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1 Beatriz Baldanza 3º período Patologia P2 DISTURBIOS HEMODINÂMICOS– TROMBOEMBOLISMO E CHOQUE– PROF. ISABELA -Nós sabemos que as células que compõem os nossos tecidos dependem da circulação sanguínea, é o sangue que traz O2, nutrientes, que remove os restos metabólicos, então o fluxo sanguíneo é muito importante para as células. -HEMEOSTASIA: É o processo de coagulação sanguínea que impede o sangramento excessivo após um dano ao vaso sanguíneo, ou seja, impede a hemorragia. -Isa prefere falar que a hemostasia é o equilíbrio entre não sangrar demais e não coagular demais. (sangrar demais = hemorragia/ coagular demais= formando trombos, trombose) -SISTEMA CARDIOVASCULAR: • Sistema fechado • Circula o sangue em uma só direção, dentro de vasos sanguíneos • Forças que mantêm o fluxo sanguíneo unidirecional. 1-Força contrátil do coração – Débito cardíaco -Essa força contrátil tem um sistema próprio que gera os estímulos e transmite a excitação produzida cel. a cel., nodo sinoatrial, atrioventricular, fibras de Purkinje, que estão trabalhando impulsando o sangue, os vasos também contraem, e as válvulas impedindo que o sangue volte. 2. Impulsão do sangue 3. Valvas vasculares • Fatores que influenciam o fluxo sanguíneo. 1. Plasma – viscosidade e velocidade de fluxo. 2. Elementos figurados e macromoléculas. - Distúrbios Hemodinâmicos 1. Edema 2. Congestão -Distúrbios de Coagulação 1. Hemorragia 2. Trombose 3. Embolia 4. Infarto -Hiperemia= tem a chegada de sangue em vasos normais, sangue oxigenado advindo das artérias, saindo pelas veias pobre em oxigênio. Se eu tiver com uma condição de hiperemia, vê-se que o fluxo de chegada de sangue está aumentado, os vasos ficam maiores e mais dilatados, isso geralmente acontece em inflamação, exercícios físicos no musculo esquelético. É um processo ativo, que resulta da vasodilatação arteriolar e isso aumenta o influxo de sangue naquela região, o tecido fica hiperêmico, avermelhado, mais sangue oxigenado. Congestão= mesmas condições normais. Se mantem normal o fluxo de chegada de sangue, mas diminui a saída do sangue, então o sangue venoso está ficando preso na região. É um processo passivo, com um comprometimento da saída de sangue venoso. Em uma obstrução venosa, insuficiência cardíaca isso pode estar acontecendo, acumulando um sangue desoxigenado na região, assim, a perfusão está inadequada, leva a um quadro de hipóxia na região. Se está levando à hipóxia, pode levar a morte celular e pode ter uma fibrose no tecido. 2 Beatriz Baldanza 3º período -É um corte de apêndice, que é formado por algumas camadas de tecido, sendo a última (mais externa) chamada de serosa, com tecido conjuntivo e tecido epitelial. Na serosa (na seta), está apontando para os vasos do tecido conjuntivo, que estão robustos e cheios de sangue, então tem uma hiperemia dos vasos da camada serosa. Na direita vemos os vasos com sangue, ao redor com tecido adiposo, que faz parte do tecido conjuntivo também. -Tem um pulmão, e entre os alvéolos tem acúmulo de sangue, que aconteceu porque com a diminuição da saída do sangue, a quantidade de sangue nos vasos pode gerar aumento de pressão e os vasos podem se romper e gerar uma hemorragia. Então o sangue esta represado e como ficou ali por muito tempo, os macrófagos fagocitam esse sangue e tentam degradar, e quando degrada a hemoglobina o produto de degradação é a hemossiderina, o que está apontando na seta, tendo sangue dentro e fora dos macrófagos também. -Exemplo do livro= congestão passiva crônica do fígado. Na insuficiência cardíaca, há um aumento da pressão do sangue nas veias hepáticas e pode ter o acumulo de sangue ali, assim o tecido fica com aspecto cianótico, cheio de pontos azulados (aspecto em noz moscada, isso macroscopicamente). Microscopicamente, consegue ver as áreas mais avermelhadas onde tem congestão, como é um corte corado esta vermelho. Há hipóxia e morte dos hepatócitos, e na periferia dos lóbulos ainda tem tecido preservado, mas no centro tem sangue e os hepatócitos estão sumindo por causa da morte celular. EDEMA • Conceito: acúmulo de líquido intersticial em excesso em tecidos ou cavidades do corpo. Tipos: • Inflamatório: vem de um processo inflamatorio • Não-inflamatório: vem de um desbalanço proteico ou alteraçao cardiaca, que altera as forças de Starling. -As forças de Starling são as forças que mantem o liquido constante dentro e fora do leito vascular. Temos a pressao hidrostatica, que é a pressao que o liquido exerce no vaso, uma força que muitas vezes joga o liquido para fora. Tem a pressao coloidosmotica/osmotica, é a pressao que a concentraçao de proteinas exerce para manter constante, se tem perda de liquido e as proteinas ficam mais concentradas, a tendencia é que o liquido volte para manter o equilibrio. Os vasos linfaticos são os que fazem a drenagem do liquido, fazendo com que ele retorne a circulaçao sanguinea via ducto toracico, são importantes para drenar o liquido que fica no intersctico. É comum ter quadros de edema quando o individo tem tumor linfatico, obstruindo a passagem do liquido e ele fica acumulado no insterticio. Essas forças trabalham juntas. - TRANSUDATO: Fluido do edema que se acumula devido a aumento da pressão hidrostática ou coloide intravascular reduzida; pobre em proteínas; densidade específica inferior a 1,012. - EXSUDATO: Aumento da permeabilidade vascular; rico em proteínas e células inflamatórias; com densidade específica normalmente acima de 1,020, mais amarelado, leitoso. 3 Beatriz Baldanza 3º período Fatores que levam ao edema: -Aumento da pressão hidrostática -Aumento da permeabilidade vascular/capilar -Obstrução linfática -Diminuição da pressão coloidosmótica -Alguns tipos de edema: macroscópico ❖Hidropericárdio ❖Hidrotórax ❖Hidroperitônio ❖Anasarca=edema generalizado Microscópico: – Degeneração hidrópica (edema celular ou degeneração vacuolar) é a primeira manifestação de quase todas as formas de dano celular. (Robbins & Cotran, 2015). Liquido no meio intracelular por conta de desequilíbrio no controle do gradiente osmótico a nível de membrana citoplasmática= aumento de áreas brancas no meio das células (liquido). É uma alteração reversível e não letal, pode acontecer nas falhas das bombas celulares, pode ser isoladamente ou em um órgão inteiro que fica pálido e mais pesado. RESUMO ROBBINS EDEMA • Edema é o resultado do movimento de fluido da vasculatura para dentro do espaço intersticial; o fluido pode ser pobre em proteínas (transudato) ou rico em proteínas (exsudato). •O edema pode ser causado por: -Pressão hidrostática aumentada (p. Ex., insuficiência cardíaca) -Permeabilidade vascular aumentada (p. Ex., inflamação) -Pressão osmótica coloide diminuída devido à reduzida albumina plasmática •Síntese diminuída (p. Ex., doença hepática, desnutrição proteica) • Perda aumentada (p. Ex., síndrome nefrótica) -Obstrução linfática (p. Ex., inflamação ou neoplasia) -Retenção de sódio (p. Ex., insuficiência renal) TROMBOEMBOLISMO E CHOQUE PARTE II- PROF. ISABELA -HEMORRAGIA: -Extravasamento de sangue dos vasos -Ruptura de artéria ou veia -Devido a várias doenças clinicas (diástases hemorrágicas, onde não tem lesão aparente); trauma, aterosclerose; inflamação; tumor 4 Beatriz Baldanza 3º período -Mudança de cor das equimoses: porque inicialmente tem as hemacias que extrsavasaram e ficaram abaixo do tecido epitelial, e os macrófagos do tecido conjuntivo vao fagocitar elas e vai trocar a hemoglobina pela bilirrubina= verdeado, depois por hemossiderina= marrom amarelado. -Petéquias: ficam dentro da pele, devido acasos de trombocitopenia, alteração nos vasos. -Púrpura: acontece por traumas, inflamaçao, fragilidade vascular pela idade. -Hemartrose: sangue em cavidade vascular -Qual a singnificância clinica? Depende do volume do sangue perdido, entao voce pode ter uma perda muito agressiva