Buscar

RINS - Biofísica Renal - Documentos Google

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 45 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 45 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 45 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RINS - Biofísica Renal 
 
-O primeiro passo no exame de uma amostra de urina é determinar a sua cor. A cor é 
amarelo-escuro (concentrada), clara (diluída), vermelha (indicando a presença de 
sangue) ou preta (indicando a presença de metabólitos da hemoglobina)? 
-médicos também observavam nas amostras de urina a limpidez, a presença de 
espuma (indicando presença anormal de proteínas), o cheiro e até mesmo o gosto; 
-o primeiro passo de uma uroanálise ainda é o exame da cor, da limpidez e do odor 
da urina ; 
 
➔ FUNÇÕES 
 
-mais importante é a regulação homeostática do conteúdo de água e íons no sangue, 
também chamada de balanço do sal e da água, ou equilíbrio hidroeletrolítico >>> 
alterações no volume sanguíneo ou nas concentrações iônicas causam sérios problemas 
clínicos antes que o acúmulo de resíduos metabólicos atinja níveis tóxicos; 
-mantêm concentrações normais de íons e água no sangue através do balanço da ingestão 
dessas substâncias com a sua excreção na urina, obedecendo ao princípio do balanço 
de massas ; 
-Regulação do volume do líquido extracelular e da pressão arterial >> Quando o volume do 
líquido extracelular diminui, a pressão arterial também diminui. se o volume do líquido 
extracelular e a pressão arterial caem até níveis muito baixos, o corpo não pode manter um 
fluxo adequado de sangue para o encéfalo e outros órgãos essenciais. Os rins trabalham de 
uma maneira integrada com o sistema circulatório para assegurar que tanto a pressão 
arterial quanto a perfusão tecidual permaneçam em uma faixa aceitável. 
180 litros são filtrados/dia e 1-2 L são eliminados via urina 
-Regulação da osmolalidade >>> O corpo integra a função renal com o comportamento, 
como a sede, para manter a osmolalidade 
1 
 do corpo em um valor próximo de 290 mOsM . 
-Manutenção do equilíbrio iônico >>> Os rins mantêm a concentração de íons-chave 
dentro de uma faixa normal pelo balanço entre a sua ingestão e a sua perda urinária; O 
1 mede a concentração de solutos em um fluido, observando o número de partículas 
por peso (quilogramas) de fluido. Osmolaridade avalia o número de partículas por 
volume (litro) do fluido. 
sódio (Na ) é o principal íon envolvido na regulação do volume do líquido extracelular e da 
osmolalidade; As concentrações dos íons potássio (K ) e cálcio (Ca2 ) também são 
estritamente reguladas; controle na reabsorção de bicarbonato e secreção de amônia e H; 
- Regulação homeostática do pH >>> O pH plasmático é normalmente mantido dentro de 
uma faixa muito estreita de variação; Se o líquido extracelular se torna muito ácido, os rins 
excretam H+ e conservam íons bicarbonato (HCO3 ), que atuam como tampão. 
Inversamente, quando o líquido extracelular se torna muito alcalino, os rins excretam 
HCO3 e conservam H. 
exercem um papel importante na regulação do pH, mas não são capazes de corrigir 
desequilíbrios no pH tão rapidamente quanto os pulmões. 
-Excreção de resíduos >>> removem produtos do metabolismo e xenobióticos, ou 
substâncias estranhas, como fármacos e toxinas ambientais; Os produtos do metabolismo 
incluem a creatinina do metabolismo muscular e resíduos nitrogenados, como a uréia e o 
ácido úrico; Um metabólito da hemoglobina, chamado de urobilinogênio, dá a ela sua cor 
amarela característica; Os hormônios são outras substâncias endógenas retiradas do 
sangue pelos rins; Exemplos de substâncias estranhas excretadas pelos rins incluem o 
adoçante artificial sacarina e o ânion benzoato, parte do conservante benzoato de potássio, 
que você ingere toda vez que bebe um refrigerante diet. 
-Produção de hormônios >>> Embora não sejam glândulas endócrinas, eles desempenham 
um importante papel em três vias endócrinas; As células renais sintetizam eritropoetina, a 
citocina/hormônio que regula a produção dos eritrócitos; também liberam renina, uma 
enzima que regula a produção de hormônios envolvidos no equilíbrio do sódio e na 
homeostasia da pressão sanguínea; 
- Participação na regulação do metabolismo ósseo de cálcio e fósforo: 
Absorção de CaPHO4 
as enzimas renais auxiliam na conversão da vitamina D3 em um hormônio 
ativo que regula o equilíbrio do Ca2+ (25-hidroxicolecalciferol em 
1,25-hidroxicolecalciferol); 
- possuem uma enorme capacidade de reserva. 
-você deve perder quase ¾ das funções do seu rim antes que a homeostasia comece a ser 
afetada; 
Muitas pessoas vivem normalmente com apenas um rim, como ocorre com um em cada 
1.000 nascimentos, em que a pessoa nasce com apenas um rim (ou por outras falhas no 
desenvolvimento durante a gestação) ou com pessoas que doam um rim para transplante. 
- Conservação de nutrientes: reabsorção de glicose, aminoácidos e proteínas 
-Regulação da hemodinâmica renal e sistêmica: 
Sistema renina-angiotensina-aldosterona (hipertensor-captação de Na) 
Sistema hipotensor (prostaglandinas e cininas renais) 
 
➔ SISTEMA URINÁRIO CONSISTE EM RINS, URETERES, BEXIGA URINÁRIA E 
URETRA 
-Iniciaremos seguindo o trajeto que uma gota de água segue desde o plasma até a sua 
excreção na urina 
A produção da urina inicia quando a água e os solutos se deslocam do plasma para o 
interior de tubos ocos (néfrons), que compõem a maior parte dos dois rins. Esses túbulos 
modificam a composição do líquido à medida que ele passa ao longo dessas estruturas. O 
fluido já alterado, agora chamado de urina, deixa os rins e passa por um tubo, chamado de 
ureter. Existem dois ureteres, cada um partindo de um rim e se dirigindo para a bexiga 
urinária. A bexiga se expande e é preenchida com a urina até que, em um reflexo, chamado 
de micção, ela se contrai e elimina a urina através de um único tubo, a uretra. 
A uretra, nos homens, sai do corpo através do corpo do pênis. 
Nas mulheres, a abertura uretral é encontrada anterior às aberturas da vagina e do ânus. 
Devido à extensão mais curta da uretra nas mulheres e sua proximidade com bactérias 
originárias do intestino grosso, as mulheres são mais propensas que os homens a 
desenvolverem infecções bacterianas na bexiga urinária e nos rins , ouinfecções do trato 
urinário (ITUs) 
 
