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APOSENTADORIA ESPECIAL PROF.ª ADRIANE BRAMANTE � Advogada. Mestre em Direito Previdenciário pela PUC-SP. Coordenadora e Professora de cursos de pós-graduação. Vice-Presidente do IBDP.Vice-Presidente do IBDP. Autora do livro “Aposentadoria Especial. Teoria e Prática”. 2ª Edição Ed. Juruá, dentre outros. Membro Efetivo da Comissão de Previdência Social da OAB/SP. Fundamentação Jurídica: -CF art. 201, § 1º; -Lei 8.213/91, arts. 57 e 58; -Decreto 3048/99 - Art. 64 a 70, com alterações pelo Decreto 8.123/13; A APOSENTADORIA ESPECIAL NO RGPS: Art. 201, § 1º, CF alterado pela EC 47/05: � “É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar.” (grifo nosso) ALTERAÇÕES NOS ÚLTIMOS 20 ANOS ESPECIFICAMENTE QUANTO À APOSENTADORIA ESPECIAL FORAM MUITAS... LEIS � Lei 9.032/95; � Lei 9.528/97; DECRETOS � Decreto 2.172/97; � Decreto 3.048/99; � Lei 9.528/97; � Lei 9.711/98; � Lei 9.732/98 � Decreto 3.048/99; � Decreto 4.032/01; � Decreto 4.729/03; � Decreto 4.827/03; � Decreto 4.882/03 � Decreto 8.123/13 Conceito-Base da Aposentadoria Especial � É a sujeição do segurado aos agentes nocivos prejudiciais à saúde ou à integridade física pelo tempo mínimointegridade física pelo tempo mínimo estabelecido em lei (15, 20 ou 25 anos), cujo objetivo principal é a proteção do trabalhador, proporcionando-lhe uma prestação de natureza eminentemente preventiva. APOSENTADORIA ESPECIAL. CARACTERÍSTICAS: � 15, 20 ou 25 anos; � Exposição a agentes agressivos, prejudiciais à saúde ou integridadeà saúde ou integridade física: 1. Físicos 2. Químicos 3. Biológicos 4. Associação de agentes Riscos Ambientais físicos: � Conceito: pode trazer o ocasionar danos à saúde ou à integridade física, em razão de sua intensidade e exposição.exposição. � Exemplos mais comuns: � ruídos � vibrações � calor � pressões anormais � radiações ionizantes AGENTES QUÍMICOSAGENTES QUÍMICOS Slide de Sandro J. A. Bittencourt Riscos Ambientais químicos: � Conceito: pode trazer o ocasionar danos à saúde ou à integridade física, em razão de sua concentração, manifestados por névoas, neblinas, poeiras, fumos, gazes, vapores de substâncias nocivas presentes nosubstâncias nocivas presentes no ambiente de trabalho, absorvidos pela via respiratória ou outras vias. � Exemplos mais comuns: � asbestos � arsênio � benzeno � chumbo � Cloro � Hidrocarbonetos � Outros (20) EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. MECÂNICO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. REAFIRMAÇÃO DA DER. HONORÁRIOS. PEDIDO IMPLÍCITO � 1. Atividade de mecânico passível de enquadramento como especial, considerando o contato, ainda que não permanente, com graxas, óleos e gasolina,permanente, com graxas, óleos e gasolina, pois o critério pautado para aferição da especialidade é qualitativo. � (TRF4, APELREEX 5000882-85.2011.404.7001, Sexta Turma, Relator p/ Acórdão Ezio Teixeira, D.E. 05/07/2013) PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. APOSENTADORIA ESPECIAL. EXPOSIÇÃO A AGENTES INSALUBRES OU PERIGOSOS. FRENTISTA. RECONHECIMENTO. TERMO INICIAL DA CONCESSÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA. JUROS MORATÓRIOS "Há contato direto com hidrocarbonetos saturados, olefínicos, aromáticos e Benzeno [...].". Por fim, concluiu: "O obreiro mantém contato frequente com inflamáveis líquidos, gasolina, álcool, óleo diesel,inflamáveis líquidos, gasolina, álcool, óleo diesel, hidrocarbonetos, sem utilização de equipamentos específicos e necessários para sua proteção individual, prática constatada no local de trabalho. As atividades desenvolvidas pelo Autor são caracterizadas com insalubres, uma vez que permanece em contato com produtos nocivos a sua saúde". (AC 0011136-58.2007.4.01.3500 / GO, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL FRANCISCO DE ASSIS BETTI, Rel.Conv. JUIZ FEDERAL CLEBERSON JOSÉ ROCHA (CONV.), SEGUNDA TURMA, e-DJF1 p.116 de 28/05/2014) INDÚSTRIA DE CALÇADOS DE FRANCA. ENQUADRAMENTO POR AGENTES QUÍMICOS. (...) A parte autora apresentou laudo técnico elaborado por engenheiro de segurança do trabalho a pedido do Sindicato dos Empregados nas Indústrias de Calçados de Franca, através de visita em estabelecimentos de porte e ambiente similarde porte e ambiente similar (fl.72/122), não havendo que se desqualificar tal documento, vez que atendeu aos critérios técnicos relativos à perícia ambiental, especialmente por se tratar de funções cuja insalubridade decorre do uso de equipamentos e produtos químicos inerentes a determinado ramo de atividade... (AC0003658-5.2010.4.03.6113. Rel. Des. Fed. Dr. Sérgio Nascimento. DJ 12/08/2014) Benzeno: vide Memorando-Circular n.º 08/DIRSAT/INSS, DE 08/07/2014 “Orientamos aos peritos médicos que, na análise dos benefícios de Aposentadoria Especial oriundos da exposição ao agenteEspecial oriundos da exposição ao agente químico Benzeno, seja adotado e critério qualitativo e que não sejam considerados na avaliação os equipamentos de proteção coletiva e/ou individual, uma vez que os mesmos não são suficiente para elidir a exposição a esse agente químico” AGENTES BIOLÓGICOSAGENTES BIOLÓGICOS Slide de Sandro J. A. Bittencourt Riscos Ambientais biológicos: � Conceito: pode trazer o ocasionar danos à saúde ou à integridade física, em razão de sua natureza. Exemplos mais comuns:� Exemplos mais comuns: � bactérias � fungos � parasitas � vírus � contato em pacientes portadores de doença infecto-contagiosas ou com manuseio de materiais contaminados; Entendimento da IN 77/2015 � a partir de 6 de março de 1997, data da publicação do Decreto nº 2.172, de 5 de março de 1997, tratando-se de estabelecimentos de saúde, somente serão enquadradas as atividades exercidas emserão enquadradas as atividades exercidas em contato com pacientes acometidos por doenças infectocontagiosas ou com manuseio de materiais contaminados, considerando unicamente as atividades relacionadas no Anexo IV do RPBS e RPS, aprovados pelos Decreto nº 2.172, de 5 de março de 1997 e n° 3.048, de 1999, respectivamente. (art. 285 II) EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. ATIVIDADE ESPECIAL. AGENTES NOCIVOS BIOLÓGICOS E RADIAÇÃO IONIZANTE. CATEGORIA PROFISSIONAL. DENTISTA. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL. CONVERSÃO DE TEMPO COMUM EM ESPECIAL. LEI N. 9.032/95. CUMPRIMENTO IMEDIATO DO ACÓRDÃO. 1... 2. Até 28-04-1995 é admissível o reconhecimento da especialidade por categoria profissional ou por sujeição a agentes nocivos, aceitando-se qualquer meio de prova (exceto para ruído e calor); a partir de 29-04-1995 não mais é possível o enquadramento por categoria profissional, devendo existir comprovação da sujeição a agentes nocivos por qualquer meio de prova até 05-03-1997 e, a partir de então, por meio de formulário embasado em laudo técnico, ou por meio de perícia técnica. 3. A exposição a radiação ionizante e à agentes nocivos biológicos (decorrentes do contato com pacientes) enseja o reconhecimento do tempo de serviço como especial. 4. A atividade de dentista exercida até 28-04-1995 deve ser reconhecida como especial em decorrência dodentista exercida até 28-04-1995 deve ser reconhecida como especial em decorrência do enquadramento por categoria profissional. 5. Os equipamentos de proteção individual não são suficientes, por si só, para descaracterizar a especialidade da atividade desempenhada pelo segurado, devendo cada caso ser apreciado em suas particularidades. 6. A Lei n. 9.032, de 28-04-1995, ao alteraro § 3º do art. 57 da Lei n. 8.213/91, vedando, a partir de então, a possibilidade de conversão de tempo de serviço comum em especial para fins de concessão do benefício de aposentadoria especial, não atinge os períodos anteriores à sua vigência, ainda que os requisitos para a concessão da inativação venham a ser preenchidos posteriormente, visto que não se aplica retroativamente uma lei nova que venha a estabelecer restrições em relação ao tempo de serviço. 