e o individuo pode entrar num choque hipovolemico e pode levar a obito. O local da hemorragia tambem é importantes, temos diversos tecidos com diferentes vulnerabilidades, entao, uma hemorragia subcutanea não vai ter o mesmo impacto que uma hemorragia cerebral. -Sangramentos intensos na menstruaçao, ulceras gastricas, podem gerar quadros de anemia por deficiencia de ferro, já que tem a hemoglobina que é um importante carreador de ferro no nosso organismo. • Hemostasia: –Mecanismo que garante o equilíbrio entre a coagulação excessiva (trombose) e hemorragia. –Dependente das atividades realizadas: •Parede vascular (endotélio) •Plaquetas •Cascata de coagulação: onde temos varias proteinas, produzidas principalmente pelo figado, que vao estar atuando em conjunto, se ativando, para chegar em um produto final chamado de coágulo. RESUMO ROBBINS ENDOTÉLIO E COAGULAÇÃO •Células endoteliais normais, íntegras, ajudam a manter o fluxo sanguíneo pela inibição da ativação plaquetária e dos fatores de coagulação. •As células endoteliais estimuladas por lesão ou citocinas inflamatórias fazem a regulação crescente da expressão dos fatores pró- coagulantes (p. ex., fator tecidual), que promovem a coagulação, e a regulação decrescente da expressão dos fatores anticoagulantes. •A perda da integridade endotelial expõe o fvW subendotelial e o colágeno da membrana basal, estimulando a adesão plaquetária, a ativação plaquetária e a formação de coágulo. PLAQUETAS: -São pequenos fragmentos citoplasmaticos anucleados, formados a partir da fragmenetação do megacariócito (precursor comum) -Na hemostasia as plaquetas desempenham as funções de adesão, secreção, agregação, e atividade pró- coagulante. 5 Beatriz Baldanza 3º período -Na hemostasia normal, o vaso tem a tunica intima que é o endotelio, com as celulas endotelias que estao em contato intimo com o sangue, a parte liquida que é o plasma, a parte figurada que são as celulas. Em um dado momento, esse endotelio pode sofrer uma lesão, ele vai secretar proteina endotelina, importante para a vasoconstriçao, como uma forma de restringir a quantidade de sangue que passa ali para evitar a saide de liquido do vaso e para que as celulas do sangue que estao passando entrem em contato com as celulas endoteliais, pq essas celulas vao estar expondo alguns constituintes da matriz endotelial (MEC). Um desses componentes é uma proteina chamada fator de Von Willebrand. A plaqueta tem um receptor que se liga a esse fator, entao com a vasocontriçao existe uma maior chance da plaqueta perceber essa fator, que se liga, e ela é ativada e altera o seu formato e libera constituintes dos seus granulos (adenosina difosfato, tromboxanos) que servem para ativar e recrutar novas celulas para formar uma tampao hemostatico, que é uma rede com varias plaquetas juntas para tentar estancar esse sangue. -Entra na hemostasia secundaria, que esta relacionada a cascatas de coagulaçao, via intrinseca e via extrinseca. Começando pela intrinseca ou chamada de via de contato, porque para iniciar tem proteinas já presentes no plasma, como colageno, fosfolipideos de membrana, e são essas que vão ativar a primeira enzima, o fator 12. -O colágeno ou outros ativados, qualquer coisa que seja negativamente carregada, ativa o fator 12, que ativa o fator 11, que ativa o fator 9, ate chegar no fator 10, entao ele vai precisar de uma ajuda da via extrinseca, o outro lado da cascata. -A via extrinseca ou chamada tambem de via de lesao celular, vai começar quando tiver uma lesao tecidual, pois vai expor um fator tecidual chamado de tromboplastina tecidual ou fator 3, que ativa o fator 7, que vai iniciar toda essa vida. -Fator 7 junto com o fator 9, vai ativar o fator 10, que vai promover a conversao de protrombina em trombina. -Essas duas vias convergem para uma via comum, que tem proteinas que vao se ativando na presença do cofator calcio -O objetivo é gerar um coagulo de fibrina, entao elas se unem para produzir a trombina, ela vai converter o fibrinogenio em polimeros insoluveis de fibrina, e ai essas fibras de fibrina que vao fazer parte do nosso coagulo. -A própria cascata se retroalimenta (retroalimentaçao positiva). -Problema hepatico: problemas na coagulaçao sanguinea, devido a deficiencia da produçao dessas proteinas. -Doença de Von Willebrand: doença genetica que o paciente não tem esse fator e tem dificuldades de coagular, doença diferente da hemofilia, a qual o problema é nos fatores da cascata de coagulação, que ta relacionado a mutaçoes em um ou outro desses fatores. Coágulo está estancando o sangue. RESUMO ROBBINS ADESÃO PLAQUETÁRIA •A lesão endotelial expõe a MEC da membrana basal subjacente; as plaquetas aderem à MEC, principalmente, por ligação dos receptores de GpIb plaquetária ao fvW. •A adesão leva à ativação plaquetária, um evento associado à secreção dos conteúdos de grânulos plaquetários, incluindo cálcio (um cofator para as várias proteínas de coagulação) e ADP (um mediador de mais ativação plaquetária); alterações drásticas de forma e composição da membrana; bem como ativação dos receptores GpIIb/IIIa. •Os receptores GpIIb/IIIa nas plaquetas ativadas formam ligações cruzadas em ponte com o fibrinogênio, levando à agregação plaquetária. •A concomitante ativação de trombina promove a deposição de fibrina, cimentando o tampão plaquetário em posição. 6 Beatriz Baldanza 3º período -Sistema Fibrinolítico: -A medida que eu tenho o reparo do endotelio, é necessario desintegrar esse coagulo, pois são só correçoes temporarias. As células endoteliais sintetizam o ativador de plasminogênio do tipo tecidual, uma protease que cliva plasminogênio para plasmina; esta, por sua vez, cliva a fibrina para degradar os trombos. (fibrinólise/ alguns autores classificam como hemostasia tercriária) -Na hemostasia normal, é necessario essa quebra da rede de fibrina, chamado de contrarregulação antitrombótica. Se mantiver o coágulo que está obstruindo a luz do vaso, precisa da fibrinólise, e é necessario tambem bloquear a cascata de coagulação, existem fatores antitrombina, proteinas C e proteinas S, que são importantes para desligar a cascata, para que não haja trombo. RESUMO ROBBINS FATORES COAGULAÇÃO •A coagulação ocorre via conversão enzimática sequencial de uma cascata de proteínas circulantes e localmente sintetizadas. •O fator tecidual elaborado em locais de lesão é o iniciador mais importante da cascata de coagulação in vivo. •No estágio final de coagulação, a trombina converte fibrinogênio em fibrina insolúvel que contribui para a formação do tampão hemostático definitivo. •A coagulação normalmente é restrita aos locais de lesão vascular por: -limitar a ativação enzimática às superfícies fosfolipídicas por meio de plaquetas ativadas ou endotélio -anticoagulantes naturais elaborados em locais de lesão endotelial ou durante a ativação da cascata de coagulação -expressão de trombomodulina em células endoteliais normais, que ligam trombina e a convertem em anticoagulante -ativação das vias fibrinolíticas (p. ex., pela associação de ativador de plasminogênio tecidual com fibrina) Propriedades Antitrombóticas: ❖Objetivo: garantir ambiente condutivo ao fluxo sanguíneo líquido, que flua normalmente pelo leito capilar. ❖Mecanismos: 1. Bloqueio da adesão e agregação plaquetária. 2. Interferir na cascata de coagulação. 3. Lise ativa dos coágulos.• FUNÇÕES DO ENDOTÉLIO: -Antiplaquetárias: Se ele estiver intacto, não vai haver ativaçao das plaquetas, e não vao aderir ao endotelio. Ele intacto tambem secreta oxido nitricos e prostaciclina, que vao vasodilatores (o primeiro passo era a vasoconstriçao, impedindo a agregação) -Efeito anticoagulante (inativam a trombina) (Inativam a cascata): 1. Moléculas semelhantes a heparina. 