1. Os rins são o local de produção da urina; Cada rim situa-se em um lado da coluna 
vertebral ao nível da décima primeira(11 ) e décima segunda costelas(12), logo acima 
da cintura; abaixo do diafragma; estão tecnicamente fora da cavidade abdominal, 
entre o peritônio 
2 
 membranoso, que reveste o abdome, e os ossos e os músculos do 
dorso; Devido à sua localização atrás da cavidade peritoneal, os rins são algumas 
vezes descritos como órgãos retroperitoneais . 
Formado por uma borda côncava e uma convexa; 
A superfície côncava de cada rim está voltada para a coluna vertebral; Os vasos 
sanguíneos renais, os nervos, os vasos linfáticos e os ureteres emergem a partir 
dessa superfície (hilo); As artérias renais, as quais são ramos da parte abdominal da 
2 membrana serosa que recobre as paredes do abdome e a superfície dos órgãos digestivos. 
aorta, fornecem sangue para os rins. As veias renais levam sangue dos rins para a 
veia cava inferior; 
recebem 20 a 25% do débito cardíaco, embora constituam apenas 0,4% do peso 
total do corpo (120-170 gramas cada). Essa alta taxa de fluxo sanguíneo através dos 
rins é crítica para a função renal ; 
2. Néfron : unidade funcional do rim 3 ; interior do rim é dividido em duas camadas: um 
córtex/cortical externo e uma medula interna ; As camadas são formadas 
pelo arranjo organizado de túbulos microscópicos - néfrons. 
Cerca de 80% dos néfrons de um rim estão presentes quase que completamente na 
região cortical ( néfrons corticais ), ao passo que os outros 20% – chamados de 
néfrons justamedulares – penetram no interior da medula; 
Cada um dos cerca de 1 milhão de néfrons de cada rim é dividido em segmentos, e 
cada segmento é intimamente associado com vasos sanguíneos especializados; 
O córtex contém todas as cápsulas de Bowman e os túbulos proximais e distais; 
A medula >>> contém as alças de Henle e os ductos coletores; e Zonas Cônicas - 
Pirâmides de Malpighi; Delimitados pela zona cortical e cálices renais; 
Um néfron possui duas arteríolas e dois conjuntos de capilares, que formam um 
sistema porta; 
Multilobado (o rim); 
- Cálices, pelve e ureter são envoltos por musculatura lisa (ejeção da urina). 
possui Corpúsculo de Malpigh i: Cápsula de Bowman; Glomérulo; Túbulos 
renais : Contorcido proximal Alça de Henle Contorcido distal; 
 
3 Uma unidade funcional é a menor estrutura que pode efetuar todas as funções de 
um órgão. 
 
 
 
 
 
Número de néfrons/rim 
 Humano: 1.000.000 
Gato: 190.000 
Suínos: 1.250.000 
Cão: 400.000-415.000 
 Bovinos: 4.000.000 
 
 
 
● O sangue entra no rim pela artéria renal, antes de seguir para as artérias menores, e, 
depois, para as arteríolas no córtex; Nesse ponto, o arranjo dos vasos sanguíneos 
forma um sistema porta 
4 
, um dos três presentes no corpo; 
4 um sistema porta é formado pela presença de duas redes de capilares em série 
(uma após a outra). 
● No sistema porta renal, o sangue flui das artérias renais para uma arteríola 
aferente (no polo vascular). Das arteríolas aferentes, o sangue passa para uma 
primeira rede de capilares, uma rede em forma de novelo, chamada de glomérulo . 
O sangue que deixa os glomérulos passa para uma arteríola eferente (pólo 
vascular), e, então, para uma segunda rede de capilares, os capilares 
peritubulares , que cercam o túbulo renal (pólo urinário no início dos tubos). Nos 
néfrons justamedulares, os longos capilares peritubulares que penetram na medula 
são chamados de vasos retos . Por fim, os capilares peritubulares convergem para a 
formação de vênulas e pequenas veias , enviando o sangue para fora dos rins 
através da veia renal . 
● função do sistema porta renal >>> filtrar o fluido sanguíneo para o interior do 
lúmen do néfron, nos capilares glomerulares, e, então, reabsorver o fluido do lúmen 
tubular de volta para o sangue, nos capilares peritubulares. As forças que regem o 
movimento de fluido no sistema porta renal são semelhantes àquelas que regem a 
filtração de água e moléculas para fora dos capilares sistêmicos em outros tecidos 
(por diferença de pressões); 
 
➔ Elementos tubulares do rim 
 
- néfron inicia em uma estrutura oca globular, chamada de cápsula de Bowman , a qual 
envolve o glomérulo . O endotélio do glomérulo é unido ao epitélio da cápsula de Bowman 
(folheto visceral), de modo que o líquido filtrado dos capilares passa diretamente para 
dentro do lúmen tubular; 
O conjunto formado pelo glomérulo e pela cápsula de Bowman é chamado de corpúsculo 
renal ou de Malpighi. 
-A partir da cápsula de Bowman, o filtrado flui para o interior do túbulo contorcido 
proximal e, após, para a alça de Henle , um segmento em forma de grampo que desce 
até a medula e, posteriormente, retorna para o córtex; 
A alça de Henle é dividida em dois ramos, um ramo descendente fino e um ramo 
ascendente com segmentos fino e grosso. O fluido, então, chega até o túbulo 
contorcido distal. Os túbulos distais de até oito néfrons drenam para um único tubo 
maior, o ducto coletor; 
Os ductos coletores passam do córtex para a medula e drenam na pelve renal; 
Da pelve renal, o líquido filtrado e modificado, agora chamado de urina, flui para o ureter 
no seu trajeto rumo à excreção; 
- o néfron se torce e se dobra para trás sobre si mesmo, de modo que a parte final do ramo 
ascendente da alça de Henle passa entre as arteríolas aferente e eferente. Essa região é 
denominada aparelho justaglomerular >>> A proximidade do ramo ascendente e das 
arteríolas permite a comunicação parácrina entre essas duas estruturas, uma característica 
fundamental na autorregulação do rim . 
 
● Como o volume médio de urina que deixa o rim é de apenas 1,5 L por dia, mais de 
99% do líquido que entra nos néfrons precisa voltar para o sangue, caso contrário, o 
corpo desidrataria rapidamente. 
 
● Três processos básicos ocorrem nos néfrons: filtração, reabsorção e secreção 
 
1. Filtração é o movimento de líquido do sangue parao lúmen do néfron e ocorre 
apenas no corpúsculo renal, onde as paredes dos capilares glomerulares e da 
cápsula de Bowman são modificadas para permitir o fluxo do líquido, então tem a 
função de filtrar o sangue formando um ultrafiltrado constituído por água, uréia, 
glicose e proteínas de baixo PM ; Uma vez que o fluido filtrado, filtrado , chega ao 
lúmen do néfron, ele se torna parte do meio externo ao corpo, da mesma forma que 
as substâncias no lúmen intestinal fazem parte do meio externo. Devido a essa 
razão, tudo que é filtrado nos néfrons é destinado à excreção na urina, a não ser que 
seja reabsorvido para o corpo; 
2. Após o filtrado deixar a cápsula de Bowman, ele é modificado pelos processos de 
reabsorção e secreção. 
3. A reabsorção é um processo de transporte de substâncias presentes no filtrado, do 
lúmen tubular de volta para o sangue através dos capilares peritubulares; 
4. A secreção remove seletivamente moléculas do sangue e as adiciona ao filtrado no 
lúmen tubular; Embora a secreção e a filtração glomerular movam substâncias do 
sangue para dentro do túbulo, a secreção é um processo mais seletivo que, em geral, 
usa proteínas de membrana para transportar as moléculas através do epitélio 
tubular ; 
5. Os 180 litros de fluido que são filtrados para a cápsula de Bowman a cada dia são 
quase idênticos ao plasma em sua composição e quase isosmóticos – cerca de 300 
mOsM. À medida que este filtrado flui pelo túbulo proximal, cerca de 70% do seu 
volume é reabsorvido, restando 54 L no lúmen tubular; 
6. reabsorção ocorre quando as células do túbulo proximal transportam solutos para 
fora do lúmen, determinando a reabsorção de água por osmose; O filtrado que deixa 
o túbulo proximal tem a mesma osmolalidade do que o filtrado que entrou >> Por 
essa razão, dizemos que a função primária do túbulo proximal é a reabsorção 
isosmótica de solutos e água; 
7. O filtrado que deixa o túbulo proximal passa para a alça de Henle, o local principal 
para a produção de urina diluída ; 
8. A parte descendente é impermeável a íons e permeável a água e também tem a 
capacidade de reabsorver a água e retorná-la para o sangue. Já a parte ascendente é 
impermeável a água e permeável a íons. Assim a alça de Henle controla a 
osmolaridade no sangue; 
9. À medida que o filtrado passa pela alça de Henle, proporcionalmente é reabsorvido 
mais soluto do que água, e o filtrado torna-se hiposmótico com relação ao plasma. 
Quando o filtrado sai da alça, ele tem em média 100 mOsM, e seu volume diminui 
de 54 L/dia para cerca de 18 L/dia. A maior parte do volume originalmente filtrado 
na cápsula de Bowman já foi reabsorvida para os capilares. 
10. o filtrado passa para o túbulo distal e para o ducto coletor. Nesses dois segmentos, 
ocorre uma regulação fina do balanço de sal e de água sob o controle de vários 
hormônios. 
A reabsorção e a secreção (em um menor grau) determinam a composição final do 
filtrado; 
11. No final do ducto coletor, o filtrado tem um volume de 1,5 L/dia e uma osmolalidade 
que pode variar de 50 a 1.200 mOsM. 
12. O volume e a osmolalidade finais da urina dependem das necessidades do corpo de 
conservar ou excretar água e soluto; 
13. filtrado que permanece no lúmen no final do néfron é excretado como urina; 
14. A quantidade de qualquer substância excretada na urina reflete o resultado do seu 
manejo durante a sua passagem através do néfron; 
A quantidade excretada é igual à quantidade filtrada para o túbulo, menos a 
quantidade reabsorvida para o sangue, mais a quantidade secretada no lúmen 
tubular; 
 
