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Função dos rins

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A função mais importante dos rins é a regulação
homeostática do conteúdo de água e íons no
sangue, também chamada de balanço do sal e da
água, ou equilíbrio hidroeletrolítico. A remoção de
resíduos é importante, mas alterações no volume
sanguíneo ou nas concentrações iônicas causam
sérios problemas clínicos antes que o acúmulo de
resíduos metabólicos atinja níveis tóxicos.
Podemos dividir as funções dos rins em seis
áreas gerais:
Regulação do volume do líquido extracelular e
da pressão arterial; 
Quando o volume do líquido extracelular diminui, a
pressão arterial também diminui volume do líquido
extracelular e a pressão arterial caem até níveis
muito baixos, o corpo não pode manter um fluxo
adequado de sangue para o encéfalo e outros
órgãos essenciais. Os rins trabalham de uma
maneira integrada com o sistema circulatório para
assegurar que tanto a pressão arterial quanto a
perfusão tecidual permaneçam em uma faixa
aceitável.
Regulação da osmolalidade;
O corpo integra a função renal com o
comportamento, como a sede, para manter a
osmolalidade do corpo em um valor próximo de
290 mOsM. Analisaremos as vias reflexas para a
regulação do volume do LEC e da osmorlaridade
posteriormente.
Manutenção do equilíbrio iônico;
 Os rins mantêm a concentração de íons-chave
dentro de uma faixa normal pelo balanço entre a
sua ingestão e a sua perda urinária. O sódio (Na ) é
o principal íon envolvido na regulação do volume
do líquido extracelular e da osmolalidade. As
concentrações dos íons potássio (K ) e cálcio (Ca2 )
também são estritamente reguladas
 Regulação homeostática do pH.
O pH plasmático é normalmente mantido dentro
de uma faixa muito estreita de variação. Se o
líquido extracelular se torna muito ácido, os rins
excretam H e conservam íons bicarbonato (HCO3
), que atuam como tampão (p. 41). Inversamente,
quando o líquido extracelular se torna muito
alcalino, os rins excretam HCO3 e conservam H.
Os rins exercem um papel importante na
regulação do pH, mas não são capazes de corrigir
desequilíbrios no pH tão rapidamente quanto os
pulmões.
Excreção de resíduos
 Os rins removem produtos do metabolismo e
xenobióticos, ou substâncias estranhas, como
fármacos e toxinas ambientais. Os produtos do
metabolismo incluem a creatinina do
metabolismo muscular e resíduos nitrogenados,
como a ureia e o ácido úrico. Um metabólito da
hemoglobina, chamado de urobiolinogênio, dá a
ela sua cor amarela característica. Os hormônios
são outras substâncias endógenas retiradas do
sangue pelos rins.
Produção de hormônios
Embora os rins não sejam glândulas endócrinas,
eles desempenham um importante papel em três
vias endócrinas. As células renais sintetizam
eritropoetina, a citocina/hormônio que regula a
produção dos eritrócitos Os rins também liberam
renina, uma enzima que regula a produção de
hormônios envolvidos no equilíbrio do sódio e na
homeostasia da pressão sanguínea. Por fim, as
enzimas renais auxiliam na conversão da vitamina
D3 em um hormônio ativo que regula o equilíbrio
do Ca2
Função dos rins
meninafono
A produção da urina inicia quando a água e os
solutos se deslocam do plasma para o interior de
tubos ocos (néfrons), que compõem a maior
parte dos dois rins. Esses túbulos modificam a
composição do líquido à medida que ele passa ao
longo dessas estruturas. 
O fluido já alterado, agora chamado de urina,
deixa os rins e passa por um tubo, chamado de
ureter. Existem dois ureteres, cada um partindo
de um rim e se dirigindo para a bexiga urinária. A
bexiga se expande e é preenchida com a urina até
que, em um reflexo, chamado de micção, ela se
contrai e elimina a urina através de um único
tubo, a uretra. 