7. Implementados mais de 25 anos de tempo de atividade sob condições nocivas e cumprida a carência mínima, é devida a concessão do benefício de aposentadoria especial, a contar da data do requerimento administrativo, nos termos do § 2º do art. 57 c/c art. 49, II, da Lei n. 8.213/91.. (TRF4, APELREEX 5000472-61.2010.404.7001, Sexta Turma, Relator p/ Acórdão Roger Raupp Rios, juntado aos autos em 27/03/2014) Período: 01-05-1987 a 31-07-2009. Empresa: Consultório Dentário próprio. Ramo: Odontologia. Função/Atividades: Cirurgião-Dentista autônomo. As atividades consistiam em efetuar procedimentos odontológicos tais como: restaurações, tratamento endodôntico, próteses, cirurgia e tratamentos periodontais, instalação de implantes dentários, dentre outros. Categoria profissional: Dentista. Agentes nocivos: Biológicos (decorrentes do contato com a saliva dosAgentes nocivos: Biológicos (decorrentes do contato com a saliva dos pacientes) e Físicos (radiação ionizante). Enquadramento legal: Códigos 2.1.3 do Quadro Anexo do Decreto n. 53.831/64, 2.1.3 do Quadro II do Anexo do Decreto n. 72.771/73 e 2.1.3 do Anexo II do Decreto n. 83.080/79 - Dentista; Códigos 1.3.2 do Quadro Anexo do Decreto n. 53.831/64 (germes infecciosos ou parasitários humanos - animais), 1.3.4 do Anexo I do Decreto n. 83.080/79 (doentes ou materiais infecto-contagiantes), 3.0.1 do Anexo IV do Decreto n. 2.172/97 (microorganismos e parasitas infecciosos vivos e suas toxinas) e 3.0.1 do Anexo IV do Decreto n. 3.048/99 (microorganismos e parasitas infectocontagiosos vivos e suas toxinas); Códigos 1.1.4 do Quadro Anexo do Decreto n. 53.831/64 (radiação), 1.1.3 do Quadro I do Anexo do Decreto n. 72.771/73 (radiação ionizada), 1.1.3 do Anexo I do Decreto n. 83.080/79, 2.0.3 do Anexo IV do Decreto n. 2.172/97 e 2.0.3 do Anexo IV do Decreto n. 3.048/99 (radiações ionizantes). Provas apresentadas ao processo: (i) Testemunhal; (ii) Perícia Judicial; (iii) Declaração emitida pela Associação Odontológica do Norte do Paraná em 2009, no sentido de que o requerente faz parte do quadro associativo daquela entidade desde 1979, na condição de cirurgião-dentista; (iv) Diploma Universitário, informando a graduação em Odontologia no ano de 1980; (v) Carteira Profissional de Cirurgião-Dentista, com inscrição no ano de 1981;(v) Carteira Profissional de Cirurgião-Dentista, com inscrição no ano de 1981; (vi) CTPS, na qual se verifica que o possuiu vínculo empregatício como dentista entre agosto de 1980 e setembro de 1986, e como cirurgião- dentista entre outubro de 1980 e fevereiro de 1984; (vii) Informações do CNIS - Cadastro Nacional de Informações Sociais, extraídas em 2009, nas quais se verifica que o segurado está cadastrado como autônomo desde 1987, e especificamente como dentista/odontólogo desde 1993; (viii) Certificado de Especialização em Periodontia em nome do demandante, informando conclusão no ano de 1992; e (ix) Certificado de Especialização em Implantodontia em nome do requerente, informando conclusão no ano de 2005 ATIVIDADE ESPECIAL EXERCIDA POR VIGILANTE. TRATORISTA. MOTORISTA DE AMBULÂNCIA. AGENTES NOCIVOS. EPI. AGRAVO DESPROVIDO 1. A atividade de Tratorista é equiparada à de motorista de caminhão, com enquadramento no código 2.4.4 do Decreto 53.831/64 e 2.4.2 do Decreto 83.080/79, e de modo que o enquadramento se dá pela presunção legal. A partir da Lei 9.032/95, deve ser demonstrado o exercício da atividade especial mediante formulário padrão e após 10.12.97, mediante laudo pericial. 2. O serviço de vigilante é de ser reconhecido como atividade especial, mesmo2. O serviço de vigilante é de ser reconhecido como atividade especial, mesmo quando o trabalhador não portar arma de fogo durante a jornada laboral, devendo o respectivo tempo de atividade ser convertido em tempo comum. Precedente desta Corte. 3. A parte autora comprovou que exerceu atividade especial no período laborado na Prefeitura Municipal de Pedregulho, onde exerceu as funções de motorista de ambulância, conforme PPP, exposto a agentes nocivos biológicos, ante o contato direito com pacientes doentes ou acidentados, e limpeza das ambulâncias, agentes nocivos previstos no item 3.0.1 do Decreto 3.048/99.(...) (TRF 3ª Região, DÉCIMA TURMA, AC 0005362-17.2012.4.03.9999, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL BAPTISTA PEREIRA, julgado em 11/03/2014, e-DJF3 Judicial 1 DATA:19/03/2014) Periculosidade. Fundamentos para Enquadramento como especial - São agentes perigosos: Inflamáveis, explosivos, eletricidade, segurança pessoal ou patrimonial e motociclista.motociclista. -Fundamentos: a) Art. 193 da CLT; b) CF e Lei 8.213/91: “integridade física”; c) NR 10, 16 e Anexo 3 d) Súmula 198 TFR; d) Recurso Repetitivo; STJ julga recurso repetitivo por exposição à eletricidade após 1997 � ...”No caso concreto, o Tribunal de origem embasou-se em elementos técnicos (laudo pericial) e na legislação trabalhista para reputar como especial otrabalhista para reputar como especial o trabalho exercido pelo recorrido, por consequência da exposição habitual à eletricidade, o que está de acordo com o entendimento fixado pelo STJ”. (Resp. 1.306.113. Min. Herman Benjamin. Transitado em julgado em 16/06/2013) Portaria MTE 1885/2013. VIGIA/VIGILANTE � 2. São considerados profissionais de segurança pessoal ou patrimonial os trabalhadores que atendam a uma das seguintes condições: � a) empregados das empresas prestadoras de serviço nas atividades de segurança privada ou que integrem serviço orgânico de segurançasegurança privada ou que integrem serviço orgânico de segurança privada, devidamente registradas e autorizadas pelo Ministério da Justiça, conforme lei 7102/1983 e suas alterações posteriores. � b) empregados que exercem a atividade de segurança patrimonial ou pessoal em instalações metroviárias, ferroviárias, portuárias, rodoviárias, aeroportuárias e de bens públicos, contratados diretamente pela administração pública direta ou indireta. SÚMULA 26 DA TNU A atividade de vigilante enquadra-se como especial, equiparando-se à de guarda, especial, equiparando-se à de guarda, elencada no item 2.5.7. do Anexo III do Decreto n. 53.831/64. PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. VIGILANTE. IMPOSSIBILIDADE DE ENQUADRAMENTO POR CATEGORIA PROFISSIONAL APÓS VIGENCIA DO DECRETO 2.172/97 � ...3. Apesar de o enquadramento por categoria profissional ter sido abolido pela Lei nº 9.032/95, ainda se admite o enquadramento da atividade de vigilante como especial no período compreendido entreatividade de vigilante como especial no período compreendido entre 29/04/1995 (início da vigência da Lei nº 9.032/95) e 04/03/1997 (antes de entrar em vigor o Decreto nº 2.172/97), porque o Decreto nº 53.831/64 persistiu em vigor nesse período. 4. Uniformizado o entendimento de que a partir de 05/03/1997, quando iniciou a vigência do Decreto nº 2.172/97, não cabe reconhecimento de condição especial de trabalho por presunção de periculosidade decorrente de enquadramento na categoria profissional de vigilante. 5. Pedido provido. � (PEDILEF 05007011020124058502. Juiz Federal Rogerio Moreira alves. DOU 28/10/2013) VIGILANTE ARMADO APÓS 05/03/97. TNU. VOTO DIVERGENTE � “VOTO DIVERGENTE (JUIZ FEDERAL JOÃO BATISTA LAZZARI) Já tive a oportunidade de apreciar a matéria ora em debate quando atuava como membro suplente destae. Turma Nacional e, naquela ocasião, lancei voto divergente no qual expus as razões pelas quais entendia que a questão do vigilante merecia o mesmo tratamento conferido pelos tribunais pátrios aos obreiros sujeitos à eletricidade, porpelos tribunais pátrios aos obreiros sujeitos à eletricidade, por acarretarem, ambas as profissões, risco aos trabalhadores que a desempenham (PEDILEF 5006955-73.2011.4.04.7001). Continuo entendendo possível o reconhecimento da especialidade em razão do exercício de atividade perigosa (nesta incluída a de vigilante armado) mesmo após o advento do Decreto n. 2.172/1997, inexistindo limitação temporal, a meu ver, para a contagem privilegiada em face da proteção constitucional à integridade física do trabalhador, prevista no art. 201, § 1º, da Constituição Federal/1988”. (PEDILEF 05007011020124058502. Juiz Federal Rogerio Moreira alves. DOU 28/10/2013) PROCESSO CIVIL: AGRAVO LEGAL. ARTIGO 557 DO CPC. DECISÃO TERMINATIVA. APOSENTADORIA ESPECIAL. RECONHECIMENTO DE LABOR ESPECIAL EM PERÍODO ESPECÍFICO. VIGILANTE. AGRAVO IMPROVIDO I - O agravo em exame não reúne condições de acolhimento, visto desafiar decisão que, após exauriente análise dos elementos constantes dos autos, alcançou conclusão no sentido do não acolhimento da insurgência aviada através do recurso interposto contra a r. decisão de primeiro grau. II - A partir da edição da Lei 9.032/95, para fazer jus ao cômputo da atividade especial, o segurado deve comprovar o trabalho permanente em condições especiais que prejudiquem a sua saúde ou integridade física. É dizer, deve ficar comprovada a efetiva exposição a agentes físicos, químicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou integridade física; o exercício de atividade insalubre. Não é viável o reconhecimento do labor especial com base apenas na categoria profissional do trabalhador.viável o reconhecimento do labor especial com base apenas na categoria