2. Trombomodulina. -Efeito fibrinolítico: Ativador do plasminogênio semelhante ao tecidual (t-PA), ele que age impedindo que o plasminogênio vire plasmina, e plasmina faça fibrina. Propriedades Trombóticas: ❖ Efeito plaquetário: Lesão endotelial leva a adesão plaquetária – Fator de Von Willebrand (wWF) ❖Efeito pró coagulante: Sintetiza fator tecidual (fator 3) – ativa via de coagulação extrínseca. ❖Efeito antifibrinolítico: Inibidores do ativador de plasminogênio – limitam a fibrinólise 7 Beatriz Baldanza 3º período Como avaliar a função dos componentes da coagulação? -Exames de hemostasia: • Avaliação de alterações vasculares (prova do laço-teste de triagem para dengue) • Avaliação de alterações plaquetárias (testes de morfologia das plaquetas e o número) • Avaliação de alterações envolvendo os fatores de coagulação (coagulograma) • Exames que medem a cascata. TAP que é o tempo de protrombina, que se adiciona o fator 3 e cálcio para avaliar a via extrínseca; TTPA tempo de tromboplastina parcial ativada, vai dar fosfolipídios e cálcio, para avaliar a intrínseca. • Trombo: é uma massa sólida formada na luz dos vasos ou do coração com os elementos do sangue durante a vida. • Trombose: é o processo de formação do trombo, que seriam massas compostas por células e outros elementos do sangue, que vão se acumular e obstruir a luz do vaso. -Três principais anormalidades que levam à formação de trombo (chamada de tríade de Virchow): •A principal é a lesão endotelial, que vai estar diretamente estimulando a formação de trombo. •Fluxo sanguíneo anormal: violento ou estático. •Hipercoagulabilidade. LESÃO ENDOTELIAL: -Influencia dominante -Exposição da MEC subendotelial -Perdas de propriedades fisiológicas do endotélio ALTERAÇAO DO FLUXO SANGUINEO -Turbilhonamento: ocasionado por problemas cardíacos -Estase: rompe o fluxo laminar; impede a diluição dos fatores de coagulação ativados; promove ativação celular endotelial fazendo com que as células entrem em contato com o endotélio. *anemia falciforme, facilita que uma hemácia se junta a outra, e auxilia na formação de coagulo, porque tende a impedir o fluxo sanguíneo, com regiões de estase. Policitemia: hiperviscosidade do sangue pela alta produção de células sanguíneas, e ele vai viscoso tende a promover a estase=ativação do endotélio=formação do trombo. HIPERCOAGULABILIDADE: Distúrbios primários: -Mutação do fator 5 da cascata (doença de Leiden) que torna ele mais resistente a proteína C, que é a proteína que desliga esse fator da cascata: 1. 60% das TVPs (trombose venosas profundas) recorrentes. 2. Risco 50x maior de uma pessoa sem a mutação. Distúrbios secundários (adquiridos): -Multifatoriais: tabagismo, neoplasia, anticoncepcionais orais (maior produção dos fatores da cascata), gestação (peso da barriga faz aumentar a pressão dos vasos), obesidade (propensa a fazer mais inflamação, aterosclerose, estagnando sangue). -PRÁTICA: visualizar vaso obstruído, camadas que alternam plaquetas e fibrina (linhas de Zahn) e as hemácias (camadas mais escuras). O trombo vai estar agarrado na túnica intima, que está na luz do vaso. Características do trombo; -Arteriais: turbulência e dano endotelial; progressão retrógadas (sangue voltando); coronárias, cerebrais e femorais. -Venosos: estase; progressão retrograda (também retrograda); redução da eliminação dos mediadores locais; veias profundas, plexos venosos. Os trombos podem se propagar, se resolver, pode ter quadros que o trombo vai se soltar e parar em outro local (embolia), pode se 8 Beatriz Baldanza 3º período organizar de uma forma que o próprio endotélio vai adotar esse trombo e ele fica alojado ao vaso, pode se organizar de uma forma que se ele estiver obstruindo toda a luz do vaso, ele pode gerar falsas luzes (dentro do próprio trombo), geradas por enzimas. RESUMO ROBBINS TROMBOSE •O desenvolvimento de trombo normalmente se relaciona a um ou mais componentes da tríade de Virchow: -Lesão endotelial (p. ex., toxinas, hipertensão, inflamação ou produtos metabólicos) -Fluxo sanguíneo anormal, estase ou turbulência (p. ex., devido a aneurismas, placa aterosclerótica) -Hipercoagulabilidade: primária (p. ex., fator de Leiden, aumento da síntese de protrombina, deficiência de antitrombina III) ou secundária (p. ex., repouso no leito, dano tecidual, malignidade) •Os trombos podem se propagar, resolver-se, tornar-se organizados ou embolizar. •A trombose causa lesão tecidual por oclusão vascular local ou embolização distal. TROMBOEMBOLISMO E CHOQUE- PARTE III- PROF. ISA EMBOLIA: -Massa intravascular sólida, liquida ou gasosa, que é carregada pelo sangue a um local distante de seu ponto de origem. -Caso aloje-se em um vaso causando oclusão completa, levam a necrose isquêmica ↠ INFARTO. -Tipos: 1. Tromboembolismo pulmonar, sistêmico. 2. Embolia gasosa, gordurosa, amniótica. Embolia Pulmonar • Fonte habitual são as veias profundas da perna – Flebotromboses. Os trombos ou fragmentos são transportados por canais maiores e atravessam o lado direito do coração e param na musculatura pulmonar. • Doença tromboembólica mais comum, maioria das vezes silenciosa, dependendo do tamanho. Maioria são pequenos. Tromboembolismo Sistêmico • Êmbolos na circulação arterial, desloca para qualquer parte do corpo. • Surgem dos trombos murais intracardíacos (câmaras cardíacas); 9 Beatriz Baldanza 3º período • As consequências da embolização dependem do calibre do vaso ocluído, do suprimento colateral e da vulnerabilidade do tecido afetado à anóxia (células lábeis, estáveis, perenes). Embolia Gordurosa • Glóbulos de gordura – por vezes associados à MO hematopoiética–podem ser encontrados na vasculatura pulmonar após fratura de osso longo; •Todos os ossos longos ao nascimento têm a medula óssea hematopoiética, à medida que vai crescendo a quantidade de ossos que faz esse papel diminui. Esses ossos que não fazem mais estão ocupados por tecido adiposo. •Taquipneia, dispneia, problemas cardíacos, coma, óbito. Embolia gasosa: • Bolhas de gás na circulação podem aglutinar e obstruir o fluxo vascular causando lesão isquêmica. • Comum em pessoas que trabalham com construções submarinas, em aeronaves não pressurizadas, mergulho (“doença do mergulhador”). Quando a pessoa sobe rápido para a superfície, tem a expansão do gás na circulação e acontece a obstrução do fluxo pelo embolo gasoso. Tratamento com câmeras de alta pressão, que faz uma descompressão lenta e permitindo a reabsorção do gás na circulação. Embolia de líquido amniótico: • Durante o parto, há entrada do líquido amniótico (e seus conteúdos, ex.: lanugem, células da pele do feto - células orangiofilas) na circulação materna via lacerações nas membranas placentárias e/ou ruptura da veia uterina, leva ao quadro dessa embolia, com dispneia e choque hipotensivo, coma e óbito. RESUMO ROBBINS EMBOLIA •Um êmbolo é uma massa sólida, líquida ou gasosa transportada pelo sangue para um local distante de sua origem; em sua maioria são trombos desalojados. •Os êmbolos pulmonares derivam principalmente de trombos de veia profunda na extremidade inferior; seus efeitos dependem sobretudo de seu tamanho e da localização em que se alojam. As consequências podem incluirinsuficiência cardíaca direita, hemorragia pulmonar, infarto pulmonar ou morte súbita. •Os êmbolos sistêmicos derivam principalmente de trombos murais cardíacos ou valvulares, aneurismas aórticos ou placas ateroscleróticas; para um êmbolo causar infarto tecidual, isso dependerá do local da embolização e da presença ou ausência de circulação colateral. INFARTO: Infarto é uma areia de necrose originada em distúrbio circulatório, podendo ser por: ✓Trombose e embolia ✓Vasoespasmo: o vaso perde o tônus e perde a capacidade do controle de pressão, que altera a chegada de sangue em determinado local. ✓Compressão vascular, e impedindo o fluxo. ✓Torção vascular -Classificação: • Infarto séptico: -Acontece quando o tecido necrótico de um infarto é contaminado com bactérias. •Infarto vermelho: -Órgãos de dupla circulação, tecidos frouxos