 
 
A vasopressina, também conhecida como arginina vasopressina ou argipressina ou hormônio 
antidiurético ou hormona antidiurética, é um hormônio humano secretado em casos de 
desidratação e queda da pressão arterial; fazendo com que os rins conservem a água no corpo, 
concentrando e reduzindo o volume da urina; 
 
❖ FILTRAÇÃO 
 
-A filtração do plasma para dentro dos túbulos renais é o primeiro passo na formação da 
urina. Esse processo relativamente inespecífico gera um filtrado, cuja composição é igual à 
do plasma menos a maioria das proteínas plasmáticas (pois os podócitos juntos com a 
membrana do epitélio vascular -barreira de filtração glomerular- impede a passagens de 
proteínas de grande peso molecular, no entanto, algumas de até 70kDa conseguem passar 
e os túbulos são responsáveis por reabsorver elas). 
- Sob condições normais, as células sanguíneas permanecem no capilar, de modo que o 
filtrado é composto apenas de água e de solutos dissolvido (não é comum células 
sanguíneas no sangue); 
-A porcentagem do volume total do plasma que é filtrada para dentro do túbulo é 
denominada fração de filtração; 
-corpúsculo renal contém 3 barreiras de filtração: As substâncias que deixam o 
plasma precisam passar através de três barreiras de filtração antes de entrarem no lúmen 
tubular: o endotélio do capilar glomerular, uma lâmina basal (membrana basal) e o epitélio 
da cápsula de Bowman; 
A primeira barreira é o endotélio capilar >> Os capilares glomerulares são capilares 
fenestrados com grandes poros, que permitem que a maioria dos componentes plasmáticos 
sejam filtrados através do endotélio; Os poros são pequenos o bastante, contudo, para 
impedir que as células do sangue deixem o capilar . Proteínas carregadas negativamente, 
presentes na superfície dos poros, também ajudam a repelir as proteínas plasmáticas 
carregadas negativamente; 
A segunda barreira de filtração é a lâmina basal >> uma camada acelular de matriz 
extracelular que separa o endotélio do capilar do epitélio da cápsula de Bowman; 
constituída por glicoproteínas carregadas negativamente, colágeno e outras proteínas; atua 
como uma peneira grossa, excluindo a maioria das proteínas plasmáticas do líquido que é 
filtrado através dela; 
A terceira barreira de filtração é o epitélio da cápsula de Bowman >> A porção 
epitelial da cápsula (folheto visceral) que envolve cada capilar glomerular é formadapor 
células especializadas,os podócitos >> possuem longas extensões citoplasmáticas ( pés, 
ou pedicelos) , que se estendem a partir do corpo principal da célula; 
Esses pedicelos envolvem os capilares glomerulares e se entrelaçam uns com os outros, 
deixando estreitas fendas de filtração fechadas por uma membrana semiporosa. A 
membrana da fenda de filtração contém diversas proteínas exclusivas, incluindo a nefrina 
e a podocina. 
 
ex. Nessas doenças, em que a nefrina e a podocina estão ausentes ou anormais, as 
proteínas passam através da barreira de filtração glomerular para a urina . 
 
-As células mesangiais glomerulares intraglomerulares >> ficam entre e ao redor 
dos capilares glomerulares; possuem feixes citoplasmáticos de filamentos semelhantes à 
actina, que fazem essas células serem capazes de contrair e alterar o fluxo sanguíneo pelos 
capilares; secretam citocinas associadas a processos inflamatórios e imunes; 
contráteis e têm receptores para angiotensina II >> ativação desses receptores reduz o 
fluxo sanguíneo glomerular; Contêm receptores para o hormônio ou fator natriurético, 
produzido pelas células musculares do átrio do coração >> é um vasodilatador e relaxa as 
células mesangiais, aumentando o volume de sangue nos capilares e a área disponível para 
filtração; garantem suporte estrutural ao glomérulo, sintetizam a matriz extracelular, 
fagocitam e digerem substâncias normais e patológicas; 
retidas pela barreira de filtração e produzem moléculas biologicamente ativas, como 
prostaglandinas e endotelinas >> causam contração da musculatura lisa das arteríolas 
aferentes e eferentes do glomérulo; 
 
A alteração da função das células mesangiais tem sido associada a muitas doenças renais. 
 
 
➔ O que determina a filtração através das paredes dos capilares glomerulares? 
 
•Permeabilidade Seletiva (Kf ) – características da membranas de filtração (glomérulo e 
capsula de bowman); 
•Pressão efetiva de filtração (Pef) – diferenças entre pressões no glomérulo e cápsula 
de Bowman) 
1. pressão do capilar sanguíneo 
2. pressão coloidosmótica (Pressão Hidrostática (Ph) Pressão Oncótica 
5 
 (Po)) do 
capilar 
3. pressão do fluido capsular; 
 
-A pressão hidrostática (PH) do sangue que flui através dos capilares glomerulares 
força a passagem de fluido através do seu endotélio fenestrado; A pressão sanguínea nos 
capilares é de 55 mmHg, em média, e favorece a filtração para dentro da cápsula de 
Bowman; Apesar de a pressão cair à medida que o sangue flui através dos capilares, ela 
ainda permanece maior do que as pressões que se opõem a ela > Como resultado, a 
filtração ocorre ao longo de quase todo o comprimento dos capilares glomerulares; 
-A pressão coloidosmótica no interior dos capilares glomerulares é mais alta do que a 
no fluido da cápsula de Bowman; Esse gradiente de pressão é devido à presença de 
proteínas no plasma. O gradiente de pressão osmótica é, em média, de 30 mmHg e 
favorece o movimento de líquido de volta para os capilares; 
-A cápsula de Bowman é um espaço fechado (diferentemente do líquido intersticial), de 
forma que a presença de fluido no interior dessa cápsula cria uma pressão hidrostática do 
fluido (Pfluido), que se opõe ao fluxo de fluido para o interior da cápsula; O líquido filtrado 
para fora dos capilares deve deslocar o líquido já presente no lúmen da cápsula; A 
pressão hidrostática capsular é, em média, de 15 mmHg, opondo-se à filtração; 
-A força motriz resultante é de 10 mmHg na direção que favorece a filtração >> Essa 
pressão pode não parecer muito alta, mas quando combinada com a grande 
permeabilidade natural dos capilares glomerulares fenestrados, ela resulta em uma rápida 
filtração de fluido para o interior dos túbulos; 
 
