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Órtese e Prótese - Biomecânica Hygo Breno Santos Araujo, hygobreno@gmail.com Lucas Ribeiro, lucasribeiroaluno@gmail.com Resumo – Sempre se fez necessário o uso de elementos de apoio ou substituição de funções corporais, como por exemplo, muletas as quais auxiliam na locomoção e movimentação do indivíduo, seguindo o mesmo parâmetro temos a cadeira de rodas, elementos externos que possibilitam ao usuário uma vivência quase que normal, dentro das delimitações causadas no contexto geral da situação. Aumentando o raio desses elementos e abrindo espaço para outros dispositivos além de muletas e cadeiras de rodas, temos a prótese que efetivamente substituem partes corporais que tiveram má formação ou até mesmo sofreram amputação no decorrer da vida. Atualmente próteses e órteses possuem cada vez mais avanços, devido a evoluções tanto na área médica quando na área mecânica. A busca constante por melhorias tanto em condições de materiais dos componentes como dos acionamentos requisitados para as funções necessárias. Todos os modelos de próteses ou órteses trazem consigo algum avanço mecânico, seja ele estrutural ou de acionamento, atuadores, motores, sensores entre outros elementos os quais completam o conjunto correspondente a prótese/órtese. Palavras-chave: Prótese. Órtese. Dispositivo. Acionamento. INTRODUÇÃO Sempre se fez necessário o uso de elementos de apoio ou substituição de funções corporais, como por exemplo, muletas as quais auxiliam na locomoção e movimentação do indivíduo, seguindo o mesmo parâmetro temos a cadeira de rodas, elementos externos que possibilitam ao usuário uma vivência quase que normal, dentro das delimitações causadas no contexto geral da situação. Aumentando o raio desses elementos e abrindo espaço para outros dispositivos além de muletas e cadeiras de rodas, temos as próteses que efetivamente substituem partes corporais que tiveram má formação ou até mesmo sofreram amputação no decorrer da vida. Atualmente próteses e órteses possuem cada vez mais avanços, devido a evoluções tanto na área médica quando na área mecânica. A busca constante por melhorias tanto em condições de materiais dos componentes como dos acionamentos requisitados para as funções necessárias. Todos os modelos de próteses ou órteses trazem consigo algum avanço mecânico, seja ele estrutural ou de acionamento, atuadores, motores, sensores entre outros elementos os quais completam o conjunto correspondente a prótese/órtese. De forma geral cada modelo especifico de prótese tem uma peculiaridade, seja ele, pré-moldado ou feito sob medida, cada usuário terá um dispositivo que se adapta ou é indicado por sua melhor adaptação, dentre isso os tipos de acionamento, peso, material. Esse último ponto em especifico refere-se muito mais a características de escolhas de próteses, seguindo para órteses que são elementos que auxiliam, sendo assim não substituem nenhum outro membro ou elemento, tornando-se dessa forma auxiliadores de postura ou ergonômicos, que implicam exponencialmente na execução final de uma tarefa. . PRÓTESES E ÓRTESES- BIOMECÂNICA Fazendo o uso referencial de trabalho do Professor Daniel Boari coelho – Universidade Federal do ABC – Principio de Reabilitação e Tecnologias Assistivas – 3° Quadrimestre de 2018 METODOLOGIA Fez-se o uso das informações presentes no trabalho anteriormente citado, na modalidade de trabalho de pesquisa, trazendo o embasamento dos dados e opiniões citadas nesse artigo referem-se excepcionalmente aos seus autores. RESULTADOS E DISCUSSÃO Falando especificamente de órteses, os quais são dispositivos que buscam correção ou melhoria de funções corporais, como equipamentos que corrigem desvios de coluna por exemplo ou dispositivos que permitem a trabalhadores reduzirem esforço e intensidade excessiva na execução de determinadas tarefas, como por exemplo exoesqueletos os quais diminuem as tensão geradas por ações com elevação de carga entre outros esforços, estes elemento podem corresponder também a elementos de correção ergonômica. Tendo em vista tal informações tem- se outras aplicações, que podem corresponder a prevenir eventuais deformidades ou anomalias estruturais, mas que tais funções possam ser realmente cumpridas, os materiais aos quais são fabricados devem ter efetividade nas ações requeridas. Entre os materiais utilizados estão; metais, como ferro, aço cromado, aço inoxidável, alumínio e titânio) tipo de metais similares ao utilizados em próteses. Termoplásticos- pollivinil carbonato/PVC, polietileno, polipropileno, resinas. Fibra de vidro ou carbono; Couro, espumas, borracha, cortiça ou silicone Tecidos sintéticos, lona e velcro; Manufatura aditiva: acrionitrilla butadieno estireno – ABS, poliácido