e em obstruções venosas -Vermelho por ter hemácias 10 Beatriz Baldanza 3º período -Reperfusão. Tem a obstrução venosa, e quando o fluxo é reestabelecido pode ter uma reperfusão, de uma forma mais agressiva, e por conta da pressão do vaso o sangue pode extravasar, com áreas de hemorragia. • Infarto branco (pálido) -Órgãos de circulação terminal e parenquimatosos. -Tem a interrupção do suprimento sanguíneo, sem ninguém tentando compensar a demanda, morte celular. • Fatores Determinantes: – Anatomia do suprimento vascular (dupla circulação ou não). – Velocidade de desenvolvimento da oclusão ou tempo até reestabelecer. – Vulnerabilidade do tecido à hipóxia. –Hipoxemia: sangue arterial com concentração baixa de O2 em altas atitudes por exemplo, com uma tensão de O2 mais baixa. RESUMO ROBBINS INFARTO •Os infartos são áreas de necrose isquêmica causada com mais frequência por oclusão arterial (tipicamente por trombose ou embolização); a obstrução do fluxo de saída venoso é uma causa menos frequente. •Os infartos causados por oclusão venosa ou que ocorrem em tecidos esponjosos são tipicamente hemorrágicos (vermelhos); aqueles causados por oclusão arterial em tecidos compactos são tipicamente pálidos (brancos). •Para ser causado por oclusão vascular, o infarto tecidual terá de sofrer a influência dos suprimentos sanguíneos colaterais, da velocidade de desenvolvimento da obstrução, da suscetibilidade intrínseca do tecido à lesão isquêmica e da oxigenação sanguínea. CHOQUE • Se caracteriza por hipoperfusão sistêmica dos tecidos; • Pode ser causado por diminuição do débito cardíaco ou do volume sanguíneo circulante efetivo. • As consequências são o comprometimento da perfusão tecidual e a hipóxia celular. 1) Choque cardiogênico (falha da bomba): • Baixo débito cardíaco decorrente de falha da bomba miocárdica. • Pode ser causado por dano miocárdico (infarto), arritmias ventriculares, obstrução do fluxo de saída (embolia pulmonar). 2) Choque hipovolêmico (falha do conteúdo): • Baixo débito cardíaco decorrente da perda de volume sanguíneo ou plasmático ➢ Hemorragia, externa ou interna ➢ Perda de fluidos → desidratação intensa 11 Beatriz Baldanza 3º período 3) Outros tipos: A) Choque neurogênico: perda de tônus vascular associada à anestesia ou secundária à lesão da medula espinhal, perdendo capacidade de controle da pressão. B) Choque endotóxico: resposta imune sistêmica à infecção microbiana, toxinas bacterianas, fúngicas. Causadora de sepse, resposta imune exacerbada, morte em 24hrs C) Choque anafilático: vasodilatação sistêmica e aumento da permeabilidade vascular que é deflagrado por uma reação de hipersensibilidade mediada por IgE (Alergias). Ex.: Absorvente interno: o absorvente encharcado de sangue é um meio de cultura excelente para bactérias, e a microbiota vaginal é colonizado por bacilos, bactérias, e em condições patológicas tem alguns agentes oportunistas. Essas bactérias produzem toxinas que ativam o sistema imunológica, levando ao quadro de choque endotóxico. RESUMO ROBBINS CHOQUE •O choque é definido como um estado de hipoperfusão tecidual sistêmica por redução de débito cardíaco e/ou de volume sanguíneo circulante efetivo. •Os principais tipos de choque são: cardiogênico (p. ex., infarto do miocárdio), hipovolêmico (p. ex., perda de sangue) e séptico (p. ex., infecções). •O choque de qualquer tipo pode levar à lesão tissular hipóxica se não corrigido. •O choque séptico, de qualquer forma, é causado pela resposta do hospedeiro a infecções bacterianas ou fúngicas; caracteriza-se por ativação das células endoteliais, vasodilatação, edema, coagulação intravascular disseminada e desarranjos metabólicos. NEOPLASIA - PARTE I - PROF. ADYMILA “Proliferações de clones celulares cuja reprodução foge ao controle normal, que tendem para um tipo de crescimento autônomo e progressivo, como também para a perda de diferenciação." -Clone: não necessariamente são iguais, mas provem da mesma célula. -Cada câncer tem seu comportamento, seu perfil molecular, tem sua via de mutação. -Angiogênese: cria vasos para se nutrir. -Cresce muito e não consegue dar conta de nutrir pode gerar áreas de necrose, sendo considerado bem agressivo. Em quimioterapias surgem essas áreas também, por matar as células. -Perdeu diferenciação, indiferenciado: o tumor está proliferando muito, ele não quer mais diferenciar e assim prolifera. Conceitos gerais: Tumor: algo que cresce na pessoa (ex.: edema) Neoplasia: todo crescimento celular. Câncer Parênquima (importância na nomenclatura) Células neoplásicas Estroma de sustentação: tecido conjuntivo, é o que sustenta e nutre o parênquima. Ele tem que se mudar completamente com o crescimento das células. Ele nem sempre é maligno, mas sofre mudanças. 12 Beatriz Baldanza 3º período Desmoplasia: tecido conjuntivo modificado, porque o tumor produz enzimas para poder digerir esse tecido conjuntivo, as vezes ele se mostra fibroso pois tem muita inflamação. -Na lâmina, se o estroma estiver denso é desmoplasia. Nomenclatura: Neoplasias benignas: -Só chama neoplasia por ser crescimento de célula, não faz metástase, não perde diferenciação, não ganha mutação. Pode ganhar um estimulo a mais para proliferar, mas um estimulo sem grandes mutações, crescendo devagar, e podendo ter um efeito de compressão e não efeito de infiltração. -Não epiteliais (mesenquimais): nome da célula de origem + “omas”. Ex.: cartilagem (condrócito + oma= condroma), tecido conjuntivo, osso (osteoma), tecido adiposo (lipoma), músculo liso (mioma ou leiomioma) esquelético (rabdomioma). -Epiteliais (arquitetura): adenomas (tumor que forma glândula), papilomas (tumor que fez uma papila), cistoadenoma (cisto é um conteúdo liquido- fez glândula e cisto). -Se formar em tecidos que já são glandulares (gástrica, intestinal, parênquima mamário, tireoide): adeno alguma coisa. Se ele é um tumor que resolveu formar glândula, é chamado de adeno alguma coisa também. -Linfoma, melanoma: exceções da benignidade *cistoadenoma de ovário* -Na pratica fica mais roxo devido a proliferação dos núcleos, que se tornam hipercromasia, ficando mais corado. Neoplasias malignas= câncer: -Não epiteliais– “sarcomas”. Ex.: condrosarcoma, osteossarcoma, leiomiossarcoma, rabdomiosarcoma. -Epiteliais – Carcinomas. Ex.: adenocarcinoma. Biologia dos Tumores: 1.Transformação maligna: sofrer mutações, dado genético hereditário ou adquirido. 2.Crescimento: proliferação por causa da mutação. 3. Invasão local: invadiu o estroma por ex. 4. Metástase à distância. Ex.: tumor do estomago com metástase no cérebro. -Invasão e metástase é certo da malignidade. -Processo de iniciação: a primeira célula que se transforma de forma maligna. -Processo de promoção:célula inicial com outras células, podendo ser de vários tipos de mutação. Cresce. -Progressão tumoral: depois de crescer, vai ganhando outras capacidades e vai progredindo no organismo, metástases. Diferenciação: -O tecido normal tem dois tipos celulares: grupo de células que faz a diferenciação dando a especialização do tecido; e grupo que faz a proliferação ou reposição celular quando precisar. Uma neoplasia maligna quer proliferar, então a tendência é ir perdendo essas células que são diferenciadas pra que essas células q tem mais diferenciação, especialização vão ganhando mais capacidade proliferativa. Tumor tem tendência 13 Beatriz Baldanza 3º período em perder sua diferenciação. No diagnóstico é obrigatório falar se ele é bem diferenciado (muito parecido com o tumor de origem, ter ainda capacidade de especialização, capacidade proliferativa baixa), moderadamente diferenciado (meio a meio) ou pouco diferenciado (está perdendo a diferenciação, perdendo as características que lembram o tecido de origem, ganha mais capacidade de proliferar, menos diferenciação, tem pior comportamento e prognóstico). -Conceito morfológico e funcional. -Neoplasias benignas X malignas. Anaplasia: o tumor ganha características histológicas que fazem saber que é um tumor maligno. Quanto mais anaplásico, menos diferenciado é, e mais característica morfológicas de malignidade vai tendo. -A célula vai ganhando características diferentes para ser chamada de anaplasia. -Na esquerda, é o epitélio normal, e direita o neoplásico. -O neoplásico é maior, mais desorganizado, perde estratificação, e toda a área tumoral é roxo ao microscópio porque uma das marcas de neoplasia maligna é a inversão da relação núcleo citoplasmática, ganho de mais núcleo e perda de citoplasma, pois quem manda é o núcleo. -Alterações morfológicas: 1) Pleomorfismo: Variação de tamanho e forma. Quanto mais pleomórfico, mais anaplasia vai ganhando. 