5 pressão osmótica gerada pelas proteínas no plasma sanguíneo, 
 
Pef = Ph – (Po + Pc) 
Pef = 10mmHg 
 
➔ Taxa de Filtração Glomerular ( TFG) 
 
- O volume de fluido que é filtrado para dentro da cápsula de Bowman por unidade de 
tempo; 
-A TFG média é de 125 mL/min, ou de 180 L/dia, uma taxa impressionante, 
considerando-se que o volume plasmático total é de apenas cerca de 3 litros; 
-Essa taxa significa que os rins filtram todo o volume plasmático 60 vezes por dia, ou 2,5 
vezes a cada hora; 
-Se a maior parte do filtrado não fosse reabsorvida durante a sua passagem pelo néfron, 
ficaríamos sem o plasma em apenas 24 minutos de filtração. 
-é influenciada por dois fatores: a pressão de filtração resultante , e o coeficiente de 
filtração. 
 
1. A pressão de filtração é determinada primeiro pelo fluxo sanguíneo renal e pela 
pressão arterial; 
2. O coeficiente de filtração possui dois componentes: a área de superfície dos 
capilares glomerulares, disponível para a filtração e a permeabilidade da 
interface entre capilar e cápsula de Bowman; Nesse aspecto, a filtração 
glomerular é semelhante às trocas de gases nos alvéolos, em que a taxa da troca 
gasosa depende da diferença entre as pressões parciais dos gases, da área de 
superfície dos alvéolos e da permeabilidade da barreira de difusão alvéolo-capilar; 
 
Valores estimados para homem 70Kg 
 
Kf = 12,5mL/min mmHg 
 
FG= 125mL/min (valor normal médio) 
 
-A pressão arterial fornece a pressão hidrostática, que impulsiona a filtração glomerular. 
Logo, parece razoável assumir que se a pressão arterial aumentasse, a TFG aumentaria, e 
se a pressão arterial diminuísse, a TFG diminuiria. Entretanto, esse geralmente não é o 
caso. Em vez disso, a TFG é notavelmente constante em uma ampla faixa de pressões 
arteriais. Contanto que a pressão arterial média do sangue fique entre 80 e 180 mmHg, a 
 TFG é, em média, de 180 L/dia ; 
 
 
 
 
➔ Fatores que regulam a Filtração Glomerular - AUTORREGULAÇÃO 
 
- autorregulação da TFG é um processo de controle local, no qual o rim mantém uma TFG 
relativamente constante frente às flutuações normais da pressão arterial. 
-função de proteger as barreiras de filtração da pressão arterial alta que pode danificá-las; 
 
I. Mecanismos Renais (Intrínsecos):1. respostas miogênicas : 
 
-está relacionada à habilidade intrínseca do músculo liso vascular de responder a 
mudanças na pressão; 
-A TFG é controlada primariamente pela regulação do fluxo sanguíneo através das 
arteríolas renais; 
-Quando o músculo liso da parede da arteríola estira, devido ao aumento da pressão 
arterial, canais iônicos sensíveis ao estiramento se abrem, e as células musculares 
despolarizam. A despolarização leva à abertura de canais de Ca2+ dependentes de 
voltagem, e o músculo liso vascular se contrai; 
A vasoconstrição aumenta a resistência ao fluxo e leva a uma redução no fluxo sanguíneo 
através das arteríolas. A redução do fluxo sanguíneo diminui a pressão de filtração no 
glomérulo; 
-Se a pressão arterial diminui, o tônus de contração arteriolar desaparece, e a arteríola 
torna-se maximamente dilatada. Contudo, a vasodilatação não é tão eficaz em manter a 
TFG como a vasoconstrição, devido ao fato de que normalmente a arteríola aferente está 
bastante relaxada >> Consequentemente, quando a pressão arterial média diminui para 
menos de 80 mmHg, a TFG diminui >> Esse decréscimo é adaptativo, pois se menos 
plasma é filtrado, o potencial para a perda de líquido na urina diminui; Em outras 
palavras, um decréscimo na TFG ajuda o corpo a conservar o volume sanguíneo ; 
-Se a resistência global das arteríolas renais aumenta, o fluxo sanguíneo renal diminui, e o 
sangue é desviado para outros órgãos; 
O efeito do aumento da resistência sobre a TFG, entretanto, depende de onde a mudança 
na resistência ocorre. 
 
● aumento da pressão hidrostática - contração da arteríola aferente - 
● diminui a pressão hidrostática - relaxamento da arteríola aferente - Se a resistência 
aumenta na arteríola aferente, a pressão hidrostática diminui no lado glomerular da 
constrição. Isso se traduz em uma diminuição na TFG. 
 
-Se a resistência aumenta na arteríola eferente, o sangue acumula antes da constrição, e -a 
pressão hidrostática nos capilares glomerulares aumenta 
-O aumento da pressão glomerular aumenta a TFG 
-Modificações opostas ocorrem com a diminuição da resistência nas arteríolas aferente ou 
eferente. A maior parte da regulação ocorre na arteríola aferente . 
 
2. Retroalimentação tubuloglomerular : 
 
-é uma via de controle local, na qual o fluxo de líquido através dos túbulos renais altera a 
TFG; 
-As paredes tubulares e arteriolares são modificadas nessa região em que elas entram em 
contato umas com as outras, e, juntas, formam o aparelho justaglomerular . 
-A porção modificada do epitélio tubular é formada por uma placa de células - mácula 
densa; 
-A parede da arteríola aferente adjacente a ela possui células musculares lisas 
especializadas, células granulares (ou células justaglomerulares ou células JG); 
As células granulares secretam renina , uma enzima envolvida no balanço do sal e da água . 
Quando o NaCl que passa pela mácula densa aumenta, como resultado da TFG aumentada, 
as células da mácula densa enviam sinais parácrinos à arteríola aferente vizinha > A 
arteríola aferente se contrai, aumentando a resistência e diminuindo a TFG ; 
 
miogênica 
 
retroalimentação 
 
-Evidências experimentais indicam que as células da mácula densa transportam NaCl, e 
que o aumento no transporte de sal inicia a retroalimentação tubuloglomerular; 
-O fluxo também pode ser detectado nas células tubulares renais pelos cílios primários, 
que estão localizados na superfície apical voltada para o lúmen. 
-Os cílios primários são conhecidos por atuar como sensores do fluxo, assim como 
transdutores de sinais para o desenvolvimento normal. 
-Experimentos mostram que muitos sinalizadores parácrinos, incluindo ATP, adenosina e 
óxido nítrico, passam da mácula densa para a arteríola como parte da retroalimentação 
tubuloglomerular; 
 
-aumento a pressão hidrostática - a mácula densa estimula secreção de vasoconstrictores 
(Adenosinas) 
-diminui a pressão hidrostática - não há efeito local 
 
 
 II. Mecanismos Extrínsecos: 
 
-Os hormônios e o sistema nervoso autônomo alteram a TFG de duas maneiras: 
mudando a resistência das arteríolas e alterando o coeficiente de filtração. 
 