profissional do trabalhador. III - Não há como se reconhecer a especialidade do trabalho do agravante no período posterior à edição da Lei 9.032/95, eis que a documentação juntada aos autos não traz a informação de que ele se expunha a qualquer agente nocivo, executando tarefas insalubres. IV - O fato de a atividade do vigilante ser considerada perigosa não legitima o reconhecimento da sua especialidade para fins previdenciários, eis que, para tanto, faz-se necessário o exercício de atividade insalubre - aquelas que prejudicam a saúde do trabalhador -, o que não se confunde com atividade perigosa. V - A sentença de primeiro grau andou bem ao reconhecer como especial o período laborado pelo agravante como vigilante apenas no intervalo de tempo de 05/07/1989 e 28/04/1995. VI - Não reconhecido como especial o período de 29.08.1995 até 02.10.2012. O agravante não faz jus à aposentadoria especial requerida, sendo de rigor a manutenção da sentença também nesse particular... VIII - Agravo improvido. (TRF 3ª Região, OITAVA TURMA, AMS 0000393-98.2013.4.03.6126, Rel. DESEMBARGADORA FEDERAL CECILIA MELLO, julgado em 31/03/2014, e-DJF3 Judicial 1 DATA:11/04/2014) 2. A jurisprudência deste Superior Tribunal é firme no sentido de permitir a conversão em comum do tempo de serviço prestado em condições ...a súmula de nº 26 da Turma Nacional de Uniformização – TNU –, é clara ao dispor: A atividade de vigilante enquadra-se como especial, equiparando-se à de guarda, elencada no item 2.5.7. do Anexo III do Decreto n. STJ TNU SEM OU COM ARMA DE FOGO? prestado em condições especiais (Vigilante), para fins de concessão de aposentadoria, nos termos da legislação vigente à época em que exercida a atividade especial.... REsp 506014 / PR do Anexo III do Decreto n. 53.831/64. Assim, é forçoso reconhecer o direito do autor à conversão de tempo comum em especial no período laborado como vigilante de 01.08.1990 a 28.04.1995. Demais disso, frise- se, que a tese da equiparação é possível, desde quando não resta contrariado o uso da arma de fogo(PEDILEF 200570510050451. (17.06.11) Penosidade � É o desgaste físico ou mental da atividade exercida pelo trabalhadorpelo trabalhador Exemplo: � motorista de ônibus � cobrador de ônibus � professor PREENCHIMENTO DO REQUISITO ETÁRIO. TEMPO ESPECIAL. RECONHECIMENTO. CORTADOR DE CANA. PREVISÃO LEGAL. PRECEDENTE DE JURISPRUDÊNCIA. AGRAVO DESPROVIDO. 2. A atividade de cortador de cana merece ser reconhecida como de natureza especial, pela presença dos agentes agressivos descritos pelos formulários e laudos anexados, enquadrada noformulários e laudos anexados, enquadrada no Código 2.2.2 do Decreto nº 83.080/79. 3. Precedentes da Jurisprudência do E. Superior Tribunal de Justiça e desta Corte. 4. Agravos do INSS e da parte autora desprovidos. (TRF 3ª R.; AGLeg-APL-RN 0036926-68.1999.4.03.9999; SP; Turma do Projeto Mutirão; Relª Juíza Fed. Conv. Giselle Franca; Julg. 16/02/2012; DEJF 02/03/2012; Pág. 1161) ENQUADRAMENTO POR ATIVIDADE PROFISSIONAL � É aquele pelo qual o enquadramento é feito por categoria profissional e não individualizado, por agente nocivo. Há individualizado, por agente nocivo. Há uma presunção absoluta de agentes nocivos presentes no exercício dessas atividades. Essa regra vale até a publicação da Lei 9.032, de 28/04/95. PREVIDENCIÁRIO. PROCESSO CIVIL. AGRAVO DO §1º ART.557 DO C.P.C. ATIVIDADE ESPECIAL TRATORISTA. DECRETOS 53.831/64 E 83.080/79 ROL MERAMENTE EXEMPLIFICATIVO � I - A jurisprudência pacificou-se no sentido de que pode ser considerada especial a atividade desenvolvida até 10.12.1997, advento do Lei 9.528/97, sem apresentação de laudo técnico, com base nas atividades previstas nos Decretos 53.831/64 e 83.080/79, cujo rol é meramente exemplificativo. II - Mantidos os termos da decisão agravada que determinou a conversão de atividade especial em comum de 01.07.1985 a 13.03.1995, em razão da atividade de tratorista (PPP doc.27/28), atividade considerada penosa,em razão da atividade de tratorista (PPP doc.27/28), atividade considerada penosa, por conduzir máquina pesada, análoga à de motorista, prevista no código 2.4.4 do Decreto 53.831/64 e código 2.2.2 do Decreto 83.080/79. III - Conforme Circular nº 08, de janeiro de 1983 do antigo INPS, a própria autarquia previdenciária equiparou a atividade de tratorista com a de motorista, em face do pronunciamento no Proc. 113.064/80 do Ministério do Trabalho. IV - Os demais períodos, quais sejam, de 12.04.1995 a 14.06.1999 e de 15.06.1999 a 15.02.2008, a conversão de atividade especial em comum, na função de tratorista, em usina canavieira, justifica-se pelo contato habitual e permanente à herbicida (hidrocarbonetos), agente nocivo previsto no código 1.12.10, anexo I, do Decreto 83.080/79, comprovado pelo Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP doc.32/40 e fl.42/43). IV - Agravo (art.557, §1º do C.P.C.) do INSS improvido. � (AC 0009767-21.2010.4.03.6102. Des. Fed. Sérgio Nascimento. TRF 3ª R. DJ 29/05/12) ATIVIDADE DE TRATORISTA � A atividade de tratorista pode ser equiparada à de motorista de caminhão para fins de reconhecimento de para fins de reconhecimento de atividade especial mediante enquadramento por categoria profissional. � (SÚMULA 70 TNU – 13/03/2013) REGULAMENTO É EXEMPLIFICATIVO? ATÉ 28/04/95 De 28/04/95 a 05/03/97 De 06/03/97 a 06/05/99 De 07/05/99 até hoje - Físicos; - Químicos -Biológicos - Categoria - Físicos; - Químicos - Biológicos dos Decretos 53.831/64 e - Físicos; - Químicos - Biológicos Decreto 2.172/97 - Físicos; - Químicos - Biológicos Decreto 3.048/99 SUMULA 198 TFR: “Atendidos os demais requisitos, É devida aposentadoria Profissional 53.831/64 e 83.080/79 2.172/97 3.048/99 É devida aposentadoria especial se pericia judicial constataque a Atividade exercida pelo segurado É perigosa, insalubre ou penosa, mesmo não inscrita em Regulamento.”+ NR´S ANEXOS NORMA REGULAMENTADORA 15 ANEXO 1 RUIDO CONTINUO OU INTERMITENTE ANEXO 2 RUÍDO DE IMPACTO ANEXO 3 CALOR ANEXO 4 REVOGADO ANEXO 5 RADIAÇÕES IONIZANTE ANEXO 6 PRESSÃO ATMOFÉRICA ANORMAL ANEXO 7 RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES ANEXO 8 VIBRAÇÕESANEXO 8 VIBRAÇÕES ANEXO 9 FRIO ANEXO 10 UMIDADE ANEXO 11 AGENTES QUIMICOS POR LIMITE DE TOLERANCIA ANEXO 12 POEIRAS MINERAIS ASBESTOS – LT ANEXO 13 AGENTES QUÍMICOS QUALITATIVOS ANEXO 13-A BENZENO ANEXO 14 AGENTES BIOLÓGICOS � Agentes Biológicos; � Omissão quanto ao frio; � Agentes Químicos omissos no Anexo IV Anexo IV do RPS X NR´s Divergências técnicas: � Agentes Químicos omissos no Anexo IV e constantes na NR-15: ácido clorídrico, ácido cianídrico, amônia, dióxido de enxofre, entre outros; � Quanto aos agentes químicos, o RPS exige critério quantitativo para todos, divergindo em muitos casos, da NR-15. O que diz a IN 77/2015: � Art. 288. As atividades, de modo permanente, com exposição aos agentes nocivos frio, eletricidade,agentes nocivos frio, eletricidade, radiações não ionizantes e umidade, o enquadramento somente será possível até 5 de março de 1997. ENQUADRAMENTO DO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL �Contribuinte Individual- até 28/04/95, sem LTCA, mas comprovando exposição a comprovando exposição a agentes agressivos é possível reconhecer até hoje (na justiça!). Súmula 62 TNU � "O segurado contribuinte individual pode obter reconhecimento de atividade especial para finsatividade especial para fins previdenciários, desde que consiga comprovar exposição a agentes nocivos à saúde ou à integridade física." � Publicação 03/07/2012 PERMANENCIA PRINCIPAIS CRITÉRIOS PARA CARACTERIZAÇÃO DA ATIVIDADE ESPECIAL ATUALMENTE • E NOCIVIDADE � ...Ademais, a identificação entre o conceito de permanência com integralidade da jornada, constante na redação original do regulamento da previdência – Decreto n. 3.048/99 (“Art. 65. Considera-se tempo de trabalho, para efeito desta Subseção, os períodos correspondentes ao exercício de atividade permanente e habitual (não ocasional nem intermitente), durantedurantedurantedurante aaaa jornadajornadajornadajornada integralintegralintegralintegral, em cada vínculo trabalhista, sujeito a condições especiais...”) já foi abandonada pela própria Previdência Social há quase uma década, quando o Decreto nº 4.882/2003 deu novaquase uma década, quando o Decreto nº 4.882/2003 deu nova redação ao dispositivo, relacionando o conceito de permanência ao caráter indissociável da exposição em relação à atividade, e não mais à integralidade da jornada (“Art. 65. Considera-se trabalho permanente, para efeito desta Subseção, aquele que é exercido de forma não ocasional nem intermitente, nononono qualqualqualqual aaaa exposiçãoexposiçãoexposiçãoexposição do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo sejasejasejaseja indissociávelindissociávelindissociávelindissociável dadadada produçãoproduçãoproduçãoprodução dodododo bembembembem ouououou dadadada prestaçãoprestaçãoprestaçãoprestação dodododo serviçoserviçoserviçoserviço”). (PROCESSO: 244-06.2010.4.04.7250. ORIGEM: SC - SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SANTA CATARINA. RELATOR: ANDRÉ CARVALHO MONTEIRO. DJ 17/05/2013) PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. REQUISITOS. ATIVIDADE ESPECIAL. HABITUALIDADE E PERMANÊNCIA. 