2) Alterações nucleares -Hipercromasia: condensação cromatínica maior, tenta condensar a cromatina para tentar proteger e depois tentar proliferar -Aumento de tamanho -Formato irregular -Nucléolos grandes e em maior quantidade: tem que fazer muita codificação proteica para tentar multiplicar mais -Núcleo de uma célula de um carcinoma papilífero da tireoide. Núcleo mais rosado. Inclusão intranuclear: responsável pelos diagnósticos. 3) Mitoses -Grande número de mitoses (Sempre malignos?) Alguns tipos de tecidos tem a capacidade de se proliferar, com mitoses típica, então, nem todo tecido com alto número de mitose é maligno, as vezes é a sua característica própria. Mas mitoses atípicas é provável de ser maligno. -Mitoses atípicas ou bizarras -A base da quimio é frear a proliferação, então em tecidos com alto índice mitótico tem chance de a quimio agir sobre eles. 14 Beatriz Baldanza 3º período 4) Perda da polaridade: Crescimento anárquico, desorganizado. 5)Outras alterações -Células tumorais gigantes: células malignas em conjunto. -Necrose isquêmica. -Os tumores que proliferam muito pode ser que a quantidade de vaso sanguíneo não consegue suprir o tamanho todo dele, ocorrendo necrose, ou seja, é um tumor que está crescendo muito e com deficiência de oxigênio. Quimioterapia faz morte celular, fazer a diferenciação se o paciente já está em tratamento e por isso apresenta essas áreas de necrose ou não. Displasia -Fenômeno pré neoplásico -Não existe displasia maligna, a displasia nem sempre se transforma em câncer. Displasia de grau 3: carcinoma em situ: tem que tratar cirurgicamente, não é câncer, ele não invadiu. -Perda de uniformidade e orientação arquitetural -NÃO INVASIVA -Adjacente a áreas de neoplasia invasiva – sucessão de mutações -Quando tem uma carcinogênese, que nasce de um fenômeno displasico, quer dizer que ele vai ganhando mutações com o tempo, e vai chegar um momento que essas mutações são tão expressivas que vai romper a membrana basal. -Copo vazio é o tecido normal, e a água são os processos de displasia que vai crescendo e tomando conta do tecido. Na hora que a água extravasa do copo tem o câncer. Ritmo de crescimento: -As células, independentemente do tempo, conseguem fazer 30 divisões, com as mutações acontecendo e se somando a isso, formando uma quantidade de tecido referente a 1grama de células, aproximadamente 1 15 Beatriz Baldanza 3º período milhão de células. Só quando tem essa quantidade de célula é possível fazer o diagnóstico de câncer. Para parecer em um exame de imagem, com certeza esse tumor já começou a se proliferar há tempos, e a maior parte desse tumor não faz diagnostico. Rastreamento: diagnóstico precoce. Quanto mais precoce se chega mais perto do 1g, pois ao chegar nesse 1 grama é necessário apenas de mais 10 divisões para se transformar em 1 kg e 1 bilhão de células, essa quantidade de células é incompatível com a vida, porque é um tumor com muita chance de metástase e de ser incurável. A maior parte do ritmo de crescimento do tumor não se faz diagnostico, quando tem diagnostico já começou tem tempo. -Mais precoce mais evita a progressão. Na proliferação mais variantes tumorais vão nascendo a partir dele, e quando fica bem formado tem várias características diferentes. -Tempo de duplicação. -Percentual de células em proliferação – fração de crescimento. -Células perdidas no crescimento da lesão, pode ter necrose. -Células tumorais entram no ciclo celular com mais facilidade. Fração de crescimento: -Fase Inicial (sem diagnóstico) X Fase tardia -Fase clínica – até 20% da FC: já cresceu, o que crescer a partir de agora tem capacidade de fazer uma depleção metabólica total do paciente, podendo morrer. -Razão Produção ∕ Perda =Velocidade do crescimento tumoral. *Tumores capsulados é contraindicado biópsia com agulha grossa, pode perfurar a capsula e deslocar as células tumorais e fazer a disseminação. Tireoide, ovário Fração de crescimento: -Importância clínica -Susceptibilidade a Quimioterapia (Evolução - Droga alvo- mutação- estudo da biologia molecular). Com pouco índice de crescimento não tem essa susceptibilidade. -Tumor benigno: sempre cresce mais lento? Depende do tipo de tumor. Ex.: tumor de tecido que já não tem a capacidade de proliferação pré existente, pode ser que ele prolifere mais lentamente. Invasão local Cápsula: é uma reação inflamatória que o tecido conjuntivo sofre oriunda da resposta dele ao tumor, e cria esse envoltório. -É bom ter capsula. É um tecido fibroelástico que envolve o tumor, segura ele de crescer e invadir. Melhor cirurgicamente. -Benignos -Malignos – relação com velocidade do crescimento -Importância clínica – ressecabilidade cirúrgica -Critério de malignidade: pela invasão da cápsula. Não necessariamente todos os tumores que tem cápsula tem que invadir para ser maligno, mas alguns só pelo fato de invadir é um critério. Se ele rompe com certeza é, mas se não rompe também pode ser maligno. Tireoide precisa romper, Sarcoma pode ser maligno e não precisa romper. 16 Beatriz Baldanza 3º período -Tem que avaliar bem pelo tipo de tratamento, diagnóstico, como a biópsia falado acima. Critérios de malignidade: exemplos -Carcinoma papilífero da tireoide: ter a inclusão do núcleo. -Carcinoma folicular da tireoide: invadir a capsula. -Câncer de mama: perder membrana basal e proliferar ducto um próximo ao outro. -Adenocarcinoma: glândula invadindo saindo da mucosa até muscular. Metástases: -Implantes descontínuos (Fisicamente descontínuo). Pior prognostico, o tumor cresceu o suficiente para que ele seja um tumor maduro, realmente maligno. Uma metástase pode gerar outrasmetástases. -Fatores de predição: 1. Agressividade 2. Fatores de crescimento 3. Tamanho: geralmente os tumores maiores tem mais chance de gerar, mas não é regra. Só de ser maligno já tem chance. - “Pequenos tumores, grandes metástases”. Ex.: microcarcinoma de tireoide de 2mm com metástase no linfonodo cervical do paciente. Vias de disseminação Linfática: -Via mais comum de disseminação inicial dos carcinomas. -Sarcomas também a usam. -Padrão de comprometimento dos linfonodos segue a via usual de drenagem linfática. -Linfonodo: glândula crescendo dentro dele, metástase ganglionar, adenocarcinoma. -Técnica de linfonodo sentinela: usado muito para mamas: é injetado um corante azul próprio no tumor da mama, guiado por ultrassom, faz uma massagem, espera uns dias e faz a abordagem axilar, ao encontrar o ponto azul é o linfonodo que foi marcado, que é o primeiro linfonodo de drenagem do tumor, que é estudado, e se for negativo não faz o esvaziamento axilar, pois a chance de ter metástase axilar é muito pequena. Hematogênica: -O tumor fica dentro do vaso, e viaja pelo corpo. -Típica dos Sarcomas -Acontece também nos Carcinomas -Acontece mais em veias -Metástases mais comum em pulmão e fígado. 