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ANTIFÚNGICOS

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Antifúngicos
As drogas antifúngicas, apresentam diferentes formas de ação, atuando sobre a parede celular do fungo (CASPOFUNGINA), na membrana celular do fungo, ao nível da divisão celular (GRISEOFULVINA), ou ainda drogas sintéticas que são análogas a nucleosídeos, que vão atuar sobre a síntese de ácido nucleicos.
PRINCIPAIS DROGAS
· Macrolídeos Poliênicos (origem microbiana) = O mecanismo de ação é por meio da ligação ao ergosterol (presente na membrana celular do fungo), levando a formação de poros, com consequente perda de macromoléculas e íons celulares acarretando a morte celular (fungicida). O mecanismo de resistência é pela diminuição do ergosterol da membrana do fungo ou pela modificação da estrutura da membrana de modo que ela se combine menos com a droga.
· Anfotericina B = Uso parenteral (IV), usada à nível hospitalar, ligação à beta-lipoproteína, 2 a 4% no LCR (meningite) e meia vida de 15 dias.
· Efeitos Adveros e Toxicidade: Nefrotoxicidade reversível e reação pirogênica constantes; Alterações sanguíneas (anemia hemolitica, aneia aplástica, agranulocitose e pancitopenia) são mais graves; Cefaleia, anorexia, náuseas, vômito e diarreia; Reações ligadas as vias de administração (tromboflebites, irritação local, exantema e neuropatia).
· Nistatina = Uso oral e tópico usado em candidíase cutânea e de mucosas.
· Efeitos Adversos: Diarreia, distúrbios gastrointestinais, hipersensibilidade e irritação local.
· Macrolídeos Não-Poliênicos (origem microbiana) = O mecanismo de ação ocorre pela inibição da mitose da célula fúngica através do rompimento da estrutura do fuso mictótico, impedindo a metáfase (fungistática), contudo, ainda é um mecanismo pouco conhecido.
· Griseofulvina = Apresentação em forma de micro-cristais, tem uso limitaod, a administração é oral e tópica, e não se descreve mecanismos de resistência. Apresenta baixa absorçã gastrointestinal, concentra-se no fígao, tecido adiposo e músuclos esqueléticos, o metabolismo é hepático com excreção renal, e meia vida de 1 dia.
· Efeitos Adversos: Náuseas, vômito e cefaléia; Fotossensibilidade; Hematológica (citopenias); Hepáticas; Renal (albuminúria e cilindrúria).
· Derivados Imidazólicos e Triazólicos (origem sintética) = O mecanimos de ação é por meio da inibição da síntese do ergosterol, pela inibição da enzima 14-alfa-desmetilase. Também causa uma alteração da composição química da parede celular, culminando na morte do fungo pela saúd de constituintes (fungicida). Além disso, ainda causa uma inibição da atividade do citocromo C da peroxidase e da catalase, que leva ao acúmulo a níveis letais de peróxido de hidrogênio no interior da célula fúngica. O mecanismo de resistência é pela diminuição da concentração intracelular, aumento ou alteração da 14-alfa-desmetilase. 
OBS.: Apresenta efeitos teratogênico.
· 1° Geração:
· Miconazol = Preparações tópicas, uso para micose e afecções vulvovaginais
· Efeitos Adversos: Dermatite alérgica de contato, erupção na pele, irritação, sensibilização ou quimação vulvovaginal, urticária e dor de cabeça.
· 2° Geração:
· Cetoconazol = Usado na fomra orale tópica, ação em fungos superficiais e profundas/sistêmicas (não tão graves)
· Efeitos Adversos: Náuseas, võmitos, dor abdominal, anorexia; Cefaleia, febre, calafrios e fotofobia; Perda da libido, impotência, ginecomastia e irregularidades mestruais.
OBS.: Mecanismo de ação tem a ver com a ginecomastia, essa droga vai produzir a inibição do colesterol do fungo mas não é seletiva e pode atuar na inibição da produção do colesterol do hospedeiro que é base de formação dos hormônios.
· 3° Geração:
· Itraconzaol = Indicados nas mucoses cutâneas causadas por dermatófitos e na candidíase vaginal, foi a primeira droga ativa na esporotricose, aspergilose e cromomicose, sua meia-vida sérica é mais prolongada e tem melhor afinidade tecidual do que o cetoconazol, além de apresentar menor toxicidade e pouca influência sobre a esteroidogênese do que o cetoconazol.
· Efeitos Adversos: Prurido, náuseas e võmitos, cefaleia e tontura, hipopotassemia com doses elevadas e as alterações endócrinas sã muito raras.
· Fluconazol = Vias de adminstração oral e endovenosa, sendo indicado para criptococose e candidíase (melhor que a anfotericina).
· Efeitos Adversos: Náuseas e võmitos, cefaleia e convulsões, hepatite sintomática (rara).
· Nucleosídeos Pirimidínicos (origem sintética) = O mecanismo de ação é a partir da conversão da fluorocitosina nas células fúngicas pela citocina-desaminase, sendo ativada (pró-droga) em 5-fluorouracil, que em seguida se torna 5-fluor-2’-desoxiurídina-5’-monofosfatado, que vai interferir no timidolato-sintetase, bloqueando a síntese do DNA do fungo (fungistática).
· Flucitosina = É uma droga de síntese química análoga fluorada da citosina, é bem absorvida pela via oral, se distruibuindo amplamente pelo organismo (incluindo LCR), e é excretada na urina na forma não metabolizada. É utilizada em aspergilose invasia em pacientes refratários ou intolerantes a outros medicamentos (anfotericina B e/ou itraconzaol).
· Efeitos Adversos e Toxicidade: Mielotoicidade (ação tóxica sobre a medula óssea); Nefrotoxicidade; Náuseas, vômitos, diarréia e erupções cutâneas.
OBS. 1: É usada por via parenteral em associação com anfotericina B (paciente que não está respondendo penas a ela).
OBS. 2: A mielotoxicidade ocorre, pois a droga não é seletiva, e as células da medula podem absrover a droga e ativar a droga, transformando-a em 5-fluorouracil, bloqueando a síntese do DNA da céllas hospedeira.
· Equinocandinas (origem sintética) = O mecanismo de ação é pela inibição da síntese do glicano, componente da parede celular do fungo (fungocida).
· Caspofungina = Apresenta espectro de ação estreito, incluindo Candida sp. e Apergiluus (meçhor opção do que a anfoterecina B para as candidíase com menor toxicidade), sendo administrada por infusão de pelo menos 1 hora.

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