A uretra, nos homens, sai do corpo através do
corpo do pênis. Nas mulheres, a abertura uretral
é encontrada anterior às aberturas da vagina e do
ânus. Devido à extensão mais curta da uretra
nas mulheres e sua proximidade com
bactérias originárias do intestino grosso, as
mulheres são mais propensas que os homens
a desenvolverem infecções bacterianas na
bexiga urinária e nos rins, ou infecções do
trato urinário (ITUs).
Os rins
Cada rim situa-se em um lado da coluna vertebral
ao nível da décima primeira e décima segunda
costelas, logo acima da cintura. Embora eles
estejam abaixo do diafragma, eles estão
tecnicamente fora da cavidade abdominal, entre o
peritônio membranoso, que reveste o abdome, e os
ossos e os músculos do dorso. Devido à sua
localização atrás da cavidade peritoneal, os rins são
algumas vezes descritos como órgãos
retroperitoneais. Os vasos sanguíneos renais, os
nervos, os vasos linfáticos e os ureteres emergem a
partir dessa superfície. As artérias renais, as quais
são ramos da parte abdominal da aorta, fornecem
sangue para os rins. As veias renais levam sangue
dos rins para a veia cava inferior.
Mecanismos de
formação da urina 
Os rins são o local de produção
da urina. 
Uma secção transversal através de um rim
mostra que o seu interior é dividido em duas
camadas: um córtex externo e uma medula
interna. As camadas são formadas pelo arranjo
organizado de túbulos microscópicos, chamados
de néfrons. Cerca de 80% dos néfrons de um rim
estão presentes quase que completamente no
interior do cortex (néfrons corticais), ao passo
que os outros 20% – chamados de néfrons
justamedulares – penetram no interior da
medula.
O néfron é a unidade funcional do rim. (Uma
unidade funcional é a menor estrutura que
pode efetuar todas as funções de um órgão.) 
Os rins filtram,
reabsorvem e secretam
FILTRAÇÃO
A filtração do plasma para dentro dos túbulos
renais é o primeiro passo na formação da urina.
Esse processo relativamente inespecífico gera um
filtrado, cuja composição é igual à do plasma
menos a maioria das proteínas plasmáticas. Sob
condições normais, as células sanguíneas
permanecem no capilar, de modo que o filtrado é
composto apenas de água e de solutos
dissolvidos.
cerca de um quinto do plasma que flui ao longo dos
rins é filtrado para dentro dos néfrons. Os quatro-
quintos restantes do plasma, juntamente com a
maior parte das proteínas plasmáticas e das células
sanguíneas, passa para os capilares peritubulares.
 A porcentagem do volume total do plasma que é
filtrada para dentro do túbulo é denominada fração
de filtração.
A filtração ocorre no corpúsculo renal, que consiste
na rede de capilares glomerulares envolta pela
cápsula de Bowman. As substâncias que deixam o
plasma precisam passar através de três barreiras
de filtração antes de entrarem no lúmen tubular: o
endotélio do capilar glomerular, uma lâmina basal
(membrana basal) e o epitélio da cápsula de
Bowman.
A primeira barreira é o endotélio capilar
Os capilares glomerulares são capilares fenestrados 
com grandes poros, que permitem que a maioria
dos components plasmáticos sejam filtrados
através do endotélio. Os poros são pequenos o
bastante, contudo, para impedir que as células do
sangue deixem o capilar. Proteínas carregadas
negativamente, presentes na superfície dos poros,
também ajudam a repelir as proteínas plasmáticas
carregadas negativamente.
A segunda barreira de filtração é a lâmina basal 
uma camada acelular de matriz extracelular que
separa o endotélio do capilar do epitélio da cápsula
de Bowman. A lâmina basal é constituída por
glicoproteínas carregadas negativamente, colágeno
e outras proteínas. Ela atua como uma peneira
grossa, excluindo a maioria das proteínas
plasmáticas do líquido que é filtrado através dela.
