Buscar

Crescimento e desenvolvimento

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Leticia S. Cordeiro | Saúde da criança | PIESC III 
CRESCIMENTO: 
→ Processo dinâmico e continuo, expresso pelo aumento do tamanho corporal 
→ Indicador de saúde da criança → acompanhamento do crescimento e do ganho de peso permite 
identificar as crianças com maior risco de morbimortalidade 
→ Influenciado por fatores intrínsecos (genética) e extrínsecos (ambientais) 
• Dos ambientais: alimentação, saúde, higiene, habitação e cuidados gerais com a criança 
→ A avaliação do crescimento visa: 
• Detectar precocemente o que está afetando o crescimento para inferir e obter sua recuperação 
• Identificar variações da normalidade e tranquilizar a família evitando intervenções prejudiciais 
• Identificar problemas que não podem ser curados, mas podem ser minimizados 
→ A avaliação é feita através das curvas de crescimento – no Brasil, o MS adotou a curva da OMS 
• Perímetro cefálico, peso, altura/comprimento e IMC → todos relacionados com a idade 
→ Ao nascer: 
• Os meninos medem cerca de 50 cm e as meninas 49 cm (variação de +/- 2 cm) 
• O peso é em média 3300g → menor que 2500g são considerados de baixo peso 
• O pico de velocidade de crescimento em comprimento no período intrauterino ocorre no 2° trimestre 
de gravidez e o de peso no 3º trimestre 
→ O crescimento pode ser dividido em 3 fases: 
• Fase de crescimento rápido, mas com velocidade de crescimento progressivamente menor 2,5 anos 
até 3 anos 
• Fase de crescimento mais estável com desaceleração lenta até o início da puberdade 
• Fase puberal com o estirão de crescimento rápido 
− Algumas crianças tem o estirão entre 7 e 8 anos – estirão do meio da infância 
→ a menina e o menino crescem de forma semelhante durante a infância, mas na puberdade, as meninas 
apresentam o estirão em média 2 anos antes e param de crescer mais cedo 
→ Pico de velocidade das meninas é de 8,5cm/ano e dos meninos de 9,5cm/ano 
→ Nessa avaliação é mais importante observar a velocidade de crescimento do que a altura atual 
• Deve ser feito de forma indireta: dispõe-se mais de uma medida na curva com intervalo de 4 a 6 
meses → se as medidas acompanharem a inclinação das curvas do gráfico, é sugestivo que o 
crescimento está de forma adequada 
→ Estatura alvo (em cm) 
• Meninos: (altura do pai + altura da mãe + 13) ÷ 2 
• Meninas: (altura do pai + altura da mãe - 13) ÷ 2 
 
→ A inclusão do IMC como parâmetro de avaliação permite que a criança seja mais bem avaliada na sua 
relação peso vs. comprimento (para menores de 2 anos) ou peso vs. altura (para maiores de 2 anos). 
Tal parâmetro auxilia na classificação de crianças que em um determinado período estiveram 
desnutridas e tiveram o comprometimento de sua estatura, possibilitando uma melhor identificação de 
crianças com excesso de peso e baixa estatura 
 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA POR FASE: 
→ RN: peso, comprimento, perímetro cefálico (PC), torácico (PT) e abdominal (PA), tamanho das 
fontanelas, observar mamada. 
→ Lactente (1-2 anos): peso, comprimento, IMC, PC, PT, PA, tamanho das fontanelas, velocidade de 
crescimento (VC), desenvolvimento neuropsicomotor e social (DNPM), pressão arterial, observação da 
mamada no peito, mamadeira ou copinho. 
• PC: 2cm/mês no 1º trimestre, 1cm/mês no 2º trimestre e 0,5cm/mês no 2º semestre. 
• Peso: 700g/mês ou 25-30g/dia no 1º trimestre, 600g/mês ou 20g/dia no 2º, 500g/mês ou 15g/dia no 
3º e 300g/mês ou 10g/dia no 4º. 
Leticia S. Cordeiro | Saúde da criança | PIESC III 
• VC: 25cm no 1º ano (50% da estatura de nascimento), sobretudo nos primeiros 6 meses e 15cm/ano 
a partir do 2º ano. 
• Crescimento adequado: 3,5cm/mês até os 3 meses, 2cm/mês dos 4 aos 6 meses, 1,5cm/mês dos 
7 aos 9 meses, 1,2 cm/mês dos 10 aos 12 meses. 
• Perímetro cefálico (PC): altura da glabela e do ponto mais saliente do occipital. 
• Perímetro torácico (PT): altura dos mamilos, medido até os 5 anos de idade. o Relação PT/PC igual 
a 1 indica eutrofia e menor que 1 indica desnutrição energético-proteica. Até os 6 meses o PC é 
maior que o PT, a seguir PT ligeiramente maior que PC. 
• Circunferência abdominal (CA): altura do umbigo, útil para monitorar alterações como ascite, 
tumores e visceromegalias. 
• Obs.: Até os 2 anos PT = PC = CA, em seguida passa a predominar o PT. 
• Exames laboratoriais: hemograma, ferritina, glicemia, perfil lipídico. 
→ Pré-escolar (2-5 anos) e escolar (5-10 anos): peso, estatura, IMC, DNPM, VC, pressão arterial. 
Crescimento mais estável de 5-7cm/ano. 
→ Adolescência (10-19 anos): peso, estatura, IMC, circunferência abdominal, pressão arterial, avaliação 
do estadiamento puberal (Tanner), percepção da imagem corporal. 
 
