclometasona, Budesonida e Fluticasona são corticoides principais de uso inalatório. 
Mecanismo de ação: receptores intracelulares. Regulam transcrição gênica. Conhecidos como receptores nucleares, 
embora vários desses receptores estão principalmente localizados no citosol. 
Os glicocorticóides inibem mecanismos produtores de contração – redução da [Ca2+] intracelular, redução da 
expressão de receptores muscarínicos, desacoplamento de receptores H1 de histamina. 
Potencializam mecanismos broncodilatadores – redução da dessensibilização dos receptores B2 adrenérgicos, 
aumento do número de receptores B2-adrenérgicos, aumento da atividade da adenil-ciclase. 
Inibem a síntese de citocinas, inibem a fosfolipase (PLA2). 
Possuem menor reatividade brônquica. 
Possível potencialização dos agonistas Betas 
Glicocorticóides sistêmicos – principais: hidrocortisona, metilprednisolona, prednisolona, prednisona, 
betametasoma. Uso em pacientes estágios 3 e 4 (mais avançados). 
❑ Metilprednisolona: - 0,5 a 2 mg/Kg a cada 6-8 horas ❑ Hidrocortisona: - 3 a 4 mg/Kg a cada 4-6 horas ❑ 
Prednisona: - 1 a 2 mg/Kg a cada 6-8 horas ❑ Prednisolona: - 1 a 2 mg/Kg a cada 6-8 horas. 
Efeitos adversos: Cushing (uso a mais de 14 dias) / Adisson (interrupção abrupta). 
Efeitos adversos locais: candidíase oral, rouquidão, tosse e irritação de garganta. Sistêmicos: supressão do eixo 
HHAdrenal, osteoporose, catarata e glaucoma em idosos (doses altas de inalatórios), miopatia aguda (doses altas), 
hiperglicemia (corticoesteróides sistêmicos). 
• INIBIDORES DE LEUCOTRIENOS (antagonistas de receptor de LT): 
Indicações: asma intermitente leve, asma induzida por exercício, asma moderada para poupar uso de 
corticoesteróide inalatório, asmático com sensibilidade a aspirina. 
Fármacos disponíveis: antagonistas dos receptores Montelucaste e Zafirlucaste (uso restrito na Europa, devido a 
efeitos adversos a saúde mental). 
Inibidor da 5-lipooxigenase: Zileutona. 
Mecanismo de ação: 
Atuam sobre cisteinil leucotrienos (cys-LT) – LTCD4, LTD4, LTE4. 
LTD4 1000x mais potente que a histamina (broncoconstritor). 
Zarfirlucaste Montelucaste são antagonistas competitivos seletivos dos receptores CysLT1. 
LTB4 é um potente autacóide quimiotáxico. 
Zileutona é pouco impregada.– não há evidencias clinicas que comprovem maior eficácia do que antagonistas 
leucotrienos. 
 
Farmacoterapia I 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Prof. Dr. Wilson Malfará 
 
 
 
• CROMONAS: 
Cromoglicato de sódio e nedocromil (mais disponível). 
Inibe degranulação do mastócito (impede liberação de histamina). 
Reduz a liberação de mediadoresinflamatórios. 
Reduz a migração de eosinófilos. 
Inibe os reflexos parassimpáticos e da tosse. 
Mecanismo de ação: reduz acumulo de Ca2+ intracelular e há interferência nos canais de Cl-. 
Cromoglicato: inalação 2 a 4 – (5mg/dose) – 4x/dia. 
Nedocromil: inalação 2 (2mg/dose) – 4x/dia. 
Empregadas em situações profiláticas, de asma leve a moderada. Cromonas não agem diretamente no musculo liso 
para causar broncodilatação. 
Se inalada varias vezes por dia inibe as respostas asmáticas à exposição aos Ag ou ao exercício. 
Uso regular por 2 a 3 semanas: diminui hiper-reatividade brônquica. 
Ineficazes no tratamento da broncoconstrição vigente. 
Efeitos adversos (raros): broncoespasmo, tosse, sibilos, edema de laringe, edema, dor articular, cefaleia, erupções 
cutâneas. 
 
TRATAMENTO DA ASMA DE ACORDO COM A GRAVIDADE: 
 
Farmacoterapia I 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Prof. Dr. Wilson Malfará 
 
• Agentes biológicos: ANTICORPO MONOCLONAL 
Omazilumab: é um anticorpo monoclonal recombinante humanizado contra a IgE. 
A IgE ligada ao Omazilumab não pode se ligar aos receptores da IgE dos mastócitos e basófilos. 
 
→ Uso dos fármacos na gravidez: 
 
 
Farmacoterapia I 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Prof. Dr. Wilson Malfará 
 
 
Resumo dos medicamentos utilizados na crise aguda de asma: 
- β² agonista inalatório de curta duração: - Salbutamol (Aerolin) - Fenoterol (Berotec) - Terbutalina (apenas 
ampolas) 
- Anticolinérgicos inalátórios: - Ipratrópio (Atrovent®) - Atropina 
- Corticosteróides sistêmico: - Prednisona, Predinisolona - Metilpredinisolona 
- Xantinas – Aminofilina 
Erros e deficiências mais comuns durante o tratamento no pronto socorro: 
▪ História e exame físicos inadequados; 
▪ Falta de medidas funcionais para avaliação da gravidade e da resposta ao tratamento; 
▪ Não identificação de asma de risco; 
▪ Uso de aminofilina como tratamento principal e inicial; 
▪ Sub-doses de beta-2 agonistas de curta duração ou grande intervalo entre as doses; 
▪ Não utilização de espaçadores ou técnica de inalação inapropriada para população pediátrica; 
▪ Dose insuficiente ou demora na administração de corticosteróides. 
▪ Liberação precoce do pronto-socorro; 
▪ Falta de orientação da técnica de uso dos aerossóis; 
▪ Não orientação para tratamento de manutenção da crise a nível domiciliar por 5 dias e em longo prazo; 
▪ Não orientação sobre retorno à emergência se necessário; 
▪ Falta de orientação quanto aos sinais de piora; 
▪ Não prescrição de prednisona ou equivalente; 
▪ Não encaminhamento dos casos graves aos serviços especializados 
 
Farmacoterapia I 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Prof. Dr. Wilson Malfará 
 
 RINITE ALÉRGICA – MANEJO: 
 
Anti-histamínicos 
Corticosteróides 
Cromoglicato 
Vasoconstritores 
 Anticolinérgicos 
Antileucotrienos

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