A terceira barreira de filtração é o epitélio da
cápsula de Bowman 
A porção epitelial da cápsula que envolve cada
capilar glomerular é formada por células
especializadas, chamadas de podócitos. Os
podócitos possuem longas extensões
citoplasmáticas, denominadas pés, ou pedicelos,
que se estendem a partir do corpo principal da
célula
Esses pedicelos envolvem os capilares
glomerulares e se entrelaçam uns com os outros,
deixando estreitas fendas de filtração fechadas
por uma membrana semiporosa. A membrana da
fenda de filtração contém diversas proteínas
exclusivas, incluindo a nefrina e a podocina.
As células mesangiaisglomerulares ficam entre e
ao redor dos capilares glomerulares As células
mesangiais possuem feixes citoplasmáticos de
filamentos semelhantes à actina, que fazem essas
células serem capazes de contrair e alterar o
fluxo sanguíneo pelos capilares. Além disso, as
células mesangiais secretam citocinas associadas
a processos inflamatórios e imunes. A alteração
da função das células mesangiais tem sido
associada a muitas doenças renais.
A pressão nos capilares
causa a filtração
As três pressões que determinam a filtração
gloumerular – pressão do capilar sanguíneo,
pressão coloidosmótica do capilar e a pressão do
fluido capsular 
A pressão hidrostática do sangue que flui
através dos capilares glomerulares força a
passagem de fluido através do seu endotélio
fenestrado. A pressão sanguínea nos capilares é
de 55 mmHg, em média, e favorece a filtração
para dentro da cápsula de Bowman. Apesar de a
pressão cair à medida que o sangue flui através
dos capilares, ela ainda permanence maior do que
as pressões que se opõem a ela. Como resultado,
a filtração ocorre ao longo de quase todo o
comprimento dos capilares glomerulares
 pressão coloidosmótica no interior dos capilares
glomerulares é mais alta do que a no fluido da
cápsula de Bowman. Esse gradiente de pressão é
devido à presença de proteínas no plasma. O
gradiente de pressão osmótica é, em média, de 30
mmHg e favorece o movimento de líquido de volta
para os capilares.
A cápsula de Bowman é um espaço fechado , de
forma que a presença de fluido no interior dessa
cápsula cria uma pressão hidrostática do fluido 
que se opõe ao fluxo de fluido para o interior da
cápsula. O líquido filtrado para fora dos capilares
deve deslocar o líquido já presente no lúmen da
cápsula. A pressão hidrostática capsular é, em
média, de 15 mmHg, opondo-se à filtração.
 Reabsorção
A maior parte dessa reabsorção ocorre no túbulo
proximal, com uma quantidade menor de
reabsorção nos segmentos distais do néfron. A
reabsorção no néfron distal é finamente regulada,
possibilitando aos rins reabsorverem
seletivamente íons e água de acordo com as
necessidades do organismo para a manutenção
da homeostasia.
muitas substâncias exógenas são filtradas nos
túbulos, mas não são reabsorvidas para o sangue.
A alta taxa diária de filtração ajuda a retirar essas
substâncias do plasma muito rapidamente.
Uma vez que uma substância é filtrada para o
interior do lúmen da cápsula de Bowman, ela não
faz mais parte do meio interno corporal. O lúmen
do néfron faz parte do ambiente externo, e todas
as substâncias presentes no filtrado estão
destinadas a deixarem o corpo através da urina, a
não ser que exista algum mecanismo de
reabsorção tubular para impedir que isso ocorra.
Muitos nutrientes pequenos, como a glicose e
intermediários do ciclo do ácido cítrico, são
filtrados, porém são reabsorvidos de maneira
muito eficiente no túbulo proximal. 
A filtração de íons e água para dentro dos túbulos
simplifica a sua regulação. Se uma porção do
filtrado que alcança o néfron distal não é
necessária para manter a homeostasia, ela passa
para a urina. Com uma alta TFG (Taxa de filtração
glomerular), essa excreção pode ocorrer de forma
bastante rápida. Contudo, se os íons e a água são
necessários, eles são reabsorvidos.