4. Para a caracterização da especialidade, não se reclama exposição às condições insalubres durante todos os momentos da prática laboral, sendo suficiente que o trabalhador, em cada dia de labor, esteja exposto a agentes nocivos em período razoável da jornada,agentes nocivos em período razoável da jornada, salvo exceções (periculosidade, por exemplo). 5. A habitualidade e permanência hábeis aos fins visados pela norma - que é protetiva - devem ser analisadas à luz do serviço cometido ao trabalhador, cujo desempenho, não descontínuo ou eventual, exponha sua saúde à prejudicialidade das condições físicas, químicas, biológicas ou associadas que degradam o meio ambiente do trabalho. (TRF4, APELREEX 5000456-80.2010.404.7107, Sexta Turma, Relator p/ Acórdão Celso Kipper, D.E. 01/08/2013) Agentes Biológicos e a permanência � ...”Acórdão da Turma Regional de Uniformização da 4ª Região conhecendo e negando provimento ao incidente “para reafirmar o entendimento no sentido de que, para o enquadramento do tempo de serviço como especial após o início da vigência da Lei nº 9032/95, não é necessário que a exposição aLei nº 9032/95, não é necessário que a exposição a agentes biológicos ocorra durante a integralidade da jornada de trabalho do segurado, bastando, nesse caso, que haja efetivo e constante risco de contaminação e de prejuízo à saúde do trabalhador, satisfazendo, assim, os conceitos de habitualidade e permanência, analisados à luz das particularidades do labor desempenhado”. (TNU. PEDILEF 50010260420124047202. JUIZ FEDERAL ADEL AMÉRICO DE OLIVEIRA. DOU 01/03/2013) O CRITÉRIO DA PERMANÊNCIA NA APOSENTADORIA ESPECIAL EXIGIDA SOMENTE A PARTIR EXIGIDA SOMENTE A PARTIR DA LEI N.º 9032/95 SÚMULA 49 DA TNU “Para reconhecimento de condição especial de trabalho antes de 29/4/1995, a exposição a agentes nocivos à saúde ou à integridade física não precisa ocorrer de forma permanente”. não precisa ocorrer de forma permanente”. Precedentes: Pedilef nº 0002950- 15.2008.4.04.7158 (julgamento 29/02/2012), Pedilef nº 2007.71.95.022763-7 (julgamento 02/08/2011), Pedilef nº 2007.72.51.008595-8 (julgamento 17/03/2011). NÃO DESCARACTERIZAM A PERMANÊNCIA: � Descansos e afastamentos, tais como: férias, licença médica e auxílio-doença acidentário, aposentadoria por invalidezaposentadoria por invalidez acidentária e salário maternidade, desde que, à data do afastamento, o segurado estivesse exercendo atividade considerada especial. (§ único do artigo 65 RPS); PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. REQUISITOS. ATIVIDADE ESPECIAL. HABITUALIDADE E PERMANÊNCIA. AUXÍLIO- DOENÇA.... 5. A habitualidade e permanência hábeis aos fins visados pela norma - que é protetiva - devem ser analisadas à luz do serviço cometido ao trabalhador, cujo desempenho, não descontínuo ou eventual, exponha sua saúde à prejudicialidade das condições físicas, químicas, biológicas ouprejudicialidade das condições físicas, químicas, biológicas ou associadas que degradam o meio ambiente do trabalho. 6. O período de gozo de auxílio-doença deve ser considerado como tempo especial quando a incapacidade decorre do exercício de atividades especiais. Precedentes desta Corte. (TRF4, APELREEX 5000456- 80.2010.404.7107, Sexta Turma, Relator p/ Acórdão Celso Kipper, D.E. 01/08/2013) NOCIVIDADE. CONCEITO � Característica do agente: análise do agente para saber sob aspecto técnico se o mesmo é capaz de causar danos àse o mesmo é capaz de causar danos à saúde e quais danos seriam estes. � Quantidade do agente: análise se a quantidade de exposição do agente é suficiente para causar dano. Apuração da nocividade: a) Qualitativo: nocividade presumida, constantes nos Anexos 6,13,13-A e 14 da NR 15 e no Anexo IV do Decreto 3048/99 para agentes iodo e níquel;agentes iodo e níquel; b) Quantitativo: considerada pela ultrapassagem dos limites de tolerância ou doses, dispostos nos Anexos 1,2,3,5,8,11 e 12 da NR 15. - Observar o campo 15.5 do PPP. EXIGÊNCIAS PARA CRITÉRIO QUALITATIVO: A avaliação qualitativa de riscos e agentes nocivos será comprovada mediante descrição: � I - das circunstâncias de exposição ocupacional a determinado agente nocivo ou associação de agentesdeterminado agentenocivo ou associação de agentes nocivos presentes no ambiente de trabalho durante toda a jornada; � II - de todas as fontes e possibilidades de liberação dos agentes mencionados no inciso I; e � III - dos meios de contato ou exposição dos trabalhadores, as vias de absorção, a intensidade da exposição, a frequência e a duração do contato. (§ 2º. Art. 68, com nova redação pelo Decreto 8.123, de 17/10/2013) AGENTES CANCERIGENOS. PRESUNÇÃO DE NOCIVIDADE: � A presença no ambiente de trabalho, com possibilidade de exposição a agentes nocivos reconhecidamente cancerígenos emnocivos reconhecidamente cancerígenos em humanos, listados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, será suficiente para a comprovação de efetiva exposição do trabalhador, pelo critério qualitativo e mesmo com uso de EPI. (art. 68, § 4º RPS, com nova redação Decreo 8123/13 e 284 § único da IN 77/2015) ALGUNS AGENTES CONFIRMADOS COMO CANCERÍGENOS: � Butadieno (suspeito ainda não confirmado); � Cloreto de Vinila (confirmado);� Cloreto de Vinila (confirmado); � Metais: arsênio, berílio, cádmio, mercúrio e níquel. O cromo e o chumbo são considerados provavelmente cancerígenos (WHO, 2007); � Agrotóxicos: arsênio e inseticidas extraídos do site: www.inca.gov.br OUTROS FATORES DE RISCO: CÂNCER RELACIONADO AO TRABALHO E AO AMBIENTE: � poeiras (sílica e amianto); agrotóxicos; � solventes (benzeno, tolueno e xileno); � radiação ionizante; � radiação ionizante; � radiação solar (http://www1.inca.gov.br/vigilancia/docs/ ex_ocup_ambient2006.pdf) PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 9, DE 7 DE OUTUBRO DE 2014 � Publica a Lista Nacional de Agentes Cancerígenos para Humanos (LINACH),(LINACH), como referência para formulação de políticas públicas, na forma do anexo a esta, dentre eles: � Benzeno, compostos de cromo, poeira de sílica, óxido de etileno, dentre outros EFEITOS COMBINADOS DOS AGENTES QUÍMICOS EXEMPLO: Após a realização de avaliações quantitativas em um ambiente industrial, foi constatada a seguinte concentração dos agentes químicos abaixo:dos agentes químicos abaixo: AGENTEAGENTE CONCENTRAÇÃOCONCENTRAÇÃO LIMITE DE LIMITE DE TOLERÂNCIATOLERÂNCIA Tolueno 45 ppm 78 ppm Acetato de etila 215 ppm 310 ppm Metil ciclohexanol 15 ppm 39 ppm Slides de Sandro J. A. Bittencourt AGENTEAGENTE CONCENTRAÇÃOCONCENTRAÇÃO LIMITE DE LIMITE DE TOLERÂNCIATOLERÂNCIA Tolueno 45 ppm 78 ppm Acetato de etila 215 ppm 310 ppm Metil ciclohexanol 15 ppm 39 ppm Calculando os efeitos combinados teremos: C1 C2 C3 LT1 LT2 LT3 + + Calculando os efeitos combinados teremos: 45 215 15 78 310 39 + + = 1,65 Slides de Sandro J. A. Bittencourt História da Aposentadoria Especial � Foi instituída com a LOPS - Lei 3.807/60: “Art. 31. A aposentadoria especial será concedida ao segurado que, contando no mínimo com 50 anos de idade e 15 de anos de contribuição, tenha trabalhado durante 15, 20 ou 25 anos pelo menos, conforme a atividade profissional, em serviços que, para esse efeito, forem considerados penosos, insalubres ou perigosos, por Decreto do Poder Executivo”. Idade e Agentes Agressivos � Em 25/03/64, publica-se o Decreto 53.831/64 com o quadro anexo III; � Idade mínima de 50 anos vigorou até a Lei 5440-A, de 23/05/68. Contudo, no âmbito administrativo, somente foi acolhido em 1995 5440-A, de 23/05/68. Contudo, no âmbito administrativo, somente foi acolhido em 1995 (27 anos depois), por força do parecer CJ/MPAS 2.33/95. � Lei 5.890/73 altera carência para 60 meses; � Em 24/01/79, publica-se o Decreto 83.080/79, com o quadro anexo I e II. CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 PASSOU A GARANTIR, NA REDAÇÃO ORIGINAL: � Aposentadoria por tempo de serviço aos� Aposentadoria por tempo de serviço aos 35 anos para homem ou 30 anos para mulher ou, em tempo