lático –PLA, elastômero e cera de fundição. Tendo todos os tipos de materiais citados anteriormente, tem-se aplicações especificas de acordo com as situações, tendo dessa forma resoluções de aplicabilidade em relação a características físicas de cada material. Usando como exemplo os termoplásticos os quais são mais utilizados que podem ser classificados em duas vertentes devido ao estilo de processo ao qual correspondem. Esses elementos se subdividem em de baixa temperatura, normalmente utilizados para moldes, e de alta temperatura, conjuntos com maior resistência. Existe ainda outra nomenclatura, os termorrígidos, elementos ainda mais resistentes, porém com desvantagens nas questões dermatológicas. Órteses biomecânicas, são a efetiva união entre a mecânica e a medicina, onde estudos de encargos mecânicos trazem a pessoas a possibilidade de retornar a se locomover ou realizar determinadas tarefas as quais estavam impossibilitadas. Sobre a aplicação da mecânica temos elementos que utilizam três pontos de força para que desta forma atuam e estabilizam a região anteriormente afetada, tendo dessa forma uma força atuando diretamente e uma força distal e outra proximal atuando de forma contraria a primeira força. Parâmetros como a força aplicada a pelo simples fato de caminhada sobre o efeito da gravidade deve ser levado em consideração final sobre qual modelo e qual composição da qual a órtese vai ser fabricada. Outro fator importante é a adaptação do usuário às matérias, elementos como peso, pressão exercida e também qual o valor de tensão de cisalhamento entre o dispositivo e o usuário. Entrado nos parâmetros de acionamentos, temos acionamentos naturais como uma simples resposta a um movimento do membro, correspondendo desta forma a um tipo especifico de órtese conhecida como RGO( reciprocating gait orthosis) ou órtese de propulsão recíproca, onde a descarga de peso corporal serve como acionamento do dispositivo onde o cabo de reciprocação atua como um pistão de acionamento, com relação ao movimentos, quando o movimento em questão é o de sentar ou levantar o mesmo cabo age proporcionalmente como amortecedor ou impulsor. Já sobre próteses, temos a área onde a influência da mecânica é maior devido aos modelos de acionamentos deterem elementos mais complexos que os correspondentes as órteses, devido aos acionamentos serem originados sobre partes substituídas, devido a amputações ou má formações, desta forma são aplicados elementos como sensores, motores, atuadores, pistões entre outros elementos possíveis PRÓTESES Tais elementos podem ser divididos em dois grupos, passivas ou funcionais, dentre as funcionais abre-se ainda mais uma gama de subgrupos como exoesqueléticas e endoesquelética que podem ser endoenergéticas ou exoenergéticas. Cada subdivisão com sua determinada característica e melhor aplicação. Na fabricação e montagem de um dispositivo completo, é o onde a mecânica aparece, na adaptação dos mecanismos de acordo com a necessidade, basicamente para montagem desses materiais temos elementos como soquetes e liners, cabos e correias, sistemas de controle, articulações e o dispositivo finala prótese em si, seja ela, temporária ou a final. Separando esses elementos temos; Soquete: elemento principal de todo o conjunto, parte do dispositivo ao qual realiza o contato direto entre o membro e a prótese. Liners: age como uma segunda pele, protegendo dermatologicamente o usuário. Esses dois elementos são os principais aspectos de ligação entre pessoa e dispositivo, cabe ainda o tipo de acionamento que vai ser utilizado para funcionamento da prótese. Dentre outros processos temos recriações de articulações como cotovelo e joelho, utilizando dessa forma pinos, hastes metálicas e rolamentos entre outros elementos como pistões em alguns tipos de próteses para membros inferiores (joelho) os quais necessitam de uma atuação maior de força de impulsão ou de controle de distribuição de força em forma de amortecimento. Tem-se entre os tipos de prótese anteriormente citados, o sistema endoenergético, que utiliza cabos e correias tendo como acionamento mecânico ou impulso muscular através de eletrodos quando sofrem determinada pressão. Em caso especifico de necessidade de acionamento mecânico tem se os sistemas exoenergéticos, onde os acionamento podem ser pneumáticos fazendo o uso de atuadores e pistões; elétricos, onde os componentes são ligados e acionados por impulsos originados do esforço muscular ainda existente ou ainda através de ligações com terminações nervosas ainda presentes no membro; por fim tem-se as mioelétricas onde efetivamente se faz o uso de eletrodo na superfície ou mesmo implantado, esse tipo de determinação se refere diretamente a nível de intensidade e