17 Beatriz Baldanza 3º período Implante em cavidade: -Existem tumores que soltam êmbolos que fazem a carcinomatose peritoneal, via de disseminação de metástase. “Abri o paciente e só tinha câncer” RESUMO ROBBINS TUMORES BENIGNOS E TUMORES MALIGNOS • Os tumores benignos e malignos podem ser distinguidos de outros com base no grau de diferenciação, taxa de crescimento, invasividade e disseminação distante. •Os tumores benignos assemelham-se ao tecido de origem e são bem diferenciados; os tumores malignos são mal ou completamente indiferenciados (anaplásicos). •Os tumores benignos são de crescimento lento, enquanto os tumores malignos geralmente crescem mais depressa. •Os tumores benignos são bem circunscritos e têm uma cápsula; os tumores malignos são mal circunscritos e invadem os tecidos normais circundantes. •Os tumores benignos permanecem localizados no sítio de origem, enquanto os tumores malignos são localmente invasivos e metastatizam-se para locais distantes. RESUMO ROBBINS EPIDEMIOLOGIA •A incidência de câncer varia com idade, raça, fatores geográficos e antecedentes genéticos. Os cânceres são mais comuns nos dois extremos de idade. A variação genética resulta, principalmente, de diferentes exposições ambientais. •A maioria dos cânceres é esporádica, mas alguns são familiares. A predisposição aos cânceres hereditários pode ser autossômica dominante ou autossômica recessiva. A primeira normalmente está ligada à herança de mutação de linhagem germinativa de genes supressores do câncer, enquanto a última está tipicamente associada a defeitos herdados no reparo do DNA. •Os cânceres familiares tendem a ser bilaterais e surgem em fase mais precoce na vida do que suas contrapartes esporádicas. •Sabe-se que algumas doenças adquiridas, conhecidas como desordens pré-neoplásicas, estão associadas a aumento de risco de desenvolvimento de câncer. 18 Beatriz Baldanza 3º período BASE MOLECULAR CÂNCER- PROF. ADYMILA -Cada neoplasia está vinculada a uma base molecular diferente, cada neoplasia tem seu rearranjo genético que vai ser responsável pela multiplicação celular e origem do tumor. -Todo câncer é genético, não necessariamente hereditários, sendo a minoria dos casos. -CONCEITOS: 1.O dano genético não letal (para a célula) encontra-se no cerne da Carcinogênese. 2.O tumor é formado pela expansão clonal de uma única célula precursora que sofreu lesão genética. (Já entendemos que o clone pode não ser igual a célula de origem). 3.Genes alvos dos danos genéticos são: Proto-oncogenes (gene responsável pelos processos de multiplicação celular), Genes supressores de Tumor (guardião de genoma), Genes reguladores da morte programada (apoptose) e Genes de reparo do DNA. 4.A Carcinogênese é um processo em múltiplas etapas (fenotípico e genotípico) – Progressão tumoral. Processo de desdiferenciação: mudança de diferenciação. -Alterações essenciais para a transformação maligna “The Hallmarks of câncer”: 1. Auto-suficiência nos sinais de crescimento. 2. Insensibilidade aos sinais inibitórios do crescimento 3. Evasão da apoptose 4. Potencial infinito de replicação 5. Angiogênese mantida 6. Capacidade de invadir e metastatizar 1) Auto-suficiência nos sinais de crescimento: Oncogenes - Conceitos importantes: 1. Proto-oncogene Oncoproteína 2. Oncogene -Para controlar o ciclo celular da mitose, ele tem vários pontos de indução. -A célula neoplásica precisa agir sobre esses processos, mudando-os, sofrendo mutações, podendo ser por amplificação genética, rearranjo, deleção. Mas, uma vez gerada as mutações, vai ser formado uma oncoproteína que vai transformar o proto-oncogene em um oncogene. -Proto-oncogene causa câncer? NÃO, todo mundo tem de maneira normal. Ele mutado se torna oncogene, que vai ser um gene responsável pelas alterações moleculares que vão dar a base dessa autossuficiência e qualquer um desses sinais de crescimento. -Proliferação celular normal: 1.Ligação com fator de crescimento na membrana celular 2. Ativação transitória do receptor do fator de crescimento com ativação de ptn transdutora de sinais 3.Transmissão do sinal ao núcleo 4.Indução e ativação dos fatores nucleares reguladores 5.Entrada e progressão da célula no ciclo celular. Proliferação. Proteínas codificadas por um proto-oncogene 19 Beatriz Baldanza 3º período Fatores de Crescimento (FC): estimulam a proliferação. -Células neoplásicas sintetizam os FC que são responsivas, e quanto mais FC maior a chance de reproduzir. -Frequentemente não está mutado, mas são superexpressos por outros oncogenes mutados. Receptores do Fator de Crescimento: -São proteínas transmembranas que são transitoriamente ativadas. -As formas mutantes liberam sinais mitogênicos contínuos. -Mais comum do que as mutações são as superexpressões de formas normais => amplificação gênica. Quanto mais receptor = mais consegue fazer a célula crescer. Ex: EGF (Fator de crescimento epidérmico – Ca de Pulmão), GBM (gliobastomamultiforme- tumor cerebral severo) e Ca de Cabeça e pescoço. HER 2/ NEU mutação– superexpressão dos receptores – tumor cresce mais - 25 a 30% dos Ca de Mama – mau prognóstico, existe droga alvo. -Ca de mama o fator de crescimento é estrogênio, hormonal. A mulher já tem o hormônio circulando normalmente, aí o número de receptores é aumentado e assim, mais hormônio é recebido, e quanto mais hormônio mais proliferação. -Proteínas Transdutora de Sinal: Recebem sinal externo e transmite ao núcleo. Exemplo: Oncogene RAS: -A mutação da família de genes RAS é a anormalidade isolada mais comum dos oncogenes dominantes nos tumores humanos (15 a 20%). -HRAS, KRAS e NRAS -90% dos Adenocarcinomas de Pâncreas e Colangiocarcinoma (carcinoma de vias biliares intra e extra hepáticas). -50% dos Tumores de Cólon, Endométrio e Tireoide. -30% dos Tumores de Pulmão e Leucemias Mieloides. -KRAS mais estudado para Ca de intestino. -O receptor recebe o sinal e ele vai pro núcleo. Esse sinal entra no núcleo e manda crescer. O receptor se fecha e inativa esse sinal, para não encher de sinais de crescimento. -Esse gene RAS controla a transdução do sinal até o núcleo. Com a chegada do sinal de crescimento, entra pelo receptor e esse gene ganha um fosfato e fica ativado, levando o sinal até o núcleo, após isso, ele perde o fosfato e volta à sua forma inativa. Se ocorrer mutações nesse gene, ele nunca vai ser inativado,ficando ativo o tempo todo, fazendo com que a célula prolifere muito. Mutação de estimulação. 2) Insensibilidade aos sinais inibitórios do crescimento e o escape da senescência: Genes supressores de tumor Freio à proliferação celular. -P53 (Normal): -Durante o ciclo celular, a p53 verifica a ocorrência de mutações na sequência genética da célula). Se ocorrer mutação, a proteína p53 ativa as proteínas de reparação do DNA. Se o DNA estiver muito danificado acumula-se um alto nível de p53 induzindo a apoptose ou até mesmo a senescência celular (a célula fica quieta, não prolifera) -Mutação no p53 (mutação em ambos alelos células somáticas): 20 Beatriz Baldanza 3º período -Mutar o gene que faz reparo, pois se faz um reparo correto, não deixa o DNA multiplicar de uma forma errada. P53 guardião do genoma. -Cerca de 50% dos tumores apresentam mutação em tal gene. -70% dos cânceres de cólon. -30 a 50% dos cânceres de mama. -50% dos cânceres de pulmão. -A presença de apenas um alelo mutante aumenta a predisposição ao Câncer: 25 vezes maior de desenvolver Ca após os 50 anos => Síndrome de Li-Fraumeni (síndrome genética, mutação de um alelo, síndrome familiar, tem toda a possibilidade de ter câncer), Ca de Mama, Sarcoma, Tumores cerebrais... RESUMO ROBBINS ONCOGENES QUE PROMOVEM PROLIFERAÇÃO DESREGULADA Proto-oncogenes: genes celulares normais cujos produtos promovem a proliferação celular. Oncogenes: versões mutantes ou suprexpressas de proto-oncogenes que funcionam de maneira autônoma sem necessidade de sinais promotores de crescimento normais. As oncoproteínas promovem a proliferação descontrolada de células por meio de vários mecanismos: •Expressão independente de estímulo do fator de crescimento e de seu receptor, estabelecendo um circuito autócrino de proliferação celular. -Receptor PDGF-PDGF em tumores cerebrais. •Mutações em