inferior, se sujeitos a trabalho sob condições especiais, que prejudicassem a saúde ou a integridade física, definidas em lei. Lei 8.213/91, artigo 57, redação original: � “A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta lei, ao segurado que tivernesta lei, ao segurado que tiver trabalhado durante 15, 20 ou 25 anos, conforme a atividade profissional, sujeito a condições especiais que prejudiquem à saúde ou a integridade física”. Redação atual do art. 57, Lei 8.213/91: “A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta Lei, ao segurado que tivernesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispuser a lei”. DATAS LIMITES PARA ENQUADRAMENTO, CONFORME INSS ATÉ 28/04/95 De 28/04/95 a 05/03/97 De 06/03/97 a 06/05/99 De 07/05/99 até hoje - Físicos; - Físicos; - Físicos; - Físicos;- Físicos; - Químicos -Biológicos - Categoria Profissional - Físicos; - Químicos - Biológicos dos Decretos 53.831/64 e 83.080/79 - Físicos; - Químicos - Biológicos Decreto 2.172/97 - Físicos; - Químicos - Biológicos Decreto 3.048/99 AGENTE AGENTE OU ATIVIDADE? CODIGO DE ENQUADRAMENTO DATA LIMITE, SE HOUVER VIGIA/VIGILANTE Atividade Profissional 2.5.7 III 28/04/95 MECANICO Química 1.2.11 anexo III 1.0.19 IV 3048 anexo 13 NR 15 judicial 05/03/1997 PINTOR PISTOLA Atividade 2.5.4, III mais fácil 28/04/95 ou PINTOR PISTOLA Atividade Profissional e Químico 2.5.4, III mais fácil 2.5.3 anexo III 2.2.11,III 1.2.11, III 1.08 do anexo IV só se tiver presente o chumbo 28/04/95 ou 05/03/97 Até os dias atuais judicial ENFERMEIRA Atividade Profissional e Biológico 2.1.3 II 2.3. I 1.3.4 I 1.32 III 3.01 V judicial ou recurso 05/03/97 AJUD. CAMINHÃO Atividade 2.4.4 28/04/95 COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE ESPECIAL � ENQUADRAMENTO POR CATEGORIA PROFISSIONAL, ATÉ 28/04/95 DISPENSA COMPROVAÇÃO DE EXPOSIÇÃO POR AGENTES, BASTANDO COMPROVAR O EXERCICIO DA ATIVIDADE PROFISSIONAL;O EXERCICIO DA ATIVIDADE PROFISSIONAL; � POR AGENTES NOCIVOS: DECRETOS n.ºs 53.831/64; 83.080/79; 2.172/97 E 3.048/99; � CARÁTER EXEMPLIFICATIVO DAS LISTAS. VIDE SÚMULA 198 EXTINTO TFR. � ...até o advento da Lei nº 9032/95, que condicionou o reconhecimento da atividade laborada sob condições especiais à apresentação dos formulários SB-40 e DSS-8030, o enquadramento da atividade especial era feito porda atividade especial era feito por categoria profissional, sem a necessidade de laudo técnico ou até formulário, exceto nos casos de ruído e calor, bem como naquelas atividades não previstas no regulamento.(PEDILEF 200261840163391. JUÍZA FEDERAL ROSANA NOYA ALVES WEIBEL KAUFMANN. DOU 08/07/2011 ) EMPRESA EXTINTA DISPENSA FORMULÁRIO: No caso de empresa legalmente extinta, a não apresentação do formulário de reconhecimento de períodos laborados em condições especiais ou PPP não será óbice ao enquadramento do período como atividade especial por categoria profissionaldo período como atividade especial por categoria profissional para o segurado empregado, desde que conste a função ou cargo, expresso e literal, nos documentos relacionados no inciso I deste artigo, idêntica às atividades arroladas em um dos anexos legais indicados no art. 269, devendo ser observada, nas anotações profissionais, as alterações de função ou cargo em todo o período a ser enquadrado. (Art. 270 § 1º da IN 77/2015) FORMAS CLÁSSICAS DE COMPROVAÇÃO: � Formulários antigos: SB/40; DIRBEN 8030; DSS 8030 � Novo formulário: PP. Exigidos a partir de 01/01/2004. � Laudo Técnico de Condições Ambientais – LTCAT, exigível após a 9.528/97* para todas as funções, exceto ruído queapósa 9.528/97* para todas as funções, exceto ruído que é obrigatório para qualquer período de trabalho. Pode ser coletivo, devendo constar a análise ambiental de todos os setores da empresa; ou individual, ou seja, específico para cada empregado. � PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional). *Posicionamento do INSS o LTCAT passa a ser exigido a partir da MP 1523, de 13/10/96. LAUDO EXTEMPORÂNEO 1. PROCESSO CIVIL. AGRAVO DO §1º ART.557 DO C.P.C. ATIVIDADE ESPECIAL. RUÍDO. PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO EXTEMPORÂNEO. I - Independentemente do período, faz prova de atividade especial o laudo técnico e o Perfil Profissiográficio Previdenciário - PPP, instituído pelo art.58, §4º, da Lei 9.528/97, pois ambos trazem a identificação do engenheiro ou perito responsável pela avaliação das condições de trabalho. II - Uma vez que o autorresponsável pela avaliação das condições de trabalho. II - Uma vez que o autor trabalhou no setor de serraria, de 01.04.1992 a 30.09.2006, na função de operador de máquinas, sem que tenha havido alteração do maquinário ou condições ambientais, o nível de ruído de 103 decibéis, obtido pelo médico do trabalho da empresa, comprova a exposição a ruídos acima dos limites legalmente admitidos a que esteve exposto no período pretérito, ou seja, desde o início do pacto laboral, vez que a responsabilidade pela expedição do PPP/laudo técnico é do empregador, não podendo o empregado arcar com o ônus de eventual desídia daquele. III - Agravo previsto no §1º do art. 557 do C.P.C., interposto pelo INSS, improvido. 2. (AC 0018309-40.2011.4.03.9999. TRF 3ª R. Des. Fed. Sérgio Nascimento. DJ 07.08.12) EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA. PRESUNÇÃO DE MELHORA DO AMBIENTE LABORAL � O fato de o laudo pericial que atestou a atividade insalutífera ter sido elaborado após o término do período postulado em juízo não impede o reconhecimento da atividade especial, até porquereconhecimento da atividade especial, até porque como as condições do ambiente de trabalho tendem a aprimorar-se com a evolução tecnológica, é razoável supor que em tempos pretéritos a situação era pior ou quando menos igual à constatada na data da elaboração. (Processo nº 2002.72.08.001261-1, Relator Juiz Sebastião Ogê Muniz, Sessão de 10.09.2002)(grifamos) LAUDO EXTEMPORÂNEO. QUESTÃO SUMULADA PELA TNU � O laudo pericial não contemporâneo ao período trabalhado é apto à comprovação trabalhado é apto à comprovação da atividade especial do segurado. (SÚMULA 68 DA TNU. DOU 24/09/12) Laudo extemporâneo. Decisão do STJ “Não prospera a alegação do INSS de que o laudo pericial (fls. 250/258) apresentado é extemporâneo ao apresentado é extemporâneo ao período que o autor pretende provar, vez que a extemporaneidade do laudo pericial não desnatura sua força probante”. (AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 329.827 – SE. (2013/0111547-2) RELATOR: MINISTRO HERMAN BENJAMIN. DJ 03/06/2013) PP E NÃO MAIS PPP � § 9o Art. 68. “Considera-se perfil profissiográfico, para os efeitos do § 8o, o documento com o histórico-laboral do trabalhador, segundo modelo instituído pelotrabalhador, segundo modelo instituído pelo INSS, que, entre outras informações, deve conter o resultado das avaliações ambientais, o nome dos responsáveis pela monitoração biológica e das avaliações ambientais, os resultados de monitoração biológica e os dados administrativos correspondentes”. SEGURADO COMO “AGENTE FISCALIZADOR”: � § 10 art. 68. O trabalhador ou seu preposto terá acesso às informações prestadas pela empresa sobre o seu perfilprestadas pela empresa sobre o seu perfil profissiográfico, podendo inclusive solicitar a retificação de informações quando em desacordo com a realidade do ambiente de trabalho, conforme orientação estabelecida em ato do Ministro de Estado da Previdência Social. O que diz a nova IN 77/2015: � § 4º Em caso de divergência entre o formulário legalmente previsto para reconhecimento de períodos alegados como especiais e o CNIS ou entre estes e outros documentos ou evidências, o INSS deverá analisar a questão noevidências, o INSS deverá analisar a questão no processo administrativo, com adoção das medidas necessárias. � § 5º Serão consideradas evidências, de que trata o § 4º deste artigo, entre outros, os indicadores epidemiológicos dos benefícios previdenciários cuja etiologia esteja relacionada com os agentes nocivos. (art. 293) PROVA PERICIAL � Objetivos: Desconstruir PPP divergente ou fazer prova inicial de ambiente laboral. � Artigos 420 a 439 do CPC;� Artigos 420 a 439 do CPC; � Evitar Juizado Especial Federal; � Deverá apresentar indício de formulário preenchido incorretamente; � Discussão sobre competência: justiça federal ou justiça do trabalho? RITO SUMARÍSSIMO. RETIFICAÇÃO DO PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. AÇÃO DECLARATÓRIA. MATÉRIA FÁTICA. É insuscetível de revisão, em sede extraordinária, a decisão proferida pelo Tribunal Regional à luz da prova carreada aos autos. Somente com o revolvimento do substrato fático- probatório dos autos seria possível afastar a premissa sobre a qual se erigiu a conclusão consagrada pelo Tribunal Regional,qual se erigiu a conclusão consagrada pelo Tribunal Regional, no sentido de que não resultou comprovada nos autos a necessidade de retificação do perfil profissiográfico previdenciário (PPP) do obreiro. Incidência da Súmula n.