1. controle neural da TFG 
 
- mediado pelos neurônios simpáticos (SNS) que inervam as arteríolas aferente e eferente. 
-A inervação simpática via receptores no músculo liso vascular causa vasoconstrição; 
Se a atividade simpática é moderada, há um pequeno efeito na TFG. 
Entretanto, se a pressão arterial sistêmica cai abruptamente, como ocorre em uma 
hemorragia ou em uma desidratação grave, a vasoconstrição das arteríolas induzida pelo 
sistema nervoso simpático diminui a TFG e o fluxo sanguíneo renal >>> resposta 
adaptativa que visa conservar o volume de líquido corporal; 
 
diminui PA - estimulação das inervações das arteríolas aferentes e eferentes 
 
2. Vários hormônios também influenciam a resistência arteriolar, como exemplo, a 
angiotensina II >>> potente vasoconstritor, e as prostaglandinas >> atuam 
como vasodilatadoras; 
Esses mesmos hormônios podem afetar o coeficiente de filtração devido à sua 
atuação sobre os podócitos ou sobre as células mesangiais . 
Os podócitos alteram o tamanho das fendas de filtração glomerular. Se as fendas se 
alargam, ocorre um aumento na área de superfície disponível para a filtração, e a 
TFG aumenta; 
A contração das células mesangiais altera a área de superfície do capilar glomerular 
disponível para a filtração. 
 
-Liberação de bioativos (ADH, endotelinas, Prostaglandinas, NO, etc....) 
-Sistema via renina-angiotensina-aldosterona: Ativação - aumenta [Na+ ] (natremia 
6 
) ; 
 
como funciona esse sistema? 
 
O sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) regula funções essenciais do 
organismo, como a manutenção da pressão arterial, balanço hídrico e de sódio . A 
lógica fundamental que preside o funcionamento do sistema é responder a uma 
instabilidade hemodinâmica e evitar a redução na perfusão tecidual sistêmica . Atua de 
modo a reverter a tendência à hipotensão arterial através da indução de vasoconstricção 
arteriolar periférica e aumento na volemiapor meio de retenção renal de sódio (através da 
aldosterona) e água (através da liberação de ADH-vasopressina). 
constituído por quatro proteínas principais: renina (REN), angiotensinogênio (AGT), 
enzima conversora da angiotensina (ECA) e os receptores para a angiotensina II (AII). 
Todos os componentes do SRA já foram encontrados em tecidos como coração, cérebro, 
rins, glândulas adrenais, vasos sangüíneos e órgãos reprodutores, permitindo distinguir 
um SRA local e um circulante 
a renina, de origem renal, atua no AGT, formado no fígado, originando a angiotensina I (se 
mantém relativamente inativa), que pela ação da ECA transforma-se na AII (hormônio que 
é muito ativo), potente vasoconstritor direto, faz com que as paredes musculares das 
pequenas artérias (arteríolas) se contraiam, aumentando a pressão arterial. A angiotensina 
II também provoca a liberação do hormônio aldosterona pelas glândulas adrenais e da 
vasopressina 
7 
 (hormônio antidiurético) pela hipófise. 
A aldosterona e a vasopressina fazem com que os rins retenham sódio (sal); 
A aldosterona também faz com que os rins excretem potássio (por conta da troca que 
ocorre para que o sódio passe para o LEC daí fica em excesso dentro da célula e pra 
solucionar isso tem uns canais responsáveis por secretarem ele no lúmen dos túbulos 
renais pra ser excretado). 
6 Natremia ou natriemia é a concentração plasmática de sódio ou Na⁺, no sangue; 
7 é um hormônio humano secretado em casos de desidratação e queda da pressão arterial; 
fazendo com que os rins conservem a água no corpo, concentrando e reduzindo o volume da 
urina. 
https://pebmed.com.br/covid-19-modulacao-de-ace2-pode-explicar-a-origem-dos-efeitos-extrapulmonares/
O aumento de sódio faz com que a água seja retida, aumentando, assim, o volume de 
sangue e a pressão arterial. 
e que de forma indireta interage com a secreção de aldosterona, com o sistema nervoso 
central e com o sistema nervoso simpático. Além da AII, outras angiotensinas produzidas 
têm ações específicas e entre as melhores caracterizadas estão as angiotensina III, 
angiotensina IV e angiotensina 1-7; 
Quando a pressão arterial aumenta, uma das formas de mudar esse acontecimento é os 
rins excretarem líquidos e íons para tentar diminuir essa pressão. 
 
➔ REABSORÇÃO 
 
- cada dia, 180 L de líquido são filtrados dos capilares glomerulares para dentro dos 
túbulos renais, todavia, apenas cerca de 1,5 L é excretado na urina >> mais de 99% do 
líquido que entra nos túbulos é reabsorvido para o sangue à medida que o filtrado percorre 
os néfrons; 
- maior parte ocorre no túbulo proximal, com uma quantidade menor de reabsorção nos 
segmentos distais do néfron; 
- reabsorção no néfron distal é finamente regulada, possibilitando aos rins reabsorverem 
seletivamente íons e água de acordo com as necessidades do organismo para a manutenção 
da homeostasia; 
* “Por que se preocupar em filtrar 180 L/dia e depois reabsorver 99% disso? Por que não 
simplesmente filtrar e excretar o 1% que precisa ser eliminado?” 
 
1. Primeiro, muitas substâncias exógenas são filtradas nos túbulos, mas não são 
reabsorvidas para o sangue. A alta taxa diária de filtração ajuda a retirar essas 
substâncias do plasma muito rapidamente. Uma vez que uma substância é filtrada 
para o interior do lúmen da cápsula de Bowman, ela não faz mais parte do meio 
interno corporal; O lúmen do néfron faz parte do ambiente externo, e todas as 
substâncias presentes no filtrado estão destinadas a deixarem o corpo através da 
urina, a não ser que exista algum mecanismo de reabsorção tubular para impedir 
que isso ocorra. Muitos nutrientes pequenos, como a glicose e intermediários do 
ciclo do ácido cítrico, são filtrados, porém são reabsorvidos de maneira muito 
eficiente no túbulo proximal. 
2. Segundo, a filtração de íons e água para dentro dos túbulos simplifica a sua 
regulação. Se uma porção do filtrado que alcança o néfron distal não é necessária 
para manter a homeostasia, ela passa para a urina. Com uma alta TFG, essa 
excreção pode ocorrer de forma bastante rápida. Contudo, se os íons e a água são 
necessários, eles são reabsorvidos; 
-pode ser passiva ou ativa; 
-A reabsorção de água e solutos do lúmen tubular para o líquido extracelular depende de 
transporte ativo; 
O filtrado que flui da cápsula de Bowman para o túbulo proximal tem a mesma 
concentração de solutos do líquido extracelular. Portanto, para transportar soluto para fora 
do lúmen, as células tubulares precisam usar transporte ativo para criar gradientes de 
concentração ou eletroquímicos; 
-A água segue osmoticamente os solutos, à medida que eles são reabsorvidos; 
-O transporte ativo de Na+ do lúmen tubular para o líquido extracelular cria um gradiente 
elétrico transepitelial, no qual o lúmen é mais negativo do que o LEC; 
Os ânions, então, seguem o Na positivamente carregado para fora do lúmen; A saída de Na 
e de ânions do lúmen para o LEC dilui o fluido luminal e aumenta a concentração do LEC, 
de forma que a água deixa o túbulo renal por osmose; 
-A redução do volume do lúmen tubular aumenta a concentração de solutos (incluindo K , 
Ca2 e ureia) que permaneceram no filtrado: a mesma quantidade de soluto em um volume 
menor equivale a uma concentração mais alta de soluto . 
-Uma vez que as concentrações de soluto no lúmen são mais altas do que as concentrações 
de soluto no líquido extracelular, os solutos difundem-se para fora do lúmen se o epitélio 
do túbulo for permeável a eles; 
-A reabsorção envolve tanto o transporte transepitelial quanto o transporte paracelular; 
1. No transporte transepitelial (transporte transcelular): as substâncias 
atravessam as membranas apical e basolateral das células tubulares epiteliais para 
chegar ao líquido intersticial; 
2. Na via paracelular: as substâncias passam através de junções celulares entre 
células vizinhas. 
O caminho seguido pelo soluto depende da permeabilidade das junções epiteliais e do seu 
gradiente eletroquímico 
-Para solutos que se movem através do transporte transepitelial,suas concentrações ou 
seus gradientes eletroquímicos determinam seus mecanismos de transporte; 
-Solutos que se movem a favor do seu gradiente de concentração usam canais de 
vazamento ou carreadores de difusão facilitada para cruzarem a membrana celular; 
-As moléculas que necessitam se deslocar contra seu gradiente de concentração são 
transportadas por mecanismos de transporte ativo primário ou indiretos (normalmente 
secundários); 
-O sódio está direta ou indiretamente envolvido em muitos exemplos de transporte passivo 
e ativo; 
 