genes codificadores dos receptores do fator de crescimento ou tirosinas quinases que levam à sinalização constitutiva. -Membro da família de receptor EGF, incluindo HER2/NEU (mama, pulmão e outros tumores). -A fusão da tirosina quinase ABL com a proteína BCR em certas leucemias gera uma proteína híbrida com atividade de quinase constitutiva. •Mutações em genes codificadores das moléculas de sinalização. -RAS geralmente sofrem mutação nos cânceres humanos e normalmente oscilam entre um estado de repouso ligado à GDP e um estado ativo ligado à GTP; as mutações bloqueiam a hidrólise de GTP para GDP, levando à sinalização não verificada. •Superprodução ou atividade desregulada dos fatores de transcrição. -A translocação de MYC em alguns linfomas leva à superexpressão e à expressão desregulada de seus genes-alvo que controlam o ciclo e a sobrevivência celular. • Mutações que ativam os genes da ciclina ou inativam os reguladores negativos das ciclinas e as quinases dependentes de ciclina. -Complexos de ciclinas com CDKs impulsionam o ciclo celular por meio da fosforilação dos vários substratos. As CDKs são controladas por inibidores; as mutações nos genes codificadores das ciclinas, CDKs e inibidores de CDKs resultam em progressão descontrolada do ciclo celular. Tais mutações são encontradas em ampla variedade de cânceres, incluindo melanomas, cânceres de cérebro, pulmão e pâncreas. RESUMO ROBBINS INSENSIBILIDADE AOS SINAIS INIBITÓRIOS • Os genes supressores de tumor codificam proteínas que inibem a proliferação celular mediante regulação do ciclo celular. Ao contrário dos oncogenes, ambas as cópias do gene devem 21 Beatriz Baldanza 3º período estar disfuncionais para que ocorra o desenvolvimento tumoral. •Em casos com predisposição familiar ao desenvolvimento de tumores, as pessoas afetadas herdam uma cópia defeituosa (não funcional) de um gene supressor de tumor e perdem a segunda por mutação somática. Em casos esporádicos, ambas as cópias se perdem por meio de mutações somáticas RESUMO ROBBINS GENE TP53 • A proteína p53 é o monitor central do estresse na célula e pode ser ativada por anóxia, sinalização inadequada do oncogene ou dano ao DNA. A p53 ativada controla a expressão e a atividade dos genes envolvidos em interrupção do ciclo celular, reparo do DNA, senescência celular e apoptose. • O dano ao DNA leva à ativação de p53 por fosforilação. A p53 ativada impulsiona a transcrição de CDK1A (p21), que impede a fosforilação de Rb, causando, portanto, um bloqueio de G1-S no ciclo celular. Essa pausa permite que as células reparem o dano ao DNA. • Se não for possível o reparo do DNA, o p53 induz senescência ou apoptose celular. • Dos tumores humanos,70% demonstram perda bialélica de TP53. Os pacientes com a rara síndrome de Li-Fraumeni herdam uma cópia defeituosa na linhagem germinativa e perdem o segundo nos tecidos somáticos; esses indivíduos desenvolvem uma variedade de tumores. • Como ocorre com Rb, o p53 pode ser incapacitado pela ligação a proteínas codificadas por vírus DNA oncogênicos, como o HPV. 3) Evasão da apoptose: -Proteínas pró-apoptóticas devem ser silenciadas. -Célula sobrevive por genes que promovem e inibem a apoptose. -BCL-2: pode proteger células tumorais contra a apoptose. -Linfomas: superexpressão do BCL-2 (gene). RESUMO ROBBINS EVASÃO APOPTOSE • A apoptose pode ser iniciada por vias extrínsecas ou intrínsecas. • Ambas as vias resultam na ativação de uma cascata proteolítica de caspases que destroem a célula. •A permeabilização da membrana externa mitocondrial é regulada pelo equilíbrio entre moléculas pró-apoptóticas (p. ex., BAX, BAK) e antiapoptóticas (BCL2, BCL-Xl). As moléculas BH3-only ativam a apoptose inclinando a balança em favor das moléculas pró-apoptóticas. •Em 85% dos linfomas de células B, o gene BCL2 antiapoptótico é ativado pela translocação t (14;18). •O estresse também pode induzir as células a consumirem seus componentes em um processo chamado autofagia. As células cancerosas podem acumular mutações para evitar a autofagia ou corromper o processo para fornecer partes para o crescimento continuado. 4)Potencial de replicação ilimitado: -Célula normal: Senescência replicativa, encurtamento dos telômeros (Idoso: baixa reserva funcional, ex.: uma pneumonia igual em idoso X criança, vai ser muito mais penosa no idoso, ele não consegue se adaptar mais, não consegue induzir algum tipo de multiplicação ou renovação celular se precisar, justamente porque suas células também entraram em senescência, pois a senescência celular caminha junto com a senescência total) -Quanto mais uma célula se replica, mais ela perde seu telômero (encurtamento). Chega em um ponto que o telômero fica pequeno e a célula entende que não dá pra replicar mais. -Perda da função dos telômeros, ativa p53 com parada proliferativa ou apoptose. 22 Beatriz Baldanza 3º período -Célula germinativa normal: Presença da Telomerase -Célula somática normal: Ausência da Telomerase -Célula neoplásica: impede o encurtamento dos telômeros ou reativa a telomerase (90%). -Ativa uma via de mutação, que vai ativar a telomerase para que o telômero nunca encurte o suficiente para parar de multiplicar, pois não é essa a ação do tumor. RESUMO ROBBINS POTENCIAL LIMITADO • Em células normais, nas quais a expressão da telomerase está ausente, os telômeros encurtados, gerados por divisão celular, eventualmente ativam os pontos de controle do ciclo celular, levando à senescência e impondo um limite ao número de divisões que uma célula pode sofrer. • Em células cujos pontos de controle estão desabilitados, as vias de reparo do DNA são ativadas inadequadamente pelos telômeros encurtados, levando a maciça instabilidade cromossômica e a crise mitótica. •As células tumorais reativamtelômeros, protelando a catástrofe mitótica e alcançando a imortalidade. 5)Angiogênese mantida: -Existem os tumores que necessitam da angiogênese para sobreviver. Se ele consegue fazer muito vaso sanguíneo ele consegue crescer na mesma proporção. Se ele cresce muito, ele está sendo muito nutrido. -Tem um gatilho mutagênico, podendo ser da própria célula tumoral, mas ele pode criar um ambiente tumoral que induz processo inflamatório que pode ser pró angiogênico, consegue mutar e fazer com que os fibroblastos induzam os processos de angiogênese também. Como surgem os novos vasos? 1. Mobilização de precursores endoteliais 2. Desenvolvimento a partir dos capilares existentes -Fatores angiogênicos são produzidos pelo tumor ou por células inflamatórias. Os mais importantes: VEGF (fator de crescimento derivado do endotélio) e bFGF (fator de crescimento do fibroblasto). -O receptor desse fator VEGF é encontrado nos exames imuno-histoquímicos ou biologia molecular. Uma vez o tumor superexpressando esse receptor, usa-se a terapia-alvo para inibir o tumor. -Terapia antiangiogênica: tipo de terapia-alvo. Ela vai contra o vaso sanguíneo -Tem terapia para todos os tipos de tumores? Não. Existem os que crescem tão rápido, os que dão necrose etc., que eles não fazem vaso na mesma proporção, e tem um déficit de vasos, e não tem muito êxito com essa terapia. -A quimio básica ela age em todas as células que estão proliferando, seja ela qual for. As células da medula (células altamente lábeis) por ex., pode sofrer hipoplasia ou aplasia medular (zerar a produção medular), diminuindo as células de defesa e ficando suscetível a processos infecciosos, diminuindo os granulócitos e neutrófilos, que é a base do processo inflamatório agudo. Um dos problemas é a neutropenia febril, ele tem febre por qualquer situação e precisar prestar atenção pois pode ser um processo infeccioso importante já que as células de defesa estão paradas em função da quimioterapia. 