º 126 do Tribunal Superior do Trabalho. Agravo de instrumento a que se nega provimento. (Processo: AIRR-815-38.2011.5.03.0087 Data de Julgamento: 14/05/2013, Relator Ministro: Lelio Bentes Corrêa, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 17/05/2013). (...) COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. ENTREGA DO FORMULÁRIO DSS-8030 PREENCHIDO. DOCUMENTO NECESSÁRIO AO REQUERIMENTO, PELO EMPREGADO, DE APOSENTADORIA ESPECIAL. OBRIGAÇÃO DE FAZER IMPOSTA À RECLAMADA. Esta Corte superior vem se posicionando no sentido de que a Justiça do Trabalho detém competência para impor ao empregador obrigação de fazer concernente à entrega do formulário DSS-8030 preenchido, a fim deentrega do formulário DSS-8030 preenchido, a fim de possibilitar ao empregado o requerimento de aposentadoria especial junto ao INSS, por cuidar-se de obrigação resultante do contrato de emprego havido ente as partes. Hipótese em que não se reconhece a alegada ofensa aos artigos 109, inciso I e § 2º, e 114 da Constituição da República. Recurso de revista de que não se conhece. (...).- (RR-5600-03.2001.5.19.0005, Relator Ministro: Lelio Bentes Corrêa, Data de Julgamento: 19/05/2010, 1ª Turma, Data de Publicação: 11/06/2010.) RETIFICAÇÃO DO PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO - PPP. INSALUBRIDADE APURADA EM JUÍZO. 1. Nos termos do § 1º do artigo 58 da Lei n.º 8.213/91, o Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP é o documento pelo qual o trabalhador segurado faz prova junto ao INSS da sua exposição a agentes nocivos no desempenho de suas funções, de modo a ter jus à aposentadoria especial. Ainda segundo o referido dispositivo, a empresa ou seu preposto são os responsáveis pela emissão do referidoou seu preposto são os responsáveis pela emissão do referido documento atestando as condições especiais de trabalho, com base em laudo técnico de condições ambientais de trabalho. 2. Diante disso, constatada em Juízo a existência de insalubridade nas condições de trabalho do empregado, é lícita a ordem de retificação do documento PPP pela empregadora, de modo a atender plenamente o comando do artigo 58, § 1º, da Lei n.º 8.213/91. 3. Agravo de instrumento a que se nega provimento. (Processo: AIRR - 352-95.2010.5.03.0034 Data de Julgamento: 22/05/2013, Relator Ministro: Lelio Bentes Corrêa, 1ª Turma,Data de Publicação: DEJT 31/05/2013.) OUTRAS FORMAS DE COMPROVAÇÃO: � Exames de saúde do segurado; � Emissão de CAT; � Inspeção pelo próprio INSS ou por profissional habilitado. (Vide artigo 68,§ 5º do Decreto 3.048/99;3.048/99; � Denúncia ao Ministério Público do Trabalho sobre as condições agressivas ou não fornecimento de PPP, com pena de multa prevista no art. 283 do RPS; � Notificação extrajudicial à empresa. Multa por descumprimento da lei: entre de R$ 1.925,81 a R$ 192.578,66 (Portaria MPS/MF 13, de 12/01/15); EMPRESA INATIVA. MEIOS DE PROVA � Para enquadramento pela função, até 28/04/95 há presunção de agressividade, não sendo tão rígida a comprovação. � Justificação Administrativa (baseada em início de � Justificação Administrativa (baseada em início de prova material); � Prova emprestada; � Laudo arquivado no INSS; � Comprovação por similaridade; � Laudos provenientes de: Reclamação Trabalhista, FUNDACENTRO ou outros órgão oficiais. PROCESSUAL CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. PERÍCIA TÉCNICA POR SIMILARIDADE. COMPROVAÇÃO DE ATIVIDADE ESPECIAL. � A perícia técnica deve ser elaborada de forma indireta, em empresa similar àquela em que laborou o segurado, quando não há meio de reconstituir as condições físicas do local dereconstituir as condições físicas do local de trabalho em face do encerramento das suas atividades. (TRF da 4ª Região, Proc.: 0014727- 29.2011.404.0000/RS, 1ª Turma, Rel.: Des. Fed. JOÃO BATISTA PINTO SILVEIRA, J. em 15/02/2012 D.E. 24/02/2012) PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. PERÍCIA TÉCNICA DIRETA E INDIRETA. POSSIBILIDADE. AGENTE NOCIVO RUÍDO. OITIVA DE TESTEMUNHAS. � Sendo a perícia técnica o meio adequado para se atestar a sujeição a agentes nocivos à saúde, para efeito de enquadramento como atividade especial e havendo impugnação, pelo autor, ao perfil profissiográficoimpugnação, pelo autor, ao perfil profissiográfico previdenciário - PPP, o indeferimento da prova pericial implica cerceamento de defesa. Quanto ao pedido de prova testemunhal para o reconhecimento de atividade em condições especiais, deve ser indeferido, pois a prova da especialidade deve ser feita mediante perícias técnica direta e indireta. (AG 5005804-89.2012.404.000. 5ª T. TRF 4ª R. DJe 06/09/12. Relatora Des. Vivian Josete Pantaleão Caminha) Trabalho especial a partir de 1º/01/2004 pode ser comprovado com PPP, mesmo sem laudo � O Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é documento hábil à comprovação do agente agressivo ruído, independentemente da apresentação do laudo técnico, se o períodoapresentação do laudo técnico, se o período de trabalho especial a ser reconhecido é posterior a 1º de janeiro de 2004. � (TNU, sessão de julgamento de 17/05/2013) COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE ESPECIAL Até 28/04/95 29/04/95 a 09/12/97 A partir de 10/12/97 A partir de 01/01/04 Enquadra por presunção e por agentes, mesmo sem Formulário. Laudo só para Ruído. Formulários Laudo só para ruído Formulário e LTCAT para todos os agentes nocivos PPP expedido com base no LTCAT. LAUDO fica arquivado na empresa O CUSTEIO DA APOSENTADORIA ESPECIAL � A Lei 9.732 acrescentou o parágrafo 6º, à lei 8.213/91: � “O benefício previsto neste artigo será financiado com os recursos provenientes da contribuição de que trata o inciso II do art. 22 da Lei 8212/91, cujas alíquotas serão acrescidas de doze, novecujas alíquotas serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa permita a concessão da aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição, respectivamente.” Há confrontação entre o CNI´s e GFIP. O “Adicional” do SAT com efeito apenas educativo � Atuarialmente, seriam necessárias alíquotas de: � 74%............................... 25 anos � 107%............................. 20 anos � 177%............................. 15 anos � Obs. Considerando entrada no mercado de trabalho aos 18 anos Fonte: Informe da Previdência Social – setembro/01 Código da GFIP no PPP � 1 -Não exposição a agente nocivo � 2 - Exposição a agente nocivo ( 15 anos de serviço) � 3 - Exposição a agente nocivo (aos 20 anos de serviço) � 4 - Exposição a agente nocivo (aos 25 anos de serviço)� 4 - Exposição a agente nocivo (aos 25 anos de serviço) � Obs. O código 1 somente será utilizado no caso de trabalhador que esteve e deixou de estar exposto a agente nocivo, no mês de competência. Para os trabalhadores com mais de um vínculo empregatício: � 5 - Não exposição a agente nocivo � 6 - Exposição a agente nocivo (aos 15 anos de serviço) � 7 - Exposição a agente nocivo (aos 20 anos de serviço) � 8 - Exposição a agente nocivo (aos 25 anos de serviço) O RUÍDO E SUAS NUANCES SUPERIOR A 80 DECIBÉIS, na vigência do Decreto n. 53.831/64 S Ú M U L SUPERIOR A 90 DECIBÉIS, na vigência do Decreto n. 2172/97 e 3048/99 SUPERIOR A 85 DECIBÉIS, na vigência do Decreto n. 4.882/03 L A N.