- Transporte ativo de sódio: A reabsorção ativa de Na é a força motriz primária para a 
maior parte dos mecanismos de reabsorção renal; a composição do filtrado que entra no 
túbulo proximal é semelhante à composição iônica plasmática, com uma concentração 
maior de Na do que a encontrada nas células; Dessa forma, o Na presente no filtrado pode 
entrar nas células tubulares passivamente, de acordo com seu gradiente eletroquímico; 
O transporte apical do Na utiliza várias proteínas transportadoras por simporte e 
antiporte 
8 
 ou de canais de vazamento abertos . 
8 simporte → transporta simultaneamente ( quer dizer ao mesmo tempo) duas moléculas 
diferentes na mesma direção. Transporte antiporte → transporta simultaneamente duas 
moléculas diferentes em direção opostas. 
No túbulo proximal, o trocador Na-H (NHE) desempenha um papel fundamental na 
reabsorção do Na, assim como o canal de Na epitelial (ENaC) na membrana apical; 
Uma vez no interior da célula tubular, o Na é ativamente transportado para seu exterior 
através da membrana basolateral em uma troca com o K pela Na-K-ATPase; 
Um canal de vazamento de K impede o acúmulo de K no interior da célula; 
O resultado final é a reabsorção de Na através do epitélio tubular; 
- Transporte ativo secundário - simporte com sódio: acoplado ao sódio; é 
responsável pela reabsorção de muitas substâncias, incluindo a glicose, aminoácidos, íons 
e vários metabólitos orgânicos; 
ex. a reabsorção de glicose acoplada ao Na através do epitélio do túbulo proximal 
A membrana apical contém o cotransportador de Na-glicose ( SGLT ) que leva a glicose 
para o citoplasma contra seu gradiente de concentração através do uso da energia do Na, 
que se move a favor de seu gradiente eletroquímico; 
Na superfície basolateral da célula, o Na é bombeado para fora pela Na-K-ATPase, ao passo 
que a glicose se difunde para fora através de um mecanismo de difusão facilitada 
envolvendo o uso de transportadores GLUT; 
O mesmo padrão básico é utilizado por outras moléculas que são transportadas acopladas 
ao Na: uma proteína de simporte apical e um carreador para difusão facilitada ou um 
trocador iônico na membrana basolateral. 
Outras moléculas que são reabsorvidas por mecanismos similares incluem os aminoácidos, 
o lactato, intermediários do ciclo do ácido cítrico, como o -cetoglutarato (CG), e íons, como 
o fosfato e o sulfato; 
Alguns dos transportadores apicais utilizam o H no lugar do Na 
-Reabsorção passiva - uréia : A uréia, um resíduo nitrogenado, não possui mecanismos 
de transporte ativo no túbulo proximal, mas pode se deslocar através das junções celulares 
epiteliais por difusão, se houver um gradiente de concentração da ureia; 
Inicialmente, as concentrações de ureia no filtrado e no líquido extracelular são iguais. 
Entretanto, o transporte ativo de Na e de outros solutos para fora do lúmen tubular 
proximal gera um gradiente de concentração através de um processo. 
Quando o Na e outros solutos são reabsorvidos no túbulo proximal, a transferência de 
partículas osmoticamente ativas torna o líquido extracelular mais concentrado que o 
filtrado que permaneceu no lúmen tubular. Em resposta ao gradiente osmótico, a água 
move-se por osmose através do epitélio. Até esse ponto, nenhuma molécula de ureia foi 
transportada para fora do lúmen, uma vez que não havia nenhum gradiente de 
concentração da ureia. Quando a água é reabsorvida, a concentração de ureia no lúmen 
tubular aumenta – a mesma quantidade de ureia está presente em um volume menor de 
água. Uma vez que o gradiente de concentração de ureia existe, a ureia move-se do lúmen 
tubular para o líquido extracelular, sendo transportada através das células ou pela via 
paracelular; 
-Endocitose - proteínas plasmáticas: A filtração do plasma nos glomérulos 
normalmente deixa a maior parte das proteínas plasmáticas no sangue, mas algumas 
proteínas menores e peptídeos podem passar através da barreira de filtração; A maioria 
das proteínas filtradas é removida do filtrado no túbulo proximal, de forma que 
normalmente apenas traços de proteínas aparecem na urina; Mesmo sendo pequenas, as 
proteínas filtradas são muito grandes para serem reabsorvidas pelos transportadores ou 
por canais. A maior parte delas entra nas células do túbulo proximal por endocitose 
mediada por receptores na membrana apical; Uma vez no interior das células, as proteínas 
são digeridas nos lisossomos; Os aminoácidos resultantes são transportados através da 
membrana basolateral e absorvidos no sangue; A digestão renal de pequenas proteínas 
filtradas, é um método importante pelo qual peptídeos sinalizadores podem ser removidos 
da circulação ; 
 
➔ SATURAÇÃO DO TRANSPORTE RENAL 
 
-maior parte dos transportes no néfron usa proteínas de membrana e exibe as três 
características do transporte mediado: saturação (1), especificidade (2) e 
competição (3) 
1. refere-se à taxa de transporte máximo, que ocorre quando todos os transportadores 
disponíveis estão ocupados/saturados pelo substrato; 
Em concentrações abaixo do ponto de saturação, a taxa de transporte é diretamente 
relacionada à concentração do substrato; 
Em concentrações de substrato iguais ou acima do ponto de saturação, o transporte 
ocorre a uma taxa máxima; 
A taxa de transporte no ponto de saturação é o transporte máximo (Tm); 
ex. reabsorção da glicose no néfron; Em concentrações normais de glicose no 
plasma, toda a glicose que entra no néfron é reabsorvida antes de alcançar o final do 
túbulo proximal; O epitéliotubular é bem suprido de transportadores para capturar 
a glicose à medida que o filtrado flui através dele. Todavia, se a concentração de 
glicose no sangue se torna excessiva, a glicose é filtrada mais rapidamente do que os 
transportadores podem a reabsorver; Esses transportadores se tornam saturados e 
são incapazes de reabsorver toda a glicose que flui ao longo do túbulo. Como 
resultado, parte da glicose não é reabsorvida e é excretada na urina; 
 
19.10a mostra que a taxa de filtração da glicose do plasma para dentro da cápsula de 
Bowman é proporcional à concentração de glicose no plasma. Devido à filtração não ser 
saturável, o gráfico continua em uma linha reta até o infinito: a concentração de glicose no 
filtrado é sempre igual à sua concentração plasmática. A Figura 19.10b mostra a taxa de 
reabsorção da glicose no túbulo proximal em função da concentração de glicose. A 
reabsorção exibe uma taxa de transporte máximo (Tm) quando os carreadores são 
saturados. Observe que as concentrações plasmáticas normais de glicose estão bem abaixo 
do ponto de saturação. A Figura 19.10c mostra a taxa de excreção da glicose em relação à 
concentração de glicose no plasma. Lembre-se que a excreção é igual à filtração menos a 
reabsorção (E F R). Quando as concentrações plasmáticas de glicose são baixas o bastante 
para que 100% da glicose filtrada seja reabsorvida, nenhuma glicose é excretada. Uma vez 
que os transportadores alcançam a saturação, começa a excreção da glicose. A 
concentração plasmática, na qual a glicose começa a aparecer na urina, é denominada 
limiar renal para a glicose. 19.10d é um gráfico composto que compara filtração, 
reabsorção e excreção da glicose. 
excreção de glicose na urina é chamada de glicosúria e, em geral, indica a presença de 
uma concentração de glicose elevada no sangue. 
 