→ PUBERDADE: 
→ Deve-se avaliar as mamas e os pelos púbicos nas meninas e os genitais e os pelos púbicos nos meninos 
→ Avaliação dos testículos pelo orquidômetro de Prader 
• Ate 3cm³ → ainda tem características infantis 
• 4 cm³ → início da puberdade 
• 8 cm³ → início do estirão 
→ Nas meninas, a puberdade tem início com o surgimento do broto mamário que ocorre 
concomitantemente ao aumento da velocidade de crescimento 
• A menarca ocorre quando a velocidade de crescimento já ultrapassou o pico 
→ Na puberdade, pode-se fazer o acompanhamento pelo estadiamento de Turner: 
→ ESTADIAMENTO MAMÁRIO: 
 
 
 
 
Leticia S. Cordeiro | Saúde da criança | PIESC III 
 
 
→ ESTADIAMENTO GENITAL MASCULINO: 
 
 
→ ESTADIAMENTO DOS PELOS PUBIANOS: 
 
→ ESTAGIO 1: pré-adolescente, sem pelos 
púbicos 
 
→ ESTÁGIO 2: pelos finos, longos, lisos ou 
curvos, esparsos, mais concentrados próximo à 
base do pênis ou ao longo dos grandes lábios 
 
→ ESTAGIO 3: mais escuros, espessos e curvos, 
os pelos espalham-se pelo púbis 
 
 
 
→ ESTAGIO 4: pelos do tipo adulto, mais 
distribuídos e em pouca quantidade 
 
→ ESTAGIO 5: pelos do tipo adulto mais 
distribuídos na região pubiana e raiz da coxa 
 
CONDUTAS EM SITUAÇÕES DE DESVIO DO CRESCIMENTO: 
→ Sobrepeso ou obesidade: 
• Observar existência de erros alimentares 
• Identificar a dieta da família 
• Orientar a mãe ou cuidados a alimentação adequada para a criança 
Leticia S. Cordeiro | Saúde da criança | PIESC III 
• Verificar as atividades de lazer e o tempo em frete à tv e videogame → estimular realização de 
passeios, caminhadas, praticas de brincadeiras ou exercícios que aumentem a atividade física (andar 
de bicicleta, jogas bola, etc.) 
• Encaminhar ao NASF 
• Realizar avaliação clínica da criança 
→ Magreza ou baixo peso para a idade: 
→ Crianças menores de 2 anos: 
• Investigar a causa → atentar para o desmame 
• Orientar a mãe sobre alimentação complementar adequada para a idade 
• Se a criança não ganhar peso → acompanhamento no NASF 
• Orientar o retorno da criança no intervalo máximo de 15 dias 
→ Crianças maiores de 2 anos: 
• Investigar causas → atenção para alimentação, infecções, cuidados com a criança, afeto e higiene 
• Tratar possíveis intercorrências clinicas 
• Solicitar acompanhamento com o NASF 
• Encaminhas a criança para o serviço social, se necessário 
• Orientar nova consulta em no máximo 15 dias 
→ Magreza acentuada ou peso muito baixo para a idade 
• Investigue possíveis causas, com atenção especial para o desmame (especialmente para os 
menores de 2 anos), a alimentação, as intercorrências infecciosas, os cuidados com a criança, o 
afeto e a higiene 
• Trate as intercorrências clínicas, se houver 
• Encaminhe a criança para atendimento no NASF 
• Encaminhe a criança para o serviço social, se este estiver disponível 
• Oriente a família para que a criança realize nova consulta com intervalo máximo de 15 dias 
Desenvolvimento: 
→ Conceito amplo 
→ Transformação complexa, continua, dinâmica e progressiva 
→ Inclui o crescimento, maturação, aprendizagem e aspectos psíquicos e sociais 
→ Leva em conta a carga genética e fatores ambientais – pode ser otimizado por estímulos e experiencias 
apropriadas 
→ O desenvolvimentocompreende domínios de funções de forma interligada 
 
 
Leticia S. Cordeiro | Saúde da criança | PIESC III 
→ Na caderneta da Criança, há uma sistematização para avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor 
(DNPM) da criança até os 3 anos de idade – principais marcos 
→ Nas consultas, deve-se observar a forma que a mãe a segura, se existe contato visual e verbal de forma 
afetuosa entre ela e a criança, se a criança faz busca visual ou tem interesse pelo ambiente ao redor, se 
a criança está em bom estado de higiene e se a mãe ou cuidador presta atenção às orientações 
• Observar participação paterna, rede de apoio da mãe e sinais de depressão pós-parto 
→ Nos dois primeiros anos → aspecto importante é o desenvolvimento afetivo (apego – vinculo afetivo 
básico) 
→ Anos pré-escolares: família impacta na autoestima, desenvolvimento moral, conduta pró-social, 
autocontrole, etc. Na escola → importante contexto de socialização – transmissão do saber organizado 
(desenvolvimento cultural) 
→ As avaliações do desenvolvimento devem levar em consideração a opinião dos pais e da escola 
 
 
 
 
 
Leticia S. Cordeiro | Saúde da criança | PIESC III

Continue navegando