º 32 DA TNU NOVA REDAÇÃO SÚMULA 32 TNU, CANCELADA EM 11/10/2013 � “O tempo de trabalho laborado com exposição a ruído é considerado especial, para fins e conversão em comum, nos seguintes níveis: superior 80 decibéis, na vigência do Decreto n. 53.831/64 e, adecibéis, na vigência do Decreto n. 53.831/64 e, a partir de 5 de março de 1997, superior a 85 decibéis, por força da edição do Decreto n. 4.882, de 18 de novembro de 2003, quando a administração pública que reconheceu e declarou a nocividade à saúde de tal índice de ruído”. Ruído entre 1997 e 2003. Julgamento de Repetitivo � Considerando a necessidade de abranger maior diversidade de fundamentos relativos à presente discussão e conforme facultado pelo art. 1º, § 1º, da Resolução STJ 8/2008, admito também sob o mesmo rito o RESP 1.398.260/PR, de acordo com decisão que profiro nesta mesma data naqueles autos. Determino:profiro nesta mesma data naqueles autos. Determino: � a) a delimitação da seguinte tese controvertida: "possibilidade de reconhecimento de tempo especial por exposição ao agente ruído em nível inferior a 90dB no período compreendido entre 5.3.1997 e 18.11.2003, por força da aplicação retroativa do limite de 85dB estipulado pelo Decreto 4.882/2003 ao Anexo IV do Decreto 3.048/1999“...; � (REsp Nº 1.401.619 – RS. Min. Hermann Benjamin. DJ 02/09/2013. Publicado em 05/12/2014. Votação não unânime. Interposto RE) EPI´s: Há dois entendimentos: � INSS: IN 77/2015 não descaracteriza período especial com uso do EPI, antes de 03/12/98 e exige comprovação do uso conforme NR 06;exige comprovação do uso conforme NR 06; � Judiciário: “O uso de equipamento de Proteção Individual (EPI, ainda que elimine a insalubridade, no caso de exposição a ruído, não descaracteriza o tempo de serviço especial prestado” (Súmula nº 09 da Turma de Uniformização dos JEF ratificada pelo STF, através do ARE 664.335); O EPI NA IN 77/2015: � ...e desde que comprovadamente elimine ou neutralize a nocividade e seja respeitado o disposto na NR-06 do MTE, havendo ainda necessidade de que seja assegurada e devidamente registrada pela empresa, no PPP, a observância: � I - da hierarquia estabelecida no item 9.3.5.4 da NR-09 do MTE, ou seja, medidas� I - da hierarquia estabelecida no item 9.3.5.4 da NR-09 do MTE, ou seja, medidas de proteção coletiva, medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho e utilização de EPI, nesta ordem, admitindo-se a utilização de EPI somente em situações de inviabilidade técnica, insuficiência ou interinidade à implementação do EPC ou, ainda, em caráter complementar ou emergencial; � II - das condições de funcionamento e do uso ininterrupto do EPI ao longo do tempo, conforme especificação técnica do fabricante, ajustadaàs condições de campo; � III - do prazo de validade, conforme Certificado de Aprovação do MTE; � IV - da periodicidade de troca definida pelos programas ambientais, comprovada mediante recibo assinado pelo usuário em época própria; e � V - da higienização. (art. 279) EPIEPI EficazEficaz Comprovar o Fornecimento de EPI através da Ficha de Entrega EPI tem que ter qualidade (CA) Higienização EficazEficaz Adequado ao risco Número suficiente Treinamento Fonte: Dr. José Marcelo O. Penteado. Médico do Trabalho e Perito Judicial EPI eficaz é aquele que tem a capacidade de evitar o aparecimento de doença ou lesão no trabalhadorno trabalhador EPI – DIVERGÊNCIA DENTRO DO PRÓPRIO SISTEMA PREVIDENCIÁRIO IN N.º 77/15 Descaracteriza ENUNCIADO N.º 21 CRPS Descaracteriza Atividade especial pelo uso do EPI a partir de 03/12/98 CRPS “O simples fornecimento de equipamento de proteção individual de trabalho pelo empregador não exclui a hipótese de exposição do trabalhador aos agentes nocivos à saúde, devendo ser considerado todo o ambiente de trabalho.” EPI EFICAZ? EPI - Certificação de Aprovação Nº do CA 11185 Nº do Processo: 46.0160.07102/2008- 43 Data de Emisão: 26/3/2009 Validade: 26/03/2014 Tipo do EPI RESPIRADOR PURIFICADOR DE AR TIPO PEÇA SEMIFACIAL FILTRANTE PFF2 COM FBC1 15-EXPOSIÇÃO A FATORES DE RISCOS 15.1 Período 15.2 Tipo 15.3 Fator de Risco 15.4 Itens./C onc 15.5 Técnica Utilizada 15.6 EPC Eficaz (S/N) 15.7 EPI Eficaz (S/N) 15.8 CA EPI 13/09/98 a atual F RUÍDO 85,5 dB(A) Dosimetria S S 5745 Nº do CA: 5745 Nº do Processo: 46.0000.07876/2007-62 Data de Emisão: 23/8/2007 Vencido em: 15/05/2012 Tipo do Equipamento: PROTETOR AUDITIVO Natureza: Nacional LTCAT DEVE CONTER INFORMAÇÕES SOBRE EFICÁCIA DO EPI: � § 5º, Art. 68. “No laudo técnico referido no § 3o, deverão constar informações sobre a existência de tecnologia de proteção coletiva ou individual, e de sua eficácia, e deverá ser elaborado come de sua eficácia, e deverá ser elaborado com observância das normas editadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e dos procedimentos estabelecidos pelo INSS”. INSALUBRIDADE - ADMISSÃO PELO RECLAMANTE DO USO DE EPI - ENUNCIADO 289 DO TST A confissão, pelo reclamante, do uso de protetores auriculares durante todo o período contratual, não constitui prova de que estava o obreiro imune aos efeitos da insalubridade pelo ruído. Constituindo a aferição da insalubridade matéria eminentemente técnica, depoimento do empregado, nesse sentido, deve ser reduzido à sua condição de simples informação de caráter leigo, inapta a, isoladamente, contrapor-se à necessária prova pericial. Há que se observar que, de acordo com o entendimento cristalizado no Enunciado 289 do C. TST, o simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional, cabendo-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, dentre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado. Além de zelar pelo relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado. Além de zelar pelo uso efetivo do equipamento, é imprescindível que o empregador zele pela eficácia da proteção auditiva fornecida, substituindo os protetores sempre que necessário. Cabe ao empregador, ao fornecer Equipamentos de Proteção Individual, observar escrupulosamente o disposto na NR-6 da Portaria 06/83 do MTb. De acordo com o item 6.6.1 daquela norma, constituem obrigações do empregador fornecer o tipo de EPI adequado à atividade do empregado, aprovado pelo Ministério do Trabalho e adquirido de empresas cadastradas no DNSST, além de treinar o trabalhador e tornar obrigatório o uso dos equipamentos protetores, assim como substituí-los imediatamente, quando danificados ou extraviados. TRT-SP 02980300912 - RO - Ac. 08ªT. 19990448747 - DOE 21/09/1999 - Rel. WILMA NOGUEIRA DE ARAUJO VAZ DA SILVA ARE 664335 – STF Reconhece Repercussão Geral pelo uso dos EPI´s � O INSS afirma que, ao reconhecer a especialidade do período, ignorando as informações apresentadas no Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) que comprovam que o trabalhador não exerceucomprovam que o trabalhador não exerceu atividade sob condições especiais porque utilizou equipamentos de proteção individual eficazes, a Primeira Turma Recursal da Seção Judiciária de Santa Catarina violou o princípio da preservação do equilíbrio financeiro e atuarial, na medida em que concedeu benefício previdenciário sem a correspondente fonte de custeio. REPERCUSSÃO GERAL. TEMA 555. Art. 195 § 5º - CF CUSTEIOCUSTEIO Art. 201 caput e § 1º da CF PREJUÍZO À SAÚDE OU À INTEGRIDADE FÍSICA O STF fixou duas teses, no julgamento do ARE 664.335, ocorrido em 06/12/2014 (acórdão ainda não publicado): � Tese maior: se comprovada a eficácia do EPI, não será caracterizada a atividade como especial, deixando de ser aplicado ocomo especial, deixando de ser aplicado o art. 201 § 1ºda CF; � Tese menor: A informação de EPI eficaz no PPP não é suficiente, nos casos de ruído, para descaracterizar o tempo como especial. HAVENDO ENQUADRAMENTO = OU 15, 20 OU 25 ANOS SOMA PERÍODOS ESPECIAIS CONCESSÃO DE APOSENTADORIA ESPECIAL NÃO HAVERÁ CONCESSÃO DE APOSENTADORIA ESPECIAL PERÍODOS ESPECIAIS SOMA PERÍODOS ESPECIAIS 15, 20 OU 25 ANOS � CONVERSÃO DE TEMPO � Entende-se por conversão de tempo de serviço o meio pelo qual os períodos de atividades sob condições especiais, com diferentes especiais, com diferentes referenciais, são convertidos, aplicando-lhes fatores de equivalência correspondentes, de modo a torná-los iguais. LEI 6887/80. CONVERSÃO � Art. 9.º O tempo de serviço exercido alternadamente em atividades comuns e em atividades que, na vigência desta Lei, sejamatividades que, na vigência desta Lei, sejam ou venham a ser consideradas penosas, insalubres ou perigosas, será somado, após a respectiva conversão, segundo critérios de equivalência a serem fixados pelo Ministério da Previdência Social, para efeito de aposentadoria de qualquer espécie." TABELA DE CONVERSÃO Atividades a converter MULTIPLICADORES PARA 15 PARA 20 PARA 25 PARA 30 DE 15 ANOS 1,00 1,33 1,67 2,00DE 15 ANOS 1,00 1,33 1,67 2,00 DE 20 ANOS 0,75 1,00 1,25 1,50 DE 25 ANOS 0,60 0,80 1,00 1,20 DE 30 ANOS 0,50 0,67 0,83 1,00 A TABELA DE CONVERSÃO APÓS A LEI 8.213/91, REGULAMENTADA PELO DECRETO 611/92: Atividade s a converter MULTIPLICADORES PARA 15 PARA 20 PARA 25 PARA 30 (MULHER) PARA 35 (HOMEM)(MULHER) (HOMEM) DE 15 ANOS 1,00 1,33 1,67 2,00 2,33 DE 20 ANOS 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 DE 25 ANOS 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 DE 30 ANOS (MULHER) 0,50 0,67 0,83 1,00 1,17 DE 35 ANOS (HOMEM) 0,43 0,57 0,71 0,86 1,00 ALTERAÇÃO NA CONVERSÃO. LEI 9.032/95 DE TEMPO ESPECIAL DE TEMPO COMUM DE TEMPO ESPECIAL ESPECIAL PARA TEMPO ESPECIAL COMUM PARA TEMPO ESPECIAL (REVOGADA EM 28/04/95) ESPECIAL PARA TEMPO COMUM A TABELA DE CONVERSÃO APÓS A LEI 9.032/95: Atividades a converter MULTIPLICADORESMULTIPLICADORES PARA 15 PARA 20 PARA 25 PARA 30 (MULHER) PARA 35 (HOMEM) DE 15 ANOS 1,00 1,33 1,67 2,00 2,33 DE 20 ANOS 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 DE 25 ANOS 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 CONVERSÃO DE TEMPO COMUM EM ESPECIAL ATÉ 28/04/95. ... “7. Registre-se, ainda, a possibilidade de conversão de tempo comum em especial até o advento da Lei 9.032/95, vez que a legislação à época admitia a conversão paralegislação à época admitia a conversão para obtenção de aposentadoria especial, nos termos do art. 57, § 3º daLei 8.213/91”. (Processo n. 2001.33.00001331-7. 