 
➔ SECREÇÃO 
 
- é a transferência de moléculas do líquido extracelular para o lúmen do néfron; 
-depende principalmente de sistemas de transporte de membrana; 
-A secreção de K e H pelo néfron distal é importante na regulação da homeostasia destes 
íons; 
-muitos compostos orgânicos são secretados, incluem tanto metabólitos produzidos no 
corpo quanto substâncias provenientes do meio externo - xenobióticos; 
-A secreção torna o néfron capaz de aumentar a excreção de uma substância; 
Se uma substância filtrada não é reabsorvida, ela é excretada com muita eficácia. Se, no 
entanto, a substância filtrada para dentro do túbulo não é reabsorvida, e ainda é secretada 
para dentro do túbulo a partir dos capilares peritubulares, a excreção é ainda mais eficaz; 
-é um processo ativo, uma vez que requer transporte de substratos contra seus gradientes 
de concentração. 
-A maioria dos compostos orgânicos é secretada através do epitélio do túbulo proximal 
para o interior do lúmen tubular por transporte ativo secundário; 
-Os transportadores responsáveis pela secreção de solutos orgânicos apresentam pouca 
especifidade; 
ex. a família do transportador de ânions orgânicos (OAT), é capaz de transportar uma 
grande variedade de ânions endógenos e exógenos, desde sais biliares até benzoato, 
utilizado como conservante em refrigerantes, salicilato, proveniente do ácido 
acetilsalicílico, e o adoçante artificial sacarina. 
-A secreção de ânions orgânicos pelo OAT é um exemplo de transporte ativo terciário, em 
que o uso da energia do ATP é removido em duas etapas do OAT; 
Na primeira etapa desse processo, que é um transporte ativo direto, o túbulo proximal usa 
ATP para manter a baixa concentração intracelular de Na; Na segunda etapa, o gradiente 
de Na é, então, usado para concentrar o dicarboxilato 
9 
 dentro da célula tubular, utilizando 
um cotransportador Na-dicarboxilato (NaDC). O NaDC é encontrado tanto na membrana 
apical quanto na membrana basolateral das células do túbulo proximal. 
A concentração de dicarboxilato dentro da célula tubular determina o terceiro passo da 
secreção de ânions orgânicos. 
O OAT é um transportador ativo indireto, que utiliza o movimento do dicarboxilato a favor 
do seu gradiente de concentração para deslocar um ânion orgânico contra o seu gradiente, 
transferindo-o para o interior da célula. No passo final, uma vez que o ânion orgânico está 
concentrado no interior da célula tubular, ele pode ser facilmente transportado por difusão 
facilitada para o interior do lúmen tubular. 
9 são as formas iônicas dos ácidos dicarboxílicos, que possuem dois grupos (OCOOH) 
e a maior parte dos intermediários do ciclo do ácido cítrico, incluindo o citrato, o 
oxaloacetato e o -cetoglutarato (CG), são dicarboxilatos. 
 
 
➔ EXCREÇÃO 
-produção de urina é o resultado de todos os processos que ocorrem no rim. 
-Quando o líquido chega ao final do néfron, ele apresenta pouca semelhança com o líquido 
que foi filtrado para a cápsula de Bowman; 
-Glicose, aminoácidos e metabólitos úteis desaparecem, tendo sido reabsorvidos para 
dentro do sangue, e os resíduos orgânicos estão mais concentrados; 
-A concentração de íons e água na urina é extremamente variável, dependendo do estado 
do corpo; 
-Embora a excreção nos diga o que o corpo está eliminando, a excreção por si só não pode 
nos dar detalhes da função renal; 
 
Excreção = filtração - reabsorção + secreção 
-A taxa de excreção de uma substância depende (1) da taxa de filtração da substância e (2) 
de se a substância é reabsorvida, secretada ou ambas, enquanto ela passa ao longo do 
túbulo renal; 
-O manejo renal de uma substância e a TFG são, muitas vezes, de interesse clínico. 
ex. os médicos usam a informação sobre a TFG da pessoa como um indicador da função 
global do rim. Indústrias farmacêuticas que desenvolvem fármacos precisam fornecer à 
Food and Drug Administration* informação completa sobre como o rim maneja cada novo 
composto. Todavia, como os investigadores que lidam com seres humanos vivos podem 
avaliar a filtração, a reabsorção e a secreção em néfrons individuais? Eles não têm como 
fazer isso de maneira direta: os rins não são facilmenteacessíveis e os néfrons são 
microscópicos. Por essa razão, cientistas tiveram de desenvolver uma técnica que lhes 
permitisse avaliar a função renal usando apenas a análise da urina e do sangue. Para fazer 
isso, eles aplicam o conceito de depuração; 
➔ Reabsorção renal de bicarbonato 
-A [HCO3–] plasmática é normalmente mantida em torno de 25 mEq/L por meio da 
reabsorção diária da carga de bicarbonato filtrado (cerca de 4.500 mEq) pelos rins. 
Se o bicarbonato filtrado não fosse reabsorvido, a [HCO3–] plasmática e o pH 
sanguíneo cairiam. Portanto, a manutenção de uma [HCO3–] plasmática normal 
requer a reabsorção de essencialmente todo o bicarbonato filtrado através dos 
capilares glomerulares a cada dia. 
-A maior parte da reabsorção do bicarbonato (quase 90%) ocorre no túbulo 
contornado proximal. Em contraste, o néfron distal recupera muito pouco 
bicarbonato. A diferença resulta de um processo complexo, que é facilitado pela 
maior quantidade de anidrase carbônica existente no lúmen do túbulo proximal. 
- A reabsorção de bicarbonato ao nível tubular proximal é ativada pela ATPase de 
Na+/K+ existente na membrana celular peritubular. A troca de K+ peritubular por 
Na+ intracelular mantém a [Na+] intracelular baixa, permitindo que o Na+ se mova 
no sentido de seu gradiente de concentração menor e siga do lúmen tubular através 
do contratransportador de Na+/K+ para dentro da célula. O HCO3– combina-se ao 
H+ secretado para formar HCO3–. A rápida dissociação do H2CO3 em CO2 e H2O 
na presença de anidrase carbônica luminal permite a movimentação para dentro da 
célula, onde ocorre a dissociação. Por fim, o H+ reabsorvido é secretado em troca de 
Na+, enquanto o HCO3– segue o gradiente elétrico e se move do interior da célula 
para o espaço peritubular, onde é reabsorvido dentro da circulação sistêmica. 
 