23 Beatriz Baldanza 3º período -Bulbo capilar é um local de grande proliferação celular, por isso há queda dos cabelos, alopecia. Células gástricas e intestinais estão sempre se renovando, a quimio age sobre isso, causando vômitos e diarreias. -A terapia alvo não tem esses típicos efeitos colaterais da quimioterapia. Pois o alvo é apenas o tumor. -Radioterapia mata as células localmente. RESUMO ROBBINS ANGIOGÊNESE • A vascularização dos tumores é essencial para o seu crescimento e é controlada pelo equilíbrio entre os fatores angiogênicos e antiangiogênicos que são produzidos pelo tumor e pelas células estromais. • A hipóxia deflagra a angiogênese pelas ações de HIF-1a na transcrição do fator pró-angiogênico VEGF. Devido à sua capacidade para degradar HIF-1a, e, portanto, de prevenir a angiogênese, o VHL age como supressor tumoral. A herança de mutações na linhagem germinativa de VHL causa a síndrome de VHL, caracterizada pelo desenvolvimento de uma variedade de tumores. • Muitos outros fatores regulam a angiogênese; por exemplo, p53 induz a síntese do inibidor da angiogênese, TSP-1. 6) Invasão e Metástase: -Principal causa de morbidade e mortalidade -Tumor benigno não invade. Ele expande, não infiltra. -Alguns tumores, como o da suprarrenal, só se tem certeza da malignidade, depois da sua progressão com metástase. -Nada mais muda um prognóstico de um paciente do que metástase. Todo paciente diagnostico com câncer realiza o estadiamento, vai ser pesquisado outros focos de doença, sendo uma bateria de exames de imagem procurando metástases. Existem locais básicos e mais prováveis de existirem. -A via da metástase ainda não é muito compreendida. Ela se cria por via angiolinfática ou perineural. -Câncer de intestino por ex.: as células são unidas pelos desmossomos, são coesas, firmes entre si. O tumor tenta desconectar essa união. Essas células do intestino ou estomago já são soltas e não passam por esse processo citado (são soltas pois elas estão sendo sempre repostas). -As células agora formam receptores com os quais se fixam no tecido conjuntivo (cada uma cria esses receptores). Após isso, criam enzimas, especialmente colagenase, que quebram colágeno e assim conseguem se mover no tecido. Essa degradação muda o microambiente tumoral, que ocorre todas as alterações do colágeno, fibrose, desmoplasia. -Assim sendo, ao liberar as enzimas, a célula consegue se mover no tecido e ir em direção ao vaso sanguíneo (via angiolinfática). -O tumor consegue fazer alterações epiteliais mesenquimais, ele se desdiferencia em uma célula epitelial, e fica mais fácil pra se mover em um tecido que se parece com ele, fica mais fácil ele escapar da imunidade pois ele se disfarça nesse tecido. Ou seja, se transforma em uma célula mesenquimal. Quando ele chega em outro tecido chega como mesenquimal, chegando pelo tecido conjuntivo. -Ao sair da luz do vaso, consegue se transformar mesenquimal epitelial. -A degradação do colágeno acontece com o processo anaplásico, quanto mais anaplásico for um tumor mais chance dessas alterações do colágeno, mais chance de metastatizar. 24 Beatriz Baldanza 3º período -Há as células juntas. Elas se soltam. Elas passam pela matriz e entra no endotélio. -O vaso sanguíneo em ambiente tumoral pode dar muita trombose (qualquer situação que rompe o endotélio = pode causar trombose, o tumor invade o endotélio). Os vasos que são formados pelo tumor são jovens, e o endotélio destes são imaturos, fáceis de serem adentrados pelo tumor, bom para ele, porém podem ser rompidos com facilidade. Os vasos em volta do tumor são vasos já preexistentes e maduros, sendo um pouco mais difícil de adentrar, porém, com menos chance de se romperem. “O vaso novinho é mais fácil de entrar, mas o outros tem mais chance de ficar” -O tumor libera fatores trombóticos. -Síndrome paraneoplásica: alterações que acontecem a distancia do tumor. Tumor produz substancias que provocam reações que não são necessariamente onde o tumor está crescendo (tumor pulmão libera pró trombóticos, causando tromboses de repetição, acontecendo junto com o crescimento do tumor). -Após entrar no vaso, o tumor precisa fugir da imunidade devido a passagem de células inflamatórias naquele local. Uma forma de viajar é se escondendo atrás das plaquetas, pois seu tamanho é maior que de uma célula neoplásica, ele usa a plaqueta como um escudo e ele viaja assim. Em casos de plaquetose do nada (aumento do número) pode-se predizer que ele tenha chance de metastatizar, chance de ter trombose também. Disseminação Vascular: -Células do tumor agregam-se umas às outras, como também a células sanguíneas (plaquetas). -Geralmente respeitam a anatomia. -Não confundir com invasão local. -Tropismo para determinados sítios se dá por: 1. Moléculas de adesão endotelial em órgãos alvo. 2. Quimiocinas. 3. Meio ambiente (não) permissivo. -Não é regra. RESUMO ROBBINS INVASÃO E METÁSTASE • A capacidade de invadir tecidos, uma característica da malignidade, ocorre em quatro etapas: afrouxamento dos contatos célula-célula, degradação da MEC, fixação aos novos componentes da MEC e migração das células tumorais. • Os contatos célula-célula se perdem por inativação de E-caderina por meio de várias vias. • A degradação da membrana basal e da matriz intersticial é mediada por enzimas proteolíticas secretadas por células tumorais e células estromais, como MMPs e catepsinas. • As enzimas proteolíticas também liberam fatores de crescimento sequestrados da MEC e geram fragmentos quimiotáticos e angiogênicos 25 Beatriz Baldanza 3º período decorrentes da clivagem das glicoproteínas da MEC. • O local metastático de muitos tumorespode ser previsto pela localização do tumor primário. Muitos tumores param no primeiro leito capilar que encontram (pulmão e fígado, com mais frequência). • Alguns tumores mostram tropismo de órgão, provavelmente pela ativação da adesão ou por meio de receptores de quimiocina cujos ligantes são expressos por células endoteliais no local metastático. 7) Desregulação na maquinaria energética: -As células neoplásicas consomem 20x mais glicose do que as células normais. -Consegue medir pelo PET scan, que é um exame de corpo todo, e pesquisa quais são os tecidos que estão consumindo mais glicose. É administrado ao paciente uma glicose marcada que aparece no exame. 8) Evitando o ataque do Sistema imunológico: Função: detectar células estranhas ao organismo e eliminá-las. Importante mecanismo de proteção ao surgimento e progressão de diversas doenças, entre elas o câncer. • Célula mutada -> ideal: reconhecida e eliminada • FALHAS: sobrevivência dessas células. -PD-1: proteína dos linfócitos -PDL-1: proteínas expressas pelo tumor, que conseguem fazer um down regulation do sistema imunológico, e assim, os linfócitos se vinculam à essas células e não conseguem matá-las. Imunoterapia contra o PDL-1 expõe a célula e os linfócitos conseguem agir. RESUMO ROBBINS VIGILÂNCIA IMUNE •As células tumorais podem ser reconhecidas pelo sistema imune como não próprias (non-self) e destruídas. • A atividade antitumoral é mediada por mecanismos predominantemente mediados por células. Os antígenos tumorais são apresentados na superfície celular pelas moléculas MHC classe I e são reconhecidas por CD8+ e CTLs. • As diferentes classes de antígenos tumorais incluem os produtos de proto-oncogenes mutados, genes supressores de tumor, proteínas superexpressas ou expressas de forma aberrante, antígenos tumorais produzidos por vírus oncogênicos, antígenos oncofetais, glicolipídeos e glicoproteínas alterados e antígenos de diferenciação específicos do tipo celular. • Os pacientes imunossuprimidos estão em risco maior de desenvolvimento de câncer. • Em pacientes imunocompetentes, os tumores podem evitar o sistema imune por vários mecanismos, incluindo o crescimento seletivo de variantes negativas do antígeno, perda ou reduzida expressão dos antígenos de histocompatibilidade e imunossupressão mediada pela secreção de fatores (p. ex., TFG-b) do tumor.
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