 A reabsorção pode ser ativa
ou passiva
A reabsorção – o retorno da maior parte da água
filtrada e de muitos dos solutos filtrados para a
corrente sanguínea – é a segunda função básica
do néfron e do coletor coletor. Normalmente,
cerca de 99% da água filtrada são reabsorvidos. As
células epiteliais ao longo dos túbulos e ductos
renais realizam a reabsorção, mas as células do
túbulo contorcido proximal dão a maior
contribuição. Os solutos que são reabsorvidos por
processos ativos e passivos incluem glicose,
aminoácidos, ureia e íons como Na + (sódio), K +
(potássio), Ca 2+ (cálcio), Cl – (cloreto), HCO3 –
(bicarbonato) e HPO4 2– (fosfato). Uma vez que o
líquido passa através do túbulo contorcido
proximal, as células localizadas mais distalmente
aperfeiçoam os processos de reabsorção para
manter o equilíbrio da homeostasia de água e
íons específicos. A maior parte das proteínas e
peptídios pequenos que passam através do filtro
também é reabsorvida, geralmente via pinocitose. 
Secreção
Secreção é a transferência de moléculas do
líquido extracelular para o lúmen do néfron . A
secreção, assim como a reabsorção, depende
principalmente de sistemas de transporte de
membrana. 
A secreção de K e H pelo néfron distal é
importante na regulação da homeostasia desses
íons. Além disso, muitos compostos orgânicos são
secretados. Esses compostos incluem tanto
metabólitos produzidos no corpo quanto
substâncias provenientes do meio externo,
conhecidas como xenobióticos. A secreção torna o
néfron capaz de aumentar a excreção de uma
substância. Se uma substância filtrada não é
reabsorvida, ela é excretada com muita eficácia.
Se, no entanto, a substância filtrada para dentro
do túbulo não é reabsorvida, e ainda é secretada
para dentro do túbulo a partir dos capilares
peritubulares, a excreção é ainda mais eficaz. A
secreção é um processo ativo, uma vez que
requer transporte de substratos contra seus
gradientes de concentração. A maioria dos
compostos orgânicos é secretada através do
epitélio do túbulo proximal para o interior do
lúmen tubular por transporte ativo secundário
A produção de urina é o resultado de todos os
processos que ocorrem no rim. Quando o líquido
chega ao final do néfron, ele apresenta pouca
semelhança com o líquido que foi filtrado para a
cápsula de Bowman. Glicose, aminoácidos e
metabólitos úteis desaparecem, tendo sido
reabsorvidos para dentro do sangue, e os
resíduos orgânicos estão mais concentrados. A
concentração de íons e água na urina é
extremamente variável, dependendo do estado
do corpo.
A Furosemida é um diurético de alça com início de
ação rápido e de curta duração. Ela bloqueia o
sistema cotransportador de Na+K+2Cl– localizado
na membrana celular luminal do ramo ascendente
da alça de Henle.
A ação diurética resulta da inibição da reabsorção
de cloreto de sódio neste segmento da alça de
Henle. Como resultado, a excreção fracionada de
sódio pode alcançar 35% da filtração glomerular de
sódio. Os efeitos secundários do aumento dessa
excreção são aumento da diurese (devido ao
gradiente osmótico) e aumento da secreção tubular
distal de potássio. A excreção de íons cálcio e
magnésio também é aumentada.
A Furosemida causa estimulação dose-dependente
do sistema renina-angiotensina-aldosterona. Na
insuficiência cardíaca, produz uma redução aguda
da pré-carga cardíaca e este efeito vascular precoce
parece ser mediado por prostaglandina e ativação
do sistema renina-angiotensina. Além disso, devido
ao seu efeito natriurético, a Furosemida reduz a
reatividade vascular das catecolaminas, que é
elevada em pacientes hipertensos.
A eficácia anti-hipertensiva dela é atribuída ao
aumento da excreção de sódio, redução do volume
sanguíneo e redução da resposta do músculo liso
vascular ao estímulo vasoconstritor.
Excreção
Mecanismo de ação da
furosemida
Princípios de Anatomia e Fisiologia – 14 Edição, Gerard J. Tortora, Bryan Derrickson,
Editora Guanabara
Bons
estudos

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