 
➔ Papel do ADH e ALDOSTERONA 
 
-O hipotálamo regula a capacidade de água no corpo, agindo de duas maneiras: (1) através 
do estímulo da ingestão de líquidos e (2) regulando a diurese através dos neurônios do 
núcleo supraóptico; 
-Outro responsável por conservar a água no organismo é o Hormônio Antidiurético 
10 
 
(ADH), também conhecido como arginina-vasopressina >> hormônio hipotalâmico com 
ação nas células renais, hepatócitos e células vasculares, produzindo antidiurese, 
aumentando a gliconeogênese e atuando como um importante vasoconstritor >> Seu papel 
principal é conservar a água corporal e regular a tonicidade dos líquidos corporais >> Atua 
nos túbulos coletores e dutos renais, que são muito permeáveis a água, estimulando sua 
reabsorção e evitando sua perda na urina; 
*mecanismo ? 
-possui três tipos de receptores V1a, V1b e V2 e a ativação da vasopressina nas células 
tubulares é mediada pelos receptores que, depois da ligação, acabam por aumentar o AMPc 
intracelular (adenosina monofosfato c(clico), por meio da enzima adenilil ciclase, que é 
uma glicoproteína transmembrana que atua como efetora em sistemas acoplados à 
10 reduz a diurese; 
proteína G, e que catalisa ATP para formar AMPc com a ajuda de cofator Mg2+ ou Mn2+. 
... A ativação da PKA (proteína quinase) pelo AMPc leva a fosforilação de resíduos, levando 
a produção de aquaporinas, que permitem a passagem de moléculas de água pela 
membrana, sem permitir a entrada de solutos. 
 
 
-Além do ADH, a Aldosterona também participa do equilíbrio hidro-iônico do organismo. 
É produzida nas glândulas suprarrenais e sua função é aumentar a reabsorção ativa de 
sódio nos túbulos renais, possibilitando maior retenção de água no organismo; 
sua secreção é regulada por diversos fatores >> principais são o próprio S-RAA e o 
potássio. O ACTH, sódio, vasopressina, dopamina, ANP, serotonina, somatostatina e 
agentes β-adrenérgicos agem como moduladores. 
*O potássio aumenta diretamente a secreção da aldosterona pela córtex adrenal e esta 
diminui os níveis de potássio sérico pelo aumento de sua excreção renal. A ação do 
potássio se dá pela despolarização da membrana plasmática que ativa os canais de cálcio 
voltagem-dependentes que permitem o influxo e efluxo de cálcio extracelular >> essa 
mudança de concentração aumenta a reabsorção de água; 
O ACTH age como um modulador ativando os passos iniciais e finais da biossíntese da 
aldosterona pela ativação da adenilatociclase e aumento do AMPc intracelular. 
O sódio estimula a aldosterona por efeito indireto sobre a renina e em menor intensidade 
por efeito direto na zona glomerulosa tornando-a responsiva a angiotensina II. A 
dopamina age como um inibidor, assim como o ACTH e o S-RAA que também podem 
inibir a secreção da aldosterona; 
O ANP inibe diretamente e bloqueia os efeitos estimulatórios da angiotensina II. 
O potássio pode agir como inibidor pela interferência na entrada da cálcio extracelular; 
 
 
-Para a regulação dos sistemas, o hipotálamo comunica-se com a hipófise, que é a glândula 
principal do sistema endócrino, estimulando a produção e secreção de diversos hormônios; 
-Tanto o ADH quanto a aldosterona são liberados na corrente sanguínea de acordo com o 
feedback negativo, que é um sistema que busca a homeostase do organismo gerando um 
estímulo contrário àquele que levou ao desequilíbrio; 
 
‘ Enquanto a aldosterona age, usando uma fisiologia renal simplificada, na região ascendente da 
Alça de Henle e, com isso, acaba provocando reabsorção de água nos túbulos renais, o ADH age 
no duto coletor, também promovendo a reabsorção de água’ 
 
 
 
➔ Depuração 
 
- de um soluto é a taxa na qual esse soluto desaparece do corpo por excreção ou 
metabolização; 
- consiste no volume de plasma (mL) “limpados” (depurados) de X por minuto. 
-podemos usá-la para calcular a TFG; 
 
‘para qualquer substância que é livremente filtrada, mas não é reabsorvida nem secretada, 
sua depuração é igual à TFG’ 
 
 
 
 
➔ MICÇÃO 
 
-Uma vez que o filtrado deixa os ductos coletores, ele já não pode mais ser modificado, e a 
sua composição não se altera >> agora chamado de urina, flui para a pelve renal e, então, 
desce pelo ureter,em direção à bexiga urinária, com a ajuda de contrações rítmicas do 
músculo liso. 
-A bexiga urinária é um órgão oco cujas paredes contêm camadas bem desenvolvidas de 
músculo liso. 
-Na bexiga, a urina é armazenada até que seja excretada no processo conhecido como 
micção. 
pode se expandir para armazenar um volume aproximado de 500 mL de urina. O colo da 
bexinga é contínuo com a uretra, um tubo único pelo qual a urina passa até alcançar o meio 
externo. A abertura entre a bexiga e a uretra é fechada por dois anéis musculares, 
chamados de esfincteres . 
-O esfincter interno da uretra é uma continuação da parede da bexiga e é formado por 
músculo liso >> Seu tônus normal o mantém contraído. 
-O esfincter externo da uretra é um anel de músculo esquelético, controlado por neurônios 
motores somáticos. A estimulação tônica proveniente do sistema nervoso central mantém 
a contração do esfincter externo, exceto durante a micção. 
-A micção é um reflexo espinal simples que está sujeito aos controles consciente e 
inconsciente pelos centros superiores do encéfalo. 
-À medida que a bexiga urinária se enche com urina e as suas paredes se expandem, 
receptores de estiramento enviam sinais através de neurônios sensoriais para a medula 
espinal. Lá, a informação é integrada e transferida a dois conjuntos de neurônios. O 
estímulo da bexiga urinária cheia estimula os neurônios parassimpáticos, que inervam o 
músculo liso da parede da bexiga urinária. 
O músculo liso contrai, aumentando a pressão no conteúdo da bexiga urinária. 
Simultaneamente, os neurônios motores somáticos que inervam o esfincter externo da 
uretra são inibidos. A contração da bexiga urinária ocorre em uma onda, a qual empurra a 
urina para baixo, em direção à uretra. 
-A pressão exercida pela urina força o esfincter interno da uretra a abrir enquanto o 
esfincter externo relaxa. A urina passa para a uretra e para fora do corpo, auxiliada pela 
gravidade. 
-Este reflexo de micção simples ocorre principalmente em crianças que ainda não foram 
treinadas para o controle dos esfincteres. 
-Uma pessoa que foi treinada para o controle esfincteriano adquire um reflexo aprendido, 
que mantém o reflexo da micção inibido até que ele ou ela deseje conscientemente urinar. 
O reflexo aprendido envolve fibras sensoriais adicionais à bexiga urinária, que sinalizam o 
grau de enchimento. Centros no tronco encefálico e no córtex cerebral recebem essa 
informação e superam o reflexo de micção básico, inibindo diretamente as fibras 
parassimpáticas e reforçando a contração do esfincter externo da uretra. 
-Quando chega o momento apropriado para urinar, esses mesmos centros removem a 
inibição e facilitam o reflexo, inibindo a contração do esfincter externo da uretra. 
-Além do controle consciente da micção, vários fatores inconscientes podem afetar esse 
reflexo. 
-A “bexiga tímida” é uma condição na qual a pessoa não consegue urinar na presença de 
outra pessoa, apesar de sua intenção consciente de fazê-lo. O som de água corrente facilita 
a micção e, muitas vezes, é utilizado para ajudar os pacientes a urinar quando a uretra está 
irritada pela inserção de um cateter, um tubo inserido dentro da bexiga urinária para 
drená-la passivamente;

Continue navegando