2ª T. TRF1. Des. Fed. Juiz Francisco de Assis Betti. DJ 16/08/2010) PREVIDENCIÁRIO. TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL. TEMPO DE SERVIÇO COMUM CONVERTIDO EM ESPECIAL. APOSENTADORIA ESPECIAL. 1. Comprovada a exposição do segurado a agente nocivo, na forma exigida pela legislação previdenciária aplicável à espécie, possível reconhecer-se a especialidade da atividade laboral por ele exercida. 2. Ainda que o segurado não conte tempo suficiente para2. Ainda que o segurado não conte tempo suficiente para aposentadoria especial em 28/4/1995, o tempo de serviço comum, inclusive como segurado especial, pode ser convertido para especial mediante o emprego do fator 0,71 até a edição da lei n.º 9.032/95. 3. Tem direito à aposentadoria especial o segurado que possui 25 anos de tempo de serviço especial e implementa os demais requisitos para a concessão do benefício. (Processo 5012278-96.2010.404.7000. TRF 4ª R. Relator Des. ROGER RAUPP RIOS. Dje 04.09.12) Conversão de tempo comum em especial antes de 1995. TNU se posicionou contrário. � A jurisprudência está pacificada no sentido de que, para fins previdenciários, o tempo de serviço prestado se incorpora ao patrimônio jurídico do segurado na medida em que é prestado, formando direitomedida em que é prestado, formando direito adquirido. Assim, por exemplo, o tempo de serviço especial acumulado até 28/4/1995 não pode deixar de ser computado como especial se lei posterior modificar os requisitos para qualificação da atividade especial. Entretanto, a conversão de tempo de serviço é questão concernente ao regime jurídico da aposentadoria a ser requerida. Deve ser aplicado o regime jurídico vigente no momento em que se completam os requisitos para se aposentar (2007.71.54.003022-2, Juiz Federal Rogério Moreira Alves) PRINCIPAIS ARGUMENTOS PARA A CONVERSÃO JÁ TIVERAM PRECEDENTES NO STJ � REsp nº 1.151.363/MG: a irrelevância de um fator numericamente descrito por uma regra previdenciária de conversão, pois trata-se apenas de regra matemática de proporcionalidade;de regra matemática de proporcionalidade; � REsp nº 956110/SP que afirma o direito adquirido, protegido constitucionalmente, à conversão, logo se contrapõe a ideia da necessidade de uma regra que disponha sobre um direito já assegurado (à conversão). � (Vide acórdão. TRF 4ª R. AC Nº 5004349-32.2012.404.7100/RS. RELATORA : LUCIANE MERLIN CLÈVE KRAVETZ PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. APOSENTADORIA ESPECIAL. CONVERSÃO DE TEMPO COMUM EM ESPECIAL. OBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO TEMPUS REGIT ACTUM. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. � 1. O STJ no julgamento do Recurso Especial Repetitivo 1.310.034/PR, fixou a tese de que a configuração do tempo de serviço especial é regida pela legislação em vigor no momento da prestação do serviço. � 2. Somente com a edição da Lei 9.032/1995, extinguiu-se a possibilidade de conversão do tempo comum em especial pelopossibilidade de conversão do tempo comum em especial pelo mero enquadramento profissional. � 3. Deve ser aplicada a lei vigente à época em que a atividade foi exercida em observância ao princípio do tempus regit actum, motivo pelo qual merece ser mantido o acórdão recorrido. � 4. Agravo regimental não provido. (AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 471.815 – PR. MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES. DJ 20/03/2014) DIREITO PREVIDENCIÁRIO - Tempo de serviço - Averbação/Cômputo/Conversão de tempo de serviço especial EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CERTIDÃO Certifico que a egrégia PRIMEIRA SEÇÃO, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data,processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: "A Seção, por unanimidade, recebeu os embargos de declaração, com efeitos infringentes, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.“ (Julgamento do REsp 1.310.034, de 26/11/2014, Rel. Min. Herman Benjamin. Acórdão publicado em 02/02/2015. Houve ED, adiado o julgamento em 25/03/2015) A TABELA DE CONVERSÃO APÓS A LEI 8.213/91, REGULAMENTADA PELO DECRETO 357/91: Atividades a converter MULTIPLICADORES PARA 15 PARA 20 PARA 25 PARA 30 (MULHER) PARA 35 (HOMEM) DE 15 ANOS 1,00 1,33 1,67 2,00 2,33DE 15 ANOS 1,00 1,33 1,67 2,00 2,33 DE 20 ANOS 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 DE 25 ANOS 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 DE 30 ANOS (MULHER) 0,50 0,67 0,83 1,00 1,17 DE 35 ANOS (HOMEM) 0,43 0,57 0,71 0,86 1,00 Súmula n.º 50 TNU “É possível a conversão do tempo de serviço especial em comum do trabalho prestado em qualquer trabalho prestado em qualquer período”. Precedentes: Pedilef nº 0002950- 15.2008.4.04.7158(julg.29/02/2012) Pedilef nº 2005.71.95.020660-1 (julg. 11/10/2011), Pedilef nº 2006.83.00.508976-3 (julg.02/08/2011). O CONTRATO DE TRABALHO E A APOSENTADORIA ESPECIAL � Art. 57, § 8º da Lei 8.213/91: Aplica-se o disposto no art. 46 ao Aplica-se o disposto no art. 46 ao segurado aposentado nos termos deste artigo que continuar no exercício de atividade ou operação que o sujeite aos agentes nocivos constantes da relação referida no art. 58 desta Lei. O que diz o Decreto 3.048/99? � Parágrafo único, art. 69. O segurado que retornar ao exercício de atividade ou operação que o sujeite aos riscos e agentes nocivos constantes do Anexo IV, ou nele permanecer, na mesma ou em outraou nele permanecer, na mesma ou em outra empresa, qualquer que seja a forma de prestação do serviço ou categoria de segurado, será imediatamente notificado da cessação do pagamento de sua aposentadoria especial, no prazo de sessenta dias contado da data de emissão da notificação, salvo comprovação, nesse prazo, de que o exercício dessa atividade ou operação foi encerrado. (nova redação trazida pelo Decreto Nº 8.123/13) APOSENTADORIA ESPECIAL E O CONTRATO DE TRABALHO � Aposentadoria Especial rescinde o contrato de trabalho? Como a concessão do benefício gera efeitos� Como a concessão do benefício gera efeitos retroativos desde a DER, quais as consequencias dessa concessão no contrato de trabalho? � Sendo a tutela antecipada decisão de natureza provisória, como fica o contrato de trabalho no caso de sua concessão na Aposentadoria Especial? STF. Previdenciário. Aposentadoria especial. Aposentado. Retorno voluntário às atividades de trabalho nocivas à saúde. Cancelamento automático do benefício. Lei 8.213/1991, art. 57, § 8º. Constitucionalidade. Discussão. Repercussão geral. Reconhecimento. � O STF analisará a constitucionalidade de norma que prevê o cancelamento automático da aposentadoria especial de beneficiário que retorne voluntariamente às atividades de trabalho nocivas à saúde, conforme previsão da Lei 8.213/1991 (art. 57, § 8º). Esse tema teve repercussão geral reconhecida pelo Plenário Virtual do STF. Para o INSS, autor do recurso, o afastamento «visa primeiro cuidar da saúde do trabalhador e, segundo, justificar a sua aposentadoria antecipada e, se eletrabalhador e, segundo, justificar a sua aposentadoria antecipada e, se ele puder continuar trabalhando, não haverá mais a justificativa para o privilégio frente aos outros trabalhadores em atividades comuns». «Permitir que, depois da aposentação, continuasse o segurado exercendo as atividades em ambiente nocivo, significaria transformar essa adequação em privilégio descabido, mera vantagem de circunstância», afirma. O relator do processo no STF, Min. DIAS TOFFOLI, considerou que a matéria presente no recurso extraordinário envolve o direito constitucional do livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, «bem como a determinação constitucional da vedação de critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência, ressalvados os casos de atividades exercidassob condições especiais». Diante do interesse coletivo no tema, o relator manifestou- se pelo reconhecimento da repercussão geral, tendo em vista que o julgamento terá a capacidade de solucionar inúmeros conflitos semelhantes. (Rec. Ext. 788.092)