gravidade da lesão e também da capacidade de comunicação entre o corpo e o dispositivo. Esse tipo de prótese pode ainda ser encontra de forma hibrida unindo ao os elementos anteriormente citados, como por exemplo um acionamento elétrico manual (interruptor) para dessa forma dar a carga inicial ao sistema e posteriormente o movimento do conjunto se tornar “autônomo” fazendo com que o motor, os pistões e os atuadores que realizam o movimento tenho resposta quando os impulsos vindos dos eletrodos forem originados. Os elementos mioelétricos, como citados anteriormente pode ser implantado ou de superfície. Sobre a eletromiografia de superfície, vemos um uma interação com o motoneurônio que traz consigo o impulso elétrico que estimula o contexto muscular e motor do membro onde o mesmo responde o impulso gerando a carga necessária para unidade receptora que que reenviará para a prótese em forma de comando de movimento. Nas próteses de joelho os elementos mecânicos ganham um grande espaço visto que muitos das partes biológicas que compõe essa articulações quando sofrem determinado grau de lesão não possuem mais regeneração trazendo dessa forma, intervenções cirúrgicas visando a substituição da articulação parcialmente ou por completa por próteses em sua maioria de titânio, em alguns casos são próteses intra corporais, onde não são visíveis, podem também serem encontradas de forma externa e dessa forma correspondem a substituição de um membro amputado, para esses casos existem variações e variedades de modelos, acionamentos e modelagem dos dispositivos. Entre eles temos o joelho livre, tipo de prótese que tem boa execução de movimentos, mas devido a ser de acionamento quase que totalmente por força colateral o movimento tem menos naturalidade e se tornam quase que robóticos. Joelho com trava manual, para casos onde a pessoa não se sinta totalmente confortável e confiante então, quando o mecanismo se encontra em extensão a mesma trava e mantem a estabilidade e é posteriormente destravado quando o sistema manual de desbloqueio é acionado. Já o modelo de joelho com trava de fricção onde o dispositivo automaticamente possui um controle de ação de movimento, diferente o joelho de trava manual, esse mecanismo tem travamento parcial, devido a isso traz consigo os males de uma intensidade máxima de movimento e perca de estabilidade. Entre outros temos três dispositivos especiais e em âmbito mecânico merecem destaque, são eles o joelho policêntrico onde é um modelo de dispositivo que se assemelha muito ao joelho normal, tendo dessa forma maior condições e variação de movimentos adquirindo dessa forma vantagens biomecânicas que permitem uma movimentação quase que natural ao seu usuário, fazendo o uso de conjuntos de acionamentos que podem ser únicos, mas na grande parte dos casos com compostos por combinações hibridas de fricção, trava, hidráulico ou pneumático. Joelhos pneumáticos e hidráulicos; tendo maior custo e maior manutenção, esses dispositivos mecânicos trazem movimentos mais naturais e controlados ao usuário seus sistemas de pistões e atuadores agem de forma conjunto tanto na parte de amortecimento quando na área de extensão ou impulsão requerida. A evolução desse tipo de conjunto foi a utilização de microprocessadores, criando os joelhos micro processados, onde através da interpretação dos impulsos biomecânicos captadas pelos sensores, tais informações são transformadas em instruções e comando de ações paras os pistões e atuadores presentes nas próteses. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com o estudo realizado nota-se a influência da mecânica e seus avanços na ressocialização de pessoas que passaram por traumas físicos que geraram traumas irreversíveis ou que ainda podem ser reversíveis porem dependem de elementos externos para que não haja o agravamento do trauma. Nesse casos apresentam –se as órteses e próteses elementos biomecânicos os quais visam recuperação/apoio ou substituição da região afetada, dispositivos que vão das mais simples montagens até conjuntos híbridos(elétricos, pneumáticos, hidráulicos ou ainda fazendo uso sensores sobre a pele ou , que o quanto mais complexos transformam em mais naturais as ações as quais realizam, o sensores podem ser implantados ou acompanham terminações nervosas que geram o impulso inicial para que haja o movimento( situação principal em caso de prótese, no caso das órteses tem-se movimentos mais mecânicos de acionamento com relação a forças colateral originada a parte de um outro movimento). REFERÊNCIAS BOARI COELHO, Daniel. Aula 7 – Órteses e Próteses. Principios de Reabilitação e Tecnologias Assistivas, Universidade Federal do ABC, 3° Quadrimestre de 2018.
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